segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Preparativos para Berlim

por Leandro "Stalker"


Semana que vem acontece mais um Pro Tour, dessa vez no formato extended. Nossa delegação parece que será maior dessa vez, já que além das figurinhas carimbadas do PV, Jaba e Edel, teremos nossos 4 representantes ganhadores dos PTQ de SP, RJ, POA e BA (Nariz, Leit, Brunilsks e Elton respectivamente), além de outros brasileiros que tem vaga por ranking e outros por terem feito top16 no GP Buenos Aires. Reza a lenda que Bolovo também estará em terras germânicas. Para todos os brasileiros que irão competir, boa sorte!

Sobre o formato, este será o primeiro grande evento T4 com a nova rotação. Alguns decks sumiram do mapa, outros se fortaleceram, mas o espaço para novas idéias é imenso e é isto que eu espero que aconteça neste pro tour. Historicamente os franceses se dão muito bem neste formato, já que eles ganharam os últimos 3 PT Extended e eu não acredito que isto seja mera coincidência. Os japoneses vêm logo atrás. Dificilmente o top8 não terá um representante da França e do Japão. Os melhores deckbuilders vêm desses países e a possibilidade deles “quebrarem” o formato é grande. O Brasil não é muito reconhecido por criar decks novos, mas tem uma fama boa de aperfeiçoar os existentes. Como exemplos acho que posso citar o Psychatog que levou o Jaba ao título do mundial em 2002, o Boros no mundial de 2006 que fez 6-0 no day1 nas mãos do PV e do Edel, e o GW no GP Montreal, onde o Celso Zampere se sagrou campeão.

Para quem vai acompanhar o Pro Tour neste próximo fim de semana, segue aqui os principais decks que vem aparecendo neste novo ambiente extended. Assim, quando você estiver acompanhando o coverage, não ficará tão perdido e saberá mais ou menos o que cada deck faz.

Domain zoo: É um dos decks aggros mais rápidos do formato, conseguindo matar em média no 4-5 turno. A estratégia é fazer bixos nos turnos 1, 2 e 3 e dar o restante de dano com os burns. O “domain” no nome vem do fato de ele usar as 5 cores, para pode fazer o tribal flames com sua força total. Cartas chave: Wild Nacatl, Dark Confidant, Stifle, além de toda a base de mana, com duals e fetchlands.

BG Deathcloud: Com a rotação o deck perdeu o Pernicious Deed, mas mesmo assim continua sendo um deck forte neste ambiente. Com os disrupts (Thoughtseize e Raven’s Crime) para lidar contra os combos e control, e Sakura para atrasar os aggros. Finaliza o jogo muitas vezes com um Garruk+Cloud, que limpa a mesa e a mão dos 2 jogadores, fazendo um beatdowns de bestas depois q a poeira abaixa. O BG Deathcloud é o clássico “The Rock”, que não possui bad matchs, mas também não tem good matchs, tudo beirando os 50/50. Cartas Chave: Sakura, Tarmogoyf, Garruk, Death Cloud.

Affinity: O deck de artefatos que parece nunca sair de moda, descarregando a mão no 2,3° turno. Com Shards o deck ganhou algumas nova possibilidades com o Master of Etherium e o Salvage Titan. Seu grande ponto fraco está nos jogos pós side, com o hate do sideboard dos oponentes. Kataki, Oxidize, Ancient Grudge, Hurkyls Recall. Cartas Chave: Cranial Plating, Ravager, Nexus

Storm: Aqui é a seção dos decks combos. A idéia central é fazer um monte de mágicas no mesmo turno usando os Dark Ritual permitidos no formato e tutores, dando cast no Mind’s Desire e fazendo mais um monte de mágica “de graça”. Normalmente isto acontece lá pelo 4° turno, mas eu já vi acontecer do deck combar de 2° turno, ou as vezes até de primeiro. Os jogadores tem optado por usar como kill condition Grapeshot ou Tendrils.
Cartas Chave: Mind’s Desire, Grapeshot/Tendrils, Peer Through Depths

Fadas: Um deck que dominou o formato block e o T2 recentemente, conseguiu fazer sua transição para o extended. Se já era difícil jogar contra fadas quando eles só tinham acesso a Rune snag, imagine agora que tem Spell Snare, Mana Leak e Remand.
Cartas Chaves: Spellstutter, Spell Snare, Vendilion Clique.

É claro que muitos decks deixaram de ser citados, mas como a varieadade de decks é imensa, alguém sempre vai ficar de fora. O metagame de Berlim não deve fugir muito destes deck aqui citados, mas como eu já disse o espaço para se quebrar o ambiente é grande, e a minha expectativa é que apareça um deck totalmente novo surpreendendo geral.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Welcome to the Jund

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

rimeiramente, gostaria de me desculpar, pois andei um pouco away do blog nesta última semana. Apesar de não escrever, tal semana que se passou foi muito produtiva.

Por se tratar da semana do saco cheio, o pessoal do canal mtg.br se empolgou e rolaram diversos drafts por lá. (Valeu Shooter, Paulo, PV, lucasb, sandoiche, MBC, Lucaparroz, MAGETAs e todo mundo que draftou infinito)

Além dos diversos drafts diários, foi um final de semana muito movimentado no mundo do Magic, já que ocorreram dois GPs do formato do PTQ Kyoto. O GP Paris, que bateu o recorde de participantes e o GP Kansas, que contou com a participação de quatro brasileiros, sendo que dois deles fizeram Top 8. (Parabéns Jaba e Edel)

Confesso que tais eventos me fizeram sentir saudades de Buenos Aires e de tudo que rolou por lá. Resta agora torcer para que ano que vem a Wizards apareça com outro GP na América Latina e eu possa participar novamente de um evento deste tamanho.

Voltando ao assunto principal do post, para quem não se recorda prometi escrever uma série de cinco textos, onde cada um deles iria tratar sobre um fragmento diferente e contar um pouco como cada mecânica influencia o formato.

Após falar sobre Naya na última semana e ter jogado diversos drafts da edição já pude perceber que existem duas correntes no draft que me agradam. Uma delas é focar nessa base GW e dependendo do que me passarem ir para Naya ou para Bant, draftando o maior número possível de criaturas com poder maior ou igual a 5 ou criaturas Exalted.

A outra corrente é focar em uma base BR, apostando nos dois “pingadores” da edição (Blood Cultist e Vithian Stinger), em diversas removals e dependendo de como o draft fluir partir para Grixis ou Jund.

Quando comecei a draftar Shards of Alara, um dos fragmentos que mais me chamaram a atenção foi Esper, pois seus artefatos coloridos pareciam ter uma interação muito mais sólida do que os outros fragmentos. Porém, no meu ponto de vista, Esper me parece um pouco lento e não está preparado para um começo agressivo de fragmentos como Naya ou Bant, portanto tenho evitado o máximo possível draftar este fragmento.

Esta semana o fragmento escolhido para ser discutido será Jund e como a habilidade Devour afeta o formato.

Jund é um fragmento bem interessante de ser jogado. Apesar de não ser tão agressivo quanto Naya ou Bant, Jund pode reservar grandes emoções e saídas bem interessantes como esta que aconteceu recentemente comigo:

Turno 1: Forest
Turno 2: Mountain, Dragon Fodder

Turno 3: Mountain, Thunder-Thrash Elder

Turno 4: Swamp, Drumhunter


Quando vocês forem jogar de Jund, irão perceber que uma das cartas mais importantes para o arquétipo é Dragon Fodder. Independente de qualquer coisa, Dragon Fodder já é uma carta boa e pode lhe render tanto uma saída agressiva, quanto dois importantes blocks no late game.

Mas quando esta carta é utilizada em Jund, ela se torna incrível. Os dois goblins que a carta produz são a isca perfeita para suas criaturas Devour, um alvo bem justo para um Bone Splinters, além de interagirem muito bem com cartas como Hissing Iguanar ou Fleshbag Marauder.

Outra maneira de explorar o poder de Dragon Fodder é montando um deck baseado em tokens, se aproveitando também da habilidade de cartas como Jund Battlemage, Sprouting Thrinax e Necrogenesis.

Para quem não entendeu, a idéia do deck seria entupir a mesa de tokens, atacando sempre em bando, interagindo com duas cartas que podem aumentar o poder de seus atacantes: Scourge Devil e Naya Battlemage.

Quando a edição saiu e eu ainda não havia decorado devidamente seu spoiler, imaginava que existiam diversas criaturas Devour, porém percebi que existem apenas sete, sendo que apenas duas delas não são raras.

Sou fã tanto de Thunder-Thrash Elder quanto do Thorn-Thrash Viashino, mas concordo que para elas serem bem sucedidas em seu deck é preciso que ele possua diversas cópias de Dragon Fodder ou criaturas não tão brilhantes, mas que possuam algum “comes into play” effect como é o caso do Elvish Visionary e do Blister Beetle. Já as criaturas Devour raras são todas extraordinárias e cartas como Caldera Hellion e Predator Dragon estão entre as melhores cartas da edição.
Existem três cartas que combinam muito bem com a habilidade Devour e com a idéia que o deck apresenta, são elas: Algae Gharial, Rockslide Elemental e Scavenger Drake.

Caso queiram montar um bom deck Jund, terão que ter pelo menos uma cópia de alguma delas. Além das remoções naturais que as cores do fragmento apresentam, existem diversas cartas que colocam duas criaturas no cemitério de uma vez só, portanto os três citados acima costumam crescer e causar problemas ao seu oponente rapidinho.

Exemplos de cartas que interagem com eles não faltam, mas três me chamam bastante a atenção, são elas: Bone Splinters, Fleshbag Marauder e Bloodpyre Elemental. Todas são ótimas remoções e encaixam perfeitamente em qualquer deck que utilize uma de suas cores, mas se tornam excelentes quando além de destruir uma criatura do oponente, você pode crescer um de seus gladiadores.

Uma carta rara que poucos dão valor no draft, mas que em Jund pode ser uma ótima opção é o Goblin Assault. Não sei se já deu para perceber, mas devido a todas as cartas já citadas no texto, tem horas que Jund precisa apenas de um pequeno Goblin para ser devorado ou simplesmente suicidado alimentando todo turno uma de suas criaturas.

Outro fator importante de Jund são as mágicas que o fragmento tem acesso. Além de ter acesso a diversas remoções como Branching Bolt, que é uma das melhores comuns da edição, Jund tem acesso a Blightning, que nada mais é do que puro card advantage.

Cada dia que passa eu gosto mais de Blightning, além de ser uma maneira bem efetiva de lidar com alguma bomba na mão do oponente ou atrapalhar um pouco sua curva de mágicas, Blightning não se torna uma carta morta no late game, causando muitas vezes a quantia de dano necessária para finalizar o oponente.

Para ilustrar o fragmento de Jund, segue uma decklist de um dos drafts que joguei recentemente com o povo da mtg.br e que ilustra muita bem essa idéia que o fragmento quer transmitir:

Jund Draft by Ricardo “Thorgrim” Mattana

Creatures (15)
1 Hissing Iguanar
1 Vithian Stinger
1 Blood Cultist
2 Rockslide Elemental
1 Jund Battlemage
1 Thorn-Thrash Viashino
1 Bloodpyre Elemental
1 Carrion Thrash
1 Mycoloth
1 Cavern Thoctar
1 Jungle Weaver
1 Blister Beetle
1 Dregscape Zombie
1 Goblin Deathraiders

Spells (8)
1 Bone Splinters
1 Magma Spray
2 Dragon Fodder
1 Naturalize
1 Blightning
1 Branching Bolt
1 Gift of the Gargantuan

Lands (17)
6 Mountain
5 Forest
4 Swamp
1 Jund Panorama
1 Savage Lands

Espero que vocês tenham gostado de mais um dos textos da série e que eu não tenha deixado escapar muita coisa sobre Jund. Caso alguém tenha conseguido montar um Jund bem sucedido ou perceberam alguma interação entre as cartas do fragmento, não deixem de colocar nos comentários.

Esta semana vou ver se consigo dar uma boa dissecada na cobertura dos GPs que ocorreram e tento contar para vocês mais algumas das minhas impressões sobre o formato no próximo texto da série.

Agradeço pela atenção e pela visita. Tenham uma ótima semana e até a próxima!

sábado, 11 de outubro de 2008

A Rampa de Mana, Parte 2

Por Leandro "Stalker"

Após mais uma semana de testes com este Ramp, pude tirar uma amostra dos decks que estão rodando neste novo ambiente.

Fadas e Kithkin por terem sido os decks mais fortes na temporada block, continuam predominando. Em menores quantidades estão aparecendo alguns QnT, BR tokens, Bant, RG Warriors. BG elves parece que nunca saiu de moda também.

Eu fiz algumas alterações nas listas que eu postei no começo da semana.

Retirei os finks porque nos meus testes ele não era tão impactante para me ajudar a controlar a mesa. Para controlar melhor os primeiros turnos de jogo achei melhor colocar 2 terror. A Oona estava meio perdida no deck como vocês perceberam no deck e por isso adicionei 2 Cloudtresher (Boa Estorquido!). O que me fez ter que tirar um Siege-gang também para não ficar com tantas mágicas de custo 5+ no deck. Com o Tresher no main deck agora e sem Finks para me ajudar a ganhar vida, o Warhammer tinha que ser acrescentado, já que eu teria muitos alvos para eles. Os tokens de saprofita do Sprouting Thrinax, os tokens do Siege-Gang, Tresher, Colosso Camaleão.

Alterei um pouco os terrenos também, tirando 2 florestas e colacando +1 filter BG e +1 filter RG, principalmente por causa dos Infests e Spitebelows que eu tinha no sideboard.

O sideboard ficou assim:

1 Cloudthresher
2 Infest (kithkin)
2 Naturalize (Blossom, oblivion rings..)
3 Spitebellows (Camaleão e outros bixos estupidos)
4 Thoughtseize (fadas, Toast)
3 Kitchen Finks (Decks com burn)

Com essas alterações fui botar o deck a prova no FNM da Domain desta semana. Segue aqui um breve report.

Round 1: Kithkin

G1 Perdi no dado e mulligo para 6. Acabei ficando com uma mão razoável, com acelerador, terror e Cloudtresher. O kithkin vem explosivo, descarregando Figure of Destiny, Knight of Meadowgrain. Quando estou prestes a controlar a mesa, ele faz Light from Within, me leva a 3 de vida e não consigo mais voltar pro jogo.
G2 Faço camaleão de 3° turno, ele se apressa em tentar ativar a Windbrisk Heights colocando 2 Figure of destiny e 1 knight of Meadowgarin na mesa. Bato com o Camaleão, ele não bloqueia e depois faço infest levando seus 3 bixos. A vantagem é muito grande e vamos para o G3.
G3 Consigo segurar o começo do jogo com um firespout de 3° turno, voltando de Camaleão, Shriekmaw, Garruk e outro Camaleão. Tiro 4 marcadores do Garruk e ganho o jogo.

Side in: 2 Infest, 1 Cloudtresher
Side out: 1 Camaleão, 1 Solo Fértil, 1 Loxodon Warhammer

Tirei o Camaleão porque sempre tem 1 token bloqueando ele, e o Tresher tem a utilidade de lidar com os tokens do Spectral Procession.

1-0

Round 2: Naya Beats
G1 Perco no dado e mulligo pra 6 novamente. Vamos trocando bixos até o momento que ele faz um Oversoul of Dusk. Eu sabia que estava em uma péssima situação, pois meu deck ainda não tem respostas para esta criatura. Acrescente um Loxodon Warhammer na mesa do oponente e minha vida foi embora rapidamente.
G2 Mulligan para 6 novamente, fui tentando sobreviver novamente, mas outra vez me deparei com Oversoul e não tinha jeito, fui disciplinado outra vez por ele.
1-1

Side in: 2 Naturalize 1 Tresher, 2 Spitebelows
Side out: 1 Cruel Ultimatum, 2 Terror, 2 Shriekmaw

Camaleão e Oversoul eram os dois bixos que mais me causavam problemas, então Maw e Terror eram cartas mortas na minha mão. Ultimato eu poderia tirar todos, mas acabei deixando para poder lidar com warhammer, Oblivion Ring e Garruk do outro lado.

Round 3 : 5 colors, com Doran e Reveilark
G1 Perco no dado novamente, e ao invés de mull para 6, foi mull para 4. Não durei muito tempo e apanhei rapidamente para 1 Kitchen Finks e 1 Camaleão.
G2 Coloquei os Thoughtseize do sideboard, que me ajudam a tirar um Cryptic Command e um Mulldrfiter da mão do meu oponente. Ai fui batendo com Thrinax, Camaleão e levei o game.
G3 Ele abre fazendo 2 Birds of Paradise em seqüência. Quando vou tentar um Cloudtresher, tomo Broken Ambitions, mas com Manequin de backup trago o Tresher de volta e ele finaliza o serviço

Side in: 1 Tresher, 4 Thoughtseize, 3 Spitebelows
Side out: 1 Warhammer, 2 Firespout, 2 Garruk, 1 Cruel Ultimatum, 2 Terror

2-1

Round 4: Kithkin
G1, finalmente ganhei no dado e abri a melhor mão do campeonato. Solo fértil, Garruk, desviro 2 terrenos e faço Thrinax. No turno seguinte faço Siege-Gang. Meu oponente responde no turno dele ele fazendo Spectral Procession, eu faço a 6° mana Tresher, que mata os tokens de espirito e isso é game.
G2: Keepei uma mão de uma Savage lands, Rampant Growth e Infest. Comprei outra Savage Land, e enquanto isso meu oponente abre fazendo Burrenton Forge-Tender, Wizened Cenn e Procession. No meu 3° turno perco outro land drop, mas ainda havia uma esperança para mim. Meu oponente vira 3 lands e eu penso, se for outro procession eu estou vivo, infelizmente era uma Antífona Gloriosa. Ele bate, me leva a 2 de vida e eu recolho.
G3 Mull para 6 cartas. Acabei ficando com uma mão horrorosa, mas preferi não arriscar um mull para 5. A mão tinha 5 lands e 1 camaleao. Land vai , land vai, land vai, Land, Camaleão. Equanto isso, do outro lado ele começa de Goldmeadow Stalwart, Burrenton. Meu turno faço mana Rampant Growth e Warhammer, oponente responde com Cloudgoat Ranger. Faço land, e graças a esse flood, equipo o Camaleão e bato 14 levando o adversário a 6 de vida e eu a 29. Ele faz mirrorweave no meu Camaleão, mas como 6x4 normalmente da 24, eu ainda tinha 5 de vida e ganho na volta.. ufa!

Sideboard igual ao Round 1

Round 5 RG Warriors
G1 Ele abre muito bem, com Tattermunge Maniac, Paragon, Crusher, Garruk, Rip-Clan Crasher. Tento segurar o sangramento com Camaleão e Siege-gang. Quando parece que vou virar o jogo, ele compra o Furgão. Isto acaba com com as minha matematica do jogo e eu não tenho tempo de fazer o Ultimato.
G2 Dessa vez eu abro bem , dando Firespout que limpa a mesa, voltando de Garruk e Thrinax, ele recolhe e vamos para a 3° e derradeira partida
G3 Fico com uma mão boa, tenho terror para os bixos do começo do jogo,finks para ganhar alguma vida e ainda tenho camaleão e warhammer na mão, mas sou surpreendido por um Manabarbs que selou a partida.

Side in- 1 Solo fértil, 1 Ultimato, 1 Tresher
Side out- 3 Finks

3-2

Apesar do resultado, fiquei contente com o deck, porque ele funcionou do jeito que eu queria. Ele precisa de mais alguns ajustes, talvez acrescentar a 24° land e tirar o 2° warhammer. Sobre o sideboard, minha grande preocupação tem sido Oversoul of Dusk, pois alguns Kithkins estão usando ele no sideboard e está carta é praticamente auto-win contra o Ramp.

Após o término do campeonato, eu e o Thorgrim fizemos um brainstorm para esse slot do sideboard que pudesse lidar tanto com Camaleão quanto com Oversoul, diversas cartas foram citadas, Lignify, Trip Noose, Grim Poppet. Até que o Fuzzy apareceu e deu a melhor idéia até então, Mercy Killing. Solução elegante, pois eu poderia lidar com os tokens posteriormente via o Firespout. Caso alguém tenha alguma idéia melhor, me avise que eu testarei.

Até a próxima!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

As Crônicas de Naya

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

nquanto Shards of Alara ainda não deu as caras no Magic Online e não irá rolar nenhum campeonato Constructed importante nos próximos meses, tenho aproveitado minhas tardes livres durante a semana para draftar a nova edição no Idraft.

Para quem não conhece, o Idraft é um programinha bem simples, fácil de usar e tem se mostrado muito útil para a galera que não possue conta no MOL. (Caso alguém tenha interesse em jogar por lá, tem um Artigo bem antigo do Bertu que explica um pouco como ele funciona. Segue o link: http://www.ligamagic.com.br/?view=artigos/artigo&id=12.)

Após ler a coluna do Steve Sadin desta semana, onde ele fala um pouco sobre o fragmento Bant e qual o impacto da habilidade Exalted no formato, e aproveitando os drafts recentes que eu tenho jogado, acabei me animando a escrever sobre Limited novamente.

Para quem não sabe, Shards of Alara é dividido em cinco fragmentos – Bant, Esper, Grixis, Jund e Naya. – e cada um deles possui uma mecânica específica de acordo com a história do jogo.

Bant é o fragmento responsável pelas criaturas Exalted, enquanto Esper é caracterizado por artefatos coloridos, já Grixis possui como palavra-chave a habilidade Unearth, Jund, por sua vez, é responsável pelas criaturas Devour e finalmente Naya apresenta diversas criaturas com poder maior ou igual a 5.

A idéia será escrever uma série de cinco textos, onde cada um deles irá tratar de um fragmento diferente. Nestes textos irei descrever como funciona cada fragmento, quais as cartas mais importantes, o impacto de sua mecânica no formato e divulgar algumas listas de drafts e selados que eu tenha jogado neste período. O primeiro fragmento escolhido, como vocês devem ter visto no título do post, será o fragmento de Naya e suas criaturas gigantes.

Naya certamente é o fragmento mais agressivo dos cinco. Para quem acredita que o formato é bem lento, imagine tal jogada:

Turno 1: Forest, Wild Nacatl
Turno 2: Mountain, Rip-Clan Crasher (Oponente: 16 de vida)

Turno 3: Plains, Woolly Thoctar (Oponente: 11 de vida)

Turno 4: Oponente está praticamente morto


Como podem ver, tal jogada não é a mais absurda do mundo, já que duas das cartas citadas são comuns, enquanto a terceira é incomum. Ela ajuda a reforçar um pensamento que venho tendo da edição, onde determinadas cartas tornam-se muito boas em um fragmento, porém não possuem o mesmo impacto em outros.

Vejamos o Incurable Ogre. A primeira impressão que ele passa, é que é uma carta extremamente frágil, pois o oponente pode jogar em sua frente qualquer criatura de poder 1, como por exemplo, uma simples ficha de Goblin criada pelo Dragon Fodder ou uma ficha de Saprófita criada pelo Jund Battlemage.


Porém, em Naya, o Incurable Ogre é uma criatura muito útil, pois entra em um drop carente no formato, que é o drop 4 e possui diversas interações com cartas do fragmento como Drumhunter, Exuberant Firestoker ou Rakeclaw Gargantuan.

Aliás, cartas como Drumhunter e Exuberant Firestoker merecem um capítulo a parte neste texto. De todas as cartas que trabalham com essa mecânica de “se você possuir uma criatura com poder 5 ou mais, você pode fazer algo” são as duas que mais me chamam atenção.


Dificilmente você irá utilizar cartas como Bloodthorn Taunter ou Gustrider Exuberant, pois o fragmento possui cartas melhores com o seu custo. Mas quando o assunto é dar um Choque por turno no oponente ou comprar mais uma, tal mecânica torna-se interessante. Além de sua habilidade, os dois Druidas ainda por cima podem adicionar uma mana incolor, acelerando um dos seus bichões preferidos. Não há nada mais interessante para Naya do que fazer o Exuberant no terceiro turno, seguido do Gargantuan no quarto.

Outra carta que funciona muito bem em Naya é o Godtoucher. Além de ser um dos poucos drop 4 da cor, o Godtoucher funciona de uma maneira bem parecida com o Metallurgeon no fragmento de Esper, pois sua função é proteger suas principais criaturas. O Sunseed Nurturer tem lá seu potencial, particularmente ainda não fiz testes suficientes com ele, mas já pude perceber que ele tem ajudado bastante em situações onde a mesa está parcialmente controlada, porém você já se encontra na red zone.

Outro assunto importante, se tratando do fragmento de Naya, são os mana fixers que suas cores oferecem. Naya pode-se dar ao luxo de dizer que é o único fragmento que possui três fixers que adicionam as suas três cores, além do habitual Obelisco e do Jungle Shrine, Naya possui o Druid of the Anima.

Ele juntamente com o Steward of Valeron, entre outros aceleradores de mana que o fragmento possui, consolidam a idéia de que o Obelisk of Naya não é uma carta tão necessária no arquétipo. A função dos Obeliscos e das tricolor lands nesse arquétipo está associada com a chance de splashar uma quarta cor, para se aproveitar da habilidade de alguma criatura ou abusar do cycling de cartas como o Resounding Thunder.

Uma das vantagens de Naya é que seu fragmento trabalha com duas cores que possuem várias remoções no formato, que é a cor branca e a vermelha. Branching Bolt, por exemplo, pode ser considerada uma das melhores remoções do formato, enquanto Soul´s Fire parece que foi criada para o fragmento, pois combina muito bem com o arsenal de criaturas de poder 5 ou mais.

Das criaturas de poder 5 ou mais que existem no formato, têm duas que você deverá ter no seu deck, caso pretenda montar uma lista bem sucedida de Naya, são elas: Rakeclaw Gargantuan e Mosstodon. Além delas, seu baralho agradecerá muito se por acaso você conseguir abrir um Bull Cerodon ou um Woolly Thoctar, duas fantásticas cartas do arquétipo.

Entretanto, nem tudo são flores em Naya, pois um dos seus piores problemas é lidar com criaturas que voam. Portanto, além do Branching Bolt seria interessante você possuir em sua pool de cartas, criaturas como Court Archers e Jungle Weaver.

Na hora de escolher os terrenos para colocar no deck, você irá perceber que o seu deck terá uma base grande de cartas verdes com a segunda cor variando entre o branco e o vermelho. Caso você tenha o Wild Nacatl no seu deck, um ponto importante é garantir que seu deck terá pelo menos um Naya Panorama para potencializar seu Cat Warrior.

Para ilustrar o fragmento de Naya, segue uma decklist de um dos drafts que eu joguei recentemente com o arquétipo, mostrando muito bem como o deck pode ser bem agressivo e totalmente competitivo:

Naya Draft by Ricardo “Thorgrim” Mattana

Creatures (14)
2 Guardians of Akrasa
1 Steward of Valeron
1 Druid of the Anima
1 Realm Razer
1 Exuberant Firestoker
1 Bull Cerodon
2 Wild Nacatl
2 Rakeclaw Gargantuan
1 Woolly Thoctar
1 Incurable Ogre
1 Godtoucher

Spells (9)
1 Branching Bolt
1 Oblivion Ring
1 Dragon Fodder
1 Dispeller's Capsule
1 Obelisk of Bant
1 Excommunicate
1 Obelisk of Naya
1 Soul's Fire
1 Resounding Thunder

Lands (17)
6 Forest
5 Mountain
5 Plains
1 Naya Panorama

Espero que vocês tenham gostado do texto, pois foi uma das minhas primeiras experiências escrevendo sobre Limited. Se ele, por acaso, tiver uma boa aceitação com a galera que lê o blog, será um prazer escrever o resto da série. Enquanto isso o treino para a temporada Limited prossegue.

Tenham uma ótima semana e até a próxima!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A nova Rampa de Mana

por Leandro "Stalker" Meili

Desde que Shards of Alara chegou eu venho criando e testando diversos decks para este novo ambiente T2. Vou dividir este post em 2, pra que o assunto não fique muito extenso. Nesta primeira parte vou falar de todo o processo de criação, minhas teorias por trás de cada carta, e posteriormente falarei sobre os match-ups contra os outros decks do ambiente e meus planos de sideboard.

Erros e acertos:

Minha primeira criação foi um deck 5 cores, uma adaptação do novo toast, tentando encaixar o Cruel Ultimatum. O deck estava até que bem nos testes, ganhando de BG, Elves Mono Red, mas eu não estava entendendo como era possível eu perder para kithkins, mesmo usando Wrath, Pyroclasm, Firespout. Eu podia reclamar da zica, da godhand do oponente, mas uma coisa era certa, o deck perde para kidibin e ponto final.

Sobre outras cartas, Broken ambitions é um péssimo substituto de Rune Snag e a inclusão de Sproutin Thrinax só fez a tarefa de construção da base de mana ficar mais difícil. Fiz um decepcionante 2-3 no FNM da Domain, que serviu de aprendizado. Entre umas conversas com o Fox (Judge) e pesquisas nos fórums, achei um comentário lá na mtg.com que me fez realmente entender o que estava acontecendo.

“Ultimatums are, in my opinion (I realize that it is a very minoritarian opinion) symptomatic of the worst habits of this deck's players/designers. I don't want to fill my deck with random hypercosted 1-2of just because they're cool (Cruel Ultimatum, Nucklavee, Platinum Angel). You either need an effect to win, or you don't. If you don't, you should not give away your consistency just to add coolness factor. I prefer having a playset of ALL my important spells (B-Charm, C-Command, E-Charm, Spout, Finks, Drifters, etc.) before I even consider the first ultimatum. “ por Momo

Traduzindo: Não use os ultimatos só porque eles tem um super efeito, principalmente se você está perdendo a consistência do seu deck. Fantástica contra decks controls, quando o jogo sempre chega no lategame, mas muito lento contra os aggros.

A minha idéia era fazer um deck bom com Cruel Ultimatum, mas depois de várias tentativas, o deck simplesmente não ia para frente. Lutar sempre, desistir jamais!

Uma nova Esperança:

Dormi pensando nisso, e quanto acordei tive um brainstorm, e comecei a anotar as novas idéias. As listas de referência que logo me vieram a cabeça foram essas:

RG Ramp do Sergio Eras, que fez 6-0 no Standard do Nacional e
BGr Ramp do Jaba no GP Buenos Aires.

Fazer um mix desses dois decks. Tudo bem, perdemos toda a base snow, Harmonize e a Wall of Roots. Mas com Shards chegou também duas cartas que ajudam muito neste meu novo Ramp: Sprouting Thrinax e Violent Ultimatum.


Card Advantage, esse é o segredo, não tem mais Harmonize, então você precisa criar pseudo-cartas para ganhar o controle da mesa. O Thrinax é o cara que barra os aggros, sendo até melhor que o finks nesta função. Sobre o Violent no começo eu estava meio receoso de cair novamente nesta armadilha de jogar com os ultimatos, por muito tempo o Primal Command ocupava esse slot, mas isso foi até eu começar a experimentar a destruir 3 permanentes com uma carta só. Ai foi juntar o útil ao agradável.

Nunca era um draw morto no lategame e muitas vezes me fazia ganhar um jogo perdido. Com tanta aceleração + Garruk, o Ultimato muitas vezes era capaz de acabar com o jogo rapidamente. Ele não é só uma carta que custa 7 manas e você nunca vai conseguir usar. No deck certo a carta é fantástica, e caiu como uma luva neste ramp. Funciona bem contra muita coisa, Kithkin, Elfos, MonoR, até mesmo fadas pode apanhar para esta carta. Vamos ao deck agora, propriamente dito:

Jund Ramp

Lands
4 Treetop Village
3 Savage Lands
2 Twilight Mire
2 Reflecting Pool
2 Fire-Lit Thicket
2 Mountain
2 Swamp
6 Forest

Creatures
3 Chameleon Colossus
4 Kitchen Finks
4 Sprouting Thrinax
4 Siege-Gang Commander
2 Shriekmaw
1 Oona, Queen of the Fae

Spells
4 Rampant Growth
4 Fertile Ground
3 Garruk Wildspeaker
3 Firespout
3 Violent Ultimatum
2 Makeshift Mannequin

(Card by Card)

Aceleradores:
4 Rampant Growth
4 Fertile Ground

Rampant Growth é o substituto natural do Into the North, enquanto o Fertile Ground que tinha aparecido lá no comecinho do T2 com Lorwyn no GP Krakow, volta novamente a ver jogo, agora que todos aquele bichos que davam bounce foram embora (Venser, Clousdkate). A sinergia que ele tem com Garruk é uma das melhores armas que o deck pode ter. Acelerador tem que ter no mínimo 8. Menos que isso e você começa a ver aquela sua mão cheia de spells que só vão cair no 4° turno em diante.

Utilitários:

3 Firespout
3 Violent Ultimatum
2 Makeshift Mannequin

Firespout - Básico para punir os decks que descarregam a mão rapidamente (Elfos, Kithkins, Merfolks) e que te ajuda a equilibrar a race a seu favor.

Violent Ultimatum - Ultimato eu já falei anteriormente, talvez a única permanente que ele não consegue lidar é com o Camaleão adversário, de resto tudo está na mira. E não, eu não fiz um deck em torno deste ultimato, mas ele se encaixou muito bem com a temática do deck.

Makeshift Manequin - Não temos mais Harmonize. Juro que testei muitas vezes o Gift of the Gargantuan, mas diversas vezes vinha só uma land ou um bicho, o que faz um investimento de 3 manas ser muito ineficaz. O Manequin por sua vez lhe proporciona mais uma fonte de card advantage, seja ela voltando um Thrinax do grave ou se você der sorte um Siege-Gang.

Tropa de Elite

3 Garruk Wildspeaker

Esse é o seu Capitão Nascimento, um dos principais motivos pelo qual você utiliza 8 aceleradores. Fica melhor ainda quando tem um terreno encantado com Solo Fértil, porque..

4 Kitchen Finks
4 Sprouting Thrinax

... você desvira e já faz o seu drop 3. Essa dupla dinâmica está ai para garantir que “Não vai subir ninguém!” Ótimos defensores, e bons atacantes que fazem o Ramp ir pra cima do oponente.

3 Chameleon Colossus

O veterano de Guerra, já teve seus dias de glórias, mas quando é convocado ainda faz o serviço direito.

4 Siege-Gang Commander

Nas primeiras listas eram só 2, mas com tanta mana disponível percebi que 4 é o número ideal, nem mais nem menos. Cloudgoat Ranger, seus dias estão contatos! Brincadeiras à parte, o Siege-Gang é o grande finisher do deck, pois você normalmente leva o jogo naquela guerra de atrito e BANG, faz o Siege-Gang e o oponente tem que responder rapidamente, pois se você desvirar com ele na mesa você não perde o jogo. Simples assim.

2 Shriekmaw

Mais uma carta para gerar card advantage, o famoso 2x1, sua habilidade de fear é bem útil nos dias de hoje, principalmente para bater naquele planinalta safado que ta do outro lado.

1 Oona, Queen of the Fae

Uma Oona só, e sem tutor para buscá-la.. Bem, se eu pudesse usar o 5° siege-gang eu usava. Ela está ai para você ficar feliz
naqueles jogos onde você floodou absurdo. Outra carta que pode ganhar o jogo sozinha para você é o Hellikite Overlord, mas resultados conclusivos, só depois de alguns playtests.

George Baxter Mana Base

Quem aqui já ouviu falar de George Baxter? Bom, criar bases de mana perfeitas muitas vezes pode levar muito tempo. Foi pensando nisso que este tal de Baxter criou um método estatístico para diminuir o fator zica dos nossos decks. O método se baseia em contar o número de símbolos de mana que você tem nas suas spells. Você atribui prioridades para suas spells. Por exemplo neste ramp, a prioridade é High para os aceleradores, Finks e Thrinax, pois são spells que você quer fazer no 2°, 3° turnos respectivamente. Com estes dados uma fórmula é calculada e voi-la, você tem o número de fontes necessárias. Para acessar, abra o MWS, e vá para Tools/Deep Deck Analysis.


No meu exemplo, o resultado foi o seguinte:

You need a total of 49,31 mana slots
White: 0
Black: 12,99
Green: 21,35
Red: 14,97
Blue: 0

Cada slot significa um fonte de mana. Por exemplo, Floresta conta como 1 slot para Green, já uma Savage Lands, conta 1 slot para Black, 1 Slot para Green, e 1 Slot para Red, já que ela pode gerar 3 cores de mana diferente.

E a base de mana foi a seguinte:

4 Treetop Village
3 Savage Lands
2 Twilight Mire
2 Reflecting Pool
2 Fire-Lit Thicket
2 Mountain
2 Swamp
6 Forest

Minha preocupação era ter fontes verdes suficientes. Não cheguei aos 21,35 (19), mas está bom. Para preto e vermelho eu tentei chegar no máximo de slots possíveis, e por experiência sei que 7 lands que entram em jogo viradas é o ideal, mais que isso e você começar a ter problemas. Além do mais, este cálculo pode envolver também os aceleradores, então no jargão popular estamos com um fator de segurança aceitável para evitar a zica.

Bom por hoje eu fico por aqui. No próximo post eu comento os matches e também a elaboração do sideboard, com os side-in e side out.

Fiquem livres para comentar as minhas escolhas e propor novas cartas para que testar no main deck. Obrigado pela atenção!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Stalker visita o Extended

Por Leandro "Stalker"

Nesta época do ano temos muita novidade, série nova chegando, mas poucos campeonatos ocorrendo. Em meio a todo este tédio eu me empolguei em jogar um campeonato extended, desses online onde os jogos são via mws.

Eu reconheço, não sei nada de T4 e não tenho cartas irl pra jogar extended (Isto foi uma decisão minha e do Thorgrim quando resolvemos levar o jogo mais a sério, priorizamos o T2, e para poder fazer isto tivemos que passar todas as nossas duals, fetchs e etc..), mas magic é magic, e estamos ai pra o que der e vier.

Sobre o campeonato:
Bom, antes de fazer meu deck, dei uma olhada no deckcheck para ver quais eram os principais decks do T4, acabei escolhendo o Boros e fui fazer as minhas modificações. Minhas alterações foram principalmente aumentar em 22 o número de lands, tirar os paladino en-vec e colocar Kitchen Finks no lugar. No sb eu chutei o pau da barraca, e coloquei 4x runed halo meio perdidos, mas meio que pensando nos matchs contra combo, já que eles normalmente só tem 1-2 win conditions. Outro slot no sb que eu quis experimentar foi o Duergar Hedge-Mage, o bixo é a cara do boros :). Sem dúvida os deathmark parecem esquisitos. Porque não usar Smother? Bom, meu medo eram os Tarmogoys, Doran e o zoo em geral. E como eu queria matar bixo a um custo de uma mana, optei pelos deathmark.

Minha lista final acabou ficando assim:

Lands

Creatures

Spells
2 Char

Sideboard
SB: 3 Deathmark

Aos jogos:

Round 1:
UW Merfolk

É, isso mesmo. Era praticamente o merfolk do T2, a única coisa diferente que eu vi foram os Shackles. Ganhei no dado e atropelei no g1. G2 meu gás acabou cedo, os condenm vindo do SB dele me atrapalharam bastante e as draw do silvergill adept fizeram a diferença. G3 foi o mais complicado de todos, já que tomei 2 condenm logo cedo. O jogo ficou travado mas ele já estava na red zone, com 4 de vida e eu com 2 mogg fanatico na mesa. Pro meu azar ele tem um revilark na mesa, da counter no meu soltari priest que ganharia o jogo e da bounce no lark, voltando 2 lords, que junto com outros 2 lords fazem todos os merfolk estarem 5/5 mais uma mutavault 6/6. Ainda sim ele não consegue me matar. No meu turno eu topdecko uma Lighting Helix no melhor estilo Craig Jone e ganho, já que ele só tem lands na mão.. ufa!

2x1

Match 1-0

Round 2:
MonoR

Bom, o match aqui pode ser resumido em Lighting Helix>>MonoR. Bonus extra para o Hedge que veio do sb destruindo uma Great Furnace. Meu oponente ficou irritado, mas sorte a dele que ele nem chegou a ver os kitchen finks.

2x0

Match 2-0

Round 3:
Affinity

Affinity, affinity.. desde que eu voltei a jogar magic eu escuto essa palavra.. O arquetipo que fez muita gente abandonar o magic de tão chato que era o dominio do affinity. Bom, aqui tive a minha primeira oportunidade de jogar contra um Affinity. Game 1 eu vi ele vomitando aquele monte de artefato na mesa, vendo o 2xcranial plating.. tenso! Acabei ganhando game1 graças ao Silver Knight e sua habilidade de iniciativa, outra peça importante foi o mogg fanatico que impedia o Nexus de atacar, Kitchen Finks também foi legal, por ser pelo menos 2 chump block para o Ravager. E para dar o clock uma das melhores cartas durante todo o campeonato: Soltari Priest. Game 2 foi mais tranquilo, já que eu vim com um Kataki na mão, ai foi fazer 2 mana kataki e gg. Para quem joga de affinity, este meu oponente estava usando Soul's Fire, creio que no lugar do Fatal Frenzy.. idéia muito boa por sinal.

2x0

Match 3-0

Round 4: BG Deathcloud

Que pesadelo que foi esse match, vendo Goyfs enormes, Garruk.. Game 1 foi basicamente isso, sem chance para o meu pobre boros. Game 2 no desespero botei os runed halo e deathmark, praticamente em vão, já que smother+witness foram matando meus soltari priest. 2 Kitchen Finks do lado dele me rushando. Para diminuir um pouco a dor eu tinha 2 runed halo na mesa, um para goyf e outro para treetop e quando parei de sangrar ele me finalizou com um deathcloud de x=8, nunca tinha visto a carta, só li a parte "Each player loses X life...", como eu tava a 7 de vida foi GG. Bom 3-1, ainda tinha alguma chance de fazer top8.

0x2
Match 3-1

Round 5: Zoo

Eu estava no draw, e resolvi keepar uma mão que só tinha uma fetch land, mas 2 isamaru, figure, mogg. Tomo stifle na fetch, ele volta de tarmogoyf, não compro land, ai foi gg. Simples assim. Game 2 ele mulliga pra 3 e ai fica fácil :). Game 3. Ele abre de montanha e faz Kird Ape, sem perder tempo eu faço mogg e ja mato o Ape. Ele faz dual UG tomando 2 e passa. Stiffle denovo? Bom, eu não arrisco fazer meu silver knight e jogo um figure of destiny de isca, nada acontece. No turno dele ele faz o Nacatl 3/3. Ai que vem minha tech torta. Tento dar Helix no bixo 3/3, tomo mana leak, com ele todo tapado, estouro uma fetch buscando a dual BW, e deathmark! Ha pegadinha do Malandro! Mas ainda tinha muito jogo pela frente, meu Silver knight+Mogg travava os atacantes dele, e para o Tarmogoyf dele eu tinha uma resposta:
"0:04:40 [Stalker] Stalker plays Runed Halo from Hand
0:04:50 [Stalker] Runed Halo's note changed: tarmogoyf"

Faltava vir o meu artilheiro, Soltari Priest, que bateu todos os pontos de dano necessário para que eu ganhasse. O melhor era ver o a Jitte do outro lado praticamente inutil, já que eu tinha proteção contra Goyf e o resto dos bixos paravam no First Strike do Silver Knight.

2x1

Match 4-1

Round 6: Zoo

Outro zoo, e que match complicado! A diferença desse match para o da rodada anterior é que ele tinha resposta para o meu artilheiro na forma de oblivion ring, ai quando eu consigo parar de sangrar tomo uma chuva de burns na forma de Tribal Flames+Lighting Helix+Selo do Fogo. Bom, a esperança é que meus runed halo salvem no G2. G2 estava no meu controle com silver knight e runed halo para o Nacatl. Pro meu azar ele trouxe do sb dele os Unicornio de Ronon e fez meu plano ir por água abaixo. A jitte eu consegui lidar via o Hedge, mas ele foi enchendo a mesa de bixos, baixou um Bob e botou pressão em mim. Para me salvar eu tinha a minha jitte e o Soltari Priest. Consegui bater uma vez com a jitte e cometi talvez o meu grande erro deste campeonato. Após o meu ataque meu oponente foi a 3 de vida. Ele revela a carta do topo pro Bob (Tarmogoyf) e vai a 1. Alpha strike dele (estou a 8 de vida), tenho só o silver para bloquear, e vejo 2 kird Ape, 1 Nacatl e 1 Bob. Tiro um marcador da jitte para ir a 10 de vida, e o outro para matar o bob. Bloqueio o Nacatl, toma 4 dos apes, e caio a 6 de vida. Na minha cabeça eu estava seguro que matava na volta com o Soltari.. isso até o momento que ele vira 3 manas e faz oblivion ring no soltari.. :(. Ai vejo o grande erro, que foi ter matado o Bob, mas realmente não passava pela minha cabeça perder o soltari priest. Precisava topedeckar um qualquer burn ou um fanatico qualquer, comprei land. Caso o Bob estivesse vivo talvez ele revelesse algo não-terreno e perdesse.

0x2
Match 4x2 Drop

Bom, valeu pela experiencia, ainda mais sabendo que eu perdi para 2 oponentes que fizeram top4 neste campeonato. Se eu fosse modificar o deck sem dúvida eu tiraria os Rift Bolt, que saiu do deck em TODAS as partidas, a única coisa boa dele era saber o que tirar para botar o sb. A única modificação no sb acho que seria tirar os 3 deathmark e colocar 3 firespout, já que zoo parece ser um deck que tende a se popularizar no ambiente, e com os paladinos+soltari você limpa a mesa e continua atacando, não sei, meu conhecimento vem praticamente do T2, deve existir algo melhor para esses matches de aggro x aggro. E Runed Halo, eu adoro esta carta, é incrível a quantidade de jogos que eu ganhei com ela.

Quem sabe eu não me animo e começo a correr atrás de um deck T4 para a próxima temporada. Alguém com Dual e Fetchs para emprestar? :)

Até a próxima!