terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Impressões de Roma

por Leandro "Stalker"

Hoje eu terminei de assistir os videos do top8 do worlds desse ano e pela diversidade de decks foi um campeonato bem interessante.

A primeira vez que eu acompanhei de perto um mundial foi em 2006, ano do famoso topdeck do Dragonstorm sobre o PV. Eu estava voltando a jogar magic nessa época, e foi muito legal ver que tinhamos jogadores brasileiros na alta sociedade do jogo.

No ano seguinte o que mais me marcou foi novamente o Dragonstorm v2.0, onde Nassif e cia quebraram o ambiente com algo muito inovador. No final quem ganhou foi um Israelense e seu Doran de mulequinho, mas o feito do Nassif foi algo muito maior, porque no ano anterior ele também havia quebrado o ambiente com um deck de ganha vida.

2008 marcou a volta do PV no top8. E se na última tentativa ele havia pego um bad match, nesse ano era o match dos sonhos. Fadas vs 5cc. Nosso "Faerie Master" num top8 em que choveu de fadas, 5 no total. Quartas de final dramática.. e mais uma vez a vitória escapou por muito pouco. Outra lembrança desse mundial foi o desempenho da equipe brasileira, alcançando o top4, e o aparecimento do Leit tanto na corrida pelo rookie do ano e seu sprint final nas últimas rodadas de suiço (5-1 no extended, formato que historicamente o Brasil só se afunda). Créditos para o Cassati também, já que o design do deck foi dele.

E chegamos a 2009.. o que será que vou lembrar deste mundial? Bem, acho que a melhor notícia foi a "aposentadoria" do nosso Galvão Bueno. Acho que o que me irritava nas narrações do Randy Buehler era que ele sempre pensava na jogada que ele faria se estivesse jogando. Meio prepotente as vezes, e também desrespeitoso. Sim, é óbvio que vemos algumas jogadas horrorosas no top8, mas ele deveria pegar mais leve, já que isso tira a credibilidade da habilidade dos jogadores.. ou será que é estratégia de marketing?

Bem com a saída dele, a WoTC tem a chance de buscar um narrador de qualidade.

O Brian David Marshall seria o nosso PVC nos comentários esportivos, a enciclopédia ambulante do Magic. Sempre fez um bom contra-ponto com o Randy, principalmente para corrigir gafes. Se ele saisse, ai sim seria alguém de quem eu sentiria falta.

Sobre o mundial em si, acho que o desempenho do Brasil foi bom se a gente pensar no time, mas bem abaixo quando vemos os desempenhos individuais. O deck do Flores ganhou... e devo admitir, sou muito fã dele, por tudo que ele já fez pelo Magic ao longo de todos esses anos. Se as regras para entrar no Hall da Fama fossem diferentes, ele já teria seu lugar garantido, mas como player ele é um ótimo deckbuilder.

Para quem acompanhou o mundial mais de perto, deixe sua mensagem sobre as impressões que vocês tiveram.

Até mais
- Stalker

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Think different

Por Leandro "Stalker"

"Criatividade é 10% inspiração e 90% transpiração"

"Um bom artista copia, um grande artista rouba"

Provavelmente você já deve ter ouvido essas frases alguma vez na vida, mas uma coisa que eu estou descobrindo hoje é que cada um de nós tem a capacidade de ditar o rumo que quisermos de acordo com as nossas escolhas.

Vou levantar novamente a discussão sobre netdeckers e deckbuilders, com um pequeno exemplo clássico do mundo corporativo.



Era uma vez...
[Google pela história de cada uma dessas empresas e a rixa entre elas]
...
...
...
...

Moral da história:
A Apple faz o grande papel de deckbuilder, inventa os melhores produtos, porém o grande tempo dedicado ao processo criativos tira um pouco o seu foco comercial. Seus produtos são como obras de arte, pensada nos mínimo detalhes, mas seu faturamento é pequeno frente a Microsoft. Na minha história, a empresa do tio Bill faz o papel de Netdecker, ou seja, encontra no mercado aquilo que é bom, rouba a idéia e faz rios e mais rios de dinheiro. Busca aquilo que tenha o maior custo beneficio, não importa a qualidade, desde que venda bem.

Enfim, tanto a Apple como a Microsoft são duas empresas bilionárias, o que mostra que existe espaço tanto para quem cria como para quem copia ou rouba as idéias dos outros, e aqui fica o dilema.

Qual lado escolher?

Acho que a resposta não é algo tão trivial, pois de uma maneira ou outra, sempre temos "influência" de alguém (Músicos adoram dizer isso). Seria isto "copia", "plágio"? O que vale mais, a satisfação pessoal, ou a satisfação material?

No mundo de hoje, para alguém ter uma idéia realmente 100% original, teria que viver isolado de tudo e de todos, na ausência de contato humano por toda a sua vida e mesmo assim, quando essa pessoa mostrasse sua idéia para o mundo, alguém poderia dizer.."ah, mas eu já vi algo parecido com isso".

Me recordo agora de um episódio do Castelo -Tim-Bum, onde o Nino, chega com sua mais nova invenção, o Sole Mio, só para lhe avisarem que todo o esforço tinha sido em vão.. existia algo melhor, chamado "Aquecedor de ar". [Ah, essa tal de nostalgia!]

Ai que entra a questão do aprimoramento, saber aquilo que é bom e funciona.. algo como o projeto de um carro 1.0, mas que com alguma diferença no detalhe consegue ser mais econômico, um novo sanduiche, que por causa de uma fatia de tomate a mais, ou um molho especial aumenta as vendas consideravelmente, ou voltando para o MAGIC, onde, na véspera de um grande torneio a maioria dos jogadores sabem os 2-3 melhores decks do ambiente, com a vantagem ficando para quem criar a melhor versão deles ou algo totalmente bom e inovador, baseado em experiências passadas, espectativa de como será o field, gosto pessoal e etc, algo que faz toda a diferença ao longo das rodadas de suiço e no top8.

No final das contas...

Think different.

Pense nisso e sucesso!