domingo, 30 de novembro de 2008

O combo de 19 centavos

Por Leandro "Stalker"
Antes de mais nada, eu preciso agradecer ao Fox pela brilhante idéia desse campeonato, como eu tinha falando num post anterior, essa foi a chance dos deckbuilders aparecerem e mostrarem serviço. Ragabash foi outra pessoa que me deu muito apoio quando eu apareci com a idéia do combo. Eu não botava muita fé nele, mas ele falou “Meili, você quebrou o formato, o deck é bom”. Me senti como Chapin/Nassif quando estes apareceram com o Dragonstorm no mundial de 2007 rsrs. Por último tenho que agradecer ao Pumba, que na véspera do champ veio me pedir a lista do combo, dando um tunning essencial para deixar o deck redondo. Engraçado era que muita gente botava fé no deck, menos eu.

Processo criativo:

Assim que eu fiquei sabendo do evento, comecei a fazer minha pesquisa no site da Domain das cartas de 19c. Normalmente eu fazia isso enquanto baixava meu episódio semanal de Heroes, ou quando não tinha nada pra fazer mesmo. Com a database em mãos, meu primeiro rascunho foi um deck UR com alguns taps (Enervate, Chokin Tethers) e alguns bixões flyers como Errant Ephemeron. Tinha algumas removals para bixos e um ou outro counterspell. Deck tava muito feijão com arroz, e num primeiro playtest comecei a não gostar do deck e parti para uma nova idéia.

Olhei para três cartas vermelhas que pareciam muito interessantes. Barrel Down Sokenzan, Spiraling Embers e Inner Fire. Como eu já sabia da existência do Elsewhere Flask no formato, se eu achasse todas as ferramentas necessárias, a idéia de montar um deck combo realmente podia se concretizar. Usando o azul para os cantrips e taps, eu conseguia atrasar meu oponente e ao mesmo tempo ir cavando as cartas para fechar o combo. A partir daí começei a fazer os testes de goldfish, para ver em qual turno eu conseguia fechar o combo. Numa média eu tava fechando normalmente no 8-9 turno, mas eu sabia que ainda dava para melhorar. Foi então que eu encontrei uma nova carta: Infernal Harvest. Seu papel era o mesmo do Barrel Down, mas custava uma mana a menos, isso ajudou bastante, mas a consistência do deck ainda não estava muito sólida. Foi então que o último elemento apareceu, Flux. A carta foi peça chave, o que fez a kill do deck baixar para 7-8 turnos.

Quando tudo parecia ir bem, faltando umas 2 semanas para o evento, acabei descobrindo que eu tinha um casamento para ir no mesmo dia, e meus planos de ganhar o 19c tinham ido por água abaixo. Agora era esperar pelas noticias do evento no dia seguinte. A minha lista final tava meio torta ainda, mas conversando com o Pumba eu creio que a lista final deve ter ficado parecido com essa lista. O sideboard foi feito por ele, mas eu sei que tinha Jilt e Early Frost (O Gigadrowse genérico para enfrentar os decks de counter)

Black Jack Combo:

// Lands
14 Island

// Spells
3 Flux

Como o deck comba?

O combo era ligeiramente simples, você só precisava tomar alguns cuidados para não errar nas contas e dar dano de menos. Simplificando, você precisa ter o Flask na mesa, pois é ele que vai transformar todos os seus terrenos em pântanos para poder voltar com o Infernal Harvest, usar o Inner Fire para colocar 12+ manas no pool, e resolver 2 Spiraling Embers dando normalmente 11 e 10 de dano, totalizando 21, ou o Black Jack. A grande sacada do deck é o Flux, pois normalmente você acaba tendo só uma cópia do Spiraling na mão, ao combar no 7° turno, você terá 7 manas, das quais 2 voce gasta usando o Harvest, mais 4 usando o Inner Fire, deixando uma mana azul no pool. Quando os terrenos voltam para a sua mão voce resolve um Flux, descartando praticamente todas as suas cartas, comprando umas 13-14 cartas no processo, o que normalmente vai fazer você achar a 2° copia do Spiraling Embers.

Conclusões:

Como diria o Robina, eu não acreditava que essa pilha de m**** fosse fazer algum resultado, mas fez e eu fiquei bem contente, pois num ambiente onde não existia netdeck, minha idéia deu certo. Quando eu falei pro Fox que eu tinha feito um deck combo ele também não botou muita fé, mas oras.. deu certo né! Legal saber que o deck ficou famoso com o pessoal que tava jogando o evento também. Agora é só esperar chegar a época dos regionais para eu voltar para o meu laboratório de idéias bizarras. “Hoje o 19c, amanhã o T2!”. Uma grande lição que eu aprendi foi de nunca abandonar suas idéias, no final elas podem dar certo. Menção honrosa também para o Fanfas, que tava com um deck muito forte também, se eu matava no 7° turno, ele conseguia me matar no 6°, não foi a toa que ele ganhou a campeonato. Parabéns ao Nuclear também, pelo deck de curandeiros.. eu sabia que você não iria me decepcionar! E agradecimentos também ao MBC pelos playtests que me fizeram ficar atento nos decks de counter, o que me fez pensar nos Early Frost.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Estabelecendo metas

por Leandro "Stalker"

Acredito que todo mundo que jogue magic competitivamente almeja sempre melhorar seus resultados. Quando o ano de 2009 começar, eu estarei entrando no meu 3° ano nesses circuitos de fnm, regionais, PTQs. Com mais experiência na bagagem, espero que bons resultados comecem a aparecer com mais frequencia.

Vamos voltar no tempo.. 17 de dezembro de 2006. Foi neste dia que eu descobri o que realmente era um campeonato sancionado. O evento era o PTQ Genebra, formato Time Spiral limited. Numa primeira impressão, aquela galera amontoada na frente da Devir até assusta um pouco, principalmente pra quem só estava acostumado a jogar magic na mesa da cozinha. Claro que eu não estava nada treinado para esse campeonato, e talvez com um pouco de sorte eu pudesse ir bem. Mas eu poderia ter toda a sorte do mundo, que os meus erros não perdoariam. Em torneio, não existe essa de "voltar". Errou, errou. Aprende e não faça isso da próxima vez. Eu podia até ficar bravo com meus oponentes que não deixavam voltar, mas hoje eu compreendo e dou muita razão para eles. É nos erros que você melhora o seu jogo.

Como sempre dizem nos PTQs limited, os piores jogadores sempre recebem as melhores pools, no meu caso foi isso mesmo que aconteceu, minha pool com uma leve lembrança tava muito boa, mas faltou habilidade do jogador, tanto na montagem quanto na pilotagem. Além do Finkel, tinha 2 Ephemeron Errant, Kraken, Brine Elemental, Stranglin Soot.. Terminei o dia fazendo 4-4, o que eu achei bem normal para um primeiro campeonato. A meta era melhorar para o próximo evento.

Este PTQ me motivou a entrar no magic competitivo, pela chance de viajar e conhecer diversas partes do mundo, além de poder ganhar algum $$ também. Sem PTQs, comecei a me aventurar nos FNM. Nesses eventos eu pude me acostumar mais com esse ambiente de torneio, ver aqueles decks cheios de cartas raras hehe.. Na época eu não tinha praticamente nenhuma carta, ai tinha que improvisar um deck de saprófitas. Era divertido, e como sempre tinha muita gente jogando de MonoG, várias vezes eu ganhava jogos por usar Worship main deck. Mais alguns meses de passaram e acabei descobrindo os Regionais. Ai eu vi que a brincadeira tinha virado algo sério.

Minha meta era conseguir fazer top8 nos regionais, sentir aquele gostinho de passar para a próxima fase, enquanto as outras 200 pessoas voltam para casa. Neste meu primeiro ano eu consegui um top16 e um top8, o que me deixou bem motivado para o ano seguinte, já que eu percebia que meu jogo estava melhorando a cada campeonato.

Minhas metas para 2008 foram:
- Ganhar um regional
- Top8 em algum PTQ

Metas um pouco modestas, mas um passo de cada vez. No início de 2008 foi anunciado o GP Buenos Aires, então jogar o GP era uma meta bônus! De resultados acabei cumprindo só 50% das metas, já que amargurei 3 top16 nos regionais, e um top4 no PTQ block de Lrw. Isso foi meio decepcionante para mim, talvez meus métodos de preparação estivessem errados, alguns lapsos nos jogos, mãos que eu deveria ter mulligado.. nessa hora tudo passa pela minha cabeça. Eu só não atribuo isto a falta de sorte porque isso é um fator que eu tenho que desconsiderar se eu quiser melhorar meu jogo. Ter jogado o GP na Argentina me fez sentir um pouco como deve ser a vida de pro player, competição de alto nível, com a presença dos melhores do mundo. Aprendi muito nessa viagem. Não é qualquer dia que você pode assisir ao vivo uma partida entre Saito e PV, onde os dois simplesmente fazem as jogadas menos óbvias a cada turno, ou assistir ao Olivier Ruel virando jogos que você jurava que ele ia perder.. Como diria meu amigo Hugo, só de respirar por perto desses caras você ganha uns 20 pontos de ranking.

A temporada de 2009 ainda está no aquecimento, pessoal esperando os resultados do worlds para decidir quais os decks "to beat" quando chegarem os regionais.. Até lá muita coisa vai rolar. GP São Paulo promete agitar muito bem, espero que apareçam 800+ pessoas, para que o evento seja um sucesso.

Para 2009, são 3 objetivos simples, não necessariamente nesta ordem:
- Ganhar um regional
- Ganhar um PTQ
- Fazer day2 no GP São Paulo

Quais são as suas metas para 2009?

domingo, 16 de novembro de 2008

States e o novo metagame

por Leandro "Stalker"
Esta semana começaram a sair as listas dos top8 dos States, tanto do Canada quanto dos EUA. O formato foi T2. Após uma análise exaustiva dessas listas, pude definir 4 decks como os mais "populares". São eles:

-Fadas
-Kithkin
-QnT
-Mono Red

Estes quatro decks representam 42% de todas as aparições em top8. Se contarmos agora o número de campeões, esse "G4" fica com 69% dos campeões, mais precisamente a distribuição fica assim:

-Fadas 31%
-Kithkin 24%
-QnT 7%
-Mono Red 7%

Para quem ainda não está familiarizado com estes deck, segue aqui um breve resumo de cada arquetipo.


Fadas:
Deck que ganhou muita popularidade após o GP Shizuoka e dominou por muito tempo o ambiente T2. Foi considerado também o deck mais forte durante a temporada block de Lorwyn/Shadowmoor, ganhando +90% dos PTQs mundo afora. A carta chave do deck é a Bitterblossom, que quando combinada com Mistbind Clique produz um efeito de Time Walk fortíssimo. Não são raras as vezes em que um jogador de fadas mulliga para 5 e ganha o jogo graças a uma Bitterblossom de 2° turno. O deck exige uma certa habilidade de seu piloto e por isso não é recomendável para quem está começando no jogo.

O grande bad match do fadas são os Mono Reds, mas nada que seja impossível de se reverter. Antigamente o grande pesadelo do deck era o Tonho da Lua, mas agora que ele está de férias, os terrenos não-básicos estão seguros.



Kithkin:
O famoso deck de mulequinho tem demonstrado muita consistência ultimamente. Junto com o Fadas, foi outro deck que apareceu muito na temporada block. Sua força está nas suas criaturas de custo baixo, que acabam punindo os decks mais lentos. Cartas que apesar de não serem Kithkins se encaixam muito bem no deck, como o Spectral Procession e o Cloudgoat Ranger. Estas duas cartas criam uma situação de card advantage muito forte ao longo do jogo, principalmente quando combinadas com um Mirrorweave ou Antifona Gloriosa. Não é um deck tão difícil de se pilotar, mas é claro que nas mão de um bom jogador o deck se torna muito mais letal.

Difícil apontar um bad match do Kithkin, depende muito de quantas remoções em massa o oponente tiver. Possívelmente QnT seja a pedra no sapato do Kithkin.



Quick and Toast (QnT):
Se quiser saber a origem do nome, pergunte ao Manuel Bucher, o criador do deck, pois até hoje eu não entendi. A reedição de Reflecting Pool em Shadowmoor aliada as vivid lands de Lorwyn, possibilitou a criação dos decks de 5 cores. Por causa disto, este deck consegue se adaptar facilmente as mudanças no ambiente, já que ele tem acesso fácil a qualquer uma das 5 cores. A chegada de Shards of Alara trouxe o Cruel Ultimatum, uma carta que teve presença constante nos decks de QnT dos States e que praticamente aniquila o jogo quando resolvida. Por ser outro deck de controle de mesa, não recomendo para os mais iniciantes, pois todo deck que usar counterspells precisa de uma certa experiencia do seu piloto para tomar as decisões certas nas horas certas.

Seu bad match sem dúvida é o Fadas, mas outro fator que influencia muito é a sua base de mana. Muitas vezes o jogador de QnT perde devido ao excesso de lands que entram em jogo viradas, o que pode ser fatal contra decks rápidos como o Kithkin e Mono Red.


Mono Red:
Este deck era a sensação até um tempo atrás, mas os kithkins se multiplicaram e os Burrenton Forge-Tender tem puxado o tapete dos jogadores de Mono Red. As novas listas ainda estão tentando absorver os impactos da rotação, mas acredito que em breve ele ganhe mais consistência. Sua estratégia de jogo é básica, bater com algumas criaturas no começo do jogo finalizar o oponente com burns, como Flame Javelin, Incinerate.

Qualquer deck que use Kitchen Finks já é um bad match para o MonoR, mas o grande desafio mesmo são os Kithkins, não só pelo Burrenton, mas também pela quantidade de criaturas que entram em jogo rapidamente.


É claro que listas novas apareceram neste States, e ao longo da semana falaremos dos novos decks e o potencial deles. Bant, Naya, decks de Planinaltas, decks de 28 terrenos.. tem de tudo.

Até a próxima

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Entrevista: Luiz "Leit" Michielli


por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Para quem estava com saudades das minhas entrevistas, aproveitei esta terça-feira para entrevistar um dos melhores jogadores do Brasil na atualidade, o Leit.

O Leit é um jogador que eu admiro bastante e desejo toda a sorte do mundo para que ele mande bem no Mundial no final do ano e conquiste seus objetivos. A entrevista foi bem descontraída e ocorreu tudo numa boa.

Espero que gostem e que através dela, vocês consigam conhecer um pouco melhor da vida e da carreira de jogador do Leit. Quem sabe não esteja pintando mais um pro player brasileiro este ano.

Vou aproveitar o post para pedir sugestões de entrevistados. Já que o Jabaiano está entrevistando os pro players gringos, eu irei entrevistar os brasileiros.

Vamos a entrevista...

Thorgrim:
Primeiramente, gostaria de agradecer por conceder essa entrevista aqui para o nosso blog. Até onde eu sei, essa é sua primeira entrevista, correto?

Leit: Sim, apesar de eu ter pedido umas quatro vezes para o usuário Makarraum da Ligamagic me entrevistar e ele não me entrevistou. Essa é uma das grandes decepções da minha vida (até agora) hehe
Ahh... Além disso, eu pedi para o Jabaiano me entrevistar em Berlin e ele não quis.

Thorgrim: Antes de qualquer coisa, para quem ainda não te conhece, fale seu nome, idade e o que faz fora do Magic.

Leit: Luiz G. Michielli, faço 19 anos nesta sexta-feira, dia 14 e trabalho faz três anos em um escritório familiar, auxiliando na parte administrativa.

Thorgrim: Como você conheceu o jogo? Desde quando que você joga competitivamente?

Leit: Quando eu era viciado em figurinhas, acabei comprando meu primeiro booster (de Ice Age) em uma banca de jornal.
Aprendi a jogar em uma loja na Mooca com uma mulher que até pouco tempo atrás ainda jogava, lembro que comprei um deck de Máscara de Mercádia e passei o final de semana inteiro lendo várias vezes os flavors.
No 12°EIRPG, se não me engano, foi o lançamento de Quinta Aurora e quando comecei a jogar competitivamente, montei um Affinity e jogava com ele quase todo final de semana. Depois comecei a freqüentar a Rolemasters e por ai foi...

Thorgrim: Para quem não conhece o seu histórico no jogo, além do vice-campeonato brasileiro neste ano, quais são seus principais resultados?

Leit: Eu ganhei o Pré-Release de Morningtide e o de Shadowmoor este ano;
Ganhei dois Regionais e fiz top 8 em diversos;
Fiz top 32 três anos consecutivos nos nacionais de 2005, 2006 e 2007;
Ganhei o PTQ Hollywood em SP e fiz day 2 no PT;
Ganhei o PTQ Berlin e fui fumado no PT;
E agora estou treinando para o Mundial que ocorrerá no meio de Dezembro.

Thorgrim: Em termos de resultados, este tem sido um ano mágico. Ao que você credita essa série de conquistas?

Leit: Nos últimos dois anos me dediquei bastante ao jogo, jogando muito Magic Online e treinando muito na vida real também. Ano passado bati várias vezes na trave, perdendo uma final de PTQ e fazendo top 4 em outro, além de fazer top 16 em quase todos os outros PTQs da temporada.
Eu sempre tive “talento” para jogos de raciocínio, com 8 anos eu jogava tranca com meus avós, mas este ano, além de estar jogando bem, estou em um bom ano de acordo com a numerologia cabalística, estou no 8° ano do ciclo, chamado Ano da Colheita. Tem muitas pessoas que não acreditam em superstição, mas eu acredito e acho que não estou tão errado assim, espero fechar bem o ano para poder aproveitar os privilégios do Pro Players Club ano que vem.

Thorgrim: Como é sua rotina de treinos quando se aproxima um campeonato importante, como PTQ, Nacional e agora os Pro Tours?

Leit: Depende de como está a minha vida pessoal. Para o PTQ Hollywood, eu treinei com o Xiko de SP e com o Bertu na casa dele. Para o PTQ Berlin no Rio, eu não treinei nada, por que estava meio de saco cheio do Magic. Pro Nacional deste ano, eu treinei MUITO com o Xico e com o Jaba. Tento sempre jogar o máximo possível, agora mesmo estou entrando em um 8man T2 para testar novos baralhos para o Mundial.

Thorgrim: Qual seu formato preferido e por quê?

Leit: Eu não tenho um formato PREFERIDO. A maioria dos jogadores não gostam de Limited no começo porque é o formato mais difícil, eu estou começando a gostar. O T2 é muito variável, tem temporadas boas e ruins. Eu gosto de Extended, mas o atual não me agrada muito.
Além disso, sou um dos poucos jogadores que joga Legacy. Eu me divirto bastante com o pessoal de São Paulo que viaja pros campeonatos, mas se eu tivesse que escolher um formato preferido hoje seria o Cube Draft.

Thorgrim: Qual o deck mais divertido que você já utilizou nestes anos como jogador?

Leit: Hummm... Essa é difícil. Acho que o Teen Titans, para quem não conhece era um deck q ia Reanimate, várias criaturas artefato grandes e Goblin Welder. Joguei um PTQ Extended com ele, era bem legal fazer Goblin Welder no 1° turno e no 2° turno jogar um Estudo Cuidadoso e trocar um Sundering Titan por um terreno artefato.

Thorgrim: Dentre todos esses campeonatos e conquistas recentes, alguma partida inesquecível?

Leit: Têm várias, mas uma em especial me vem à cabeça agora. Foi contra o Rato do Baruba Team, eu estava jogando de Ideal, no PTQ Hollywood e jogando três anos com o deck eu só havia combado no 2° turno uma única vez, com mana Mox, Pentad Prism, mana Seething song, Ideal. Contra ele foi isso, só que um detalhe, ele estava de Affinity e se eu não tivesse combado no 2° turno, ele me mataria com um Atog + Fatal Frenzy, ambos estavam 4-1 e se eu perdesse estaria fora, era o 3° game, 1-1.

Thorgrim: Além da oportunidade de viajar para outros estados e outros países, quais outros fatores te atraem no Magic?

Leit: A amizade. Eu pelo menos tenho cerca de 80% dos meus amigos vinculados ao Magic, se não for mais. Eu não me encontro com eles só pra jogar, mas pra ir para baladas, assistir filmes, etc.

Thorgrim: Você possui alguma superstição quando vai jogar algum torneio?

Leit: Hummm...bem...sim, mas não é bem superstição, eu sempre vou com a mesma cor de roupa nos campeonatos.

Thorgrim: Como foi a experiência em Hollywood? Muito nervosismo por se tratar do seu primeiro Pro Tour?

Leit: Então, foi estranho, eu não treinei muito e um amigo me aconselhou a ir de Mono Red. Eu fui, estava bem tranqüilo no 1° dia, e tive um bocado de sorte, fiz 6-2 mas no 2° dia quando caiu a ficha eu tremi ,fiquei MUITO nervoso e o 1-5 foi a conseqüência.

Thorgrim: Apesar de se tratar do seu primeiro Pro Tour. Você conseguiu passar para o day 2. O resultado te surpreendeu ou você esperava mais ainda?

Leit: Assim, todos me disseram que era difícil e que se eu não passasse não era pra ficar chateado. Eu fui desencanado, joguei e consegui passar bem pro segundo dia. Não posso dizer que eu esperava mais, por não ter treinado, mas em compensação em Berlin foi uma tragédia, eu esperava top 50 por ter treinado MUITO e fiz 1-4 drop.

Thorgrim: Recentemente você disputou o PT Berlin. Desta vez mais familiarizado com este ambiente profissional, por ter jogado o PT Hollywood e o GP Buenos Aires. No que essa experiência te ajudou?

Leit: Ajudou-me saber que não era nenhum bicho de sete cabeças. Você enfrenta pessoas normais, só que de países diferentes, no mais, são só jogadores que erram, zicam e floodam igual qualquer jogador de Magic.

Thorgrim: Por que você acha que as coisas não deram muito certo em Berlin?

Leit: Como eu disse, sou supersticioso. Senti que aquele final de semana não era um bom final de semana para Magic, não deu nada certo, não ziquei, não floodei e mesmo assim todos meus oponentes compraram melhor que eu, abri uma pool roubada no PTQ do dia seguinte, com direito a Mycoloth e o Anjo exalted e fiz 2-2 drop. Não era para ser mesmo.

Thorgrim: Por que jogar o PT de Zoo, mesmo sabendo que seria o deck em que todos estavam se preparando contra?

Leit: Eu treinei bastante, e por mais que colocassem hate contra mim, eu continuava ganhando. Minha lista ganhava de Elfball e ganhava de mirror (eu não usava Bob). Acabei perdendo para 1 BG Death Cloud que topdeckou o Death Cloud sem nenhuma carta na mão no game 3 e para 3 mirrors que compraram melhor que eu. =(

Thorgrim: Você jogou o PTQ Hollywood e o Nacional de combo, mas nos dois Pro Tours deste ano optou por jogar de aggro. Apenas coincidência ou independente do estilo do deck, você achou que eles eram os mais preparados para o ambiente?

Leit: Eu gosto de combo. Pro PTQ e pro Nacional eu treinei bastante e sabia como ganhar de todos os decks do ambiente, além de não serem decks tão esperados. No 1° PT eu não tinha treinado, jogar de controle seria suicídio e para Berlin, eu já contei a historia toda.

Thorgrim: Ter a oportunidade de jogar o Worlds no final do ano tem um sabor especial ou é apenas a chance de disputar mais um PT este ano?

Leit: Meu sonho quando comecei a jogar não era jogar PT e sim fazer top 4 no Nacional pra fazer parte da seleção. Estou muito animado pra esse Mundial, ainda mais tendo chances de me tornar level 4 e garantir vaga pra todos os PTs do ano que vem!

Thorgrim: E a corrida para ser o Rookie do ano? Após o resultado em Berlin, você acha que esse título ficou distante ou você acha que ainda dá?

Leit: Chances eu ainda tenho, mas agora ficou bem difícil, tem uns 10 jogadores que tem chance (eu sou um deles) e se algum fizer top 8 no Mundial vai ser Rookie, espero que seja eu.

Thorgrim: Quantos Pro Points você já garantiu nesta temporada? Com os pontos já conquistados qual level você já garantiu e quais benefícios ele lhe trará?

Leit: Eu tenho 14 pontos, no Worlds ganharei no minimo 2 mais 1 da seleção, somando 17, garantindo o level 3, que me da vaga pro Nacional mais bye 2 em todos os GPs e vaga para 1 PT da temporada. Com 20 pontos eu tenho bye 3 em todos os GPs e vaga pra TODOS os PTs, que é o meu objetivo!

Thorgrim: Ultimamente você tem participado dos principais campeonatos Legacy do país e conquistado bons resultados. Você sempre foi fã do formato ou passou a se interessar por ele recentemente?

Leit: Eu sempre gostei do T1, o formato mais ''glamuroso'' do Magic. Já cheguei a ter P9, todas as duals, foils e tudo mais, mas acabei vendendo tudo. Atualmente eu jogo mais pela diversão, é um formato bem divertido.

Thorgrim: O que você achou desse novo ranking (DCI Total) que a Wizards promete incorporar nos ratings dos jogadores?

Leit: Prefiro não opinar, por que ainda não sei direito como vai funcionar.

Thorgrim: Já deu tempo de analisar Shards of Alara e treinar para a temporada Limited que ocorrerá em Dezembro?

Leit: Eu comecei a jogar drafts de Shards há pouco tempo, eu gosto de Jund, mas ainda não tenho uma opinião formada. É um formato bem divertido, que possibilita os muticoloridos, tenho gostado bastante.

Thorgrim: Depois de ter ganho a vaga nas duas últimas temporadas de PTQs, você espera nada menos que o título? Como é conviver com essa “pressão”?

Leit: Não vejo pressão, um dia agente ganha, outro dia agente perde. Se eu ganhar de novo ficarei muito feliz, se eu não ganhar não posso reclamar, não é fácil ganhar 3 PTQs consecutivos. Vamos esperar pra ver o que acontece.

Thorgrim: Algum conselho para quem, assim como você, joga a temporada de PTQs e pretende um dia se classificar para um PT?

Leit: Se quiser ficar bom só tem um jeito - jogando. Jogue muito, tanto faz se na vida real ou online, procure jogar com pessoas melhores que você e jogue.

Thorgrim: Algum jogador que ainda não teve a oportunidade de jogar um PT, mas que você considera uma aposta para o ano que vem?

Leit: Acho que o Rastaf, quando ele desistir do fadas é claro!

Thorgrim: Deixe um último recado para nossos leitores.

Leit: That´s all folks! Ahh e assistam NARUTO! Da sorte!

Thorgrim: Novamente, obrigado pela entrevista e boa sorte no Worlds.

Leit: Valeu!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

De olho no Selado #2

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

ueria agradecer a todo mundo que comentou no meu último tópico e que veio falar comigo pessoalmente ou no mIRC sobre o Artigo. Foi bem legal ouvir diversas opiniões sobre aquela pool de cartas, descobrir em quais pontos eu errei e em quais pontos eu acertei. Espero que o texto desta semana possua o mesmo feedback do passado.

Quando estou me preparando para um campeonato como um PTQ, costumo me empenhar bastante, jogando o máximo possível, principalmente quando o formato é o Limited e os pontos passam a ser mais do que necessários.

Além dos treinos, acredito que seja fundamental conversar com alguns outros jogadores sobre o formato, ler outros artigos que saem na net sobre o assunto, além de acompanhar os principais eventos que antecedem o PTQ e compartilham do mesmo formato, como o GP Kansas e agora (neste final de semana) o GP Atlanta.

Estou ainda um pouco dividido se gostei ou não do adiamento dos PTQs. Por um lado estas semanas a mais darão mais tempo para os meus oponentes treinarem e se prepararem melhor para o evento, mas por outro lado eu ganho alguns dias preciosos para estudar mais ainda o formato e tentar extrair o máximo possível dele antes do primeiro PTQ em São Paulo.

Neste final de semana que se passou, o Stalker foi jogar um Mini Selado na cada de um amigo e trouxe mais uma pool para eu me divertir e compartilhar com vocês. Para não comprometer minhas decisões, nem olhei o deck que ele montou e que cartas ficaram de fora, mas para quem ficou curioso, ele se saiu muito bem, fazendo 3-0 e ganhando o Selado.

Segue a pool que ele abriu:

Azul
2 Courier´s Capsule
1 Jhessian Lookout
1 Etherium Astrolabe
1 Cathartic Adept
1 Tortoise Formation
1 Vectis Silencers
1 Coma Veil
1 Cancel
1 Cloudheath Drake
1 Spell Snip

Branco
1 Angel´s Herald
1 Sanctum Gargoyle
1 Resounding Silence
1 Yoked Plowbeast
1 Sighted-Caste Sorcerer
1 Welkin Guide
1 Akrasan Squire
1 Knight of the Skyward Eye

Preto
2 Skeletal Kathari
2 Banewasp Affliction
1 Cunning Lethemancer
1 Resounding Scream
1 Demon´s Herald
1 Bone Splinters
1 Infest
1 Dregscape Zombie
1 Grixis Battlemage
1 Corpse Connoisseur
1 Death Baron
1 Glaze Fiend
1 Onyx Goblet
1 Executioner´s Capsule

Verde
1 Soul´s Might
1 Ooze Garden
1 Cylian Elf
1 Wild Nacatl
1 Naturalize
1 Rhox Charge
1 Court Archer

Vermelho
2 Rockslide Elemental
2 Vithian Stinger
2 Dragon Fodder
1 Bloodthorn Taunter
1 Resounding Thunder
1 Soul´s Fire
1 Ridge Rannet
1 Bloodpyre Elemental
1 Thunder-Thrash Elder
1 Lightning Talons

Dourado
2 Bull Cerodon
1 Sedraxis Specter
1 Tidehollow Strix
1 Fire-Field Ogre
1 Sangrite Surge
1 Deft Duelist
1 Hindering Light
1 Steward of Valeron
1 Qasali Ambusher
1 Rakeclaw Gargantuan
1 Rip-Clan Crasher
1 Carrion Thrash

Artefato
1 Lich´s Mirror
1 Obelisk of Jund

Terreno
2 Naya Panorama
1 Grixis Panorama

Ao bater o olho nessa pool, duas coisas me parecem bem óbvias: a cor mais forte de todas é o vermelho e independente das outras cores escolhidas para o deck, os dois Bull Cerodon terão que aparecer, mesmo que sejam em forma de splash.

Partindo desse pensamento, fui olhar com mais calma as outras cores e o que elas me reservavam. Num primeiro momento parecia bem óbvio optar por jogar de Naya. Mantinha o vermelho como a principal cor do deck e não precisava transformar os Bulls em um splash.

Porém, depois de analisar melhor as cartas e conversar com alguns jogadores, ficou bem claro que a segunda cor mais forte era o preto. Remoções como Infest, Bone Splinters e Executioner´s Capsule possuiam um peso bem maior do que os eficientes drops 2 de Naya.

Após definir que o vermelho e o preto eram minhas cores principais e que os dois Naya Panorama facilitariam meu splash para os Bulls, comecei a analisar o quão necessário seria um segundo splash para o verde ou para o azul.

Excluindo os jogadores que preferiram abrir mão das remoções para tentar um Naya bem agressivo, acho que todos concordam que BRw eram as cores certas para essa pool.

Segue agora a imagem das cartas que em minha opinião não podem faltar no deck, independente de qual decisão você for tomar daqui em diante.


Como podem ver o deck apresenta uma base sólida de remoções, incluindo os dois Vithian Stinger e o Bloodpyre Elemental. Aliás, é por causa dos dois Stingers e dos dois Dragon Fodder, que eu acredito que o lugar ideal para o Infest seja no Sideboard. Serão poucos os momentos que você perderá poucas criaturas em um Infest e a troca será extremamente lucrativa, quem sabe jogando contra algum Bant repleto de criaturas exalted ou algum Naya lotado de bears, o Infest precise entrar em ação.

Depois de diversas idas e vindas, consegui montar três decks diferentes com essa pool de cartas, cada um explorando uma mecânica diferente e focando em interações bem específicas. Vou tentar explicar quais os pensamentos por trás de cada deck e cabe a vocês no final do texto julgarem qual deles seria o mais forte.

Deck 01 – BR Baron

Confesso que essa combinação não passou pela minha cabeça em um primeiro instante e passei a considerar ela após algumas conversas com o PV e o Shooter.

Essa combinação de duas cores mais um pequeno splash tem como grande trunfo, o lance de que dificilmente você deixará de fazer alguma mágica por não ter as manas corretas na mesa. Aliás, tenho percebido que muitos jogadores têm preferido jogar com menos cores para garantir uma consistência na base de mana, ao invés de arriscar essa consistência em troca de cartas com um potencial maior para seu deck.

Acredito que cada pool tenha sua história e muitos fatores influenciam nessa decisão, mas ultimamente tenho me mostrado bem receptivo para possíveis splashs, principalmente se eles significarem mais remoções, algum combo pertinente ou aproveitar alguma bomba.

Um dos principais motivos para se manter no BRw e abrir mão de mais um splash é explorar o potencial do Death Baron e seu pequeno exército. Mesmo tendo jogado diversos drafts da edição, ainda não vi ninguém se aproveitando deste novo Lorde dos esqueletos e zumbis. Mas para quem ficou curioso, na edição inteira temos 13 zumbis ou esqueletos, sendo que apenas dois deles (Viashino Skeleton e Demon´s Herald) são considerados cartas ruins.

Na pool em questão, além do Death Baron outros quatro bichos completam a “tribo” – 1 Corpse Connoisseur, 1 Dregscape Zombie e 2 Skeletal Kathari. Não sei ao certo o quão bom é esse caminho, mas criaturas voar, deathtouch e que podem regenerar serão sempre uma escolha válida.

Deck 02 – Jund Power!

Ao optar para uma versão com verde, você ganhará como aliado a agressividade. As prováveis cartas que deverão entrar no deck serão Wild Nacatl, Rip-Clan Crasher, Carrion Thrash e duas criaturas que eu gosto muito no formato – Court Archer e Rhox Charge. Além, é claro, do Naturalize para o Sideboard.

Como podem perceber, tais adições de cartas transformariam o deck em um Jund, ao invés de um BR com dois splashs, mas como a pool possui dois Naya Panorama, sem falar no Obelisk, a adição dessa quarta cor não deverá ser um problema. Óbvio que a chance de algo dar errado na base de mana é bem maior do que no Deck 01, mas possivelmente as cartas verdes pesem bastante nesta balança.

Outro fator que vale a pena comentar, que ao optar pela cor verde nesse deck, vocês ganham a oportunidade de fazer o cycling do Resounding Thunder, que como muitos já comentaram em outros artigos, tal fator é muito importante e pode te fazer ganhar diversas partidas.

Deck 03 – A volta dos Mortos Vivos

Além do BR Baron e do Jund Power!, outro deck que eu acredito ser viável nessa pool é um BRw com um segundo splash para azul, para utilizar cartas como Sedraxis Specter, Tidehollow Strix e Fire-Field Ogre.

Ao utilizar esse segundo splash, você ganha a companhia do Grixis Battlemage e por adicionar mais duas criaturas Unearth, você potencializa mais ainda o seu Corpse Connoisseur.

Particularmente gosto muito desta opção, pois sou um grande fã de criaturas Unearth, principalmente das que o deck apresenta. A habilidade combina muito bem com outras cartas do deck como o Bone Splinters e o Thunder-Thrash Elder.

Caso você não queira abrir mão do cycling do Resounding Thunder uma opção seria utilizar uma Floresta como o décimo oitavo terreno ou o Obelisk of Jund que a pool oferece.

Dentre as três opções que eu sugeri, acabei optando pela terceira, mas acredito que as três são opções bem viáveis e podem dar muito certo. Segue uma foto de como ficou o meu deck:


Preferi não colocar as três listas aqui no tópico, pois achei desnecessário e sempre tem um slot ou outro que alguém acaba alterando, mesmo estando nas mesmas cores.

Espero que tenham gostado do texto e aguardo ansioso pelos comentários. Será bem interessante saber qual dos três decks foi o que mais agradou a todos ou se uma quarta opção como Naya seria a opção mais votada.

Para quem gostou das minhas entrevistas no começo deste semestre, fiquem atentos por que em breve teremos mais entrevistados, acredito que nesta semana ainda ou na próxima soltarei mais uma entrevista para vocês.

Obrigado pela atenção e até a próxima!

domingo, 9 de novembro de 2008

019C, TOP5

por Leandro "Stalker"

Bom, para aqueles que estão se preparando para este champ, resolvi dar uma ajuda para vocês. Se você não sabe o que significa o 019C, maiores informações AQUI. O campeonato é voltado para quem mora em São Paulo, mas nada impede você de convencer o dono da loja da sua cidade a fazer um campeonato nesses moldes.

Eu tenho feito minha lição de casa, fazendo algumas pesquisas no site da Domain, e acabei fazendo o meu ranking das top5 cartas de cada cor (ordem aleatória), para que vocês possam ter algo de referência. Claro que este ranking não é uma verdade absoluta e muita carta “boa” acaba ficando de fora.

O formato é bem desafiador, mas também muito divertido, é quase que montar um deck de draft com 60 cartas. Minha dica para quem for jogar é tentar montar deck com uma cor principal, mas com algum espaço para uma 2° cor para splash, para cobrir as deficiências da sua cor principal e também para não perder para aquele bixo Pro-Red, Pro-Black que possa aparecer do outro lado.

RANKING

Branco:
Como sempre o branco tem as piores cartas, com infinitos bixos curandeiros, quem sabe o Nuclear não se anima e faz um “Sem Amigos 019c”.


Verde
O verde parece ser a cor mais reta deste formato, com os seus bixinhos de 2 mana 2/2, 3 mana 3/3, vários tutores de land e o famoso esquadrão anti-aéreo.


Preto
A cor preta é conhecida normalmente pelas suas remoções. Elas existem, porém poucas são aquelas que custam menos de 5 manas.


Vermelho
Uma das cores mais fortes neste formato de 19 centavos. Consegue equilibrar bem os burns e os bixos. Por ser uma cor muito forte, ela pode ser a mais frágil também, já que os outros deck vão vir preparados para enfrentá-lo.


Azul
Junto com o Vermelho, o Azul foi bem abençoado com essas cartinhas que só existem nas caixas de sapato empoeiradas que ficam debaixo da cama. Para quem pretende jogar de control, o azul possibilita várias opções, já que compra cartas e da counter. Talvez o mais difícil seja achar um finisher decente.


Conclusões:

O formato é bem aberto, já que são mais de 1500 cartas diferentes. Mais cartas do que o próprio ambiente T2. Sintam-se a vontade para crias os seus top5. Esse meu ranking foi só uma pequena amostra do que o 019C tem a oferecer.

Sobre decklists eu até tenho algumas, mas nisso eu não posso ajudar, já que o fator surpresa é uma fração muito importante para um bom resultado num campeonato.

Até a próxima!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A saga do Ramp continua...

por Leandro "Stalker" Meili

Para quem andava curioso para saber do Ramp, aqui vai um breve Report do último champ que eu joguei. Por se tratar de um FNM, não levem tão a sério estes resultados. Eu já tava quase que desistindo do deck, só não fiz isso porque não consegui montar outro baralho a tempo. A lista é praticamente a mesma que eu postei anteriormente, com 3-4 cartas diferentes. No main deck tirei o Loxodon Warhammer para colocar um Finks, e tirei um Ultimato para colocar o 3° Cloudtresher.

Round 1 – QnT

O deck era bom, mas meu oponente tinha acabado de fazer o DCI e estava com um deck emprestado. Nem tenho muito o que comentar das partidas porque nos dois jogos ele cometeu erros e eu acabei ganhando sem muitos méritos. Normalmente eu tenho ganho dos QnT, muito em parte do meu plano de sideboard, que consiste em tirar o Solo fértil, Firespout e entrar com Mind Shatter, Puppeter Clique, e Eyeblights Ending para lidar com a Oona.

Game 2-0
Match 1-0

Round 2 – Fadas

Fadas pilotado pelo Fuzzy. Game 1 eu faço Rampant Growth para fazer o Camaleão no 3° turno, porém tomo uma Vendilion Clique na draw step e o Camaleão vai pro fundo. Da compra da Vendilion vem outro Camaleão e ai ficou fácil. Game 2, ao invés de fazer o Camaleão de 3° turno eu jogo um Thrinax de isca, tomo o Flashfreeze que eu já suspeitava. Faço camaleão com 2 manas abertas, Fuzzy se fecha para roubar o Camaleão com Sower e eu dou Terror. Meu turno bato com Camaleão e faço Thrinax, Fuzzy faz outra Sower e o jogo se complica para mim. Compro um Infest direto do topo e meus problemas acabaram.

Game 4-0
Match 2-0

Round 3 – BG Rock/LD

Game 1 se resume assim. Meu oponente começa e faz Bitterblossom no 2° e 3° turno. Eu faço Camaleão de 3° turno, bate 8, bate 8 e a Blossom termina o serviço. Game 2 meu oponente mulliga pra 6, mas acaba zicando já que seus 3 terrenos são filter lands. Jogamos ainda uma terceira partida só pelo treino, e enquanto eu tenho respostas para o Camaleão dele via Spitebelow, ele não tem respostas para o meu Camaleão, e esse bicho é o fator crucial do match.

Game 6-0
Match 3-0

Round 4 – RG warriors

No game 1 troquei 2 Thrinax por 2 Vanquisher, e a vantagem dos tokens fizeram toda a diferença. O mais impressionante foi ter ganho o jogo somente com 2 lands e 1 Solo Fértil. Game 2 não saio da 2° land, mas dessa vez nem Rampant Growth nem Solo Fértil para me ajudar, então acabei sendo atropelado. Game 3 tomei um Snakeform num Thrinax e Flame Javelin no Camaleão. Quando consigo estabilizar a mesa eu tenho 5 de vida e meu oponente 39 graças a um Loxodon Warhammer. Ai entramos numa seqüência de topdecks ridícula, acho que foram umas 10 draws para cada lado até a hora que comprei um Siege-Gang e Garruk enquanto meu oponente só comprava lands. Ganhei o jogo e meu oponente me mostra um Flame Javelin que estava na sua mão o tempo todo.

Game 8-1
Match 4-0

Round 5 – Kithkin

Kithkin pilotado pelo Salsicha. Só um comentário antes de falar da partida, o Salsicha foi minha primeira grande pedra no sapato. Quando eu comecei a jogar campeonatos eu sempre enfrentava ele e perdia, depois de um tempo eu comecei a perder menos e hoje em dia jogar contra ele é sempre divertido, já que ele fala muito antes, durante e depois das partidas. Melhor ainda é quando eu ganho dele com algum deck bizarro, como nos meus tempos de Radha’s Control :p.

Game 1 eu fui respondendo a cada bicho que ele fazia, terror no Figure of Destiny, evoke do Tresher para matar os tokens de espírito, tudo sobre controle até o momento, mas quando ele faz a 5° land e invoca um Cloudgoat Ranger as coisas se complicam já que eu não consigo evitar que ele ative as duas land hideway no próximo turno. Para ajudar ele ainda faz uma Ajani e Antífona deixando os tokens maiores que o Camaleão. Perdi este jogo mesmo tendo feito 2 Siege-gang. Game 2, ganho o jogo quando um Infest leva um Figure of Destiny e 3 tokens de espírito. Volto de Siege Gang, botando pressão suficiente mesmo com meu oponente voltando de Antífona mais Spectral Procession. Game 3 eu tinha uma mão boa também com Terror e Infest, mas meu oponente não sai da 2° land e ai o jogo fica mais fácil.

Game 10-2
Match 5-0

Resultado final, 5-0 e um SERRATED ARROWS FOIL!. Apesar do bom desempenho o ambiente atual é meio desfavorável para o Ramp, com a quantidade de QnT e Fadas, que são os piores matchs do deck.

Alguns Match Up's:

QnT: Até da para tentar ganhar no braço, usando Puppeter Clique e Mind Shatter no sb, mas mesmo assim Condenm e Bant Charm são cartas que atrapalham bastante. A melhor brecha que o QnT pode dar é se fechar para fazer um Mulldrifter, onde você pode responder com um Cloudtresher e voltar batendo com o Tresher e uma Treetop. É um jogo de paciência onde você tem que ser o beatdown e esperar pelo momento em que o jogador de QnT tem que se tapar todo, porque é ai que entra também o Violent Ultimatum quebrando as lands. Garruk é muito importante neste match também já que dificilmente ele sai da mesa.

Fadas: Quanto melhor o oponente mais difícil é o jogo, já que você tem que explorar as oportunidades que o jogador de fadas oferece. Um exemplo disso é perceber se o cara de fadas tem Negate ou Remove Soul na mão. Para que você tome a decisão certa de fazer o Garruk ou o Camaleão. O jogo contra fadas é mais saber "ler" a mão do oponente para não cair nas armadilhas. Do plano de jogo, você precisa ter alguma resposta para a Mistbind Clique pois se ela entrar em jogo e você não tiver resposta na hora, você perde, simples assim.

MonoR: O jogo não é tão difícil quanto parece, claro que se ele vier naquelas mãos com 2 Demigod fica muito difícil. No game 1 depende mais se você consegue resolver um Violent Ultimatum a tempo, pois o único bicho que realmente incomoda é o demigod. Ao resolver o Ultimato meus alvos quase sempre são 1 Demigod e 2 lands. É o suficiente para ganhar a partida. Minha estratégia tem sido colocar Eyeblight Ending e Puppeter Clique, assim eu posso matar Demigod e Gouger, fazer a Clique e removendo e punindo meu oponente com as suas próprias criaturas.

Kithkin: Já joguei várias partidas e não sei dizer se o match é bom. É tudo meio relativo, pois você pode ganhar o game 1 graças a um Firespout e torcer para ele não voltar de Procession ou Cloudgoat. O segredo é tentar preservar os seus pontos de vida, para conseguir resolver um Ultimato. Para os games 2 e 3, eu normalmente tenho ganho graças as removal que entram (2 Infest, 2 Eyeblight). Minhas conclusões são: Game 1 favorável para o Kithkin, Games 2 e 3 favoráveis para o Ramp.

Neste fim de semana ocorre o States lá no EUA que é bem parecido com os Regionais daqui. Os States são famosos por sempre apresentarem decks novos já que é um dos primeiros campeonatos grandes com a nova série. No ano passado, decks como Manequin e RG Ramp apareceram pela primeira vez nos States e depois foram aprimorados pelos Pro Players para o mundial. Este ano tem tudo para ser assim também. Então para semana que vem eu prometo uma analise sobre o novo ambiente T2 com Shards of Alara.

Até mais.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

De olho no Selado

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

sta semana deixarei de lado minha série sobre os fragmentos de Alara para escrever um pouco sobre as minhas impressões do selado até o momento. (Para quem vem acompanhando a série, prometo escrever os três últimos textos até o dia do primeiro PTQ aqui no Brasil.)

Confesso que sou um pouco preguiçoso para treinar selado. Agrada-me muito mais jogar infinitos drafts, já que o formato me permite forçar cores, variar estratégias, apostar em combos, sem contar a sua própria velocidade. Porém, como nem tudo são flores, tenho treinado bastante selado também através dos minis e trials que surgem na Magic League e das pools que eu tenho visto nos Reports dos jogadores que jogaram o GP Kansas.

Como muitos já devem ter percebido, o selado de Alara é um formato bem mais lento que o draft e uma estratégia voltada para um 5c com diversos Obeliscos torna-se bem mais viável. Porém normalmente você acabará jogando com um dos cinco fragmentos da série ou com duas cores principais e mais dois splashes, focando alguma remoção ou bomba de outra cor, além, é claro, de potencializar as suas mágicas que possuem cycling.

Quando vocês forem abrir a pool de cartas no PTQ, irão perceber que há três tipos de decks que vocês poderão montar:

1 – Uhulll tenho uma bomba!

Esse é o deck que todo mundo que for jogar o PTQ gostaria de abrir. Um deck com bombas sempre gera aquele conforto, de que uma hora ou outra a sua bomba irá cair na mesa e o jogo será decidido. Porém, como o Jabaiano disse, uma bomba é que nem um craque no futebol - é importantíssimo que tenha um no time, mas ele não ganha um campeonato sozinho.

A bomba pode até decidir um jogo para você, mas é uma pool equilibrada, consistente e bem curvada que irá te levar ao top 8, fazendo com que você entre na briga pelo caneco.

Portanto, comemore sua bomba, mas não perca o foco na hora da montagem do deck. Trabalhe muito bem sua curva de mana, quais as principais interações de cartas que aparecem na sua pool e tente bolar uma estratégia para proteger sua bomba, garantindo que ela sempre gere problemas ao seu oponente quando entrar na mesa.

2 – Não tenho nenhuma bomba, mas meu deck atropela tudo que vê pela frente!

Uma situação comum ao abrir sua pool de cartas, é surgir em sua mão um deck que não apresenta nenhuma bomba como um dos dragões, Empyrial Archangel ou até mesmo algum dos Ultimatos, mas uma quantidade razoável de criaturas exalted ou de custo dois. (Para quem ainda não percebeu, essa edição apresenta uma série de bears bem interessantes e repletos de potencial)

Quando surge um deck desses em sua mão, o melhor a ser feito é montá-lo o mais agressivo possível, tentando focar em apenas um fragmento, para evitar que o jogo se estenda muito e comece a entrar na mesa prováveis bombas de custo sete ou mais que o seu oponente possa ter.

Ao focar esta estratégia, muito provável que você esteja de Naya ou Bant. Salve raras exceções, o melhor a ser feito é se manter em apenas um fragmento, para evitar que possíveis zicas de alguma cor atrapalhem sua estratégia inicial e seus drops 2 e 3 acabem tendo que entrar na mesa apenas nos turnos seguintes.

3 – Socorro!!! Meu deck não tem bombas e não é nem um pouco agressivo.

Outra situação que pode acontecer é você abrir uma pool que não apresenta nenhuma base agressiva o suficiente e ainda por cima não tem nenhuma bomba.

Nesse tipo de situação, o primeiro passo é não se desesperar e ficar xingando seu deck de todos os nomes. O melhor a ser feito é analisar friamente todas as suas cartas, quais os splashes necessários e que cartas são capazes de lidar com a bomba do oponente.

Uma dica é pensar em alguma forma de ganhar do oponente, mesmo se a bomba dele cair na mesa e você não tenha nenhuma remoção à altura na hora.

Existem várias estratégias para esse momento. Soul´s Fire mais alguma criatura devour, apostar em criaturas evasivas enquanto o resto de sua frota vai segurando a bomba do oponente, bouncers, Cancel, enfim, será preciso aprender a lidar com a bomba dele e estudar muito bem sua pool.

Talvez seja com uma pool de cartas assim, que o seu lado deckbuilder precise como nunca entrar em ação.

Depois de falar um pouco de como eu acredito que seja o formato, irei mostrar para vocês como eu ajo na hora da montagem do deck. Além de mostrar passo-a-passo como eu separo as cartas da minha pool, irei comentar a respeito de algumas decisões na hora de montar o deck. O ideal é que vocês utilizem tal pool como um exercício e montem ela da maneira que vocês acharem melhor. Esse feedback da galera é sempre importante para esse tipo de texto.

Segue a pool que o Stalker abriu recentemente e eu achei bem interessante para ilustrar o meu texto:

Azul
1 Courier´s Capsule
1 Dawnray Archer
1 Steelclad Serpent
1 Spell Snip
1 Tortoise Formation
1 Memory Erosion
1 Sphinx´s Herald
1 Jhessian Lookout

Branco
1 Resounding Silence
1 Oblivion Ring
1 Soul´s Grace
1 Akrasan Squire
1 Sighted-Caste Sorcerer
1 Dispeller´s Capsule
1 Excommunicate
1 Angelic Benediction

Preto
1 Onyx Goblet
1 Resounding Scream
1 Shore Snapper
1 Deathgreeter
1 Dreg Reaver
1 Undead Leotau
1 Dregscape Zombie
1 Executioner´s Capsule
1 Bone Splinters

Verde
2 Elvish Visionary
1 Cylian Elf
1 Spearbreaker Behemoth
1 Jungle Weaver
1 Druid of the Anima
1 Algae Gharial
1 Savage Hunger
1 Soul´s Might
1 Topan Ascetic

Vermelho
1 Skeletonize
1 Soul´s Fire
1 Magma Spray
1 Volcanic Submersion
1 Exuberant Firestoker
1 Hissing Iguanar
1 Rockslide Elemental
1 Jund Battlemage
1 Bloodpyre Elemental
1 Lightning Talons
1 Bloodthorn Taunter

Artefato
1 Obelisk of Naya
1 Obelisk of Jund
1 Obelisk of Esper
1 Quietus Spike

Dourado
2 Deft Duelist
1 Sangrite Surge
1 Blood Cultist
1 Blightning
1 Jund Charm
1 Broodmate Dragon
1 Rip-Clan Crasher
1 Goblin Deathraiders
1 Carrion Thrash
1 Grixis Charm
1 Fire-Field Ogre
1 Realm Razer
1 Rakeclaw Gargantuan
1 Naya Charm
1 Windwright Mage
1 Steward of Valeron
1 Sigil Blessing
1 Hindering Light

Terreno
2 Jund Panorama
1 Esper Panorama
1 Arcane Sanctum

Após receber a pool em mãos, a primeira coisa que precisa ser feita e que acredito que 99% dos jogadores façam é dar uma rápida olhada em quais bombas saíram e separar as cartas por cor.


Logo após ter separado todas as cartas, o ideal é você dar uma “limpada” nesta lista, retirando da mesa todas as cartas que você considerar que são fracas e que você certamente não irá utilizar.


Depois dessa limpada, de certo que ficará muito mais fácil enxergar quais as cores mais fortes na pool e qual o provável fragmento que você irá utilizar.

Nesta pool especificamente, está bem claro que as cores mais fortes são o verde e o vermelho, sendo o preto a cor mais provável para entrar como o primeiro splash, trabalhando com a idéia do fragmento de Jund.

Após decidir em qual fragmento você irá jogar, mais uma limpada será necessária. Desta vez excluindo as cartas douradas das outras cores, restando apenas as cartas de Jund e cartas que poderiam entrar em um possível splash.


Pronto! Agora após essa série de decisões, você pode se preocupar unicamente em quais cartas entrarão no seu Jund e se será necessário um splash para azul encaixando o Grixis Charm e o Fire-Field Ogre ou um splash para branco procurando slots para cartas como Oblivion Ring, Naya Charm, Realm Razer, Resounding Silence ou Rakeclaw Gargantuan.

Acho melhor listar primeiramente o deck que eu montei para depois fazer algumas observações a respeito de certas decisões.

Jund splash white by Ricardo “Thorgrim” Mattana

Creatures (14)
1 Dregscape Zombie
1 Druid of the Anima
1 Goblin Deathraiders
1 Rip-Clan Crasher
1 Hissing Iguanar
1 Jund Battlemage
1 Rockslide Elemental
1 Blood Cultist
1 Algae Gharial
1 Carrion Thrash
1 Bloodpyre Elemental
1 Broodmate Dragon
1 Jungle Weaver
1 Spearbreaker Behemoth

Spells (9)
1 Bone Splinters
1 Executioner´s Capsule
1 Magma Spray
1 Soul´s Fire
1 Blightning
1 Jund Charm
1 Oblivion Ring
1 Naya Charm
1 Skeletonize

Lands (17)
1 Jund Panorama
1 Esper Panorama
1 Arcane Sanctum
5 Mountain
5 Forest
3 Swamp
1 Plains

Por que não jogar com Quietus Spike?

A primeira pergunta que muitos devem estar se fazendo é por que não estou utilizando o eficiente artefato na minha lista final.

Sinceramente foram poucas as vezes em que eu o vi funcionar. Acho a habilidade da carta muito respeitável, mas perder um turno equipando uma criatura para depois tomar uma remoção nela não me agrada totalmente.

O combo com o Blood Cultist me atrai e MUITO, talvez se tivesse pelo menos mais um Vithian Stinger na minha pool, eu olharia com bem mais atenção para o Quietus.

Sinto falta também de criaturas evasivas para fazer com que o oponente perca realmente metade de sua vida ou de cartas como Dragon Fodder ou Goblin Assault para fazer com que eu ataque com um homem-bomba por turno.

Respeito bastante o Quietus, mas desta vez ele terá que ficar de fora.

Elvish Visionary vs "Bears (criaturas 2/x)"

Talvez esse seja o principal ponto em que eu possa ter pecado no deck. Quando eu montei o deck sozinho, me pareceu bem óbvio optar por Rip-Clan Crasher, Druid of the Anima, Dregscape Zombie e Goblin Deathraiders ou invés dos Visionarys.

Mas após conversar com outros jogadores, percebi que muitos preferem os Visionarys ao invés dos outros drop 2. Na realidade a explicação para minha escolha é simples:

O Druid entra por que como o deck precisou de um splash branco, ele é mais uma carta para adicionar esta quarta cor, além é claro pelo fato de ser um excelente fixer.

O Goblin, apesar de ser um alvo fácil para o Blister Beetle e para os pingers da edição, é uma ótima carta para rushar no ínicio da partida. Além de que eu sempre consigo trocar ele por criaturas teoricamente melhores como Wild Nacatl, Mosstodon ou alguma criatura que esteja sendo beneficiada pela habilidade exalted. Na pior das hipóteses ele, juntamente com a criatura que ele matar servirão de isca para o Rockslide e o Algae Gharial.

Já o Rip-Clan e o Zombie entram no deck por conseguirem trocar com os outros infinitos drop 2 bons da edição, coisa que os Elfos não fazem. Talvez esse pensamento esteja sendo influenciado pelos jogos que eu tenha jogado no draft e que no selado a boa mesmo é esse draw a mais.

Basicamente o Elvish Visionary é uma cycling card que pode bloquear. Por eu possuir Magma Spray e Jund Charm no deck, talvez a boa seja mesmo jogar com os Elfos e abrir mão das criaturas mais agressivas. Fica aí a dúvida.

Por que não Realm Razer?

Optar por não jogar com o Realm Razer pode ter sido bem mais pessoal do que qualquer outra coisa. Particularmente comigo está besta tem dias que trabalha como ninguém, mas tem dias que nada faz.

Tem horas que simplesmente caso entre na mesa e o oponente não tenha uma remoção na hora, o bicho praticamente sela o jogo, mas tem horas em que a situação da mesa não está nada favorável e ele torna-se uma carta morta na mão.

Talvez ele seja um bom side contra algum deck que possua um dos Ultimatos bons da série, que são cartas que esse deck não consegue lidar, ou talvez o lugar dele seja no main deck e eu esteja fazendo uma grande burrada. Tem gente que eu sei que ama essa criatura e vai me odiar por isso, mas quem sabe futuramente eu não crie um gosto maior por ele.

Por hora, bye bye Realm Razer.

Splash Branco

Muita gente com que eu conversei após ter fechado minha lista final do deck, disse que por se tratar de um deck forte o splash não era necessário e que o branco possivelmente atrapalharia mais do que ajudaria.

Sinceramente não vejo como deixar bombas como Oblivion Ring e Naya Charm de fora desse deck. Por ter o Druid, mais um Panorama, além da triland de Esper, não acredito que o branco me trará assim tantos problemas.

O Oblivion Ring talvez seja uma das poucas cartas do formato que consegue lidar com os dragões, Spearbreaker Behemoth, entre outras bombas. Já o Naya Charm pode combar com Bloodpyre Elemental, além de virar todos os bloqueadores do oponente, facilitando para um all in.

Não sei ao certo se foi a melhor decisão, mas ter a chance de adicionar ao deck duas removals do quilate de Oblivion Ring e Naya Charm me convenceram.

Acho que essas foram as principais dúvidas que eu tive na hora da montagem do deck. Uma possível versão sem branco, com os dois Elfos é muito bem vinda também. De resto acho que a maioria da galera deve chegar mais ou menos nas cartas que eu coloquei como a lista final.

Espero que vocês tenham gostado do texto dessa semana, por que desta vez deu muito trabalho para escrevê-lo e fazê-lo acontecer. Um feedback com o que vocês mudariam no deck, suas listas pessoais, além de opiniões sobre o texto seriam muito úteis.

Tenham uma boa semana e até a próxima!