Rumores e mais rumores

por Leandro "Stalker"

Estamos chegando mais uma vez naquela época do ano em que o Magic está parado, e ficamos só vendo os spoilers da nova edição. Eu fiz alguns comentários sobre algumas cartas durante os spoilers de Shards of Alara, e fazendo um pequena pesquisa no fórum da Ligamagic, posso afirmar que qualquer comentário, ou especulção do tipo "a carta é boa", "vai jogar muito" estará na maioria das vezes errado.

É claro que tem aquelas cartas que de cara vão ver jogo, mas sempre tem aquela parcela que a principio parece horrível, mas que de acordo com o metagame e interações com novas cartas que vão surgindo se torna muito boa.

Separei alguns exemplos, de algumas cartas que foram reveladas durante a temporada de spoilers. Para evitar confusão, omiti o nome dos seus autores das frases. A idéia aqui não é ridicularizar alguém só porque a sua afirmação se mostrou errada com o tempo, mas para observarmos um certo padrão que sempre existirá durante essa época de rumores.

Lighting Helix

"A carta é loca, com certeza joga em T4 e T2."

"Carta muito broken essa. Qualquer deck vermelho deve pensar em um splashzinho branco só pra isso. Ai aproveita e taca colera tb :). "

"Vira o jogo totalmente se jogado no momento certo, sem falar que tem sinergia com Char e new dual. "

"Eu sou dá época em que 3 de dano custava 1 e 2 manas, e essa cartinha aí é a coisa mais parecida com Bolt que eu vejo em tempos. Adorei "

É, Lighting Helix foi uma unanimidade, certamente uma carta que vai ficar na história pelo seu excelente design.

Giant Solifuge

No caso da Solifuge, os primeiros rumores eram de que seu poder/resistencia seria 4/3, mas depois confirmaram que ela seria 4/1. Isso gerou uma onda descontentamento entre os jogadores

"Poxa assim acabam as esperanças de um bom rg já q ele era o melhor bicho, junto com o favelão, só falta mudar ele pra 4/4 ¬¬"

"Não é crap... Continua sendo muito bom contra os controls.."

"CRAP , CRAP , CRAP² !"

"Vixi ficou um horror, a wizard está se especializando em deixar os players tristonhos"

Acho que o que mais me irrita ao ler comentários é ver o pessoal chorando, falando que o Magic acabou, que a wizards errou mais uma vez... E daí? Você tem que montar o seu deck com o que está disponível no momento. Enquanto você chora, o japones ta lá montando mais um deck broken.

Greater Gargadon

"CRAP! Nem evasão tem! :( "

"Se Obliterar voltar em 10ª, isso talvez jogue."

"Se tivesse alguma habilidade como trample seria bem legal. O lance de poder sacrificar a permanente é interessante se você pensar na edição tem tudo a ver com os tallids... mas sem habilidade alguma é ruim sim."

Gargadon foi mais uma das cartas que demorou até ser olhada com carinho. Começou a ver jogo na temporada block de TSP, porque era uma maneira muito eficaz de lidar com Tendrils of Corruption. A tech do block migrou para o T2, já que podia lidar com Helix, Faith Fetters.

Cryptic Command

"Na moral, isso é uma merda, que control sem duals vai gerar 3 mana azul?? Realmente tão falando besteira!!"

"Crap."

"Eu achei broken... e acho que vai jogar muito no t2"

"Se saírem mais algumas fadinhas rápidas acho que o control fish vai ser forte. Imagina a fadinha que da counter, o counter que volta a fadinha. Isso ae pra tapar o cara e você atropelá-lo com suas fadas ninfomaníacas!!! no mínimo interessante..."

Olha, de todos os comentários de época de spoilers que eu vi, fiquei até espantado com esse último. O fadas e a blossom nem existiam e o cara já tinha visualizado toda a mecânica desse control fish.

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Achei bem divertido escrever este post, por fazer estas pesquisas "históricas" e aprender um pouco mais sobre a história do Magic, e tudo o que ocorreu neste tempo em que eu fiquei ausente do jogo. Se eu criar coragem eu faço algum review de alguma carta de Conflux, provavelmente vou errar, mas o que vale é brincar um pouco de mãe Dina. O blog logo chega no seu post de #50, e só posso agradecer a todos vocês que estão sempre nos acompanhando. Cada comentário é sempre importante e estimula a gente a continuar escrevendo.

Feliz ano novo!

REPORT PTQ KYOTO RJ *TOP4*

Nós do Fact or Fiction agradecemos a oportunidade de publicar o report do Batutinha no PTQ Kyoto realizado neste último fim de semana. Para quem ainda não o conhece, leia a entrevista que fizemos com ele alguns meses atrás.

Só uma última observação: O PTQ Kyoto deveria ser no formato selado de Shards of Alara, porém com o rolo de importação entre a Devir e o Governo, o material para se fazer o selado não chegaria a tempo para se fazer o PTQ. Quando tudo parecia estar perdido o Henrique (Juiz) salvou a pátria, ao conseguir negociar com a Wizards a mudança do formato de Selado para T2. Óbvio que selado seria melhor e muito mais interessante, já que muita gente treinou horrores para este formato, mas devido as circunstâncias era melhor ter um PTQ nem que fosse no formato "pauper" do que não ter PTQ. Obrigado pelo esforço Henrique!

Report do Batutinha:

Lista de Fadas "Batutinha" PTQ Kyoto TOP4

Lands

4 Secluded Glen

4 Sunken Ruins

4 Mutavault

5 Island

4 Underground River

2 Faerie Conclave

2 Swamp

Creatures

4 Mistbind Clique

4 Scion of Oona

4 Spellstutter Sprite

2 Sower of Temptation

Spells

4 Bitterblossom

4 Cryptic Command

3 Agony Warp

3 Broken Ambitions

1 Loxodon Warhammer

2 Terror

2 Thoughtseize

Planeswalker

2 Jace Beleren

Sideboard

2 Sower of Temptation

1 Terror

2 Thoughtseize

4 Infest

3 Flashfreeze

3 Peppersmoke

Essa lista se formou quando eu estava treinando para jogar um campeonato aqui na minha cidade, o campeonato se chamou Super T2. Até então minha lista inicial era ESSA, e por mais que eu tenha ganho o Super T2, com o passar dos treinos e as listas do Worlds pude fazer algumas alterações importantes.

Sower of Temptation: Percebi que Sower era melhor que a Vendilon Clique, nas listas do Worlds poucas usavam Vendilon e então testei com Sower no lugar e melhorou muito contra o ambiente.

Mistbind Clique: Uma criatura 4/4 Fly por 4 manas que faz o oponente "perder um turno" tem que usar 4.

Scion of Oona: Eu usava 3 Scion, porem como eu adicionei as Sower e percebi que 3 sower deixava a minha curva 4 muito pesada e que Scion + Sower = Fantastico, resolvi tirar uma Sower deixando apenas 2 e coloquei a 4ª Scion.

Spellstutter Sprite: Melhor combinação com Blossom, Mutavalt, é um counter-bixo por 2 manas com fly. Tem que ser 4 sem dúvidas.

As Mágicas:

Agony Warp e Terror: Eu usava 4 Agony Warp e 2 terror, eu vi muitas listas do Worlds usando 2 e 2, mais na verdade eu prefiro jogar com 5 remoções, então resolvi tirar 1 agony warp, e colocar uma 6ª remoção no side. Preferi optar por terror e não por agony warp, ja que o terror é bom contra Figure e Cloudthresher e outras criaturas que o Agony Warp não tira.

Thoughtseize: Eu sabia que pra me dar bem no PTQ eu teria que usar de main deck, mais eu achei que 4 seria muito e também teria que tirar cartas como Jace e Loxodon, cartas que eu sabia que iriam fazer a diferença e eu não tiraria por nada. Pra usar 3 no main deck a única solução era tirar 1 agony warp e jogar com 4 remoções, e isso eu naum ia fazer, então resolvi deixar 2 de main deck e 2 de side.

Broken Ambitions: Um ótimo counter contra Spectral Possecian, Ajani RW, Cloudthresher e outras cartas que não são fáceis de ser anulado com a SpellStutter Sprite. Depois do Worlds testei a lista com 3 e vi que 4 é exagero.

Jace Beleren e Loxodon: Cartas que como eu disse, fazem a diferença, muitos acham a Jace boa e o Loxodon ruim, mais muitos jogos eu posso dizer que foram decididos com o Loxodon em uma Mistbind, ainda mais no Top8 do Super T2, quando peguei 2 MonoRed, e se vc faz uma Bitterblossom de 2º turno e faz Loxodon de 3º vc ja tem uma vantagem enorme. A Jace é otima contra decks lentos e com a saída da Ancestral Vision o Faeries perdeu draw advantage, e a Jace te proporciona essa draw a mais.

Bitterblossom e Cryptic Command: Sem comentários, Bitterblossom é melhor carta e Cryptic Command o melhor Counter.

Side:

Sower of Temptation: Ótima contra kithkins, eu sabia que ia ter muitos e resolvi por 2 para o side.

Terror: Ja explicado acima, é a minha 6ª remoção, e a melhor remoção contra bixos que a agony warp não tira.

Thoughtseize: Mirror, e QnT. Não usei as 2 md por falta d espaço e pelo ambiente esta bem aggro.

Infest: Quem não tem Stillmoon Cavalier caça com Infest, é bem por ai, Infest vs. BW Token, Kithkins... e tudo que tenha infinitos bixos pequenos

Flashfreeze: MonoRed, Blightning, QnT, melhor counter contra deck que usam e abusam do verde e/ou vermelho

Peppersmoke: Na verdade, eu resolvi colocar isso no dia do PTQ, eu vi que somente 5 cartas contra o mirror, não ia fazer eu ter muita vantagem, e que peppersmoke é muito bom, adicionei +3 cartas contra mirror e pronto.

127 jogadores, 7 rodadas de suiço, com corte para Top8.

OS ROUNDS:

Round1 - Manuel(BG Elfo)

Eu estava embaralhando o deck dele e percebo que tem uma carta marcada, aliás, o shield estava bem acabado. Chamei o juiz e ele deu um warning para meu oponente e um extra time.

G1

Ele faz Treetop vai, eu faço mana Thougseize vou a 18 e vejo 1 Forest, 1 Llanowar Wastes, Imperious Perfect, Garruk Wildspeaker, Nameless Inversion, Kitchen Finks. Eu tiro Kitchen Finks, pois eu tinha umas 2 remoções na mão, e Broken Ambitions pro Garruk dele. No turno dele ele faz Wastes, Llanowar Elves que ele comprou do topo e passa, eu faço minha land e passo, ele baixa a Forest e baixa e Imperious que cai. Ao bater com Llanowar ela morre pra um terror.

Eu compro, baixo minha terceira e ultima land e passo, ele baixa land e tenta um garruk deixando o llanowar em pé, eu faço broken pra x=2 e perco o clash, o Garruk é anulado e o Llanowar me visita mais uma vez e eu vou a 17 e ele passa. Eu não dou draw em land, porém ainda me sinto tranquilo no jogo, já que ele só tem um Llanowar e uma Treetop, as únicas coisas que poderiam me causar algum dano. Eu passo, ele baixa Vanquisher revelando o Nameless, ataca com llanowar e vou a 16. No passo jogo Scion de propósito para ele gastar o Nameless dele, já que eu tinha 2 Sowers na mão e era só comprar a 4 land. Ele caiu = ) da o Nameless na Scion, eu compro e não vejo land. Passo o turno, ele ativa a Treetop e me bate 7. Eu mato a Treetop com Agony Warp e dou o -3/-0 pra Vanquisher, tomando somente 1 do Llanowar, me fazendo ir a 15 de vida, ele passa. Eu compro e continuo zicado, e passo, ele desce uma Treetop e baixa Imperious, e me mate 6 e eu tomo, indo a 9, ele pass e eu não compro land, e concedo.

Sideboard:

-2 Thoughtseize -2 Scion -1 Loxodon Warhammer -2 Jace -2 Spellstutter Sprite

+2 Sower +3 FlashFrezze +3 Infest +1 terror

Tirei os Thoughtseize porque eu sabia que ele não usava Bitterblossom

G2

Minha mão veio muito boa contra ele, não lembro exatamente o que tinha, mas pelo que eu lembro eu abri com Flashfrezze, Bitterblossom, 2 Lands, Terror, Agony Warp e Spellstuter Sprite. Eu abro de Conclave, ele abre de Treetop. Eu faço Secluded Glen Bitterblossom, ele faz treetop e baixa um llanowar. Eu compro e passo. Ele tenta um Raking Canopy e é anulado pela Sprite e o resto do jogo eu controlei o jogo com minhas remoções, parei na 5ª land com as draws muito boas, e matei ele com Tokens + Scion = )

-1 Infest -1 Sower

+2 Thoughtseize

Ele usando Canopy poderia ter um prejuizo se caisse e eu tivesse que esperar pelo comando para matar ele.

G3

Ele abre de mana Llanowar, eu mana vai, ele faz a 2ª land, e joga llanowar e me bateu 1, eu faço land Bitterblossom vai, ele faz mana Dusk Urchins!?! e bate com os 2 Llanowar e eu vou a 17, eu Baixo um mutavalt e passo, ele baixa Civic Wayfinder, busca land e ataca com o Dusk, na fase de ataque eu jogo Agony Warp e ele passa. Eu faço land vai, no turno dele ele tenta um Profane que é anulado com Broken. Eu bloqueio o ataque do Civic com a ficha de fada, ele passa, eu compro baixo land e passo, ele compra e ataca. Eu jogo Mistbind, ele mata a ficha de fada com nameless e eu ativo o Mutavault e bloqueio o Civic. Dai foi só ir atacando e controlando o jogo, ele não fez nada que me preocupasse. GG

1-0

Round 2 - Eduardo Sella(Faeries)

G1

Na verdade, não tem muito o que comentar, ele na draw faz mull a 5 e eu keep com as 7 e com blossom na mão, eu fiz blossom de turno 2 e tomei exatamente 7 de dano e so por causa dos tokens, ele não fez nada.

-1 Mistbind -3 Agony Warp -1 Jace -3 broken

+2 Thoughtseize +2 Sower +3 Peppersmoke +1 Terror

G2

Eu faço mull a 5, e ele keep com 7 cartas fazendo blossom de turno 2 e eu tento me segurar e ele toma somente os 6 de dano da blossom e é GG

-1 Mistbind -1 Sower -1 Peppersmoke

+1 Jace +2 Broken

G3

Eu na play faço mull a 6, sendo que quando eu mulliguei ele diz mull também, não esperou eu dizer que eu keep. Eu dei keep numa mão que sei que muitos vão me julgar por isso, a mão era: 1 Pantano, 1 Blossom, 1 Terror, 1 Broken, 1 Mistbind, 1 Peppersmoke. Nunca se deve contar com a sorte? Bom, eu estava disposto a tentar, era tudo ou nada. Keep, ele foi mull a 5. Eu começo é óbvio de Pantano vai, ele mutavalt vai, eu comprei e...joguei mutavalt, blossom vai, ele mana e me bate com o mutavalt, vou a 18, ele passa, eu compro e... Underground River passei, Conseguindo a fonte de mana U, eu tava muito bem no jogo, eu sei que os terrenos dele eram 3 mutavalt e 1 Secluded Glen, os mutavalts me deram um pouco de trabalho e eu não pude ficar batendo muito com meus tokens de fada apesar de ter terror e Peppersmoke na mão. Isso fez o jogo se prolongar devido a ele ter começado a comprar os terrenos coloridos, quando eu estava a 8 de vida. Eu errei uma jogada que poderia ter me custado o jogo, talvez não tenha sido tão errada, mas eu era pra ter pensado melhor se era pra faz mesmo. Eu com alguns token de fada, ativei os 2 mutavaults, e declarei atacantes, ele usou Comando Azul pra tap + draw, sendo que ele tinha 2 mutavalt o comando entrou, pois graças as 1 manas que eu gastei, uma pra ativar o 2º mutavalt não pude dar o comando que estava na minha mão, ok, tap meus bixos e vai, no turno dele ele atacou com 2 mutavalt me levando a 4 d vida. No meu turno baixei land, e ataquei somente com as Fadas Token, trocamos algumas fadas ja que ele tinha scion e eu tentei um peppersmoke e levei um counter que deixei cair e eu também tinha scion. Ele vai a pouco de vida, eu passo, ele compra e passa, no final do turno eu faço um comando pra tap all + bounce scion, já que ele tinha manlands que não deixariam as minhas manlands ficarem vivas caso ele desse block. Coisa que ele tinha que fazer para não morrer, e se ele baixasse a scion denovo ele não teria land suficiente pra ativar as manlands. Em resposta ao meu comando azul, ele baixa uma 2ª scion que leva um Terror, ao ver que não tem mais jeito ele concede. (Stalker Edit: Essa jogada foi no mínimo estranha, mas como ambos os jogadores não perceberam esta jogada ilegal, eu daria Warning pros dois :p )

2-0

Round 3 - Belo (Kithkins)

Esse ai é brother de Nova Iguaçu

G1

Ficamos nos mana go no primeiro turno, no 2º e 3º turno ele faz Knight of Meadowgrain, ele faz uma ajani no 4º turno que toma broken, eu ganho o clash e ele tem que tombar unmake do topo e mais 3 cartas. Ele passa, eu faço Sower e pego um Knight of Meadowgrain, ele ataca com o outro Knight e eu vou a 8 de vida enquanto ele tem 30. Eu faço land e vai, ele ataca denovo e eu dou block com o Meadowgrain dele, ele antes do dano ir pra pilha ele da reinforce do Rustic Clachan. Em resposta eu dou comando pra bounce o bixo dele + draw. Ele baix o knight novamente e passa. Eu compro Agony Warp e bato só com a Sower, ele baixa um Cenn que eu deixo cair e ele ataca. Eu dou block com o meu knight, antes do dano ir pra pilha, mato o Cenn e do -3/0 pro knight atacante, ele só compra lands e o jogo acaba.

+2 Sower +4 Infest +1 Terror

-2 Sprite -2 Jace -1 Loxodon -2 Thoughtseize

G2

Ele abre forte de Figure turno 1, turno 1 eu não faço nada, ele ataca e faz mana Meadowgrain. Eu faço mana, tenho a blossom na mão, mais não faço ela, porque? Porque é possivel que ele tenha um procession do outro lado e eu tenho um Broken Ambitions e um terror na mão, ele ataca e eu tomo ele faz procession e eu dou counter ele perde o clash e tomba 2 gigantes +2 cartas, no outro turno faço land e passo... Se não me engano ele faz Antifona que cai, ele ataca e eu dou Agony Warp pra matar o figura -3/0 pro outro meninão lá... No meu turno eu faço Sower e roubo o Meadowgrain dele...e enquanto isso eu com 2 blossom na mão, no turno dele ele baixa figura + Cenn.. eu venho com outra sower no figura dele, ele baixa procession e passa. Eu ataco com o figura e o Meadowgrain ele resolvi tomar o dano, na upkeep eu faço Mistbind no Mutavault, e depois eu comprei 3ª sower e a 2ª acudindo a Blossom eu com MUITO mais bixo que ele, e é GG

3-0

Round 4 - Cenora(Faeries)

G1

Ele ganha no dado e abre de mana Seize, ele ve, 1 Ilha, 2 Mutavalt, 2 Bitterblossom, 1 Agony Warp, 1 Jace, ele tira Agony Warp, eu compro e baixo ilha e passo, ele baixa a land do turno e passa, eu compro Underground River, e faço Blossom vou a 17 e ele diz, "magic é só sorte..." Ele baixa a land e passa, eu compro baixo mutavalt e faço a 2ª blossom que entra, e dai pra lá eu so administrei a partida, ele dava comando pra tap all + draw e eu deixava, segurando os counter pra uma coisa pior, apesar de eu ter ido a 2 de vida o jogo tava sobre controle.

-1 Mistbind -3 Agony Warp -1 Jace -3 broken

+2 Thoughtseize +2 Sower +3 Peppersmoke +1 Terror

Ele começa fraco e eu tbm, os 2 sem blossom na mesa, ai sim é um outro jogo, começamos de mana vai ate o 2º turno quando no meu 3º turno entra uma Jace do meu lado, dou -1 pra Jacee compro uma carta, ele faz Scion no passe. Ele me bate com ela na Jace que fica a 1 marcador e passa. No meu turno, sabendo que ele tem um mutavalt em jogo eu sac a jace pra dar uma draw, ele vai me batendo, até que eu dou peppersmoke na Scion dele. Cenoura responde dando broken ambition pra x=1, eu pago o 1 e no clash revelamos terreno. Ele anula a peppersmoke com sprite, e em resp dou outra peppersmoke na scion. Alguns turnos depois ele faz outra Scion e a minha mão ta bem pesada, mais é tipo 2 sower 2 Mistbind, até a hora em que eu tinha MUITAS lands e faço Sower pra pegar a Scion, eu ja tinha visto a mão dele e aquela era a hora pra faz a sower, mesmo sabendo que ele tinha uma sower na mão Eu pego a scion dele pra min e passo, ele faz sower pegando a Scion dele de volta e passa. No meu turno eu baixo outra Sower, roubo a Scion dele, dou terror na Sower, ataco com tudo e é GG

4-0

Round 5 - Bruno (QnT com Broken e Plumeveil)

Ele faz mull a 5 na draw

Eu Abro de Mana Seize, e vejo 3 lands, Mulldrifter, Esper Charm, eu tiro Esper charm, ele faz land ate o 3º turno. Eu sem counter na mão faço Scion no pass, ele em resposta faz um Esper Charm pra 2 Draw, ok... Vou batendo com a Scion e SÓ comprando land, atrás de land, quando eu dou um ataco com minha Scion vejo uma Plumeveil gigante que me pegou de surpresa tirando a minha scion, pelo menos plumeveil morreu pois dei agony warp, so que eu so comprava land e ele com 7 cartas na mão já, ate que ele controla um jogo da um cruel e eu descarto ilha, sower, terror. Vejo minha proxima draw "Sunken ruins", e concedo.

+2 Thoughtseize +3 FlashFrezze +1 Terror

-2 Sower -2 Scion -1 Agony Warp -1 Loxodon

G2

Eu fiz mull a 6 e lembro apenas que minha mão estava boa, porem não tinha blossom, resolvo ficar, porque mull a 5 no play é tenso. Eu faço Conclave vai, ele Vivid vai, eu mana vai, ele mana vai, eu compro blossom(mnha esperança) faço blossom tomo um Broken de 1 = ( . Ainda perco o clash e coloco 3 lands no grave, dai pra la foi so esperar ele baixar os bichos dele, ele saiu com 2 plumeveil(ainda bem que elas não podem bater, heehee) e tomei um Cruel pra finalizar o game.

4-1

Round 6 - Hugo(Blightning)

Esse é da minha equipe e eu conhecia o baralho dele todo.

Ele começando...

Ele abre de mana Figure, e ele no turno 2 não faz nada, vou a 18 com o atack 2/2 do figure, turno 3 ele faz Blightning e eu so com lands na mesa, eu tomo 3 e descarto 2 Comando, ja que naum tinha +2 fontes azuis na mão nem em jogo. Ele ataca com o figura que leva terror, eu faço blossom e ele desc a 4ª land e passa. Eu vou colocando token segurando o jogo e ele com muitos burns na mão porem eu tinha os counter suficiente pra lidar com aqueles burns todo, ele faz Ram-gang e ataca, eu dou block, na EOT faço scion e ai é so ir dando block ate comprar remoção enquanto ele tomava 3 por turno, e é GG

+3 Flashfrezze +2 Sower +1 Terror

-2 Seize -2 Jace -1 Scion -1 Sprite

Estou louco? Tirando Seize e colocando Sower? Nah, é que eu conhecia o deck dele e sabia que ele só usava uma bitterblossom no deck

G2

Ele so faz magica no 3º turno, e eu desço a minha blossom no 2º turno, ele no turno 3 faz o Ram-Gang e eu todo tap levo 3, no outro turno ele fica zicado na 4ª mana e eu dando block no ram-gang com o token que entra todo turno ate que uma hora eu compro a remoção e o jogo se inverte, ele no pass vai queimando uns burns em min, eu tomo alguns, outros eu anulo, sempre segurando counter pra curva 5 dele, ja que ele usava Siege-Gang e Demigod. Ele compra a 5ª land baixa um demigod e eu anulo com sprite eu faço as contas e preciso d 12 d dano pra matar ele, eu ja tinha scion e Mistbind na mesa, na EOT faço uma outra Sprite da mão e na volta eu bato 12 certinho, pra finalizar.

5-1

Agora não podia nem dar ID, era jogar e vencer

Round 7 - Buddy(QnT)

Ele no 2º turno faz mana e passa, Eu faço blossom que cai e ele abre muito ruim e não faz a 4º land, na upkeep dele eu faço Mistbind que entra. Eu acudo um token, e bato 4 nele, na upkeep ele ainda com 3 lands eu faço outra mistbind, que entra e ele compra e baixa a 4ª land e passa eu ataco bato 8, e no turno dele ele compra e concede.

+2 Thoughtseize +3 FlashFrezze +1 Terror

-2 Sower -2 Agony Warp -1 Loxodon -1 Scion

G2

Eu na draw abro mais forte do que nunca, Mana Seize vejo Pyroclasm, Fire-Lit Thicket, Underground River, Sunken Ruins, Mulldrifter, Yavimaya Coast, eu tiro o Mulldrifter... 2º turno Blossom, 3º turno Blossom, e ele somente descendo lands, e eu colocando 2 tokens por turno, até que no final do turno uma Scion entra, ele não responde, e eu ataco com tudo levo ele a 3 de vida, No turno dele vem o Pyroclasm que eu anulo com flashfrezze, ele tem apenas 3 lands untap, em resposta ao flashfrezze ele faz Jund Charm pra 2 em all, e eu anulo com sprite e ele concede.

6-1

Gogo Top8

TOP8

Babão(QnT)

G1

Minha mão inicial era: Island, Mutavalt, Sunken Ruins, Sprite, Loxodon, Mistbind, Bitterblossom.. ele ta na play e começa apenas baixando Land e passando, eu faço o mesmo... Turno 2 eu baixo land e faço blossom, tomo um negate... ele compra e não baixa land, ficando apenas com 2 lands em jogo, no meu turno 3 eu faço Loxodon e passo, ele compra e não acha a 3ª land, eu baixo minha 4ª land e passo, ele perde outro land drop e no EOT faço sprite, equipo ela no loxodon e vou batendo, chego a 32 de vida. Consigo resolver 2 mistbind e ele concede.

+2 Thoughtseize +3 FlashFrezze +1 Terror

-2 Sower -2 Agony Warp -1 Loxodon -1 Scion

G2

Ele faz mull a 6 e abre sem nenhum hate contra minhas 2 Blossom que entram turno 2 e 3 consecutivamente,no meu 4º turno entra uma Jace que me da uma vantagem enorme e com o decorrer do jogo ele toma um Thoughtseize que não me revela grandes coisa que faça ele virar o jogo, e eu tenho 2 Sprite + 1 flashfrezze e 1 comand na mão, e ele diz, acabou.

Top4

Bruno (QnT com Broken e Plumeveil)

G1

Eu abro forte, estava confiante na mão que eu abri, abro de blossom no turno 2, e jace no turno 3...vou dando draw ate que a jace sai, em seguida eu baixo outra, e ai é so ficar comprando cartas e cartas e anular tudo que era possivel de fazer ele retomar ao jogo, ja que meus tokens de fada visitavam ele todo turno.

+2 Thoughtseize +3 FlashFrezze +1 Terror

-2 Sower -1 Agony Warp -1 Loxodon -2 Scion

G2

Eu abro de blossom, e tomo um Broken de x=1.. Faço jace no turno 3, ele vem de ajani no turno 4ª e mata minha jace. Eu na volto ataco a ajani dele com o valt e a mato. Compro outra Blossom e ela cai, ele vai descendo lands e na EOT faz Plumeveil, no turno dele ele faz Pyroclasm que entre e em seguida ele baixa um Shusher que me surpreende muito. 2 turnos depois ele faz Cloudthresher. Em resposta eu faço comando pra draw+bounce no shusher, ele responde ativando a habilidade do Shusher, pro Cloudthresher não poder ser anulado. Na volta ele bate com o Cloudthresher me leva a 5 de vida. E eu compro e concedo.

+1 Agony Warp + 2 Sower

-2 Scion -1 Sprite

Sabendo que ele usa Shusher, nada mais justo do que colocar + uma remoção, e a plumeveil é bem chata, então resolvo colocar 2 Sower pra dentro ja que tanto a Scion e a Sower morrem pra pyroclasm e Cloudthresher.

G3

Eu abri de Thoughtseize ele tinha um Cloudthresher um mulldrifter + nada de muito importante, eu tirei o Mulldrifter, no turno 3 ele topdecka um Esper Charm e faz no turno dele mesmo. Eu aproveito e compro uma blossom do topo e a faço. Ficamos baixando land e passando ate o 5º turno, quando na upkeep dele eu faço uma mistbind. Ele joga uma Plumeveil em resposta, a Mistbind entra, ele compra e passa, no meu turno eu ataco e ele toma...Eu passo, ele compra e passa, no meu turno eu ataco e ele faz outra plumeveil que cai e ele da block duplo. Eu jogo errado e faço Agony warp achando que eu ia matar as 2 plumeveil, eu errei mesmo, na hora pensei que as 2 deles fossem morrer... o meu Mutavalt acudido volta ao jogo e eu passo, e ele continua com uma plumeveil la e eu com alguns tokens de fada. Ele faz um Pyroclasm que entra e passa, eu compro terror, dou na Plumeveil e ataco com Mutavault, levo ele na red zone, ele baixa um shusher e passa, nessa hora eu vi que a unica solução era atacar e atacar... eu transformo meu mutavalt e ataco ele da block no shusher e os 2 morrem, ele faz outro shusher e passa, eu ataquei com um outro valt + faeries conclave... ele tomou e foi a 6 d vida, e eu a 7, eu tinha 3 lands untap(entre elas outra conclave) e 2 flashfrezze "inuteis" na mão, se não me engano ele tinha um broken amibitons na mão e ele compra e todo mundo que estava atras dele começa a delirar e comemorar, ele vai vira as lands e joga 3 preta, 2 azul e 2 red, e joga um Cruel Ultimatum, eu faço flashfrezze e ele respondi com a abilidade de shusher. vou a 2 d vida, ele sobe pra 11, na EOT eu pergunto, pq vc não me matou agora? Ai ele pensou e eu mostrei o shusher dele que poderia ter atacado.. na upkeep vou a 1, compro uma Sunken ruins e estendo a mão parabenizando ele pela vitoria, e dou adeus ao meu sonho.

Conclusões:

Bom, meu 2º PTQ e meu 2º Top4... Apesar de ter que evoluir muito no jogo, ser mais atencioso nas jogadas, e ter que treinar mais, acho que não fui tão mal assim, errei jogadas bobas durante o torneio, me arrisquei muitas das vezes, e mesmo contudo isso acho que mereci chegar aonde cheguei... Jogo "sério" a apenas 1 ano, e tenho muito o que aprender ainda e estou disposto a ouvir criticas sobre minhas jogadas. Desculpe por não lembrar corretamente todas as jogadas, eu anotei minha vida e alguns lances em um papel mais mesmo assim é dificil lembrar corretamente o acontecido.

Obrigado por todos que torceram por min; agradeço especialmente a Ramany(minha namorada) que sempre me da apoia e me incentiva a jogar, ao pessoal do mtg.br que pra min é como se fosse minha 2ª familia e lá eu tenho amigos verdadeiros que me ajudaram e torceram por min.

Agradeço ao Thorgrim por ter me emprestado o baralho e junto com o Stalker fazem um trabalho maravilhoso nesse blog.

É isso ae pessoal... Até Mais.

(Edit Stalker: E agradecimentos ao Stalker, que traduziu este report do idioma Max-Barreto para o Português :p )

As lições de um velho jogador

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Dezembro, além de ser o mês em que celebramos o Natal, o início das férias e o final de mais um ano, é também o mês em que paramos para pensar em tudo que se passou nesses últimos doze meses, em todos os nosso acertos e erros, o que devemos fazer para melhorar e o que nós devemos guardar para a prosperidade.

Após ler um comentário do Jorge na Ligamagic, onde ele me questionava se eu estava levando o jogo muito a sério, resolvi refletir um pouco, não só sobre os meus últimos doze meses, mas refletir a respeito de toda as horas que acabei gastando com o jogo.

Tive meu primeiro contato com o Magic na década de 90, a última edição que havia sido lançada era Legado de Urza e lembro de imaginar que o jogo era uma espécie de Super Trunfo um "pouquinho" mais complexo.

Naquela época Magic era um jogo bem mais complicado de se aprender. Não sei se pelo número de jogadores, que era bem menor do que o atual ou pela falta de informação, mas essa é a impressão que eu tenho depois de tanto tempo neste mundo.

Lembro que fui com o meu irmão e minha mãe a antiga Merlin da Pamplona e lá nós compramos um kit de Portal, que vinha com dois decks, uma espécie de Spellground, que explicava algumas zonas do jogo como cemitério, local onde colocar os terrenos e os baralhos, além de um pequeno manual explicando as principais regras do jogo.

Regras como enjôo de invocação, limite de quatro cópias de cada carta no deck e termos como Tipo 1 , Tipo 2 e Tipo 4 foram aprendidos meses após eu ter começado a jogar.

Após passar aquela fase de jogador de recreio da escola e de campeonatos com os colegas do prédio (no meu caso condomínio), passei a freqüentar a Merlin e me igualar à maioria dos jogadores daquela época.

Magic parecia ser um jogo muito menor do que é hoje. Eu não tinha a mínima idéia do que era um Pro Tour, Gran Prix ou Mundial, jogava os campeonatos sem saber exatamente o que eles ofereciam; diversão e a oportunidade de ganhar alguns boosters eram os maiores incentivos da época.

Assim como muitos, tinha uma ligeira noção do Metagame, que na época era constituído por decks como o Fires, Blue Skies e o Counter Rebel, além de começar a me interessar pelos principais sites que abordavam o jogo. Lembro que minhas principais fontes de informação eram o Sideboard.com, The Dojo e a Neutral Ground, além dos fóruns da Magicbr e do SJC Team.

Como sempre morei bem longe das principais lojas de São Paulo e ainda era muito novo, sempre foi difícil acompanhar o calendário dos principais torneios da cidade. Desta forma, acabei dando um tempo com o jogo para me dedicar ao Counter-Strike, uma das febres do momento.

Assim que o Counter-Strike deixou de ser a sensação que era, acabei voltando a jogar no finalzinho de 2002, com a desculpa que desta vez levaria o jogo mais a sério e mandar bem nos Regionais era uma das minhas prioridades.

Neste período conheci a Ligamagic e resolvi me arriscar escrevendo alguns Artigos para a galera. Em pouco tempo me tornei redator do site e descobri uma das minhas grandes paixões da atualidade, a redação. Quem é da “velha-guarda” da Liga, vai lembrar dos meus textos sobre o Moldy Hermit e da zona que rolava no canal do mIRC.

Mais uma vez devido à distância da minha casa as principais lojas de São Paulo, sem contar no aumento gigantesco dos preços das cartas, voltei a dar um tempo no jogo.

Após mais alguns anos distante, resolvi voltar a jogar no começo de 2007, com a velha desculpa de que desta vez treinaria pra valer. Bem mais maduro e com idade suficiente para me deslocar por toda São Paulo, escolhi o Gruul como baralho a ser utilizado na temporada de Regionais.

Meus dias de treino se resumiam as minhas idas à casa do Tarzam e aos infinitos jogos que rolavam na net. Devo ter jogado umas 500 partidas com o deck no Magic Workstation com aqueles gringos casuais que aparecem com qualquer tranqueira existente no formato, até definir a lista final. (Atualmente, mais maduro no jogo, chega até dar vergonha desses treinos, pois o que na época eu imaginava ser o treino mais completo do mundo, não chega nem perto do que eu jogo hoje).

Voltando a 2007, eis que o (in) provável aconteceu, depois de fazer 7-1 no suíço do primeiro Regional da Devir, ganhei do Leozerah e depois do Pikanso conquistando a minha primeira vaga para o Nacional.

Acho que foi uma das melhores sensações da minha vida. O jogo acabou e só lembro do Dick e mais um monte de gente que eu não conhecia me parabenizando pelo resultado. A ficha demorou infinito para cair e flashes sobre todas as partidas do campeonato vinham a minha mente durante o próximo mês inteiro, acho que até hoje. hehe

Aproveitando o resultado, escrevi um Report contando todos os detalhes da conquista e o texto acabou fazendo certo sucesso lá na Ligamagic. Diversas pessoas que eu nunca tinha visto na vida vinham falar comigo pessoalmente ou via pmsg, contando que começaram a jogar de Grull só por causa do meu Report. (Saber que pessoas se espelham no seu texto para jogar com algum deck ou para evoluir no jogo é um dos maiores estímulos para quem escreve artigos constantemente).

Passado o Regional, minha próxima meta era conquistar um bom resultado no PTQ Block que ia ser realizado no Rio de Janeiro. Lembro de ter jogado bastante com o GW Goyf, mas o resultado foi o pior possível - 0-1-2 drop e uma volta frustrante para casa.

Foi depois deste PTQ, que comecei a entender um pouco mais sobre o universo do jogo. Pude perceber que a diferença entre Regional e PTQ era gritante e que existiam diversas pessoas muito mais preparadas do que eu para aquele evento.

Por mais que eu tivesse jogado bastante com o deck, jogos casuais e treinos sem uma metodologia decente eram insignificantes caso eu quisesse conquistar um resultado mais animador.

Passado o PTQ, tive mudanças significativas na minha vida pessoal, pois tinha voltado pra faculdade e arrumado um emprego bem legal em uma Agência. Juntei o desânimo com o resultado do Rio de Janeiro, mais o pouquíssimo tempo que eu tinha para me dedicar ao jogo e abri mão de jogar o Nacional para comemorar meu aniversário em Itu com uns amigos e posteriormente dar mais um tempo no Magic.

Posso dizer que a lição que eu aprendi depois deste PTQ é que não devemos desanimar e jogar tudo pro alto caso o resultado do campeonato seja total diferente do que você imaginava. Tem dias que simplesmente dá tudo errado e o certo mesmo é nem sair de casa.

Conheço pessoas que treinam o dobro do que eu treino, mas na hora do campeonato é um desastre completo. O importante é saber que o treino pode não garantir um resultado imediato, mas lá pra frente você será recompensado de uma maneira ou de outra.

Após uma breve pausa no jogo, o Stalker surgiu no final do ano passado com uma proposta bem interessante de uma equipe de jogadores que estavam dispostos a levar o jogo mais a sério e isto me animou novamente a jogar.

No começo foi tudo dando muito certo, passei os primeiros meses do ano (pré-Regionais) jogando diversos campeonatos de menor expressão e conquistando sempre bons resultados. Senti-me bem mais preparado do que na temporada de 2007 e as expectativas para os Regionais eram as melhores possíveis.

Desta vez, o deck escolhido para a temporada foi o BG Elves e após um resultado não muito bom no primeiro Regional da Devir, chegou o dia do Regional de Rio Claro.


Fui eliminado no Top 4, devido aquele episódio que muitos conhecem e para quem não se lembra, aconselho entrar lá na Ligamagic e procurar por ele. Tal episódio já foi superado faz muito tempo (sem ressentimentos Ertai), mas na época foi quase que determinante para eu novamente dar um tempo no jogo.

Depois do ocorrido, ao invés de tirar proveito dos meus treinos e continuar me dedicando, desanimei bastante com o jogo e comecei a jogar os Regionais da pior maneira possível. A parte que diz respeito ao jogo em si, eu estava bem treinado, porém meu psicológico estava bem abalado e passei a levar o jogo não tão a sério como deveria.

Foram diversos Regionais que joguei sem dormir, varado de alguma balada ou festa, de ressaca e por aí vai. Para alguns jogadores, tal fato é insignificante, mas para mim funciona como uma bola de neve. O sono e o cansaço físico me levam a cometer erros infantis, não ficar tão atento quanto deveria, resultando em resultados medíocres para as minhas pretensões.


Eis que veio o GP Buenos Aires, meu primeiro grande campeonato e um dos resultados que eu mais me orgulho no jogo. Só depois de jogar um campeonato de tal magnitude que eu fui entender o quão grande é o jogo e como ele me fascina.

Como eu sempre fui empenhado no jogo e estou em constante busca por melhores resultados e por evoluções na maneira de jogar, ter a oportunidade de jogar com jogadores tão bons no segundo dia do evento, foi uma experiência única.

De Buenos Aires para cá, ainda joguei o FFA e o PTQ Kyoto que foi disputado em São Paulo. Ambos os eventos, pude jogar bem mais maduro e muito mais convicto das minhas ações durante as partidas. Uma das grandes lições que aprendi em Buenos Aires, foi que, por meu inglês e espanhol serem péssimos, eu tinha que ser muito mais transparente em minhas jogadas do que o habitual.

Isso me ajudou muito, pois atualmente posso dizer que raramente cometo algum erro infantil, como descer algum terreno errado, esquecer de atacar com uma criatura ou fazer algum efeito no final do turno do oponente. Por mais banal que seja esse tipo de coisa, erros por desatenção e por falta de foco na partida são muito mais corriqueiros do que parecem.

Neste período, acabei deixando a equipe que eu havia entrado no começo do ano (Aliás, sou muito grato por tudo que aprendi nesses meses) e meus grandes companheiros de treino atualmente são os jogadores que freqüentam a #mtg.br e a Magic Domain.

Fora algumas das lições que eu já comentei nesse texto, existe outra série delas que aprendi nesses dez anos de jogo e tentarei compartilhar com vocês três fatos que eu acredito serem fundamentais para você crescer no Magic.

1 – Dedicação e MUITO treino

Se você pretende crescer no jogo, não tem jeito, é preciso se dedicar muito a ele e aproveitar ao máximo suas horas disponíveis para o jogo. Não adianta jogar aleatoriamente como eu fazia no início da carreira, uma metodologia de treinos é fundamental para você maximizar suas horas de jogo e poder tirar as conclusões necessárias.

Recentemente o Paulo de Taubaté escreveu em seu Report do PTQ Kyoto (link aqui), no qual ele venceu, quais as conclusões que ele foi tirando do formato conforme os treinos iam acontecendo. É mais ou menos esse tipo de pensamento que vocês precisam ter em mente.

De resto, é aquela velha história de jogar o máximo possível com jogadores que sejam pelo menos tão bom quanto você. Sinto-me um privilegiado por manter um contato razoavelmente próximo a jogadores que eu admiro tanto como o Bertu, o Paulo, o Shooter, o Xiko, o PV e muitos outros.

2 – Vida pessoal x Vida de jogador

Quando você começar a levar o jogo mais a sério, perceberá que sua vida de jogador entrará em constante conflito com sua vida pessoal. Será preciso abrir mão de algumas badalações nos finais de semana e encontrar tempo livre durante os outros dias para treinar o máximo possível.

Como comentei anteriormente, uma boa noite de sono é fundamental para você manter o foco e a mesma pegada durante um campeonato inteiro. Não adianta nada você começar muito bem e durante as partidas decisivas começar a cometer erros infantis devido ao cansaço.

Quem está disposto a levar o jogo mais a sério e pretende um dia ser um jogador profissional, sabe como abrir mão de viagens e festas para guardar dinheiro e tempo para idas a PTQs em outros estados é muito mais comum do que parece.

3 – Evolução

Por último, você tem que ter em mente, que o principal no jogo é você estar sempre em constante evolução. Não importa o quanto você joga, você precisa estar ciente se teu jogo tem evoluído ou se você continua cometendo os mesmos erros de anos atrás.

Caso os erros sejam mais freqüentes do que deveriam, talvez o ideal seja mudar sua metodologia de treino ou seus companheiros. Reflita um pouco sobre o que você pode estar fazendo de errado e mude o quanto antes.

Acredito que seja mais ou menos isso daí. Sei que o texto ficou longo, mas a minha idéia era contar a minha história que eu tenho com o jogo e quais as lições que aprendi durante esses anos e que tal história ajude vocês a não cometerem os mesmos erros que eu cometi no passado.

Domingo agora vou jogar o PTQ no Rio de Janeiro e o tempo de treino tem sido o mais curto possível, comparado com o que eu havia treinado caso o torneio fosse Limited. De qualquer forma, espero me sair bem e que vocês tenham gostado do texto.

Bom final de ano a todos e até a próxima!

House e o Metagame

por Leandro "Stalker"

Finalmente este ano de 2008 está chegando ao fim, e para mim foi um ano bem especial, já que após 6 longos anos de faculdade, parece que finalmente vou conseguir sair de lá. Falta só saírem

mais algumas notas para que eu tenha certeza que passei. A sensação é daquele cara que está 6-1-1 no PTQ dando ID no último round, mas com algum risco de ficar de fora do top8 pelos tiebreakers. É a velha síndrome do “semestre que vem eu vou estudar, ai passa mais um semestre e você fala pra você mesmo.. não, agora é sério, semestre que vem eu vou estudar.. ai por ai vai”.

Com as férias e sem mais nenhum campeonato importante nos próximos meses, estou só na expectativa do lançamento desta série nova, “Conflux”. Muita gente reclama que a WotC é mercenária, que lança muita expansão por ano, mas se não fosse isso, os formatos constructed seriam muito chatos. Chega uma hora em que não tem mais o que inventar em quesito de deck e a chegada de uma nova série é algo extremamente necessário. Ninguém mais agüenta ver o deck de fadas dominando o ambiente. Inovar é preciso.

Neste tempo ocioso, meu passatempo tem sido assistir House, para quem não conhece este é um seriado cujo personagem central é um médico mal-humorado, que escrotiza seus funcionários, não sabe lidar com as pessoas, mas seu grande talento é diagnosticar muito bem as doenças mais bizarras do mundo, seja um carrapto que se alojou na vagina de uma menina, uma bactéria que estava num queijo velho ou um envenenamento acidental por Castanha-do-Pará, não importa o que seja, House é o cara e vai saber fazer o diagnóstico certo.

Qual é o ponto em que eu quero chegar? Nenhum, mas como eu gosto de fazer analogias eu fui pegar esse exemplo dos diagnósticos do House com uma coisa que todo mundo tem que fazer quando vai jogar um campeonato: Diagnosticar o Metagame.

Metagame: Numa definição bem simples, ele se define pelo conjunto decks e arquétipos que você você pode enfrentar num dado campeonato num dado local.

Para estudo de caso, vou pegar o Worlds que ocorreu semana passada:

Archetype # Percentage

Fadas 89 27.05%

BW Tokens 48 14.59%

Cruel Control 39 11.85%

Esses foram os 3 deck mais jogados no mundial deste ano, representando mais de 50% do metagame. Para um deck ir bem neste campeonato, além de talento e um pouco de sorte, uma boa leitura do ambiente é importante, e o ajuste fino dos decks pode transformar um match complicado num match um pouco melhor.

Todo deck tem uma espinha dorsal, não muda nunca, independente do que aconteça estas cartas sempre estarão no deck. O deck de fadas por exemplo, qualquer que seja a lista, vai ter sempre 4 Bitterblossom, 4 Cryptic Command, 4 Spellstuter Sprite, 4 Mistbind Clique, 4 Secluded Glen.

Com essa base sólida, a inclusão das outras cartas começa a ser pensada de acordo com o que você espera enfrentar.

Parodiando um pouco House, segue aqui alguns exemplos, de causas e sintomas. Nosso paciente é a Dona Oona.

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Caso: Deck de BW Tokens se popularizou

Causa: Deck vem obtendo bons resultados no premiere events(P.E) do Mol e foi tema de artigo na SCG.

Sintomas: Aumento da freqüência de Spectral Processions, Bitterblossom e Cloudgoat Ranger

Tratamento: 4 Doses de Broken Ambitons para impedir o Procession no 3° turno e alguns Infest no sideboard caso a doença fuja de controle.

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Caso: Cruel Control foi aprimorado

Causa: Bons resultados nos States, e é a menina dos olhos do Chapin e dos franceses.

Sintomas: Febre alta, possível alucinação, já que este deck diz que ganha de quase tudo e que

tem a tech secreta para ganhar do fadas.

Tratamento: Nada muito preocupante, mas alguns counters e disrupts a mais no sideboard vão vem, como Thoughtseize, Flashfreeze e Glen Elendra

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Caso: Enxame de fadas

Causa: Com o boato de que haverá muitos Cruel Control, a preferência de muitas pessoas acabou migrando para o fadas

Sintomas: A ressonância magnética revelou que haverá muitos mirror matches, com o jogo se decidindo muitas vezes na vantagem da blossom.

Tratamento: Tranfusão de cartas, algumas bolsas de Thoughtseize no main deck para estancar a hemorragia e impedir que a Bitterblossom caia do outro lado.

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Muito bem, temos 3 casos diferentes, mas os tratamentos não conseguem curar todos os sintomas. É aqui que entra você na história. Com estes dados em mãos você tem que estimar a melhor alocação de recursos de forma a otimizar os seus matchs, lembrando que o ótimo local, não necessariamente é o ótimo global. Em outras palavras, não adianta você ter um match impossível de perder contra Cruel Control se você não conseguir ganhar de BW. As vezes você tem que piorar um match para melhorar suas chances no campeonato.

Por tanto, da próxima vez que você for jogar um campeonato, pense no porque que cada carta esta no seu deck, e porque que aquelas são as suas 15 cartas no sideboard. Antes de conhecer seu oponente, você precisa conhecer você mesmo, neste caso o seu deck. (Só frases de efeito neste post!)

Até a próxima!

Parabéns Fact or Fiction!!!

por Ricardo "Thorgrim" Mattana


Neste domingo o blog comemora quatro meses de existência e é com muito orgulho, que eu digo que o blog é um dos portais sobre Magic mais completos do Brasil.

Atualizado constantemente o blog procura oferecer a todos os jogadores brasileiros, textos sobre os mais diversos assuntos - desde análise de decks, notícias sobre os principais eventos do Brasil, além de entrevistas com jogadores consagrados e algumas apostas nossas.

Isso tudo sem contar a tragetória de dois jogadores esforçados e empenhados a crescer no jogo.
Nesses últimos dois anos em que eu comecei a levar o jogo mais a sério, digo com orgulho que ganhei mais de 200 pontos Constructed, me classifiquei pro Nacional (apesar de não ter jogado) e atualmente sou o 105 do Brasil, no ranking TOTAL.

Já o Leandro "Stalker", conseguiu fazer 2 Top 8 em PTQs de formatos distintos, deixando seu amigo e sócio muito feliz.

Queria agradecer a Magic Domain pelo apoio que ela vem dado ao blog, em especial ao Fox, que é um cara que eu adimiro muito pela paixão que ele tem pelo jogo e pelos infinitos conselhos que ele sempre dá pra gente.

Gostaria de agradecer também a Ligamagic pelo espaço que ela oferece para nós divulgarmos nosso endereço e a todos jogadores que ajudam o blog a crescer.

Agradecimento em especial a galera que sempre marca presença nos comentários e ao povo da #mtg.br, que está sempre dando uma força também.

Aguardem, pois o blog promete muito mais novidades para o ano de 2009 e para esse finalzinho de 2008.

Por último, queria agradecer também aos outros blogs e sites brasileiros sobre Magic, que colocam nosso link em sua HOME. Volta e meia eu descubro um site novo sobre Magic no Google e vejo que ele possui nosso link por lá, valeu pela força.

Queria desejar a todos um Feliz Natal antecipado e que 2009 seja um ano muito bom para o Magic brasileiro.

PTQ Kyoto *TOP8 REPORT*

por Leandro "Stalker"

Quando estamos falando de um campeonato limited acredito que preparação é fundamental, pois é você que pode pegar uma pool relativamente boa e montar o deck errado, ou o oposto, pegar uma pool bem mediana, mas achar as pequenas sinergias dela e transformar uma pool não tão boa num deck bem consistente. Já faz mais de 2 meses que a gente vem escrevendo aqui no blog sobre limited de Shards of Alara, então uma coisa que vocês podem perceber é que para fazer top8 neste PTQ treino foi fundamental. Para vocês terem uma idéia do que eu estou falando, em números isso significa abrir mais de 40 pools de cartas, contando as pools da magic-league e das IRL. Este foi meu 3° PTQ limited e nas outras duas vezes eu fui pro campeonato sem treino algum, achando que era só abrir uma pool boa que eu iria bem. Para este PTQ eu estava treinado e agora era por todo este conhecimento em prática.

Pool:
Ao ver minha pool, vi que minha base seria Jund, todas as minhas remoções estavam nessa cor e a grande dúvida era splashar ou não a cor branca, para um Naya Battlemage e Naya Charm. Eu tinha também o Knight of the Skyward Eye, Welking Guide, e um Sanctum Gargoyle que poderia voltar minha Cápsula Preta. Eu tinha um panorama de Bant e 1 Naya Obelisk, mas após pensar bastante, resolvi ir pela consistência e jogar num jund puro. Alguns fatos curiosos dessa minha pool foi que eu tinha 4 gift of Gargantum (1 foil). Eu queria usar pelo menos 2 deles no decks, mas pelo medo de jogar minhas remoções pro fundo e com 2 dragon fodder no deck, eu preferi jogar só com um gift, já que rarissimas vezes eu iria fazer ela no 3° turno. Por último a carta da discórdia, que ninguém acreditava que eu estava usando: Ad Nausea. Normalmente eu não usaria ela, mas como a maioria das minhas cartas tinha custo 3 ou menor, eu achei que valia a pena e o custo/beneficio iria me ajudar a ganhar aqueles jogos que entram no topdeck mode.

As 40 cartas que eu botei no shield foram:

Lands
2 Swamp
6 Mountain
6 Forest
2 Jund Panorama
1 Crumbling Necropolis

Creatures
1 Viscera Dragger
1 Court Archers
1 Cylian Elf
1 Elvish Visionary
2 Hissing Iguanar
1 Undead Leotau
1 Skeletal Kathari
1 Manaplasm
1 Scavenger Drake
1 Bloodpyre Elemental
1 Jund Battlemage

Spells
1 Necrogenesis
1 Resounding Thunder
2 Branching Bolt
2 Dragon Fodder
1 Soul's Fire
1 Ad Nauseam
1 Bone Splinters
1 Executioner's Capsule
1 Gift of the Gargantuan

O deck não tinha praticamente nenhuma bomba, só o Manaplasma, que me ajudou em alguns jogos, mas que eu não considero uma rara tão boa, já que morre pra praticamente tudo, desde besouro a stinger. A sinergia do deck estava nos 2 Hissing Iguanar e Necrogenesis, praticamente todos os meus jogos foram ganhos com eles. Com os dois na mesa era praticamente “2 mana: Bote um Mogg fanático em jogo”

Como era de costume eu sempre pedia para meus oponente começarem, já que meu deck tentava limpar/travar a mesa primeiro para depois bater com os bixos, e essa carta extra podia fazer muita diferença. Além do que mulligar no play neste formato machuca bastante, o que força você a dar keep em mão de 6 carta bem mediana, e no draw, você tem o luxo de poder dar mulligan mais estratégicos.

Round 1: João, conhecia ele de vista por causa dos regionais
Deck dele era meio lento, 4 cores. No game 1 eu fiz o Manaplasm no 3° turno, e a primeira spell que ele fez foi um Fatesticher. Matei com Branching Bolt e bati uns 8 de dano até tomar um Resounding Silence. Quando ele estava tentando estabilizar a mesa eu fiz um Ad náusea, perdendo 9 de vida (tinha 20), o que me deu munição suficiente para ganhar o jogo com iguana e mais alguns tokens. Game 2 foi quase a mesma coisa, só que dessa vez eu tomei um bigode bem grande, fui fazer a iguana e acabei tomando um Gather Specimens. No final ele acabou tendo que trocar a iguana por alguns tokens meus e eu acabei ganhando.

Games 2-0
Match 1-0

Round 2: Eduardo Lopez
Dessa vez era um deck Naya. Ele fez Cylian Elf e eu Draggon Fodder, ele volta fazendo Lighting Talons no Cylian Elf, tomei 5, mas pelo menos no turno seguinte me livrei dele com o Thunder, ele faz 4 manas e passa, eu faço um Jund Battlemage, ele vem com Rakeclaw que eu tiro da mesa com o Bolt, e a partir daí a mesa ta no meu controle, principalmente com a Iguana e Necrogeneis. Game 2 ele vem meio lento e eu vim forte com Dragon Fodder e Iguana. Com mais algumas remoções consegui deixa-lo na red zone bem rápido e os meus mogg fanáticos finalizaram o serviço.

Games 4-0
Match 2-0

Round 3: Nariz

Outro deck 4 cores, eu abri forte com Fodder e Iguana, mas ele fez Stinger no 3° turno, me livrei dele com o bolt, mas o estrago já tava feito e o unearth levou minha iguana. Fiz a segunda Iguana, Court Archer e o Viscera dragger, comecei a bater com a cavalaria e tomei bounce no Víscera. Ele volta fazendo um um Cloudheath Drake para tentar segurar a mesa. Eu fiz umas contas, dei Cycling no víscera, depois unearth para fazer o alpha strike e dar o dano lethal. Game 2 ele abre bem com o Knight of the Skyward Eye e depois o Tidehollow Sculler e tira meu Branching bolt, ai sem remoção o Knight e Tidehollow vão me punindo, quando compro um thunder para matar o Tidehollow a mesa dele já tem 1 Cavern Thoctar e 1 Bull Cerodon.. pra piorar as coisas ele ainda faz um Mosstodon.. ai é recolher e ir pro game 3. Para o game 3 eu mudei um pouco meu deck, colocando o Volcanic Submersions, pra que ele não fizesse os monstros de custo 6 tão cedo. Consegui quebrar a Jungle Shrine dele, deixando ele só com fontes verdes e pretas, o que me deu tempo suficiente para ganhar o jogo, já que quando ele fez o Cerodon eu já tinha um bone splinter esperando por ele, ai de resto foi ir batendo com iguana e alguns tokens.

Games: 6-1
Match 3-0

Round 4: Pedro Henrique
Enfrentei outro Naya, ele começou forte e só consigo estabilizar com 10 de vida graçar a um necrogenesis que podia parar o Whooly. Com o chão estabilizado eu comecei a bater com o Skelethal Kathari. Com o Leotau na mão eu fiquei mais confiante em fazer um Ad Nausea, em troca perdi 2 de vida e ganhei 2 lands e 1 dragon fodder. Esses tokens me fizeram dar os danos que faltavam para matar com a Iguana, antes que eu morresse para 2 souls fire que estavam na mão dele. G2 ele abriu um pouco mais lento, eu fiz iguana e a primeira spell dele foi um gargola, fiz mana e passei. Ele faz um Naya Battlemage, ai ficou muito bom pra mim, já que eu limpei a mesa dele com branching bolt, dando 2 de dano com a iguana. Voltei fazendo Víscera Dragger, e a race toda a meu favor não deu chance para ele.

Games 8-1
Match 4-0

Round 5: Sandoiche
Outro Naya, mulliguei pra 6 e acabei keepando uma mão de 1 pantano e 1 capsula, pra minha sorte o sandoiche parou na 3° land por um bom tempo, quando encontrei minha 3° land fiz um gargantum que revelou 3 spells e 1 bixo. Parecia competição pra ver quem tava mais azarado. Estabilizei com 12 de vida e comecei a rushar, deixando ele a 6 de vida. Ele mata meu Visera Dragger e volta fazendo Realm Razor, lol!. Na mesa dele só tinha o Razor e na minha só um Court Archers. Compro a triland e passo, ele bate com o razor, me leva a 8 de vida, faz land e passa. Eu ataco com o Archers, levo ele a 4 de vida, apesar de eu ter uma land na mão eu não faço, para ele achar que eu tava zicado e que não conseguiria fazer o unearth do visera. Ele bate com o Razor, vou a 4 de vida, eu faço a land, bato com o víscera(3+1 Exalted) e gg.. Jogo tenso! G2 ele abre bem com Druid of Amina e Knight of the Skyward Eye. Eu faço Manaplasm e vamos pra race, ele batendo 3 e eu batendo 4, mato o Knight com Branching Bolt e continuo meus ataques suicidas, já que minha 4° land não vem. O momento decisivo do jogo foi quando ele decide bater com druida, Rip-clan e Scrouge-Devil, ele tinha 8 de vida e eu 13, eu tava tapped out com a iguana em pé. Bloquei o Devil e acabei tomando um Sigil blessing, o que atrapalhou as minhas contas já que eu deixei de dar 1 de dano com a iguana o que me impediu de matar ele no turno seguinte já que eu ia bater com o Manaplasm e dar um Thunder para finalizar. Vacilei e isto me custou o game. No G3 eu fui com uma mão com 2 dragon fodder, mas ele abriu com o knight e um stinger, não comprei nenhuma das minhas remoções e perdi para esses 2 bixos sozinhos, pior ainda foi eu fazer um necrogenesis e não ter nenhum bixo no grave para eu transformar em saprofita.

Games 9-3
Match 4-1

Round 6: ???
Outro Naya, No começo do jogo, troquei uma Iguana por um Nacatl 3/3, já que eu tinha mais 2 remoções na mão e um Ad Nausea, e esses ataques do Nacatl iam fazer diferença no final do jogo. Com 13 de vida faço Ad Nausea e de cara revelo o Loteau.. tenso, no melhor estilo Bob revelando Gargadon. Ele tinha um Rockaster Platoon que não atacava já que eu segurava o chão com o Necrogenesis e Jund Battlemage. No meu turno compro um Manaplasm e passo, ele ativa o Platoon e vou a 5 de vida e ele a 12. Ele faz mana e passa. Eu compro a 8ª land, faço Bloodpyre, mato a barreira 0/4, deixando ele só com 2 blockers. Ataco com o Manaplasm e 5 tokens, ele toma 4, vai a 8 de vida, e eu finalizo com um Souls Fire no Manaplasm pra dar 9 de dano. G2 ele não compra nenhuma fonte vermelha e eu acabo ganhando com iguana+tokens+remoção.

Games 11-3
Match 5-1

Round 7: Xineis
Essa era a hora, ganhar aqui e dar ID na próxima pra fazer Top8.
Começo fazendo um Cylian Elf que é emboscado por um Qasaly Ambusher, faço um Jund Battlemage e passo, ele volta fazendo um Algae Gharial no turno 4. Ai bateu aquele desespero, já que eu não ia conseguir tirar ele da mesa e ele só ia crescer ao longo do jogo. Meu deck resolve colaborar e me da 2 iguanas, compro mais alguns dragon fodder e necrogenesis e consigo ganhar o jogo graças as 2 iguanas. Todos os meus pontos de dano foram causados por elas, uma partida realmente fora do normal, uma verdadeira Batalha das Termópilas. G2 ele mulliga e keepa uma mão de 1 land, perde vários land drops, não compra a fonte vermelha para o stinger e eu acabo ganhando sem muita emoção.

Games 13-3
Match 6-1

Round 8: TTE ID
6-1-1

Sai os standing e eu passo em 8°, com o Guincho ficando de fora nos tiebreakers
Draft: Eu tinha treinado bastante draft, mas meus decks nunca ficavam muito bons, eu sabia que de selado eu tava bem, mas que de draft eu ainda precisava melhorar muito. Não deu outra, no draft do top8 acabei me iludindo com um 1° pick de Branching Bolt e 2° Pick Goblin Assault, acabei indo pra um RGb Jund, quando os sinais indicavam que azul estava bem aberto então talvez tivesse sido melhor ter ido para Grixis ou Esper, já que passaram alguns Tidehollow Strix bem de late Pick.

Meu deck não ficou lá grandes coisas e fico até com vergonha de postar ele aqui (Ok, é desculpa, eu não estou com o deck para poder listar), o que eu me lembro é que eu tinha 1 thrinax, 2 branching bolt, 2 Algae Gharial, Sigil of Distinction e 3 Dragon Fodder.

Top8: Joguei contra o Sandoiche de novo

Abri com Dragon Fodder e Thrinax, e do outro lado ele com 3 bixos exalted e um Whooly, depois de 5 turnos dando chump block eu compro o crocodilo mas ai já era tarde demais. Game 2 eu abro com Dragon Fodder no turno 3 denovo. Ai talvez o cansaço tenha batido e eu baixo a land errada, uma floresta ao invés do pântano, o que me impediu de fazer o Scavenger Drake. O estrago só não foi maior porque eu pude fazer outro dragon fodder neste turno. Eu tinha um Sigil of Distinction na mão também, e eu estava esperando que ele se tapasse para que eu pudesse equipar um goblin antes de tomar a remoção, já que é bem difícil pro naya lidar com bixos grandes. No meu próximo ataque tomei um sigil blessing que matou quase todos os meus atacante, equipei a ficha sobrevivente a esse massacre com o Sigil of Distinction e Acabei tomando um Excomunicate pra ficar esperto, mas ainda havia uma esperança. Bati com o Drake equipado alguns turnos depois, deixando ele com 9 de vida. Eu tinha 11. Meu problema é que ele tinha um Topan e Junto com o Whooly ele me dava dano lethal, o que me obrigou a gastar o Souls Fire para me manter vivo. No final acabei tomando um Naya Charm que deu tap no drake, então a partida estava perdida de qualquer jeito.

Bom, não deu dessa vez, mas pelo menos a experiência fica. Eu era um cone em T3 até 3 meses atrás, resolvi treinar sério para esse formato e o resultado está ai. Nada vem por acaso. É claro que depois eu fui encher o saco do Henrique e pegar meu broche de top8, já é o meu 2° da coleção e se for que nem o Paulo TTE, quando eu tiver 6 eu ganho um PTQ :)

Props:
- Pessoal de Londrina que veio de caravana e meteu 2 neguinhos no top8 (Kaies e Lixo)
- Pessoal do mtg.br, com quem eu treinei muito para esse PTQ
- Ragabash, Thorgrim pelos treinos IRL
- Pra galera do Shandalar, pelos treinos também.
- Galera que vem acompanhando o blog, fazendo essa troca de informações uma via de mão dupla.
- Fuzzy que foi o único cara que gostou do Ad Nausea do meu deck.

Slops:
- Eu estar 3-12 nos drafts contra os caras do mtg.Br
- Pro Guincho que tinha pool, mais absurda do selado e deu ID na ultima rodada, sabendo que poderia ficar de fora pelos standings.
- Ragabash que olhou minha pool e deu nota 4, ai eu perguntei: “É de 0 a 5?” e ele respondeu, “Não, é de 0 a 10”.
- Pra todo mundo que fazia cara de espanto ao ver o Ad Nausea do meu deck.

Magic e seu lado competitivo

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Por estar novamente se aproximando uma competição importante e iniciando uma nova temporada de PTQs (Pro Tour Qualifiers), me animei a escrever sobre este lado competitivo que o jogo apresenta.

Muitos jogadores encaram Magic apenas como diversão, não importando o formato, o deck ou o grau de dificuldade, a pessoa entra no campeonato apenas pelo prazer de passar uma tarde de domingo jogando Magic.

Caso ela ganhe, poderá jogar na cara de seu oponente que ganhou jogando com um baralho de Saprófitas, que ela montou cinco minutos antes do campeonato começar, caso perca, não existirá nenhuma pressão sobre ela e a derrota poderia ser encarada como um ato previsível do jogo.

Eu, particularmente, seria muito infeliz se não conseguisse ganhar nada nos campeonatos em que eu jogo. Entenda “ganhar” como a meta que você estabeleceu para esse tipo de competição. Tal meta pode ser - sair positivo do torneio, fazer um top 16 para ganhar alguns boosters, alcançar o sonhado Top 8, não importa, basta você ter em mente o quão importante é estabelecer metas.

Toda competição em que eu participo, tenho como objetivo final ganhar o torneio, porém além desse objetivo gosto de trabalhar com pequenas metas durante a competição para não perder o foco. Essas pequenas metas podem ser encaradas como chegar no Day 2 de um GP/PT, fazer top 8, abrir 5-0 para poder dar dois IDs, etc.

O importante é você ser ambicioso e ao mesmo tempo realista. Olhe o calendário de torneios de sua loja, estabeleça uma meta para seu próximo torneio e o principal, pense em como você vai fazer para atingi-la.

Muitos jogadores estão começando a se interessar por esse lado competitivo que o jogo apresenta, mas não sabem exatamente o que é preciso fazer para conquistar bons resultados. Por que na comunidade do Magic é assim, se você pretende ser respeitado e conhecido no jogo será preciso conquistar bons resultados.

Imagina se eu escrevo um artigo gigante de como o meu deck de Saprófitas ganha de todos os decks do ambiente e no final dele eu falo que fiz 0-2 drop em todos os Regionais que eu joguei com o deck. Tudo que vocês ficaram horas lendo entrará por um ouvido e sairá pelo outro. Neste caso, gosto de trabalhar com aquele ditado: Contra fatos, não há argumentos.

Portanto, para vocês conquistarem os desejados resultados, precisam evoluir cada vez mais no jogo. Vou repetir um conselho que 11 a cada 10 jogadores profissionais dizem quando são questionados sobre o assunto - “Joguem MUITO Magic, mas acima de tudo joguem muito com pessoas que sejam melhores que você.”

Sei que é muito difícil bons jogadores “adotarem” iniciantes, portanto tentem jogar competições onde vocês possam enfrentá-los, não fiquem se limitando aos FNMs e aos torneios que vocês organizam com seus amigos no prédio de vocês.

Na pior das hipóteses parem para assistir bons jogadores jogando ou escutem todos os conselhos que eles têm para dar. Existem diversas coisas que eu aprendi sobre o jogo, sem precisar encostar em uma única carta de Magic.

Quando vocês estiverem vivenciando mais este lado competitivo que o jogo apresenta, perceberão que uma partida de Magic é muito mais do que dois baralhos de 60 cartas, dois jogadores e 20 pontos de vida para cada lado.

Vocês aprenderão que ela inicia-se meses antes, quando você começou a treinar com sua equipe e escolheu devidamente seu deck, que será preciso administrar muito bem sentimentos como a ansiedade antes do dia do campeonato, lidar com a pressão que é uma partida valendo Top 8 ou que tenha caráter eliminatório, além de aprender a lidar com o seu ego e acima de tudo, manter-se concentrado e focado nos seus objetivos.

Essa é uma das lições que eu aprendi nesses anos de jogo e é o conselho que eu posso dar para vocês neste final de ano. Neste exato momento estou tentando lidar com a minha ansiedade para o PTQ de Domingo. Desejem-me sorte e que todos conquistem ou cheguem o mais próximo possível de seus objetivos.

Tenham um ótimo final de semana. Até a próxima!