segunda-feira, 9 de março de 2009

Motivos para se odiar o Extended

por Paulo "tte" Cortez

Dia 22 de março estréia o primeiro PTQ do ano, e como um grande fã desse campeonato não podia deixar de comentar um pouco sobre ele. Porém, apesar de um apreciador de tal evento, o formado me desagrada profundamente.

Meu formato favorito sempre foi Extended desde que eu montei meu primeiro baralho. Meu primeiro campeonato sancionado foi, coincidentemente, um PTQ Extended que dava vaga para Kobe, que se não me engano o Pumba ganhou de Psicatogue. Lembro que reinavam os Tinkers, Belchers, Desires e variantes. Não era um formato sadio, acho que nem de perto, mas Extended nunca foi um formato assim muito equilibrado e só agora consigo perceber.

Voltei fim de semana passado do Japão e decidi correr atrás do tempo perdido, comecei a jogar o formato que sempre gostei. Após alguns jogos eu desanimei, e é muito difícil eu desanimar assim de um formato. Na opinião de vocês, qual o melhor deck Extended? Eu acho que essa é uma pergunta impossível de se responder. O formato é muito dependente dos parings, mais que qualquer formato competitivo. Todos os decks são muito bons, ou muito ruins, depende do ponto de vista. Tentarei falar de alguns decks que considero os mais jogados.

Vou pegar o Elfball como exemplo. O combo de elfos é indiscutivelmente um bom deck Extended, mas por ser muito visado acaba não tendo seu melhor desempenho. Explosive, Firespout, Fallout, Canonista, Pillar e a lista não para mais. Mesmo sendo um deck relativamente sólido ele não agüenta tanto hate assim. TEPS acaba caindo quase que no mesmo caso, foi muito bom enquanto era surpresa, mas quando esperado é um deck fácil de ser combatido, o que também é válido para o Affinity.

Mudando totalmente de estratégia temos o Fadas. Teoricamente um deck muito bom, porém com muitas variantes. Já vi fadas mono blue, com preto, com verde, com vermelho, com branco ou ainda com múltiplas cores. Ainda temos os com Glen Elendra, com Vendilion, com Ancestral e sem Thirst for Knowledge, com Thirst for Knowledge e sem Ancestral ou com ambos! Sinceramente, como é possível analisar um deck que não tem uma versão definida?

Agora o que, na minha opinião, vem a ser um dos piores decks do formato, o BG. O deck todo gira em torno do Life from the Loam, abusando da mecânica para comprar cartas, descartar a mão do oponente e fazer milhares de tokens de verme com Worm Harvest. Até ai parece uma estratégia viável, entretanto se vocês já jogaram muitos jogos com e contra o deck vai perceber que o número de vezes que você morre mesmo comprando seu deck inteiro é muito grande. Eu tenho a impressão que é um deck que não interage com o oponente, ele joga sozinho e começa a “combar” e ao mesmo tempo ficando muito atrás do board position. Para mim, não passa de um deck frágil que sofre para Relics alheias em sideboards.

E o que achar dos decks mais agressivos? Burn, Naya aggro, Domain Zoo são exemplos desse arquétipo. Eu enxergo esses decks como neutros, não tendo excelentes matches e nem matches perdidos. Fico frustrado com esse tipo de deck quando ele perde o gás inicial e começa a depender de burns do topo para finalizar o oponente. São jogos que qualquer um pode ganhar, ficando a mercê do acaso. Claro que não considero decks que só dependem da sorte, mas são decks que considero depender mais dela.

E isso não é nem metade dos decks que o formato possui. Com a gigante variedade de cartas, o leque de opções é muito grande dificultando uma análise correta do ambiente. Vou considerar normal se a lista do campeão for a mesma lista de mais três pessoas que fizeram 0-2 drop no mesmo campeonato.

Não sou adepto do “jogue com o que você mais se sente confortável”. Acredito que sempre existe o deck certo para toda competição. Contudo na atual situação jogar com o que você mais conhece deve ser a melhor saída, ainda mais se você, que nem eu, não treinou muito o formato.

Para essas últimas duas semanas antes do PTQ, definir um deck rapidamente e começar a trabalhar na lista parece o ideal, já que o tempo está meio escasso para treinar com todos os decks, pois é uma quantidade muito grande. Tentem observar as maiores dificuldades do deck e concerta-las num possível segundo game quando entrará seu sideboard.

Bem, por enquanto é isso que eu tinha para falar do Extended. Não estou ainda muito familiarizado com todos os decks e muito menos decidi qual deck vou jogar o campeonato. Tenham em mente que acima de tudo, o importante é ter uma boa leitura do formato, sabendo suas principais jogadas e os erros mais freqüentes que as pessoas cometem. Não se esqueçam de treinar os jogos pós sideboard ainda mais nesse formato onde as cartas que entrarão no segundo jogo são, na maioria das vezes, muito específicas e que podem inverter completamente o possível favoritismo de um deck.

Bons jogos e até o PTQ!

5 comentários:

  1. BG so joga em cima de loam ?

    as listas de BG usam baloth, goyf, finks, jitte, blossom, mutavault

    o loam é mais um advantage com os cycling lands do q uma "mecanica essencial do deck"

    entao acho q ouve equivoco na colocacao

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  2. nao Houve um equivoco.
    Eu acho que é impossível um BG usar todas essas cartas combinadas para começar, se usar ou usa poucas ou foge completamente da estratégia. Segundo que, falar que loam é "mais uma carta" no deck é muito subestimar a estratégia até porque eu duvido que existiria BG sem a mecânica do loam.

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  3. PAre de mimimi paulo, ext é o formaot mais rox de todos, todo mundo pode jogar com o deck que quiser, deixa de chorar e vai treinar.

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  4. Se eu quiser jogar de SURVIVAL eu não posso.

    STFU, MBC!

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  5. 4 finks, 4 goyf, 2 baloth, 4 loam, 1 warvest, 4 darkblast, 4 putrefy, 3 seize, 3 raven's crime, 3 blossom, 2 jitte, 26 lands

    nao vi fugir da mecanica do deck e tem tudo q eu disse =/

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