sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Pérolas do Unicórnio #1

Por Leandro "Stalker"
Isto aqui nada mais é do um resumo das principais pérolas que circularam no fórum da Ligamagic nas últimas semanas. Espero não estar ofendendo nínguém, já que isso é apenas uma brincadeira. Como diria um amigo meu, "Chorou, parou!"


- Se eu gostar de fazer orgia com guaxinins, ninguém tem porra nenhuma a ver com isso.
Icy manipulator expondo suas preferências sexuais.

- No nacional fui com um mono black, peguei o PV na 1º rodada de fadas e abri ele no meio.
smoghh, contando seus feitos no magic para seus netinhos.

- Há uns 4 anos atrás minha mãe falava muito na minha cabeça. Uma vez até chegou a mandar uns 5 amigos meus que estavam jogando na minha casa embora, falando que isso era jogo de vagabundo, não levava a nada, etc...
COMERCIANTEdCARTAS, porque mãe é tudo igual, só muda de endereço.

- Foi o Coronel Mostarda na Biblioteca com o Castiçal!
Araeliz solucionando o roubo dos deck durante o PTQ do RJ.

- Nas minhas recentes reflexões, cheguei a conclusão de que magic é igual a pedofilia. Quando se fala de pedofilia, se fala de crianças, porém se fala também de abuso, exploração...
Nuclear, ensaiando seu discurso para o Criança Esperança 2009.

- Vê o lado bom: Pelo menos dessa vez é mulher.
FuZzY_No0b, ponderando o mais recente escândalo sexual do futebol brasileiro.

- Muliguei a 3, comprei 2 planicies e um Círculo de Histórias, comprei a 3° planicie, fiz o cop pra red e acabou o jogo...
Nuclear, explicando mais uma vez seu conceito de "diversão" no magic.

* Se vocês encontrarem mais pérolas, envie-as para o nosso email de contato, com a frase e o link para o tópico que nós publicaremos na próxima vez.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Blogueiro por um dia - Felipe "MBC" Madeira

por Felipe "MBC" Madeira

Este texto foi baseado no artigo do Ted Knuston sobre o assunto, e nos artigos citados no mesmo.

O maior dilema ao se falar sobre cheating é que tudo que se é falado sobre o assunto pode ser usado por pessoas mal intencionadas, já que não tem como falar sobre o assunto sem explicar como a infração ocorre, mas é consenso que quanto mais pessoas souberem como o roubo acontece, e como previni-lo, menos as pessoas se sentirão estimuladas a fazê-lo, já que os riscos de ser pego tornam-se maiores.

Neste artigo eu vou falar sobre os métodos mais comuns de roubo, situações que possibilitam que seu oponente roube e como evitá-las.

Sempre embaralhe o grimório dos seus oponentes

É impressionante o número de pessoas que eu vejo em campeonatos que não embaralha o deck do oponente, tanto no começo do jogo quanto no meio.

Qualquer um que já viu um show de mágica sabe o que pode ser feito com um baralho nas mãos, mesmo não sendo mágico é muito fácil manipular um grimório, por isso SEMPRE embaralhe o deck do seu oponente SEMPRE que ele manipulá-lo. Alguns jogadores gostam de jogar com um número elevado de cartas que buscam terrenos (Sakura-Tribe Elder, por exemplo), pois cada vez que eles usam essas cartas eles ganham um Vampiric Tutor gratuito.

Uma coisa muito importante a ser feita também é olhar como o seu oponente embaralha o deck. Muitas pessoas embaralham os seus grimórios de maneira a parecer que estão colocando ele numa ordem aleatória quando, no entanto estão apenas preservando uma ordem pré-definida.

Dividir o deck em pilhas (pile shuffle) sozinho não é um método de embaralhamento. Um jogador treinado, dividindo o deck em pilhas consegue colocar cada carta no lugar onde quer, mesmo que o pile shuffle seja combinado com o riffle shuffle (que é quando o jogador separa o deck em 2 pilhas e as empurra para baixo, juntando-as).

Numa quantidade pequena de vezes também não é considerado embaralhamento, pois mesmo o rifle shuffle pode preservar a ordem se bem feito. Caso você suspeita que o seu oponente esteja fazendo um maço propositalmente você não deve embaralhar o deck dele, e sim chamar um juiz imediatamente.

Mesmo usando o embaralhamento normal, alguns jogadores podem fazer o chamado “Fake Shuffle” que é quando alguém está embaralhando o deck, mas mantém uma das partes sempre intacta, normalmente o topo ou o fundo. Fique atento a isso.

Você durante o jogo pode (e deve) reparar caso o seu oponente “acaricie” muito o baralho, isso pode ser um sinal de que ele está tentando descobrir se tem alguma carta foil ou marcada no topo. Outro roubo muito comum é o oponente olhar o seu deck enquanto ele embaralha, o correto é o oponente embaralhar o seu deck olhando para o outro lado, o que é complicado devido ao risco das cartas caírem, mas fique atento a possíveis olhares maliciosos e avise o juiz no caso de qualquer suspeita.

Observe seu adversário enquanto ele compra cartas

É muito fácil roubar enquanto se está comprando cartas, por isso deve-se ter uma atenção especial nesse quesito. Sempre que um efeito mandar um oponente comprar mais de uma carta, peça para seu adversário realizar cada compra separadamente (que é o que a regra manda), também pergunte a ele periodicamente o número de cartas em sua mão. Além da vantagem estratégica que essa informação te passa e de monitorar o número, isso ajuda a mostrá-lo que você está atento ao jogo.

Também se deve prestar muita atenção em de que lugar o seu oponentes está comprando cartas, já ouvi inúmeros casos de jogadores comprando cartas de seus cemitérios e até de seus sideboards.

Outra coisa muito perigosa também são os jogadores que propositalmente deixam de comprar cartas para depois poder dizer ao juiz que seu oponente comprou uma carta a mais intencionalmente, fazendo com que o juiz desqualifique o mesmo do torneio injustamente.

Além disso, outro método de roubo é usar cartas no colo/bolso ou outro lugar qualquer, alguns desses casos ficaram famosos como Mike Long jogando com peças do seu Cadaverous Bloom no colo, ou Gaetan Lefebvre que foi pego no PT Berlin numa situação parecida. Por isso, NUNCA deixe que seu oponente coloque as cartas abaixo da linha da mesa, ou em qualquer lugar que você não possa ver, a regra diz que as cartas da mão dos jogadores devem permanecer em locais visíveis, então, a faça valer.

Outro modo perigoso de comprar mais cartas do que permitido é usar cartas com efeitos na manutenção, como Bitterblossom. Funciona da seguinte maneira; O jogador compra a carta e “percebe” que se esqueceu da habilidade da blossom, ele volta para a manutenção, realiza o efeito da carta e prossegue o jogo, comprando de novo uma carta. Essa situação é perigosíssima por que pode acontecer até mesmo sem intenção, fique atento a isso.

Fique muito esperto também com os terrenos de seus adversários, é muito comum jogadores tentarem baixar mais de um por turno, levando a grandes vantagens. Outra coisa muito perigosa é jogar mágicas com as manas erradas ou com menos manas que o necessário. Isso é muito comum em mágicas com custos muito específicos, como Cryptic Command ou com custos altos, como Dragonstorm.

Sempre conte o seu deck e o do oponente

Sempre que você estiver embaralhando você deve fazer pile shuffle no seu deck e no do oponente. Além de verificar se ambos os decks estão com o número certo de cartas (o que pode te fazer ganhar/deixar de perder alguns jogos) você pode analisar se os shields dos seus oponentes apresentam algum tipo de marca. Cartas marcadas são um problema seríssimo, então você tem que ficar de olho nisso.

Isso também evita um outro tipo de roubo, alguns jogadores, enquanto estão embaralhando o deck do oponente simplesmente deixam uma das cartas cair propositalmente e empurram-na para o lado do oponente para assim fazê-lo ganhar um game loss por ter um deck incompleto. Contando o seu deck previamente você pode mostrar ao juiz que seu deck tinha o número de cartas correto.

Sempre anote as vidas com papel e caneta

Um dos modos mais fáceis de roubar no Magic é manipular a vida, muitos jogadores não levam papel e caneta para os eventos e ficam a mercê da marcação de seus oponentes, o que é um tanto perigoso, principalmente por que caso haja alguma desavença, você não terá como provar ao juiz que você está certo. Métodos eletrônicos não são bons nesse ponto por que eles não guardam o histórico dos pontos de vida, impossibilitando que o juiz averigue quem está falando a verdade.

Algo muito importante de se salientar aqui é que os jogadores precisam tomar mais cuidado com pain lands, foram inúmeras as vezes que mesmo eu anunciando que estava tomando dano das pain lands o meu oponente não marcava o dano na folha dele.

Magic é um jogo extremamente complexo, e por isso, dá muitas brechas para pessoas desonestas tirarem proveito disso. Com certeza o maior conselho que eu posso dar a qualquer jogador de Magic é que sempre que ele ache necessário ele DEVE chamar o juiz. Os jogadores de Magic não devem ter motivo algum para terem medo de nós juízes, toda vez que você tiver alguma dúvida ou que estiver desconfiado solicite a nossa presença.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

As Duplas Dinâmicas

Por Leandro "Stalker"

A idéia deste post surgiu após eu assistir o filme Stealth. Filme horrível, com infinitas cenas forçadas, super explosões, computadores com inteligência artificial muito avançada, o único negro do filme morrendo, enfim um roteiro clássico dos filmes hollywoodianos de hoje em dia. Mas a palavra que me chamou a atenção era o tal do “Wingman”, no caso do filme a belíssima Jéssica Biel.

Saindo do termo militar, a Wikipedia eles tem uma definição muito boa para essa palavra:

Wingman é um termo usado para descrever um homem que vai num bar/balada com um amigo acompanhante. O wingman ajuda seu amigo na aproximação com a fêmea. O “piloto” normalmente escolhe a mulher desejada (alvo) e o Wingman tem a função de dar suporte ao piloto, o que tipicamente significa pegar a amiga baranga do “Alvo”.

Eu já fui muito adepto desta estratégia, sem dúvida ela funciona, apesar de que na maioria das vezes eu acabava sendo o wingman da vez. Infelizmente meu piloto começou a namorar e se casou 2 meses atrás. Os tempos de “caça” estão com alguns marcadores de suspend atualmente, pronto para voltar com haste e +3/+3 trample.

Pra quem gosta de filmes, minha dica fica com Swinger(1996), que narra a história de um grupo de caras numa rotina de festas e como tratar as mulheres. Eu sou fã do Vince Vaughn e nesse filme ele ta bem no inicio da carreira. Engraçado que nos filmes de hoje em dia ele ta jogando Playstation e nesse filme entra em cena o bom e velho Mega-Drive.

Voltando ao texto..

Entre uma divagação e outra, comecei a lembrar de parcerias que acabaram ficando famosas na nossa cultura pop. Batman e Robin, Gordo & Magro, Tom & Jerry, Bob Sponja e Patrick, Sherlock Holmes e Watson, House e Wilson. Indo para o lado musical temos Paul McCartney e John Lennon, Blues Brothers, Cássia Eller e Nando Reis, Sandy & Junior além das infinitas duplas sertanejas (Perguntem para o Lucaparroz, ele conheçe o nome de todas as duplas de A-Z). Indo para o mundo esportivo vamos encontrar grandes times que entraram para a história, mas que de alguma forma ficaram lembrados por suas grandes duplas como o Chicago Bulls da década de 90 (Jordan & Pippen), o Santos de Diego e Robinho, a seleção brasileira com Pelé e Garrincha, hmm... Galvão e Arnaldo e Éder e Neto :p

E porque não pensar nas parcerias de sucesso do Magic também. Temos os Irmãos Ruel, Irmãos Carvalho, LSV e Cheon. Apesar deles terem contato com muitos outros grupos de treinos, suas decisões finais acabam sendo tomadas com base na opinão da dupla. No Brasil não conheço muitas parcerias de sucesso internacional, já que PV, Jabá e Willy, os jogadores de maior êxito no pro tour não possuem os tais “Wingmans” associados.

Para finalizar o post separei algumas duplas dinâmicas presentes nos decks de Magic nesses últimos anos. Para os que gostam um pouco de história, um pouco de saudosismo para vocês. Como minha experiência sobre os decks T2 começou só em 2007, preferi não me arriscar a falar besteira dos decks mais antigos.

Menção honrosa para:
-Vesuvan Shapeshifter e Brine elemental
-Windbrisk Heights e Spectral Procession

Segue aqui o meu top5.

#5
Kird Ape & Scab-Clan Mauler

Essa era uma dupla infernal, no play era quase que uma abertura de jogo infalível, causando pânico contra qualquer deck na época. Nas vezes que o adversário conseguia se livrar dos dois, ainda tomava Solifuge na volta. Realmente assustador você começar o segundo turno olhando para um bixo 2/3 e outro 3/3 do outro lado da mesa. Bons tempos esses de mana macaco, mana pugilista.

#4
Teferi & Mystical Teachings

O deck control supremo, terror dos Angelfire, Solar Flare, Tron, DS. Nas mãos do Wafo-Tapa esta dupla ganhou um Pro Tour, sua build realmente era uma obra de arte. Teferi foi a criatura que todo jogador de Draw-Go sempre sonhou, com o auxilio do Mystical Teachings você tinha acesso a praticamente qualquer carta do seu deck. Um dos decks mais difíceis que eu já pilotei e sem duvidas um dos melhores que eu já vi.

#3
Birds of Paradise & Doran

Birds é sem duvida uma das cartas mais famosas da historia do magic e junto com Doran temos outra abertura de jogo muito agressiva. Só de lembrar dessa dupla o Thorgrim sente arrepios por causa do GP Buenos Aires. O deck campeão do mundial de 2007 pode estar em baixa nos dias de hoje, já que o capitão do time (Tarmogoyf) se aposentou recentemente, mas sua força não deve ser desprezada.

#2
Reveilark & Body Double

Essa dupla vinha nas versões combo ou control, mas independente da escolha era uma combinação no mínimo petulante. Junte isso a vários bixos com habilidade de comes-into-play e temos um Tempo-Deck que atrasava todo o desenvolvimento do adversário, para no final matar com um bixo 2/2 fly. Praticamente ataques em doses homeopáticas.

#1
Ancestral Vision & Bitterblossom

Teoricamente as chances de fazer esta jogada no play é de 18% e estando no draw 22%, mas na prática a sensação era de que as porcentagens eram muito maiores. O tempo acabou mostrando que a bitterblossom consegue jogar sozinha, mas essa abertura de Ancestral+Blossom era suficiente para ganhar 99% das partidas.

Para vocês que conhecem mais sobre decks antigos de magic, sintam-se a vontade de citar as suas duplas dinâmicas, recordar é viver!

Errata: Falha minha, Paulo Carvalho e Márcio Carvalho não são irmãos :(

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Blogueiro por um dia - Bruno "Fuzzy"

por Leandro "Stalker"

Assim como tem aquele quadro no fantástico "Repórter por um dia", estamos começando esta seção no Fact or Fiction para publicarmos os causos, histórias e anedotas dos nossos leitores aqui do blog, sempre relacionado com o Magic é claro.

Quando escrever procure evitar ao máximo os erros ortográficos e tente expor suas idéias de uma forma clara. É péssimo quando temos que tentar decifrar todas essas abreviações de internet e ficar corrigindo erros de português grotescos, não somos formados em Letras, mas um pouco de bom senso a gente tem.


Defenda sua idéias com argumentos claros também, não adianta escrever um texto falando que seu deck ganha de tudo e é muito bom, sem falar de todas as variáveis que influenciam para o sucesso do deck. Pense na redação que você fazia na escola, com introdução, desenvolvimento e conclusão, tendo isso já é um ótimo caminho para um bom texto. Nem sempre esse formalismo todo é necessário, como vocês verão mais a frente.

A idéia do texto de hoje surgiu nesse último sábado lá na Magic Domain. Entre uma rodada e outra do Monty Champ, estávamos nós discutindo sobre o formato Extended desta temporada, quando o Fuzzy me chega com as seguintes conclusões:

11 Motivos para odiar o Extended

por Bruno "Fuzzy"

1- O melhor deck usa 14 florestas, Jitte no sideboard, COMBA e NÃO USA GOYF.
2- Você pode usar 4 Mind's Desire mas não pode usar nenhum Tampo.
3- O Faeries não usa nem Bitterblossom, nem Remand.
4- O melhor aggro tem 5 cores.
5- Mono R Molequinho é uma opção viável.
6- Block Constructed também é competitivo.
7- Se você resolver um Gifts, você joga turnos infinitos.
8- Você pode jogar de Flash.
9- Sim, existe um deck que se baseia em card DISadvantage só pra fazer um bicho grande no turno 1.
10- Life from the Loam é um soft lock - E esse deck usa BOUNCELANDS.
11- Swans consegue fazer 6-0 no Worlds sem tomar NENHUMA Spot Removal.


É ou não é um fanfarrão?

domingo, 25 de janeiro de 2009

Webcomics #4

Tirinha dessa semana dedicada para as pessoas que acham que a criatividade do R&D da Wizards acabará algum dia.

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Seja parte do Fact or Fiction você também!

Lembrando que este ano o blog está abrindo espaço para as pessoas que gostam do jogo e acreditam ter um talento para escrever, mandarem para nosso e-mail, textos que vocês mesmo criaram para o staff do blog analisar e futuramente entrar em contato com o autor para que o texto seja publicado.

Quem acredita que não tem talento para escrever, mas mesmo assim tem boas idéias, enviem sugestões de textos para o nosso e-mail, que se alguém do blog se interessar sobre o assunto vai citar devidamente o nome da pessoa que sugeriu o assunto do texto no blog.

Por último, gostaria de lembrar que o blog estará publicando Reports de pessoas que fizeram Top 8 nos principais campeonatos do país e do mundo. Um dos exemplos, foi o report que publicamos do Batutinha no final do ano passado.

Para quem ainda não sabe o nosso e-mail para contato é o factorfiction.br@gmail.com.

Não se acanhem e escrevam para nós.

Atenciosamente,
Fact or Fiction staff

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Aprendendo a lidar com as sensações em um campeonato

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Muitos jogadores já escreveram sobre a importância dos treinos e como eles são fundamentais caso você queira conquistar o seu objetivo almejado. O que outros bons jogadores gostam de ressaltar é que para conquistar um bom resultado, é preciso dormir bem no dia anterior e jogadores que ganham algo passando a noite na balada ou sem treinar um único dia é fruto do acaso.

Porém, no post de hoje vou falar sobre um tema que poucos jogadores costumam escrever, mas que praticamente todos já sentiram na pele e tiveram seu jogo influenciado por causa das sensações que eu irei comentar.

Como eu já escrevi anteriormente, Magic é muito mais do que dois baralhos de 60 cartas, dois jogadores e 20 pontos de vida para cada lado. Por sermos seres humanos, nós sofremos com diversas sensações durante um campeonato, entre elas a ansiedade, a pressão por um resultado, o medo da platéia, entre outras.

Pessimistas x Otimistas

Para entendermos um pouco melhor essas sensações, é preciso entender que no universo do Magic existem dois tipos de jogadores: os otimistas e os pessimistas. Para quem é um pouco mais velho, vai se lembrar do desenho da Hanna-Barbera, Lippy e Hardy, que contava a história de dois amigos, um leão e uma hiena. Lippy, o leão, esbanjava otimismo, enquanto Hardy era uma hiena extremamente pessimista.

Em um campeonato é muito fácil encontrar jogadores como o Hardy, que basta ver os pairings da primeira rodada e perceber que vai jogar contra um PV, Jabaiano ou qualquer outro jogador de nome e já começa o famoso “Oh dia, oh céus, oh azar...”.

Jogar com um jogador de nome não é o fim do mundo. Imagine tal situação como se fosse uma partida do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Friburguense. O time grande tem a total obrigação de vencer o jogo, mesmo se tivesse com um time reserva, enquanto o time pequeno não tem nada a perder.

Pense como se você fosse o Friburguense e tente transmitir toda essa pressão e nervosismo em seus ombros para o jogador famoso. Aliás, quem precisa vencer e não passar vexame é ele, você está apenas se aventurando e tentando conquistar o seu espaço. Lembre-se que para chegar aonde eles chegaram, precisaram passar por todas essas etapas que você está passando agora.

Não há motivo de desespero, pois diferente do basquete, onde a seleção americana se jogar cem vezes contra a seleção da Nicarágua, ela certamente vai vencer as cem, no Magic, assim como qualquer outro jogo de carta, existem fatores como a sorte ou situações mais específicas do Magic como o seu baralho possuir vantagens contra o baralho escolhido pelo jogador famoso, ou apesar da habilidade dele, você se dedicou muito mais nos treinos do que ele e por aí vai.

Agora, se você se considera um jogador Lippy, onde o otimismo é seu ponto mais forte, já é um bom começo. Mas tome muito cuidado para esse otimismo e autoconfiança não se confundirem com o famoso “salto-alto”.

Um exemplo, que aconteceu comigo, foi no Regional da Devir em que eu ganhei em 2007. Na primeira rodada eu enfrentei um cara que estava jogando seu primeiro campeonato sancionado, não tinha DCI e estava com um baralho de Fractius bem meia boca. O jogo estava 1x1 e no terceiro game decisivo, eu ao invés de mulligar uma mão relativamente fraca, resolvi continuar com ela por saber que tanto o jogador quanto o baralho eram bem inferiores a mim, resultado, perdi o jogo e quase fui eliminado do campeonato por um motivo tão infantil como a soberba.

Por outro lado, esse otimismo e autoconfiança movidos por um treino adequado podem influenciar positivamente, como no caso que o Paulo contou em seu último texto, onde perder o primeiro game na final do PTQ não o afetou em nada.

Pressão por um resultado e lidar com a platéia

Outro fato muito comum em uma partida é você se sentir pressionado por precisar de uma vitória. Todos nós sabemos que tanto a primeira rodada quanto a última de um campeonato valem os mesmos três pontos, porém partidas com caráter eliminatório exigem muito mais do seu psicológico do que as outras.

Por mais que todos os jogadores saibam que é preciso manter a concentração e o foco em todas as partidas e em todos os games, é muito comum você entrar mais ligado numa partida que vale uma vaga para o top 8 ou um terceiro game de um jogo do que, por exemplo, na primeira rodada.

Um grande erro que a maioria dos jogadores cometem é começar um campeonato mais relaxado do que deveria por saber que ele não precisa necessariamente ganhar as oito rodadas para conquistar uma vaga no Top 8. O caso mais comum que eu vejo, é o jogador perder sua primeira partida por não estar tão focado nas primeiras rodadas e depois reclamar que pegou um bad matchup na rodada decisiva e não havia nada a ser feito.

Ou o contrário, o jogador abre 5-0 em um campeonato e já começa a achar que está no Top 8 e cria uma espécie de relaxamento mental antes do tempo. Por estar tão relaxado e achar que uma vitória e um empate nas próximas três rodadas é muito fácil, o jogador volta a cometer erros infantis e o seu objetivo não é conquistado.

Quando você entra para o circuito dos principais campeonatos no Brasil, é normal você se deparar com situações onde muitas pessoas estarão vendo você jogar, como é o caso de um feature match ou de um Top 8. Tal situação costuma intimidar muita gente e elas começam a cometer alguns erros que não cometeriam se a partida fosse em um local sem muitos espectadores.

Quando me perguntam sobre o assunto, costumo comparar com uma apresentação de trabalho para uma banca de professores em uma faculdade ou em uma escola. Se você fez toda a sua lição de casa, está por dentro do assunto do trabalho e estudou muito bem a parte escrita, será muito mais fácil lidar com o nervosismo e com as perguntas dos professores.

No Magic, funciona da mesma forma. Se você treinou bastante, está confiante no seu baralho e está por dentro de tudo que se passa no formato do campeonato, não tem por que se intimidar nestas situações. Basta colocar em prática tudo o que você aprendeu e não ligar muito para os comentários que vêm de fora.

É claro que existem pessoas que tem muito mais dificuldade com isso do que o normal e talvez só a prática ou a realização de outras atividades como o teatro conseguem apagar esse tipo de “trauma”.

Ansiedade e nervosismo

Por último quero falar sobre duas sensações que podem agir nos dois lados da moeda. Para muitos a ansiedade e o nervosismo atrapalham e muito, mas para mim, por exemplo, elas agem de uma forma muito melhor na minha mente do que o relaxamento.

Eu tenho um sério problema com ansiedade em véspera de campeonatos importantes. Por mais que eu evite beber e vou para cama cedo um dia antes do torneio, é impossível ter uma noite sossegada de sono. Flashes sobre o dia de amanhã e dúvidas sobre decks e picks passam pela cabeça a noite toda.

Essa ansiedade de certa forma faz com que eu fique ligado no campeonato até segundos antes, fazendo com que a concentração e o foco nas partidas sejam algo natural.

Já o nervosismo, na maioria das vezes, age de forma negativa nas pessoas, fazendo com que elas cometam mais erros do que deveriam. No meu caso, por mais que eu esteja tremendo muito na hora do jogo, o nervosismo faz com que eu fique estranhamente mais atento do que o normal.

Acho que é por isso que eu odeio enfrentar amigos em um campeonato, por que eles na maioria das vezes fazem com que eu fique mais relaxado do que deveria. Quando eu digo relaxado, não é que você precise ficar tenso o campeonato inteiro, sem mexer um único músculo, mas é que esse relaxamento faz com que eu não encare a partida com o caráter decisivo que ela merecia me prejudicando infinito.

Por fim, a idéia do texto era trabalhar um pouco esse lado psicológico que o jogo oferece e que poucas pessoas sabem lidar ou se preparar quando ele surgir antes ou durante o campeonato. Espero que tenham gostado do texto e aguardem que o blog trará muito mais novidades para este começo de ano.

Boa semana a todos!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Webcomics #3

Com os pré-releases de Conflux acontecendo no final deste mês, escolhi esta tirinha para vocês reconhecerem os gritos no salão de algumas pessoas ao abrirem seu 1° booster de conflux.

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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Os PTQs na visão de um road warrior

por Paulo "tte" Cortez

Olá, meu nome é Paulo, sou conhecido por alguns como Paulo_tte e fui convidado pelo Thorgrim a escrever regularmente aqui no blog. Espero poder contribuir com meus conhecimentos sobre o jogo e queria começar falando sobre os PTQs, campeonatos que eu considero os mais importantes do Magic no Brasil.


Eu nunca entendi muito bem o que era avaliado em um grande campeonato de Magic. Ano passado eu tive a oportunidade de jogar a grande maioria dos PTQs e tentei observar o que os ganhadores tinham em comum, anotei o nome de todos os campeões em um papel e comecei a pensar. Acabei concluindo que nada muito significativo unia aqueles ganhadores, então decidi ir além. Comecei a pensar no top 8 de cada um desses PTQs e vi que alguns nomes claramente começavam a se repetir.

Mas por que aqueles nomes não ganhavam os PTQs? Acho que demorou algum tempo para eu entender que a consistência é fruto de um grande esforço, mas não necessariamente a vitória também. O top 8 de grandes campeonatos pode ser muito cruel, não é difícil você ver alguém com melhor deck e uma melhor preparação perder por um motivo banal qualquer: mulligans excessivos, uma carta do topo do oponente, os famoso problemas de mana, entre outros motivos que podem ser citados. O que eu quero enfatizar é que nomes carimbados sempre estarão presentes entre os melhores.

Claro que não acho legal ficar ouvindo frases clássicas como “perdi porque ele comprou tudo” ou “nossa, como tenho azar”, mas às vezes isso acontece. O problema é que a pessoa tem que entender que esse tipo de coisa é uma conseqüência do jogo, ficar triste é válido, falar que é o maior azarado do mundo acho que não. Muitas vezes esse azar não passou de uma jogada errada, de uma mana mal estruturada, de mulligans que não foram dados, e a sorte que te empurrou até o top 8 e não o oposto.

Eu muitas vezes me deixei abater por ir bem pior do que eu esperava, é uma fraqueza minha e sei que tenho que melhorar. Por exemplo, no PTQ Kuala Lumpur em Porto Alegre, o formato era selado de Lorwyn e era o primeiro formato Limited que eu realmente tinha treinado. Acabei fazendo 5-1-1 e ficando de fora do top 8. A decepção foi tão grande que eu fiquei paralisado, sentei na escada e não conseguia me mexer, não acreditava que não tinha conseguido nem mesmo entrar no top 8, e por um fator que ninguém tem controle no jogo que é o standing.

Outra grande decepção foi o Nacional de 2008. Foi um campeonato em que eu fracassei e que eu tinha muitas esperanças de ir bem, e sinceramente não tenho como explicar o porquê se não que eu joguei muito mal. Eu tinha treinado bastante, vocês podem conferir minha entrevista antes do Nacional aqui mesmo no blog (link), joguei de fadas, exatamente com a mesma versão que o Willy jogou, mas acabei indo muito mal. Depois desse campeonato fiquei uma semana sem entrar na internet e sem ter coragem de ver quem tinha feito seleção, foi realmente um grande choque para mim.

Algumas vezes certas coisas acabam confundindo a pessoa que vê tudo de fora. Não é raro ver alguém comentando que ganhou sem treinar nada, que saiu pra balada, encheu a cara um dia antes e ganhou jogando virado ou que decidiu ir porque não tinha nada pra fazer e acabou se consagrando o campeão. Como eu disse, a vitória nem sempre é justa e aparecer como um deus do Magic que ganha a hora que quer, como o malandrão que não ta nem ai, para muitos é o máximo.

O problema é que chega um certo ponto que você tem que se decidir o que quer nesse jogo, e sacrifícios terão que ser feitos. O que é um fim de semana quando o que está em jogo são meses de preparação para algo que todo jogador competitivo sonha? Quantos jogadores consistentes enchem a cara um dia antes de cada campeonato? Portanto, se você espera entrar para o famoso circuito, essas coisas devem ser levadas em conta.

Outro ponto importante é como se preparar para esses campeonatos. Muitas pessoas acham que estão super treinadas quando na verdade não tem idéia do que se passa no campeonato em si. Eu acredito que teorizar certas jogadas é importante, mas nada substitui o treino massivo. Talvez eu esteja batendo em uma tecla que já foi exposta muitas vezes, mas devido à importância que eu considero o treino acho que vale a pena repetir.

Tente observar as cartas que estão te ganhando os jogos com mais freqüência em determinados matches, tente arriscar no treino, volte algumas jogadas que você considerou errada e tente pensar por outro ângulo. De tanto você jogar, algumas coisas vão ficar automáticas, as probabilidades vão ser calculadas e você nem irá perceber, certas decisões difíceis você saberá qual caminho seguir por já ter visto isso antes, você vai saber os pontos fortes e fracos do seu deck.

Para esse ultimo PTQ meu tempo era curto e nem por isso meu treino foi menos proveitoso. Eu tinha certos objetivos e nenhum treino foi feito em vão. Algumas coisas que eu acho importante mencionar foi que nem sempre em um draft, por exemplo, eu pegava a “melhor carta”, muitas vezes peguei uma carta “pior”, mas que eu queria ver como funcionava em determinado deck ou em determinada situação e até que ponto aquela carta era realmente pior.

Um exemplo que eu sempre gosto de dar foi quando nos treinos percebi a força do Vithian Stinger, valorizando ela mais alto que muitas pessoas, e uma semana depois o Saito falou o quanto ele também gosta da carta. São coisas que te dão crédito e fazem você ter certeza que está no caminho certo.

Algo muito importante que aprendi no treino para esse PTQ foi como eu não gostava de certos arquétipos e até que ponto compensava eu evitar eles. Esper, Bant e 5 cores são arquétipos que eu não me familiarizava e tentava ao máximo evitá-los, pegando cartas teoricamente mais fracas para tentar ser recompensado no decorrer do draft.

No dia do PTQ eu conseguia notar falhas claras em decks construídos erroneamente, com uma base de mana ruim para suportar todas as cartas boas que estava na sua pool. Também conseguia jogar em volta de muitas cartas que eu não conseguiria se não tivesse jogado muitos jogos antes do campeonato, e não era esforço algum. Depois de muito treino o Limited acaba virando um certo “Constructed”, pois possui decks definidos com suas particularidades, além de seus pontos fracos e fortes.

Posso dizer que a sensação de ganhar um PTQ depois de um esforço tão grande é ótima. Meu draft foi tranqüilo, não tive decisões difíceis, pois sabia sempre quais cartas queria o que é o reflexo de um bom treino. Eu ganhei os dois primeiros jogos de 2x0 sem nenhuma dificuldade. Na final, quando perdi o primeiro game e vi o Lixo (meu oponente da final) comemorando por ter ganhado o primeiro game meu pensamento foi “nossa, acho que ele não sabe que já perdeu”. Graças à confiança que eu adquiri eu perder aquele game não mudou em nada meu pensamento e não chegou a me abater.

Por fim gostaria de falar que conheço todos os jogadores que foram consistentes ano passado e que sei o quanto se dedicam ao jogo, e que tudo o que eu disse é baseado apenas nos resultados. Se você deseja ir bem no jogo saiba que decepções sempre estarão presentes, mas que a dedicação sempre fará com que você esteja um passo a frente dos seus oponentes e que a vitória um dia inevitavelmente virá.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Webcomics #2

A tirinha dominical desta semana em homenagem ao nosso colega Ragabash, porque "Os nossos japoneses são mais criativos que os japoneses dos outros" - Semp Toshiba

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Quer mais? Acesse: www.ugmadness.net

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Conflux preview - Fiery Fall

por Leandro "Stalker"

Antes de começar este post, vou fazer uma breve introdução com este texto do Joker:

A Melhor Parte Está No Fim.

Um engenheiro constrói um prédio para chegar ao fim.
Viajamos horas para chegar a um destino.
Um jogador de futebol espera quatro anos para chegar a uma final de Copa do Mundo.
As pessoas fazem sexo para gozar.
Por que o melhor fica para o fim. “

Para vocês que nos acompanharam durante os previews desta semana, resolvemos quebrar este paradigma e deixar o pior para o fim.



Para quem estava esperando uma carta rara, no mínimo playable, apresentamos o Fiery Fall. 0% de chances de jogar T2, uns 0,5% desta carta jogar no bloco. No limited, ela até joga, pelo dito popular que “Removal é removal, não importa o custo”. A menos que apareça alguma coisa que incentive a usar a mecânica de cycling, como o Astral Slide, eu não vejo muito futuro para esta carta. Às vezes precisamos ver uma mulher feia para valorizar as bonitas, e ver cartas ruins para valorizar as boas. Fazer o que né... Semana passada pedimos pro Maro algumas cartas de Conflux pra fazer preview e fomos atendidos. Só faltou especificar melhor o nosso pedido. Quem sabe da próxima vez a gente peça algo do tipo: “Por favor, vocês poderiam enviar para nós 4 cartas de Alara Reborn que venham a ver jogo, pelo menos no block?”

Foi o fim dos previews de Conflux aqui no Fact or Fiction. Semana meio atípica essa com posts todos os dias, deixando vocês mal acostumados :p Foi uma semana muito boa para nós, com um recorde de visitantes sedentos atrás de novos spoilers de Conflux. Agora é esperar pelo spoiler ser 100% revelado, para fazermos uma análise geral do impacto de Conflux no ambiente T2.

“É claro que existem as exceções: como as caixas de bombons surpresa. Os piores ficam para o fim. Geralmente os de banana, coco queimado ou marshmallow.”

Blog Crônicas de Elevador
A melhor Parte Está No Fim

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Conflux preview - Exploding Borders

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Antes de continuar com mais um preview, gostaria de lembrar que as cartas que estão sendo divulgadas aqui no blog já haviam tido suas habilidades e custos divulgados lá na MTG Salvation, porém as imagens são totalmente inéditas. Portanto, todas as cartas que estão sendo divulgadas, estão 100% confirmadas no spoiler oficial da edição.

A carta de hoje apresenta uma mecânica que já foi explorada em blocos anteriores, mais precisamente no bloco de Invasão. Algumas cartas que possuem a mesma mecânica já fizeram (ou ainda fazem) muito sucesso, como é o caso do Tribal Flames, Gaea´s Might e Global Ruin.

Lembro até que na época que foi lançado o bloco, existia um deck chamado Domain, que utilizava o Questing Phelddagrif e diversas cartas que exploravam esta mecânica de “X igual ao número de tipos de terreno básico entre os terrenos que você controla”, que fez muito sucesso no block da época.

Infelizmente, não consigo ver muito jogo para a Explosão de Fronteiras no Limited e muito menos no Constructed atual. Se a carta causasse dano em criatura ou tivesse um custo um pouco mais baixo, talvez eu a enxergasse com outros olhos.

Quem sabe em Conflux, logo após o spoiler ser totalmente revelado, apareçam cartas mais jogáveis que utilizem essa velha mecânica, agora chamada de Dominar, assim como jogaram as cartas citadas anteriormente na época do lançamento do bloco de Invasão.

Não deixem de visitar o blog amanhã, pois será revelado o último preview da semana com imagens inéditas conseguidas diretamente da Wizards.

Até a próxima!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Conflux preview - Fusion Elemental

por Leandro "Stalker"


Ao olhar para essa carta, acho que a primeira coisa que me veio a cabeça foi o Spectral Force. 5 manas, 8/8. O “boi” como a gente costumava chamar na época em que Ravnica ainda era T2. Nosso primeiro encontro foi num regional em Sorocaba. Meu oponente jogando de Scryb&Force e eu com um Gruul nada convencional (Stormbind, Fiery Temper, Radha...). Um dos games se resumiu em 3 jogadas:

1° Turno- Floresta, Birds of Paradise
2° Turno- Floresta, Scryb Ranger,
3° Turno- Floresta, tap 3 florestas+birds(GGGG no Pool), volta floresta pra mão, desvira a birds, tap birds de novo e SPECTRAL FORCE! É, Spectral Force de 3° turno não é algo que você fica muito feliz de ver do outro lado da mesa, e óbvio que eu perdi este jogo rapidamente.

Minha segunda experiência com o “boi” foi um pouco melhor. Durante o regional da Comics no mesmo ano (2007). Eu enfrentei um mirror de Gruul, e no 3° game, meu oponente começa fazendo a dupla dinâmica (Kird Ape + Scab-Clan), eu mulliguei uma mão de 6 cartas, 3 terrenos (2 Karplusan Forest e 1 Skargg, the Rage Pitts), 2 Llanowar Elves e o Spectral Force, a tech do meu sideboard!. Que agonia esse jogo, pois cada dano de painland abria um sorriso na cara do meu oponente. Apesar dos pesares, consegui a proeza de fazer o Spectral Force no 3° turno e a partir daí ganhei o jogo.

Em que ponto eu quero chegar? Eu sei que o TRAMPLE faz muita diferença, mas o ponto de convergência é a característica de 5 manas 8/8, mesmo o elemental tendo as 5 cores. No T2 atual, acredito que fazer um bixo 8/8 de 3° turno seja até mais fácil que antigamente. Para quem gosta de jogar de elementais, essa carta pode ser aquele bixão que faltava para você trucidar seu oponente. Se antes tínhamos Birds e Scryb Ranger, hoje temos Flamekin Harbinger e Smokebraider para fazer o papel de drop1 e drop2.

O Harbinger seria o seu “coringa”, podendo tutorar tanto o Smokebraider quanto o Elemental da Fusão, o que possibilita você a fazer o 8/8 no 3° turno com muito mais frequência. É praticamente jogar com 8 Smokebraider e 8 Elemental da Fusão no deck. Nos deck de Cruel Control, esta criatura tem uma competição dura, pois compete diretamente com o Cloudthresher pela posição de atacante titular, e 10 em cada 10 jogadores vão falar que thresher é melhor.

Para quem joga draft, este elemental é muito interessante, já que ele recompensa os jogadores que optaram por draftar 5 cores. Já que o Elemental vai rodar bastante na mesa, pois só quem estiver o full Domain vai dar pick nela. Quem jogou bastante limited de Alara sabe o sufoco que é para tirar um bixo x/4 da mesa, tirar um 8/8 então é tarefa muito mais difícil.

Com essa Keyword “Domain” acredito que Conflux trará muitos fixers, o que ajuda essa estratégia de 5 cores. Estou bem animado com o novo draft deste bloco, Conflux vai mudar muito a dinâmica dos picks, com essa nova estratégia de ficar na sua shard ou ir com tudo para as 5 cores.

Amanhã tem mais preview, aguardem!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Conflux preview - Sedraxis Alchemist

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Esta semana a equipe do Fact or Fiction irá publicar o preview de quatro cartas de Conflux que ainda não tiveram suas imagens reveladas e que nós conseguimos exclusivamente com um contato que nós temos lá na Wizards.

As quatro cartas estão em português e suas habilidades já foram reveladas na MTG Salvation, portanto estão 100% confirmadas no spoiler oficial da edição.

Estes previews são mais uma das novidades que o blog está trazendo para este ano de 2009. Aguardem que muitas outras serão divulgadas ao longo deste primeiro mês.

Sem mais delongas, o preview de hoje é o Alquimista de Sedraxis.

Logo de cara quando vejo este novo zumbi, a primeira carta que me vem à mente é o eterno Man-o’-War. Comparações guardadas as devidas proporções, a carta apesar de provavelmente não jogar nada em Constructed, promete ser uma opção justa no Limited.

Por ser uma carta preta, que necessita de uma permanente azul para funcionar corretamente, a primeira impressão que ela passa é de que funcionaria muito bem nos Shards de Grixis e Esper.

Mesmo que ambos os Shards não apresentem muitos drop 2 azuis, existem algumas cartas que você facilmente encontrará na mesa antes do Alchemist, como é o caso da própria Cápsula azul, Tidehollow Strix, Etherium Sculptor ou por que não o Deft Duelist.

Por se tratar de um “bounce com pernas”, sua habilidade trabalha muito bem essa idéia de tempo que o Esper e o Grixis necessitam. Ao entrar em jogo, o Alchemist pode devolver uma criatura para mão e servir de bloqueador para uma segunda que esteja na mesa, portanto ele age muito bem para segurar o ímpeto de Shards mais agressivos, como é o caso de Naya.

Outro ponto importante e que merece ser destacado é que ela consegue lidar com alguma criatura Devour grande que tenha caído na mesa muito cedo, como é o caso do Thunder-Thrash Elder.

Claro que a carta está longe de ser espetacular, mas ainda é cedo para ter uma opinião mais concreta dela no formato. De repente surge algum combo maluco dela e mais alguma carta que ainda não foi divulgada e nós nem sabemos. O jeito mesmo é aguardar.

Espero que tenham gostado deste pequeno preview. E não se esqueçam, amanhã tem mais. ;)

domingo, 4 de janeiro de 2009

Web Comics

Quem que não gosta de ler aquelas tirinhas de jornal? Semana passada eu encontrei um site muito legal, cujo tema das tirinhas é o Magic the Gathering. O site existe desde 2004 mas infelizmente a publicação das tirinhas acabou no final de 2008.

Conversando com o dono do site, ele me autorizou a publicar algumas de suas histórias. Obrigado Jason! Para quem tem interesse em conhecer o trabalho dele, o link do seu site já está no nosso Favoritos.

Eu gostei muito dessa idéia de webcomics de magic, mas como nem eu nem o Thorgrim temos o dom artístico/humoristico pra fazer tirinhas, fazemos um convite a você leitor que queira contribuir com o nosso blog. Se você tem essa veia artística, e quer fazer uma webcomic de magic, entre em contato conosco.

Enjoy! 2009, muitas novidades aqui no Fact or Fiction

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