quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Caçado ao Outubro Vermelho

Por Leandro "Stalker"

Muito bem, a temporada de caça é setembro, e o deck da vez é o tão temido MonoR, já debatido neste blog em outros posts anteriores. Jogadores passam dias e dias pensando em alguma maneira de combater esta ameça vermelha, tentando evitar a máxima "Se não pode vence-los, junte-se a eles". Os resultados do GP Chocolate nos mostram que respostas ainda não foram encontradas, pois além de criarem decks que ganhem de monoR, o deck tem que ser bom o suficiente para ganhar do resto do ambiente. Vendo listas de top8 de nacionais mundo afora, fiquei intrigado com o que aconteceu na Espanha. Vejam este top8:

#01 Kithkins
#02 Faeries
#03 Reveillark
#04 Kithkins
#05 Merfolks
#06 Reveillark
#07 Kithkin
#08 Merfolk

Quem está faltando? MonoR é claro!

Bom, vocês lembram daquelas aulas de biologia do colégio onde o professor falava da população de gazelas e de leões que conviviem em constante alteração de sua população, tendendo a um equilibrio natural.. Muitos leões, significam mais animais famintos, que caçam mais gazelas, fazendo com que tenham menos gazelas, o que faz leões morrerem de fome diminuindo assim a população de leões e por ai vai... Magic é a mesma coisa, só que invés de leões e gazelas, temos uma fauna muito maior, com Fadas, Elfos, Goblins, Kithkins, Tritões, Elementais.. é a verdadeira arca de Noé.

Esse boom de decks vermelhos fez com que suas presas naturais (os good matchs) diminuissem, fazendo dele a caça ao invés do caçador. Tarefa difícil, mas que na Espanha ocorreu. Analizando friamente esta lista de kithkin que ganhou o nacional, vou fazer alguns comentários:

Kithkins por Omar Sagol

3 Mutavault
4 Windbrisk Heights
4 Rustic Clachan
14 Snow-Covered Plains
4 Burrenton Forge-Tender
4 Goldmeadow Stalwart
4 Figure of Destiny
4 Knight of Meadowgrain
4 Wizened Cenn
4 Spectral Procession
4 Cloudgoat Ranger
2 Mirrorweave
2 Oblivion Ring
3 Glorious Anthem

// Sideboard:

SB: 4 Mana Tithe
SB: 1 Sacred Mesa
SB: 1 Reveillark
SB: 4 Gelid Shackles
SB: 2 Wheel of Sun and Moon
SB: 2 Faerie Macabre
SB: 1 Crovax, Ascendant Hero

Porque Kithkin ganha de MonoR?

- Burrenton Forge-Tender: Não sei o que é pior pro monoR, ver este bicho pela frente ou ver a Martyr of Sands.. ele para sozinho praticamente todos os bixos do MonoR.. e aquele Gouger 4/4 todo boladão não vai fazer nem cócegas. Usar isto de main deck é para os fracos, que nem aquele muleque que é folgado na escola, só porque conhece uns manos da pesada :)

-Spectral Procession e Cloudgoat Ranger: O monoR não consegue lidar muito bem com vários bichos ao mesmo tempo, já que suas remoções são na maioria spot removal, trocando 1x1. Com muitos tokens na mesa. Você pode até matar o Cloudgoat posteriormente, mas as fichas vão ficar e o estrago já foi feito.

- Mirrorweave: É o grande finisher do deck, normalmente copiando um Gouger, ou até mesmo o Demigod, aquele exército de tokens de kithkin soldier se dopa com esteróides e GG. Ah, é simples né, só dar Skred no bicho alvo do Mirrorweave. ERRADO! Mais uma vez o Burrenton Forge-Tender estará lá para impedir isto.

Sobre o sideboard, acho que nada de muito estranho com excessão desses Gelid Shackles.. eu fiquei uma meia hora pensando em que raios de matchs que está carta poderia ser útil.. pensei pensei, até que a ficha caiu. Wall of Roots, a carta é ágil, tira rapidamente o blocker da frente e ainda tem o bonus de impedir que a Wall gere mana. Nice Tech, se realmente meu palpite para ele estiver certo. Se existe outra carta onde o Shackles possa ser útil, deixe um comentário.

Então se você tiver coragem para jogar de Kithkin, esta lista é um bom começo para você testar. Mana Tithe é sempre um ótima carta para se blefar em cima, e muita gente subestima os kiticos, dando kepp em mãos lentas, achando que vão conseguir controlar a mesa.

É Rebuleta, você não é o único sozinho nessa cruzada de levar os Kithkins ao topo do pódium :)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Free For All – Aí vamos nós

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Apesar de ser o meu primeiro FFA (Free For All), imagino estar me preparando da maneira adequada para não dar vexame e me classificar para o Nacional novamente, assim como no ano passado, primeiro ano em que comecei a levar o Magic um pouco mais a sério.

Acredito que agora com a realização do GP Copenhagen e faltando apenas o Nacional alemão (de competição importante), antes do FFA e do nosso Nacional, o ambiente já está definido e basta vocês saberem decifrá-lo.

Com o ambiente definido e com a proximidade de ambos os campeonatos, resolvi enumerar algumas dicas (ou conselhos) e publicar algumas listas para quem, assim como eu, pretende se dar bem no último classificatório e garantir sua vaga para o Nacional.

1 – Mono Red

O Mono Red é o deck da vez. Além de vencer o Nacional francês e o americano, o deck foi o mais jogado no GP Copenhagen que rolou neste último final de semana, resultando na conquista da primeira e da segunda colocação do torneio.

Não importa com qual deck vocês pretendam jogar, é preciso ter um plano de jogo muito bem definido contra o 8 Magus. Muito provável que o deck seja o mais jogado no FFA, portanto caso vocês optem por jogar também de Mono Red, é preciso estar bem confiante com suas escolhas para o mirror match.

2 – Fiquem de Olho

O que não falta são listas para vocês se basearem e experimentarem até o dia do FFA. Basta entrar no Deck Check (link ao lado), que infinitas listas aparecerão no seu computador prontinhas para serem testadas.

É sempre bom ficar de olho nas listas que fizeram top 8 nos principais Nacionais que ocorreram até o momento, além é claro, das listas do GP deste último final de semana.

A meu ver, os decks mais preparados e que provavelmente levarão as últimas vagas para o Nacional são: UW Merfolk, Mono Red, BG Elves, UB Faeries, UWr Reveillark e Quick´n´Toast.

Quando vocês forem treinar, aconselho pegar uma lista boa de cada deck citado e jogar bastante para entender exatamente o que acontece em cada partida. Treine o primeiro game, as estratégias de jogo, se acostumem com as principais situações dentro da partida e possíveis planos de sideboard.

Para facilitar o trabalho de vocês, irei postar algumas listas que acredito serem umas das mais preparadas para o ambiente.

UW Merfolk by Jakub Jahoda

4 Ponder
4 Cryptic Command
3 Sage's Dousing
2 Aquitect's Will

4 Silvergill Adept
4 Merrow Reejerey
4 Lord of Atlantis
4 Cursecatcher
4 Stonybrook Banneret
2 Sower of Temptation
1 Venser, Shaper Savant
1 Sygg, River Guide

10 Island
4 Adarkar Wastes
4 Mutavault
4 Wanderwine Hub
1 Mystic Gate

Sideboard:
4 Burrenton Forge-Tender
4 Sunlance
3 Reveillark
1 Sower of Temptation
1 Sygg, River Guide
1 Venser, Shaper Savant
1 Loxodon Warhammer


Mono Red by Tomoharu Saito

4 Skred
4 Incinerate
4 Flame Javelin

4 Magus of the Scroll
4 Magus of the Moon
4 Figure of Destiny
4 Demigod of Revenge
4 Blood Knight
4 Ashenmoor Gouger

22 Snow-Covered Mountain
2 Keldon Megaliths

Sideboard:
4 Spitebellows
3 Everlasting Torment
3 Murderous Redcap
2 Faerie Macabre
2 Sulfurous Blast
1 Smash to Smithereens


BG Elves by Shuhei Nakamura

4 Thoughtseize
4 Profane Command
3 Eyeblight's Ending
1 Nameless Inversion

4 Wren's Run Vanquisher
4 Tarmogoyf
4 Llanowar Elves
3 Kitchen Finks
3 Civic Wayfinder
3 Chameleon Colossus
3 Murderous Redcap

4 Gilt-Leaf Palace
4 Forest
4 Treetop Village
3 Mutavault
3 Llanowar Wastes
3 Swamp
2 Pendelhaven
1 Twilight Mire

Sideboard:
3 Primal Command
3 Shriekmaw
3 Bitterblossom
2 Garruk Wildspeaker
2 Slaughter Pact
1 Cloudthresher
1 Mind Shatter


UB Faeries by Jonathan Randle

4 Ancestral Vision
4 Bitterblossom
4 Cryptic Command
4 Nameless Inversion
4 Rune Snag
2 Remove Soul
2 Slaughter Pact

4 Mistbind Clique
4 Spellstutter Sprite
3 Scion of Oona

8 Island
4 Secluded Glen
4 Sunken Ruins
3 Swamp
3 Mutavault
2 River of Tears
1 Pendelhaven

Sideboard:
4 Thoughtseize
3 Damnation
3 Extirpate
3 Flashfreeze
2 Razormane Masticore


UWr Reveillark by Robert van Medevoort

4 Prismatic Lens
3 Wrath of God
3 Pact of Negation
2 Careful Consideration
1 Coldsteel Heart

4 Reveillark
4 Mulldrifter
3 Sower of Temptation
3 Greater Gargadon
3 Aven Riftwatcher
3 Body Double
2 Venser, Shaper Savant
2 Bonded Fetch

7 Snow-Covered Plains
5 Snow-Covered Island
4 Shivan Reef
3 Vivid Creek
3 Mystic Gate
1 Battlefield Forge

Sideboard:
4 Magus of the Moon
4 Runed Halo
3 Glen Elendra Archmage
2 Sacred Mesa
2 Wheel of Sun and Moon


Quick´n´Toast by Guillaume Wafo-Tapa

4 Cryptic Command
4 Rune Snag
3 Careful Consideration
2 Slaughter Pact
2 Pyroclasm
2 Pact of Negation
2 Mystical Teachings
2 Firespout
2 Condemn
1 Coalition Relic

4 Wall of Roots
3 Mulldrifter
2 Teferi, Mage of Zhalfir
1 Platinum Angel
1 Oona, Queen of the Fae
1 Cloudthresher

4 Vivid Meadow
4 Vivid Creek
4 Reflecting Pool
4 Mystic Gate
3 Yavimaya Coast
2 Dreadship Reef
1 Urza's Factory
1 Tolaria West
1 Fungal Reaches

Sideboard:
3 Runed Halo
2 Archon of Justice
2 Crovax, Ascendant Hero
2 Extirpate
1 Haunting Hymn
1 Imp's Mischief
1 Mind Shatter
1 Pact of Negation
1 Pyroclasm
1 Squall Line

3- Orfãos dos Regionais

Não será um feito raro se vocês enfrentarem algum jogador que vocês já jogaram contra na temporada dos Regionais e não será mais raro ainda se este jogador estiver com o mesmo deck daquela época, salvo algumas atualizações.

A maioria dos jogadores brasileiros não tem dinheiro para montar diversos decks todos os finais de semana, portanto não será novidade se vocês encontrarem muitos UB Faeries, UW Merfolk e BG Elves, que foram os decks mais jogados na temporada dos Regionais e no GP Buenos Aires. Portanto, fiquem atentos!

4- Outras Opções

Além dos decks já citados, não se assustem caso vocês peguem alguns decks não muito convencionais, mas que fizeram sucesso em algum dos Nacionais já jogados e no GP Copenhagen.

Segue abaixo algumas listas que valem a pena vocês conhecerem e que merecem atenção na hora de montar o sideboard. Aprender a “cortar” o combo do Seismic Swans e lembrar que o BR Tokens atualmente joga com Torrent of Souls é algo aconselhável.

UR Swans by Tom van Lamoen

4 Skred
4 Rune Snag
4 Pyroclasm
4 Incinerate
4 Cryptic Command
4 Ancestral Vision
2 Sulfurous Blast

4 Swans of Bryn Argoll
3 Venser, Shaper Savant
2 Teferi, Mage of Zhalfir

10 Snow-Covered Island
5 Snow-Covered Mountain
4 Shivan Reef
4 Mutavault
2 Cascade Bluffs

Sideboard:
4 Dragon's Claw
4 Fledgling Mawcor
4 Sower of Temptation
3 Flashfreeze

Seismic Swans by Richard Moore

4 Beseech the Queen
4 Lotus Bloom
4 Ponder
4 Seismic Assault
4 Telling Time
4 Thoughtseize
2 Gaea's Blessing

4 Swans of Bryn Argoll
3 Vendilion Clique

4 Dakmor Salvage
4 Gemstone Mine
4 Graven Cairns
4 Reflecting Pool
4 Shivan Reef
4 Vivid Creek
3 Vivid Marsh

Sideboard:
3 Pact of Negation
3 Firespout
3 Imp's Mischief
2 Damnation
2 Extirpate
2 Krosan Grip

BR Tokens by William Cavaglieri

4 Bitterblossom
4 Thoughtseize
4 Torrent of Souls

4 Mogg War Marshal
4 Nantuko Husk
4 Shadow Guildmage
4 Magus of the Moon
3 Marsh Flitter
3 Mogg Fanatic
2 Shriekmaw

7 Swamp
4 Mountain
4 Graven Cairns
4 Sulfurous Springs
3 Auntie's Hovel
1 Kher Keep
1 Pendelhaven

Sideboard:
4 Avalanche Riders
4 Fulminator Mage
3 Grave Pact
2 Sudden Death
2 Terror

5 – Eliminatório

Lembrem-se que o FFA será um campeonato eliminatório, portanto montar aquele Mono W Martyr, que ganha de Mono Red, mas perde para o resto do ambiente não deve ser uma opção muito válida.

Você pode até estar em um dia de sorte e conseguir se esquivar de seus piores matches, mas o ideal é você jogar com algum deck mais equilibrado e que esteja preparado contra possíveis surpresas. Um deck control pode ser uma boa escolha, entretanto o Saito abriu 14-0 no GP Copenhagen de Mono Red, portanto até um aggro no seu dia pode ser uma ótima opção.


Resumindo, o Free For All, é um campeonato extremamente difícil, por possuir praticamente todos os jogadores do Brasil, que pretendem jogar, mas ainda não possuem a sua vaga para o Nacional.

Neste tipo de competição vocês irão se deparar com jogadores iniciantes, que acreditam ser apenas um FNM gigante. Jogadores que mandarem bem nos Regionais, mas por alguma razão não conseguiram se classificar. Jogadores bons aposentados, que querem tentar a sorte e ver se conseguem jogar o Nacional mais uma vez. Entre diversos outros tipos de jogadores.

Cabe a vocês, estarem mais preparados do que os outros e conseguirem a tão sonhada vaga.

Nos vemos no FFA, ou melhor, no Nacional. =)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Entrevista: Carlos Alexandre “Batutinha” dos Santos Esteves

por Ricardo "Thorgrim" Mattana



Com a proximidade do FFA e do Nacional, o blog estará entrevistando uma série de jogadores que prometem fazer bonito em ambas as competições.

O primeiro a ser entrevistado, foi o Carlos “Batutinha” Esteves, jogador promissor do Rio de Janeiro, que vem se preparando como poucos para a disputa do FFA.

Nas próximas semanas outros jogadores que disputarão o FFA e o Nacional darão uma palinha de como andam suas preparações e quais suas expectativas para ambos os torneios.


Thorgrim: Primeiramente, gostaria de agradecer por conceder essa entrevista aqui para o Factorfiction-br.

Batutinha: Que isso, eu que agradeço.

Thorgrim: Antes de tudo, me fale seu nome, idade e o que você faz fora do mundo do Magic.

Batutinha: Carlos Alexandre dos Santos Esteves, 19 anos. Estudo Engenharia Agrícola e Ambiental na UFF (Universidade Federal Fluminense).

Thorgrim: Agora me fale um pouco sobre seus principais resultados dentro do jogo.

Batutinha: Bom, na verdade ainda não tenho resultados muitos expressivos, pois apesar de conhecer o Magic desde 2001, só no final de 2007 voltei a jogar com objetivos de ganhar Regionais, PTQs e etc.
Mas enfim, do final de 2007 pra cá, fiz um top8 no GPT Buenos Aires, Top4 no PTQ Berlim, ganhei o Pré Release de Shadowmoor aqui no Rio de Janeiro, além de ganhar infinitos torneios regulares na loja em que eu jogo.

Thorgrim: Então, pode-se dizer que você joga competitivamente desde o final de 2007?

Batutinha: Sim, correto. Porque antes deste período eu jogava com decks toscos mesmo. Então quando voltei a jogar no meio do ano passado, através do Magic Workstation, ganhei um espírito competitivo que eu não possuía antes.
No final do ano passado pedi um deck emprestado para um antigo amigo que jogava e comecei a fazer bons resultados em alguns torneios regulares (coisa rara antigamente), fazendo com que ele me incluísse em sua equipe

Thorgrim: Além deste lado competitivo, quais outros fatores te atraem no Magic?

Batutinha: Primeiramente as amizades, por que no Magic fiz muito amigos de verdade. Depois vem a chance de viajar e conhecer outros países, além é claro da oportunidade de ganhar algum dinheiro com o jogo.
Além disso, tenho o sonho de que minha namorada aprenda a jogar, para poder viver mais dentro deste mundo chamado Magic.

Thorgrim: Como a idéia da entrevista, é descobrir como um jogador que vai jogar o FFA pretende se classificar para o Nacional, me fale um pouco de como foram seus resultados nos Regionais em que você jogou este ano.

Batutinha: No Rio de Janeiro ocorreram cinco Regionais e eu participei de todos.
No primeiro joguei de UB Faeries, abri 3-0, mas na quarta rodada perdi pra um RG Mana Ramp (que depois acabou levando a vaga) e na quinta para um Mono Red. Não dropei e acabei fazendo 5-2 neste Regional.
No segundo e no terceiro joguei novamente de UB Faeries, porém fiz um decepcionante 1-3 drop nos dois Regionais.
No quarto cansei de jogar de UB Faeries, e me arrisquei jogando de RG Zvi, pois o baralho possuía um bom match versus o próprio UB Faeries e o UW Merfolk. Por pouco não fiz um top8, fiz 5-1-1, mas acabei ficando de fora.
No quinto e último Regional, voltei a jogar de UB Faeries, desta vez com Mannequin, mas novamente não fui muito bem e acabei fazendo 1-2 drop.

Thorgrim: Você ficou decepcionado com os resultados?

Batutinha: Sim, Bastante. Porque eu era uma das promessas deste ano, pelo menos aqui no Rio de Janeiro. Mas muitas pessoas me deram uma força, que como era o meu primeiro ano como jogador sério isto era perfeitamente normal e que minha hora ainda iria chegar.
Além de me apontarem um monte de jogadores bons que ainda não conseguiram se classificar para o Nacional deste ano.

Thorgrim: Você acha que havia se preparado o suficiente para ganhar a sonhada vaga nos Regionais em que disputou?

Batutinha: Sinceramente? Não me preparei como deveria. Não digo isso só porque não consegui me classificar, mas sei que se eu estudasse melhor o ambiente e treinasse mais, poderia ter conseguido.

Thorgrim: E agora para o FFA como tem sido a rotina de treinos?

Batutinha: Eu tenho que conciliar os treinos com os estudos, é um tanto quanto difícil, mas normalmente treino durante a semana na Magic-League e nos finais de semana me aventuro jogando os torneios da minha cidade. Quando sobra tempo, treino com os caras da minha equipe também.

Thorgrim: E tais treinos tem sido tanto quanto você gostaria? Ou anda difícil esta conciliação?

Batutinha: Os treinos na Magic-League são muito úteis, pois ajuda a conhecer o ambiente e como funcionam os principais matchs, porém preciso ainda de um treino mais rígido.
Algo como deck A vs deck B, um número maior de partidas, como funciona o side in/side out contra tal deck, que erros ando cometendo, entre outras coisas. Porém após o GP, irei olhar algumas listas novas e intensificar estes detalhes que estão faltando.

Thorgrim: Quais são os integrantes da sua equipe? Além deles existem outros jogadores com quem você costuma treinar?

Batutinha: Os que jogam sempre são: Adilson Gouvêa (Adilsinho), Anderson Gouvêa e o Hugo Maurity. Esses são os que atualmente estão mais ligados ao Magic, mas existem outros integrantes também.
Pessoalmente costumo jogar com outros jogadores apenas quando vou jogar algum campeonato e na internet treino com você, com o Fabio de Porto Alegre e com o pessoal da #mtg.br.

Thorgrim: Qual a principal diferença entre jogar IRL (In Real Life) e pela internet?

Batutinha: A internet não proporciona a expressão facial dos jogadores, a comunicação, o estilo de cada um de jogar, entre outros fatores importantes durante cada partida. Além disso, não tem comparação nenhuma estar entre os amigos num Campeonato IRL, zuando, ansioso para ver se vai fazer Top8, perguntando se ganhou ou perdeu, contando o top deck bizarro, essas coisas.

Thorgrim: Qual o impacto de EVE no ambiente Standard?

Batutinha: Até agora poucos decks novos surgiram no ambiente, porém foram adicionadas umas cartas que se encaixaram legal no Standard, como os novos terrenos híbridos, Figure of Destiny, Unmake, Stillmoon Cavalier e mais algumas que não estou me lembrando agora.

Thorgrim: Existe algum deck que você não recomendaria ninguém a jogar? Por quê?

Batutinha: Acho que o UB Faeries, pois além do Mono Red está em alta, ele é considerado um deck barato no mercado, portanto muitos jogadores deverão estar com ele. Além disso, mesmo um jogador inexperiente consegue ganhar de UB Faeries com um Mono Red.

Thorgrim: Quais decks você acredita que terão em maior número no FFA?

Batutinha: Mono Red, BG Elves e UWr Reveillark.

Thorgrim: E este formato eliminatório, lhe agrada?

Batutinha: Não, nem um pouco. Pois digamos, você tem que estar no seu dia, ser perfeito para não perder nenhuma partida, além de torcer para não pegar nenhum deck aleatório, que seja considerado um bad matchup para o seu deck.

Thorgrim: Qual a principal diferença entre jogar um torneio eliminatório ou um torneio suíço?

Batutinha: No torneio suíço você pode perder uma partida. Este fato faz com que mesmo você errando alguma jogada, pegando algum match complicado ou perdendo por causa de uma mão ruim, você ainda consiga se classificar para o Top 8 e conseqüentemente ter a chance de ganhar o Campeonato, diferente do eliminatório, onde perdeu está fora.

Thorgrim: O fato de uma derrota significar adeus ao torneio altera o seu lado emocional durante a partida?

Batutinha: Na verdade isso me dá mais atenção na partida, pois sabendo que eu não posso errar, acabo prestando muito mais atenção e pensando bem antes de qualquer jogada.

Thorgrim: É mais fácil ter que fazer 5-0 no FFA para conseguir a sonhada vaga ou disputar um Regional?

Batutinha: Até agora só tive a experiência de jogar Regionais, mas no meu ponto de vista é mais fácil fazer 5-0, pois no regional você faz 5-0 e ainda tem que dar 2 IDs para poder jogar o Top 8 e ter que ganhar mais duas partidas ainda para conquistar a vaga.

Thorgrim: Quais outros jogadores que você estará torcendo para ganhar a vaga no FFA junto com você?

Batutinha: O Anderson da minha equipe, você, o Pokémon, além de outros amigos aqui do Rio de Janeiro.

Thorgrim: Caso você conquiste sua vaga, será o seu primeiro Nacional, certo? Qual será a sensação de jogar um Nacional?

Batutinha: Seria fantástico estar entre os melhores jogadores do Brasil. É uma sensação única imaginar que você pode mandar bem no Nacional e conquistar coisas maiores. É muito gratificante poder jogar contra pessoas realmente boas. Enfim, se eu conseguir a vaga acho que nem vou conseguir dormir de sexta para sábado.

Thorgrim: Algum conselho para quem também está tentando conquistar a vaga no FFA, assim como você? Ou sem dicas para os seus adversários? :P

Batutinha: A dica que eu dou é: treinar e se concentrar, por mais que você esteja jogando com seu amigo, não fique brincando ou fazendo piadinhas, isso desconcentra e muito.
Aprendi tal lição a pouco tempo, mas já me foi muito útil. Não precisa ser ignorante, mas durante o jogo preste atenção somente no jogo, ao sentar se torne outra pessoa, e imagine que a pessoa a sua frente é seu adversário e SÓ ISSO.

Thorgrim: Gostaria de agradecer novamente pela entrevista. Desejo sinceramente boa sorte no FFA e que nós dois possamos nos classificar e fazer bonito no Nacional. Abração!

Batutinha: Obrigado você por fazer a entrevista comigo, Gosto muito desse blog, e não perco um post.

Gostaria de deixa aqui registrado, Ramany EU AMO VOCÊ = )

sábado, 16 de agosto de 2008

BR Tokens no FNM

por Leandro "Stalker"

O campeonato nacional se aproxima, e conseqüentemente muitos se preparam para o LCQ (Last Chance Qualifier), conhecido também por Free for All (FFA) ou na forma popular o farofão. Nesta preparação nós aqui do Fact or Fiction e a nossa equipe (Shandalar Team) estamos analisando os principais decks dos ambiente. Para esta semana resolvi testar a lista de BR tokens que ganhou o nacional italiano. A primeira vista o deck não é muito atraente, mas só jogando algumas partidas pra valer para sentir o potencial do deck.

Segue a lista:

3 Auntie's Hovel
4 Graven Cairns
1 Kher Keep
4 Mountain
1 Pendelhaven
4 Sulfurous Springs
7 Swamp
4 Magus of the Moon
3 Marsh Flitter
3 Mogg Fanatic
4 Mogg War Marshal
4 Nantuko Husk
4 Shadow Guildmage
2 Shriekmaw
4 Bitterblossom
4 Thoughtseize
4 Torrent of Souls
Sideboard:
4 Avalanche Riders
4 Fulminator Mage
3 Grave Pact
2 Sudden Death
2 Terror

A estratégia do deck é bem simples, é tentar não morrer até você conseguir fazer o Torrent of Souls. Esta carta é praticamente um overrun preto e vermelho.

Round 1:
MonoR

Essa lista de MonoR era uma mistura daquele monoR antigo com o novo. Rift Bolt, Gouger, Marauders.. Se fosse a lista do saito eu acredito que teria mais vantagem, mas como essa lista usava muitas cartas de dano direto, eu não tive tempo de encher a mesa com tokens, morrendo 2 vezes para incinerates com o alvo na minha cabeça. Importante ressaltar que no game1 ainda tomei dois Firespouts, totalmente inesperados. Acho que errei na hora de fazer o sb, por não ter tido a percepção na hora de que esse monoR era mais burn do que bixo, o que fez surtir pouco efeito os grave pact.

Round 2:
Tomba deck UW

O combo era traumatize+Jace, com muitos counters e usando o branco para wrath e efeitos de fog. Game 1 fui deckado, e aqui já comecei a xingar o meu deck, essa pilha de lixo, como que conseguiu ganhar um nacional? Bom, pós sb coloquei meus LDs, mas o que me ganhou as partidas foram os thoughtseize+magus da lua, que lockaram as fontes brancas dele, já que ele só usava ilhas e terrenos não básicos como fonte de mana branca. Se não fosse os magus eu não ganhava este match

Round 3: Fadas

Bom, na teoria o fadas é para ser um good match para o BR tokens. Ainda contei com a ajuda do oponente, por um pouco de sua inesperiencia com o deck. Mas o fato de você ter thoughtseize para abrir caminho para o magus da lua é muito bom.. chega a ser muito injusto.

Round 4:
250 Cards.Deck

Deck no mínimo divertido, nao deu para entender muito bem a estrategia do deck, mas acho que era algo de traumatize o próprio deck, trazendo algumas narcomoebas e recapitulando o dread return com algum bixo foda. Bom ganhei game 1 na sorte, porque após tombar metade do deck, só apareceu uma narcomoeba e ele não conseguir recapitular o dread return. Game 2 foi mais sussa, porque os LDs fizeram todo o trabalho, e como esse deck de 250 cartas necessita de muita mana, ficou fácil.. MVP da partida foram os Thoughtseize também, arrancado os tutores da mão dele.

Round 5: Fadas

Idem no round 3, mas pelo menos este sabia melhor como jogar de fadas.

Resumo:
Terminei o dia 4-1, ficando em 9° lugar, sendo que a premiação era para o top8 :p, zuado! Não gostei do deck, pois parece que tem muita carta inútil. A única coisa boa que o deck tem são os magus da lua, thoughtseize e blossom. Contra qualquer deck que usasse comando azul eu era obrigado a tirar os torrent. Eu gostei mesmo foi da parte do LD, pois o thoughtseize abria caminho para você encaixar os fulminator ou avalanche riders.

Tudo bem que esse ambiente de FNM não é nada comparado a um regional ou FFA, mas serviu de teste.. é como esses amistosos da seleção brasileira, jogando contra Vietnã, Timor Leste.. é jogo treino só para pegar entrosamento.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O mirror de Mono Red

por Leandro "Stalker"

O monoR sempre existiu e sempre existirá seja qual for o ambiente. Esta atual versão do monoR que utiliza Demigod como o grande finisher do deck surgiu no GP Buenos Aires, vindo das mãos do Saito e Nakamura. Eles podem não ter feito top8 neste GP, mas o deck provou ser muito bom com o tempo, tanto que ele revolucionou o ambiente T2, que já estava ficando monótono com Fadas, Elfos, Lark e Merfolk. Finalmente alguém tinha criado um monoR que não ganhava só de fadas. Com a chegada de Eventide o deck ficou ainda melhor, com a entrada dos Figure of Destiny. Ele já chegou ganhando dois nacionais, (o francês e o americano) e deu uma velocidade incrível para os aggros, tanto o monoR quanto para os White weenie. Seria ele o novo Tarmogoyf?

No mol, como já disse anteriormente, estou jogando com o MonoR, ainda sem Eventide, já que EVE só chegou esse semana. A inflação em cima das cartas do monoR é algo assustador. Demigod que antes era 3 Tix, agora é vendido a no mínimo 9. Montanha nevada que antes era 0.5 Tix cada, agora não sai por menos de 2 Tix. O monoR precisa usar a base snow. Skred é infinitamente superior a Choque, pois lida com os bixos mais petulantes do ambiente, como Mistbind Clique, Camaleão, Masticora e etc.

Jogando os 8man do mol, uma das coisas que eu venho tentando entender é o mirror de MonoR, quais as cartas chave neste match e como neutraliza-las. Demigod é o grande diferencial, pois você normalmente consegue lidar com um, mas quando o oponente compra o segundo Demigod, ai fica muito difícil ganhar a partida. Os outros bixos parecem ser irrelevantes, pois no começo da partida fica aquele troca troca de incinerate no blood knight, fanático matando fanático, Javelin no Gouger.. e por ai vai.. até alguém conseguir fazer um Demigod e ele permanecer na mesa.

Esta é a minha lista de monoR que eu estou usando atualmente no Mol:

Lands
2 Keldon Megaliths
22 Snow-Covered Mountain

Creatures
4 Ashenmoor Gouger
4 Blood Knight
4 Demigod of Revenge
4 Magus of the Moon
4 Magus of the Scroll
4 Mogg Fanatic

Spells
4 Flame Javelin
4 Incinerate
4 Skred

Sideboard
4 Lash Out
3 Murderous Redcap
4 Fulminator Mage
4 Avalanche Riders

O main deck não tem muitas surpresas, só as ausências das ghitu, que tiveram que ser sacrificadas para potencializar os skred.

Os good matches tem sido Fadas, Merfolk e BG, e os matchs mais complicados tem sido Lark e Toast, com Storm sendo algo em torno de 50/50, 45/55. Mana Ramp seria outro match complicado, mas este deck parece que está caminhando para a extinção, pelo menos no MOL.

Isso resume praticamente os principais decks presentes nos 8man. Qualquer deck que eu não tenha citado é mosca branca.

Sobre o sideboard, antigamente eu usava Manabarbs, para tentar ganhar de Lark e Toast, mas depois que eu tomei um Runed Halo tive que abandonar a idéia. Uma coisa é perder para Toast, outra coisa é ser ownado pelo sideboard do oponente e pela sua própria manabarbs. Magus da lua ajuda, mas não é auto-win, já que firespouts e pacto são cartas do main deck desses dois decks. Comecei a optar então pelo pacote de destruição de terreno (4 Fulminator e 4 Avalanche riders), para tentar atrasar o desenvolvimento do adverário, enquanto eu tento encaixar um Demigod e torço para que ele não tenha Condenm

O mirror match me fez testar N cartas de sideboard diferentes, já teve até siege-gang commander, pois eu achava que jogando com 6 bombas no deck (4 Demigod + 2 Siege Gang) faria alguma diferença no mirror, mas como é sempre o Demigod quem decide, o siege-gang foi abandonado, apesar dele ser fantástico nos jogos contra BG elfos.

Com a idéia do goblinzão deixada de lado, entram os Avalanche Riders. Parece estranho, mas ele ajuda a atrasar o turno do Demigod, você tem tempo para fazer o seu, e quando o oponente chegar nas 5 lands, você já teria uma posição na mesa superior, dificultando assim que ele vire a race. Em teoria, a idéia de se usar Avalanche Riders é esta.

Para ilustrar isto, fiz este walktrough de um mirror de MonoR que eu enfrentei, lembrando mais uma vez que Eventide ainda não estava disponível no mol na época, então nada de Figure of Destiny por enquanto. Com estes replays, espero que em breve os caras da WotC disponibilizem os replays não só dos meus jogos, mas também dos Premiere Events.

Mão inicial:

No draw, eu ainda não sabia qual deck estava enfrentando, mas tendo incinerate e javelin me dava uma segurança no early game, e ainda tinha o Gouger para colocar alguma pressão. A mão não era perfeita, mas dava para ficar. O oponente fica com as suas 7 também.

O-Oponente, S-Stalker

O: Megaliths passa
S: Draw montanha, montaha vai
O: Montanha, Blood Knight vai
S: Draw outra montanha vai. Aqui eu já tinha a opção de queimar o knight, para não correr o risco de algum trick, do tipo Brute Force, mas era melhor esperar, pois muitas versões de monoR tem deixado o magus da lua no sideboard e usado o Ram-Gang (3/3 haste) no lugar. Então era esperar o momento certo.
O: Montaha, ataca com knight. Aqui na attack phase eu uso o incinerate. 2° Main phase, Mogg fanático vai
S: Compro Skred, faço a montanha e gouger. Passo.
O: Bate com o Mogg (19) sac mogg e incinerate para matar o Gouger. Aqui ele gastou 2 cartas para matar uma minha. No mirror isto faz muita diferença. Ele perde o drop land e passa.
S: Compro Demigod, faço montanha e passo. (Com Skred, Javelin e Incinerate na mão, estou numa posição bem confortável.
O: Perde outro drop land, mas faz Blood Knight e Magus do Scroll. Aqui tenho a opção de matar os bixos dele, mas preferi guardar meus burns para o demigod ou para poder finalizar, já que no próximo turno eu iria fazer o meu demigod e ele estaria tapped out.
S: Compra montanha, faço Demigod e bato (15).


O: Compra a land, bate com o Knight (17) e passa.
S: Compro megaliths, e bato. Oponente da choque no demigod, e fica com 2 cartas na mão. Ativa o magus do scroll, nomeando demigod e acerta. Aqui sinto que o match se inverteu, pois ele deve estar com 2 demigod na mão, e mesmo que eu mate 1, vou ter que lidar com o outro. Minha esperança é comprar o segundo demigod.
O: Perde mais um drop land, bate com o Knight, incinero ele, ele faz mogg e passa.
S: Compro Magus da Lua, faço e ele com 2 cartas na mão ativa novamente o scroll nomeando Demigod, ele acerta e agora tenho 95% de certeza que ele tem 2 demigod na mão.
O: Faz a megaliths, o que significa que no próximo turno os Demigod vão vir babando.

Minhas próximas draws foram outro mago da lua, Scroll e montanha. Como eu previa ele tinha outro demigod na mão então mesmo asssim meus burns não foram suficiente para segurar a horda de Demigod.

Vamos para o Game 2:
Side in: 4x Avalanche Riders 3 Murderous Redcap 4x Lash out
Side out: 4x Magus da Lua, 3 Magus do Scroll, 4 Incinerate

Magus da lua é algo bem fácil de entender. Os redcap se mostraram bem eficazes no mirror pois é um 4 pra um, já que ele entra em jogo, mata um bixo, da 2 blocks no Gouger e ainda pode matar outro bixo. Sobre o scroll, eu não gosto muito dele no mirror, pela presença constante de fanáticos e no late game até o megaliths matar ele, mas se ele conseguir permanecer na mesa, ele pode ganhar jogos. Trouxe os lash out, pois eu vou ser o control da partida e quero achar meus avalanche e Demigod com a habilidade do clash, enquanto vou matando os bixos do oponente. Os fulminator ficaram no sideboard, pois não compensa trazer eles só para matar megaliths ou ghitu.

Mão inicial:
Por estar no play, e tendo 2 avalanche riders, eu achei que valia a pena keepar esta mão, pois assim nem os redcap nem os demigod do meu oponente entrariam tão cedo no jogo. Oponente keepa as 7 também.

S: Montanha, mogg vai
O: Montanha mogg vai.. mirror match oras!
S: Compra gouger, montanha vai, bato e trocamos os moggs.(19-19)
O: Megaliths, mogg vai
S: Draw montaha, Gouger vai
O: Faz dragons claw, e magus do scroll (19-20), bate mogg (18-20)
S: Compro Lash out, montanha, Avalanche Riders destruindo a megaliths, bate gouger (18-17). Deixo o avalanhe para um possivel block.
O: Mogg+Lash out para matar o Gouger, só que ele faz isso depois da draw step, então a montanha que ele revelou ia vir só no próximo turno, e ele perde o drop land. Eu revelo montanha e boto no fundo.
S: Como ele tinha só 2 lands, eu pago o echo do riders. Compro fanático, bato, faço land e o fanático. (18-17).
O: Aqui ele faz outro dragons claw, e da choque para matar o Avalanche #1.
S: Compro Demigod, mas faço o Avalanche #2, já que isso tira a 3° land dele, e me preveni de um possível Javelin no próximo turno para matar o Demigod. Ao ver o segundo avalanche, o oponente concede.

Game 3

Aqui o jogo se resumiu a minha mão absurda. No draw eu abri de Mana, Mogg, mana Blood Knight, mana Gouger, 4 mana, tive a opção de fazer o Avalance, mas preferi passar, suspeitando que meu oponente faria um demigod no próximo turno, já que até o momento ele não tinha feito nenhuma spell. Estou correto e mato Demigod com Javelin no passe, Faço o avalanche e bato para ganhar o jogo. Kill de 5° Turno. God Hands acontecem de vez em quando :)

Bom em resumo os avalanche Riders parecem ter feito a sua função corretamente, não que este seja o melhor sideboard para o mirror de monoR, mas é o que tem me ajudado a ganhar os mirror aqui no MOL. Continuo não gostando de Dragon’s Claw, pois existem soluções mais inteligentes e cartas que possam ser mais úteis em outros matchs. Para quem for se arriscar a jogar de MonoR, meu conselho é tentar inovar, pois os outros decks já estão se adaptando e logo logo o monoR perderá novamente o seu espaço.

Neste 8man que eu joguei, ganhei o Round 1 de um Fadas, com Magus da Lua sendo MVP mais uma vez, ganhei deste monoR no Round 2. Na final ganhei de um BG Ramp, graças aos Skreds e ao pacote de LD. Ganhei no Game 3, depois de matar 2 Masticoras e ainda tomar 1 Kitchen Finks e 2 Primal Command que botou uma land no meu topo, buscou um Goyf 7/8 e ainda ganhou 14 de vida.

É, a vida não anda nada fácil para os MonoR players! Comentem o que vocês acharam , as jogadas onde eu caguei no pau, e o que fariam de diferente tanto nos jogos quanto no sideboard. Os comentários que vocês fazem é o que nos motiva a continuar escrevendo neste blog.

Até a próxima!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

De olho no Standard

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Já se passaram alguns meses desde a realização do GP Buenos Aires na bela Argentina. De lá pra cá, tivemos o lançamento de mais uma edição, Eventide, e a realização de alguns dos principais Nacionais, como o americano e o francês.

Se compararmos o metagame de Buenos Aires com o dos dias de hoje, vocês verão que muita coisa mudou. Não muito pela adição de mais uma edição no formato, mas sim pela criação de Tomoharu Saito.

O Mono Red dos japoneses, mais conhecido como 8 Magus, deixou de ser uma aposta do Saito para Buenos Aires e com a entrada do Figure of Destiny no formato, transformou-se em uma realidade.

No final de semana onde Eventide começou a ser utilizada, foram encontradas nada menos do que nove listas de Mono Red nas primeiras colocações dos quatro Nacionais realizados – os Nacionais da França, EUA, Canadá e Itália.

Como o deck não possui cartas tão valorizadas no mercado como Mutavault, Bitterblossom e Tarmogoyf, a tendência é encontrarmos diversas listas no FFA (Free for All) e quem sabe no nosso Nacional.

Ao analisarmos o Top 8 dos quatro Nacionais citados, veremos que o RG Ramp e o BGw Doran (Tarmofolk) perderam um pouco de sua força, dando espaço para decks como o BR Tokens e o Quick´n´Toast.

O Quick´n´Toast, por se tratar de um 5c Control, possui diversas versões e pode sempre se atualizar de acordo com o ambiente de sua cidade. Diferente de sua primeira versão no PT Hollywood e da utilizada pelos franceses em Buenos Aires, o QnT atual possui cartas como Coalition Relic, Mystical Teachings e Condemn.

Tais mudanças já refletem um novo ambiente no Standard, onde o Mono Red começa a se tranformar no deck a ser batido. Coalition Relic é uma boa alternativa contra o Magus of the Moon, além de ser uma ótima aceleração para um 5c. Já o Condemn é uma excelente resposta ao Demigod of Revenge, além de ser bem efetivo contra Treetop Village, Mutavault, entre outras “man lands”, eterno problema do QnT.

As primeiras listas de BR Tokens surgiram no PT Hollywood, mas até então nenhuma havia conquistado resultados muito expressivos, porém uma nova versão substituindo o Furystoke Giant por Torrent os Souls deu muito certo na Itália.

Particularmente não gosto do deck, não consigo vê-lo como uma opção muito viável para o ambiente atual. Durante os próximos dias prometo jogar mais um pouco com o deck, quem sabe não acabo mudando de opinião. Mas de qualquer forma, o deck conquistou bons resultados nestes primeiros Nacionais e vale a pena ficar de olho.

Com essa explosão do Mono Red no formato, a tendência é que decks como UB Faeries e UW Merfolk percam um pouco de espaço ou tenham que se adaptar, assim como o Paul Cheon fez.

Sua versão joga com bem menos Fadas e opta por cartas como Shadowmage Infiltrator e Remove Soul, transformando o deck numa versão muito mais control do que a habitual.

Se for confirmada essa nova tendência, com uma diminuição do UB Faeries e do UW Merfolks nos principais campeonatos, um deck que tem tudo para crescer é o UWr Reveillark. O deck possui um match razoável contra Mono Red e tende a ficar bom nesse novo ambiente que está sendo formado.

Outro deck que eu acredito que precisará de algumas adaptações é o BG Elves. Enquanto o UB Faeries e o UW Merfolk estavam no topo, o BG Elves se transformou numa excelente opção, tanto que conquistou o PT Hollywood e o GP Buenos Aires, porém com os dois decks em baixa e com o crescimento de decks como o QnT e o Mono Red, os Elfos podem perder um pouco de sua força.

Acredito que a nova edição ainda não foi muito explorada no Standard, por enquanto a única carta que tem jogado realmente é o Figure of Destiny no Mono Red. Talvez nestes próximos Nacionais ou no GP Copenhagen apareçam novidades e novas techs para o formato, enquanto isso vale a pena frisar que o ambiente anda muito aberto e além dos decks citados, outras opções viáveis são o Swans (Campeão do Nacional australiano) e o Mono Red Storm, que chegou na final do GP Buenos Aires nas mãos do Fanfarrão.

Não acredito que o ambiente mude muito até o FFA e o nosso Nacional, porém caso ocorra alguma mudança significativa, tentarei mantê-los atualizados. Essas são algumas das primeiras impressões que eu tive logo após a realização destes primeiros Nacionais e com a entrada de Eventide no formato. Vamos ver o que o futuro nos reserva.

Bons treinos e até a próxima!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O MOL e os drafts

por Leandro "Stalker"

Já fazia um tempo que eu não mexia no MOL, desde que lançaram esta versão nova para ser mais exato. No passado o meu grande passatempo era ficar assistindo os replays de Premier Events que ocorriam diariamente, para saber quais eram os decks tier1, como se desenrolava as partidas entre os decks to beat e o poder de sideboard de cada deck. Infelizmente com a versão III os replays continuam indisponíveis, restando assim jogar os 8man, tanto T2 quanto os Drafts. Comprei alguns tix pra poder voltar a jogar no mol e fechei o MonoR do Saito, adquirindo só as cartas de Lorwin/Shadowmoor que faltavam, já que eu tinha todo o resto das cartas por causa do block do ano passado. Esse upgrade do MonoR saiu em torno de 30 tix, e parece que eu fiz a escolha certa no momento exato, já que com o sucesso do MonoR nos nacionais deste fim de semana (EUA, França e Itália) as cartas deram uma inflacionada legal.

Constructed

Joguei dois 8man, fiz 1-1, ganhando de um DS e perdendo para um Lark, e no outro fiz 2-0-1, ganhando de UW Merfolk, Swan e splitando a final. Esse jogo contra o swan foi até que engraçado, porque o cara fechou o combo, mas não conseguiu me matar, possívelmente por ter comprado as duas Gaea's Blessing do deck. A pressão para ele ganhar naquele turno também era grande, pois ele morria na volta.

O ambiente T2 do MOL está bem variado, Fadas, Swans, Ramp, Toast, mas para estes torneios de tiro curto (3 Rodadas) muita gente tem apostado nos Larks e Storms.
O mirror de MonoR é um match que eu tenho enfrentado constantemente, mas que eu cheguei a conclusão que quem compra 2 Demigod primeiro ganha.. alguns tem usado a tática do Dragon's Claw, mas pra mim é uma carta meio ineficaz, ficando realmente boa só no momento em que você coloca duas na mesa. As builds com snowlands para potencializar os Skred tem uma certa vantagem sobre o monoR antigo, pelo fato de você poder ter mais respostas para o Demigod e Gouger do oponente.

Limited

O real atrativo do mol são os drafts. Tendo tix e tempo livre, da pra se passar o dia inteiro draftando. Cada mesa é diferente e os jogos são bem mais interessantes. Nada de netdeck. Aqui vai da habilidade de cada um fazer os melhores picks, entender os sinais do cara da sua direita e da sua esquerda e montar um deck bem curvado e consistente. O Thorgrim é o cara do draft, conhece bastante a teoria de limited, do que é bom, quais cartas causam maior impacto no jogo. Boa parte disso ele aprendeu na época que o mol era de graça.. há uns bons anos atrás.

Eu aproveito esses nossos treinos de draft para aprender um pouco desse mundo do T3, entender o porque de cada pick, sabendo a hora de pegar a removal ou aquele bixo que encaixa bem no deck. É aquela coisa, se você pretende um dia ter vaga por ranking para jogar o natz, você precisa caprichar no seu ranking limited, ele que é o grande divisor de águas.

Draft N°1

Começamos o nosso 1° draft do dia abrindo logo de cara uma das bombas do formato S/S/S. Firespout. Com o passar dos booster, percebemos que o verde e branco estava totalmente aberto, já que deu pra pegar, Kitchen Finks, Cavaliers, Shield of Oversoul.. o 2° Booster não foi tão generoso, mas ainda deu para pegar alguns Return to Mist. Ai o Thorgrim comenta.. Falta só vir o Liege G/W que a gente praticamente tem o deck gw do block montado. Ai no 3° Booster, de cara o Liege.. só sorte! Ainda conseguimos pegar um Maniac.. e vamos pro jogo.

Round 1:
Deck vem redondo, mana Maniac, mana 2/2 Persist, 4 mana liege.. 5° Turno Kill.
2° jogo foi mais disputado, ele fazendo uns bixões e eu tendo que dar um chump attack para poder limpar a mesa com o firespout.. no final um finks ficou na mesa e terminou o serviço.

Round 2:
O cara abriu com o Mistmeadow Witch que ficou dando bounce em todos os meus bixos. Ai minha mão que eu achei que tava perfeita com o Cavelier+Shield of Oversoul ficou meio zuada.. Ele deu vários bounce atrasando meu desenvolvimento da mesa, e depois que ele resolve um Procession vejo que o jogo foi pro saco.
Game 2 quase a mesma coisa, mas quando ele bota o encantamento que da lifelink e deixa o bixo imploqueavel..GG. Tenso jogar de GW e enfrentar esse UW, onde meu acesso a removal era bem pequeno. Se no Game 1 os Last Breath ou Mercy Killing tivessem dado as caras, talvez desse para levar.


Bom, uma vitória e uma derrota, agora com o novo sistema de 8man do mol, ganhar a primeira partida é de extrema importância, para não sair no prejuizo. Nos eventos constructed a inscrição custa 6 tix, e a premiação é 5-3-2-2, ou seja 5 boosters para o primeiro, 3 para o segundo e assim por diante. Levando-se em conta que um booster você consegue vender rapidamente com o bots por 3.34 Tix, significa que ganhando a primeira partida você praticamente pagou a sua inscrição. No draft, o custo de inscrição é de 2 Tix+3 booster, e a premiação é 4-3-2-2, ou 8-4 (premiando só o 1° e 2° lugar). O que as pessoas normalmente fazem no mol é ganhar tix nos campeonatos constructed para poder gastar a premiação jogando draft, já que fazer dinheiro draftando é uma coisa mais complicada.

Draft N°2
Aqui o draft foi mais bizarro. De primeiro pick Incremental Blight, que sem dúvida é uma das melhores bombas do formato.. mas daí pra frente o deck parecia que ia ficar muito esquisito.. nenhuma carta boa nos booster que chegavam.. ai na dúvida era dar pick nas removal.. e isso se estendeu até o final do 2° booster, nesse ponto o deck tava tendendo para um UB com varias removal e algumas draws, mas ai veio o 3° e milagroso booster. De cara a gente abre e vê uma Puppeter Clique, e para nossa surpresa o preto foi muita underdrafted, tanto que praticamente todos os picks do 3° booster eram cartas playables. O deck continuou não dando aquele ar de vencedor, principalmente por causa de ser um MonoB e que usava vários bixos duvidosos, como o 2/1 wither. Conseguimos deixar o deck monocolor e com bastante cartas playables, o que parece ser a tônica nos drafts de S/S/S, já que os entendidos de draft falam que a melhor estratégia é draftar monocolor.
Para minha surpresa o deck foi ganhando, ganhando e por incrível que pareça a gente fez 3-0 neste draft, enfrentando na final um GW praticamente idêntico ao que a gente fez no draft n°1 Desculpas mas a minha memória não é tão boa, e eu nem lembro direito dos matchs. Quando os replays voltarem, ai da pra fazer uma analise melhor das partidas.

Até que esse monoB whiter não estava tão ruim. As bombas do deck ajudaram bastante, incremental blight fazendo 3x1, e ainda levando um redcap do oponente no processo. Foi um card advantage absurdo. E ainda com backup de Puppeter, que pegou o redcap do grave e ainda matou outro bixo..FATALIY! A única preocupação do deck era conseguir controlar o early game, já que depois do 5° turno as minhas spells se tornavam muito superiores. Bom, fica ai a dica, monoB não parece ser um arquétipo tão ruim, e você pode ter a sorte de ele ser uma cor underdrafted e no final sobrar várias cartas boas para você dar pick.

Cartas importantes para o arquetipo do monoB:


- Torture
- Scar
- Ooona’s Gatewarden (Para segurar os aggros no early game)

- Sickle Riper (Idem, e muito bom na hora que você sai da defensiva e parte para o ataque)

- Gloomlance (Ótima Removal)

- Sootwalers ou o Wanderbine Rootcutters (independente de quem você enfrentar, ter um bixo 4 manas 3/3, com a chance de ser imbloqueavel ajuda a ganhar muitos jogos)
- Gravegill Axeshark (O persist dele ajuda nesse jogo de atrito, até suas bombas caírem na mesa)

Bom, é isso, para quem quiser me encontrar no mol para treinar e trocar idéias sobre T2/T3, meu nick é stalker_br. Assim que o drafts foram acontecendo eu vou escrevendo.. isso se meus tix não acabarem antes :)

PS: Devido a um erro aqui no blogger, não conseguir fazer upload das "imagens", fica pra próxima.

domingo, 3 de agosto de 2008

Jogada da Semana

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Toda semana irei postar alguma jogada interessante que eu fiz, presenciei ou acompanhei no Coverage de algum torneio. Pode ser um ataque bem sucedido, um blefe bem elaborado ou simplesmente uma jogada que eu achei legal compartilhar com vocês.

Como é a primeira semana que a coluna estará sendo publicada, irei comentar sobre um jogo meu no início desta temporada de Regionais. Não foi uma jogada brilhante, mas foi um mind trick que até hoje me rende boas risadas.

Regional da Devir – 1ª rodada

Estava eu de BG Elves, jogando contra um conhecido meu de UW Merfolk. Naquela época ainda não sabia exatamente como fluía tal jogo e minha lista era bem diferente da utilizada no GP Buenos Aires.

No game 1, lembro de ter zicado mana no começo do jogo e quando meu terceiro terreno resolveu aparecer era tarde demais. Os peixinhos já estavam me disciplinando.

No game 2, o deck resolveu colaborar e uma mão bem razoável me trouxe um Chameleon Colossus no início do jogo, colocando me em uma situação bem confortável. Mas o que realmente importa ser dito é que neste jogo coloquei para dentro os 3 Seal of Primordium do sideboard para lidar com os prováveis Teferi´s Moat.

Ainda nos primeiros turnos deste game, aproveitei um momento onde todos os seus terrenos estavam virados e consegui descer o Seal of Primordium, sem que ele pudesse responder com qualquer tipo de counter e antes mesmo de seu Teferi´s Moat, o terror do BG Elves, cair na mesa. De qualquer forma acabei não precisando do Selo para ganhar.

Logo quando acabou o segundo game, meu oponente foi logo retirando três cartas do deck, que eu imaginava serem (e realmente eram) os Teferi´s Moat, para inutilizar o meu Seal of Primordium que ele havia visto no game anterior.

Continuei embaralhando normalmente, até momentos antes de ele terminar de embaralhar seu deck, foi então que eu peguei meu sideboard novamente e fingi retirar três cartas do deck, para ele pensar que eu também havia retirado os meus Selos.

Não deu nem um minuto e lá estava ele colocando de volta os Teferi´s Moat para dentro do deck, voltando ao jogo contente, por achar que eu não conseguiria lidar com os encantamentos no derradeiro game.

O game 3 prosseguiu e ele acabou ganhando sem nem precisar do Moat, porém o que vale a pena ressaltar é que o fato de eu ter conseguido “enganá-lo” me fez ter controle sobre tal situação durante o jogo, criando uma pequena, porém importante vantagem para mim.

Tal situação me fez lembrar que uma tática interessante para evitar esse tipo de coisa é toda vez que você for efetuar as trocas do sideboard, você deve colocar as 15 cartas para dentro e depois retirar 15, mesmo que você não vá utilizar todas as cartas do seu side.

Essa tática é pouco utilizada pela maioria dos jogadores, mas é uma idéia interessante caso você não queira que o seu oponente descubra quantas cartas estão entrando após cada game.

Voltando ao jogo, na hora em que estávamos guardando os decks para se retirar da mesa, meu oponente veio me perguntar: “Você tirou o Seal of Primordium no game 3, né? Por que eu percebi e fui logo colocando de volta o Teferi´s Moat”.

Eu, contente por minha tática ter dado certo, disse que não havia retirado os Selos em nenhum momento e fui choramingar minha derrota com os meus amigos.