sexta-feira, 29 de maio de 2009

Lições de uma temporada de Classificatórios

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Olá, primeiramente gostaria de me desculpar por esse tempo ausente. Apesar de fazer um bom tempo que eu não escrevo aqui para o blog, pude trabalhar em algumas questões administrativas e pretendo agora nestas próximas semanas voltar ao pique de outras épocas – obrigado Fox, Extorquido, Paulo e Stalker que seguraram as pontas nesse meu período ausente.

Como muitos sabem, minha temporada de Classificatórios neste ano tem sido um total fracasso. Para quem esperava rapidamente conquistar a vaga, ter jogado seis Classificatórios e não ter conseguido nenhum Top 8 é extremamente frustrante.

Porém, diferentemente da grande maioria dos jogadores eu não sou muito do tipo que gosta de reclamar. Fora alguns momentos que você precisa desabafar, eu procuro tentar entender por quais razões eu não estou indo bem, para que eu possa concertar meus erros e buscar um resultado melhor no próximo evento.

Dos seis Classificatórios que eu joguei, tive alguns campeonatos muito bons, outros nem tanto. Como boas lembranças guardo o primeiro que aconteceu na Devir, onde eu fiz 5-2 drop e o da Wirewood, onde eu abri 5-1 perdendo a última para um Cruel Control (5cc).

Muitos jogadores gostam de culpar a sorte quando perdem uma partida para um top deck, uma zica de mana ou quando enfrentam muitos decks considerados bad matchups.

Gosto de dizer que um bom jogador sai na frente dos outros, já na hora de escolher o seu deck para um campeonato. Salvo um ou outro ambiente, não existe um melhor deck para a temporada e sim o melhor deck para aquele torneio.

Não entenderam? Por exemplo, para este último classificatório que ocorrerá na Comics, provavelmente o ambiente estará repleto de Swans, graças ao resultado do PV e do Calafel em Barcelona. Por mais que o BW Tokens seja um dos melhores decks, jogar com uma lista convencional, sem um sideboard ou até mesmo um main deck adaptado para este “novo” ambiente não seria nada recomendável.

Uma das maiores lições que aprendi nesta temporada foi em relação a “escolher o deck certo” e em praticar este exercício de “adivinhar o ambiente do próximo torneio”. Por mais que não entre nenhuma edição nova no formato, sempre acaba surgindo alguma novidade.

Basta lembrar que o Standard do Championship Series: Season 1 do MOL era o mesmo do PT Kyoto, mas foram apenas semanas antes de ocorrer o lançamento de Alara Reborn, que o GW Tokens e o BW Persist apareceram no formato.

Muito provável que eu tenha tido melhores resultados na Devir e na Wirewood, por ter escolhido o melhor deck para os dois eventos. Não que jogar de BW Tokens nos outros eventos, tenha sido uma má escolha, já que muitos jogadores ganharam suas vagas jogando com o deck, mas o fator sorte que o mirror trazia, podia tanto consagrar um jogador com uma vaga para o Nacional, quanto mandar outros para casa em apenas duas rodadas.

Outra grande lição que aprendi nesta temporada foi aprender a lidar com o psicológico. Assim como em outras situações como conseguir um emprego, entrar em uma boa faculdade ou até mesmo conquistar uma garota, quando não se consegue atingir suas metas, é difícil não querer jogar tudo pro alto e acabar desistindo.

Cheguei ao meu extremo neste último final de semana na 6ª rodada do Classificatório da Domain, onde eu joguei de Swans. Eu estava enfrentando um amigo de GW Tokens, o jogo estava 1x1, eu com o Swans e o Assault na mesa, meu baralho tinha 33 cartas sendo 30 terrenos e 3 mágicas, bastava comprar um terreno para iniciar o combo e ganhar, mas acabei comprando uma mágica e perdendo na volta.

Nesta hora eu fiquei muito estressado, parecia estar passando um filme na minha cabeça, onde eu colecionaria mais um fracasso, xinguei o deck, joguei as cartas na mesa, nunca havia ficado tão puto com uma partida de Magic. Foi neste momento que eu percebi como o jogo estava me abalando emocionalmente e como ele é importante para mim.

Mas o que fazer quando tudo dá errado?

Acredito que independente do resultado é necessário ter a consciência para saber se você realmente está fazendo tudo que é preciso para conquistar este teu objetivo, NUNCA se tornar uma pessoa conformada e o fundamental, saber que você precisa sempre evoluir. Se grandes jogadores do circuito mundial ainda admitem que precisam evoluir no jogo, não é você, “jogador caseiro”, que atingiu a perfeição.

Por mais que os resultados não apareçam, todo esforço e dedicação que você possui com o jogo, acabarão sendo recompensados em alguma hora. Por mais fácil que o jogo pareça, caso você almeje vôos maiores, é preciso muita maturidade para lidar com este universo competitivo que é o Magic.

Por mais irônico que seja, tenho certeza que atualmente jogo muito melhor do que em 2007, ano em que conquistei minha primeira vaga para o Nacional. Frustrações a parte, aprendi que você precisa ser o seu maior crítico e não são reclamações que lhe trarão melhores resultados e sim, muito trabalho e dedicação.

Isto serve também de lição para pessoas que só por terem ganhado um Classificatório já se acham no direito de menosprezar outros jogadores e começarem a ter o mesmo preconceito que outros jogadores possuíam por ele, antes dele se tornar conhecido.
Achei o cúmulo, jogadores que nem me conhecem dizerem que eu estou com inveja ou com “dor de cotovelo” só por que fulano de tal está no Nacional e eu ainda não.

Como as pessoas que me conhecem, sabem que eu sou um cara extremamente tranqüilo, brincalhão e que dificilmente se estressa, seria bom que muitos jogadores parassem para refletir e deixassem um pouco de lado essa briga de egos.

Estou ansioso para o GP São Paulo, por que me trará boas lembranças de como foi o último GP que eu disputei, além de ter a oportunidade de reencontrar bons amigos que possuo pelo Brasil.

Espero que o texto tenha sido útil para pessoas que andam um pouco frustradas e angustiadas como eu e que o próximo texto possua linhas mais felizes.

Bom final de semana a todos e até a próxima!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mastigando na Quinta-feira - Será que só pode ser bom?

por André "Fox" Dembitzky

E ai Magiquers, beleza de nome hein! Acabei de receber excelentes notícias quanto aos eventos públicos do GP.

E além de algumas garantias quanto a REAL existência das premiação em boosters nos eventos, agora fui informado que
SIM!!!!!!!

A Wizards liberou 15 Byes 3. Isso mesmo 15!!!

Agora você realmente tem chance de levar aquele tão sonhado bye 3 e descançar nas três primeiras rodadas do Gran-Prix São Paulo.

Como vai funcionar:

Serão eventos de 32 jogadores, abertos seqüencialmente um após o outro. Os eventos serão feitos em eliminatória simples, ou seja, perdeu saiu do torneio ganhou passa para a próxima fase. Então se você sair de um torneio já pode se inscrever no próximo.

O horário do primeiro será o mesmo do outro evento único que haveria, mas isso com certeza facilitará a todos ainda mais os que só puderem chegar mais tarde, pois dificilmente abrirão mais do que cinco de cada vez.

Espero que essa noticia tenha a sido uma das melhores da semana para todos.

Do lado ruim (sim teremos um lado ruim)

ATENÇÂO!!!!

A todos os jogadores que virão ao GP São Paulo, conforme decisão judicial para participar do evento TODOS os jogadores menores de idade (17 ou menos) deverão trazer assinada uma autorização por escrito dos responsáveis legais para a sua participação.

No site de DEVIR você encontrará um modelo que pode ser baixado da autorização.
Avisando novamente, sem essa autorização, você menor de idade não jogara evento algum, nem o GP, nem PTQ, GPT, nem paralelos. Niet! NADA! ZERO!

Por tanto faz favor clica aqui e vai para lá (não sei ainda se já esta no ar mas vai tentando!)

Bem, hoje foi bem curtinho o post mas realmente estou sem tempo para mais nada, entre o GP, Classificatório, Site, Loja e um pouco da vida pessoal, fica bem difícil escrever, mas semana que vem estou ai com mais novidades!!

Abraços a todos e aguardo todos no GP São Paulo com certeza!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mastigando na Quinta-Feira - Eventos Públicos no GP São Paulo

Por André "Fox" Dembitzky

Olá a todos, e bem vindo a uma nova quinta-feira.

Como prometido a muitos vou falar do Gran-Prix hoje. Nos dias 12, 13 e 14 de junho teremos o maior evento aberto do Magic ocorrendo em terras brasilianas. Isso por si só já é magnífico. Um evento assim é o momento perfeito para que todos os jogadores brasileiros tenham a chance de vislumbrar um evento com características profissionais, sem ter que viajar para fora do país. Ou quase.

Pelas dimensões de nosso querido Brasil, para alguns jogadores, principalmente os que moram nas regiões Norte e Nordeste, viajar para São Paulo torna-se um investimento de capital que deve ser bem medido, pois mesmo com a diminuição de tarifas aéreas, gastar de R$ 500,00 à R$ 1.500,00 para participar de um evento, mesmo o GP não é algo tão simples quanto pegar um metro ou dividir a gasolina entre cinco para chegar aqui.

Além de custos básicos como o baralho e a passagem, existe também a hospedagem, comida, transporte e gastos de viagem tradicionais como uma balada ou um evento mais cultural, afinal de contas, não dá para viajar para outra cidade e não dar uma passeada e comprar um souvenir.

Levando isso em consideração, a Domain, a loja a qual faço parte do quadro, resolveu se “enfiar” na organização do Gran-Prix São Paulo.

O que isso tem a ver?!?

Primeiramente quero que todos tenham uma imagem bem nítida em mente:

Você mora a mais de 1000 km de São Paulo. Gastou próximo a R$ 1.000,00 só com o baralho além dos custos da viagem. Trabalho, dedicação e treino você empenhou imensamente em descobrir o ambiente e os match-ups. Conseguiu juntar uma grana extra e decidiu participar de um dos maiores eventos do país. Ai feliz e contente você se inscreve no GP e infelizmente nas três primeiras partidas você percebe que além de ter escolhido o baralho errado, zicou em duas partidas e matematicamente você está fora do segundo dia do GP.

Cara, isso não pode estar ocorrendo. Você esta fora do GP. Você ficaria feliz? Ter que aguardar o dia inteiro se martirizando sobre o que podia ter feito enquanto aguarda o PTQ do dia seguinte. O que fazer? Uns rolos de cartas, fazer um dinheiro, e só?

Essa situação é horrível de se pensar e ninguém deseja isso, mas para todos aqueles que virão, bem, essa é uma opção real. Então o que fazer?

Pensando nisso a Devir e Domain organizaram uma seqüência de eventos paralelos simplesmente FANTÁSTICA!

Sim, fantástica assim mesmo, com letras capitais, maiúsculas, em negrito e colorido!!!

Na última quarta-feira (ou seja ontem) a Domain teve uma reunião na Devir com a organização do evento principal para definir como seguirão os paralelos e o andamento do GP como um todo. A Domain assumiu a responsabilidade de fazer com que os jogadores, que já haviam decidido não participar do GP, a mudar de idéia. E nosso compromisso foi justamente esse, fazer com que todos tenham um final de semana que fique na memória dos que foram e que quem não tenha participado tenha muita vontade de participar do próximo. Nós queremos elevar a barra e demonstrar que mesmo com todas as dificuldades que o Magic e os jogadores tem enfrentado nesses últimos anos, qualquer um possa se sintir em casa no clube Sírio (local onde será realizado o evento).

O GP em si, contara com uma estrutura para 1000 jogadores. Muitos dizem que o evento não terá nem metade disso. Eu tenho que discordar, ou ao menos, trabalhar com a expectativa de que teremos não só quórum para tal, mas como tenhamos que providenciar mais mesas, mais espaço, mais material. O porquê desse otimismo? Pois se é para já começar pensando pequeno então é melhor nem fazer. Alguém vai para um champs pensando em fazer apenas duas vitórias e ir para casa? Acredito que não. Todos tem uma meta, pode não ser vencer o tal evento, mas ficar em top 32 ou algo semelhante, fazer um DAY 2 ou ficar no “dinheiro” como dizem, são metas bem possitivas. Mas um objetivo maior sempre está entre nossos planos. E pensando assim é que resolvemos promover os eventos paralelos, ou como são denominados agora, Eventos Públicos, que não só agradem quem não tiver intenção de jogar o GP standard, mas também para aqueles que por algum infortúnio tenham sido eliminados do evento principal.

Para começar preciso explicar apenas que os valores (que são BEEEEM atraentes) e os horários não podem ser ainda divulgados, pois precisam ainda passar pela aprovação da Wizards (sim eles sabem de tudo...mesmo!). Mas aqui vocês serão informados em primeira mão sobre os formatos, premiações e outras “cositas mas”.

Na sexta, além do GPT com byes e prêmios teremos um Super FNM. Visando atingir a quem não tem interesse no bye (o que é bem difícil, mas...) ou quem já foi eliminado cedo do evento Trial, faremos um Mega Friday que dará ao vencedor um conjunto de cards contando com uma foil de cada de todos cards de FNM já feitos. Se somarmos o valor básico de venda disso, apenas esse prêmio pode chegar facilmente a R$ 1.000,00 visto que entre os cards de FNM já liberados temos Fato ou Ficção, Terapia da Cabala, Duress, Finks, Madre das Runas, etc.

No sábado faremos a primeira etapa do Ethernal Domain 3 e dentro da tradição da Domain de eventos além do valor de arrecadação ser inteiramente voltado aos jogadores, em crédito a serem gastos na loja da Domain (que estará instalada em sua versão FULL no evento) temos prêmios especiais, sorteios e uma Escultura personalizada que será dada ao grande vencedor. Esse evento será realizado no formato Legacy e nas expectativas mais simples a premiação pode girar em torno de R$ 1.500,00 de crédito.

No Domingo juntamente com segundo dia do evento principal, será realizado o PTQ Austin, também no formato Standard igual ao do GP. E além de toda premiação referente ao evento, como boosters e a tão sonhada passagem e vaga, o vencedor levará para casa um set de Mox de Cromo com a arte estendida, naquela técnica onde um talentoso artista torna todo o card uma só imagem. Como na figura ao lado.
As Mox estarão enquadradas, mas podem ser retiradas do ‘frame” facilmente.

Mas espera ai! É só isso?

Não.

Tem muito mais. Já pensou em jogar alguns eventos públicos selados? Nós já. E sabemos como isso além de ser extremamente legal pode gera um lucro fantástico.

Com a ajuda da Devir, que providenciou o material que conseguimos definir apenas como “Filé Mignon”, a área de eventos públicos tanto no sábado quanto no domingo pode se tornar um campo de guerra. Confirmadíssimos, teremos:

Selados

Revised
Saga de Urza
Investida
4ª Edição Borda preta
Odisséia
Era Glacial

Drafts

Invasão
Investida
Miragem

Além de infinitos construídos em formatos variados, como Standard (T2), Extended (T4), Bloco de Alara, Legacy e EDH Multiplayer . E mais, você tem mais sete amigos que tem interesse de jogar um Pauper, um Vintage ou qualquer outro formato, apareça por lá que dentro do mesmo molde de premiação e inscrição faremos o evento para você.

O que posso dizer no momento com relação às inscrições é que elas serão bem acessíveis, tanto nos construídos quanto nos limitados e que além do material dos limitados e dos créditos na loja da Domain, todos os eventos construídos terão boosters distribuídos na hora. Ainda estamos trabalhando na quantidade, mas inicialmente a premiação será ( no mínimo) a seguinte:

3 boosters de prêmio por paralelo
Camiseta especial do GP para o vencedor
Sorteio de uma foil promo para cada um dos eventos 8-men
Todo o valor das inscrições revertido em créditos na loja (você pega o que você quiser)


E para aqueles que querem apenas participar do evento com observadores, teremos um gunsling com grandes nomes do Magic, utilizando os baralhos dos Duel Decks: Elves vs Goblins, Jace vs Chandra e Divine vs Demonic. Já confirmamos a participação do Campeão Mundial Carlos “Jabaiano” Romão, e a cada vitória do desafiante ele recebera um booster. Todos terão sua chance de dizer


“Atropelei o campeão mundial o GP!!!


O horário disponível para os jogos ainda não foram definidos mas faremos o anuncio assim que fecharmos.

E para completar, haverá uma área reservada para Trade. Sim, um local próprio e reservado exclusivamente para a troca, venda e compra de cards com regras bem definidas quanto ao seu uso.

Estamos trabalhando também em várias promoções voltadas a todos os visitantes do evento.
Nós da Domain assumimos um compromisso tanto com a Devir quanto com os jogadores de tornar esse um evento memorável.

Contamos com a participação de todos e caso alguém tenha alguma duvida sobre qualquer parte dos eventos públicos por favor, deixe seu comentário aqui ou envie um e-mail para magicdomain@magicdomain.com.br ou andretalk@ig.com.br.

E até a próxima quinta-feira.

PS: Um dos deck junior do ambiente é o Blue Mill. Usando o Sanity Grind como kill principal ele tem seu nome baseado no card (Millstone em inglês), um artefato que coloca os dois primeiros cards do topo do grimório do jogador alvo no cemitério de seu dono. A partir desse conceito o termo Mill se tornou a designação para qualquer estratégia para se ganhar de library de um oponente. Estou comentando isso pois fiz uma aposta com um jogador da loja, o Salsicha, que disse ter criado um baralho FANTASTICO. Caso ele fizesse top 8 com ele, ele não pagaria inscrições de FNM na loja por uma ano. Mas se ele não conseguisse ele pagaria o dobro. Estou postando aqui para que fique registrado que eu avisei... não joga com isso salsicha!!!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Trabalho+Curitiba+Magic

Por Leandro "Stalker"

At the beggining of your upkeep, return Stalker, the Pirate to the game" by Fabio.

Boa noite senhores, desde quinta-feira estou num ritmo non-stop, e finalmente depois de tomar uma vacina de febre amarela, fazer umas compras no supermercado e assistir ao season finale de Lost estou com tempo para escrever aqui no blog.

Mais um regional que se encerra, e fico muito feliz de ver o Bolovo finalmente ganhando a vaga. Thorgrim finalmente saindo da zica do 2-2drop, quem sabe da próxima vez ele chega no top8 :p

Bom, para tentar explicar um pouco dessa minha ausência nesses últimos tempos, posso dizer que eu tinha que definir meu futuro profissional, mas isso não inclui somente ficar mandando currículos para as empresas e torcendo para conseguir uma entrevista. Eu tinha que me preparar e entender porque certas pessoas iam bem em entrevistas e outras, apesar de terem uma formação excelente, não conseguiam o emprego. Coisas como expressão corporal, apresentação em público, exposição de suas idéias, demonstração de que você é o candidato ideal para a vaga.. várias coisas que eu fui aprimorando nessas últimas semanas, e por causa disso eu tive que dar um tempo com o Magic. Felizmente todo esse meu esforço está sendo recompensado agora, e espero que em breve eu esteja de volta ao mercado de trabalho.

Falando de Magic agora:

Semana passada eu estava em Curitiba fazendo uma entrevista, e saindo de lá fui me encontrar com o Jaum. Sem nada melhor para fazer fomos na Jaya, a loja de Magic de Curitiba. Tava rolando um champ nesse momento, e fui ver do que a galera estava jogando. Muitos decks de Spectral Procession+Windbrisk, alguns 5cc (Que eles chamam de "cinco ce ce"), BR e os decks aleatórios de sempre. Vi um cara com uma lista de BG Elves, peguei para brincar um pouco e comecei a olhar de uma forma familiar.. hmm, era praticamente a minha lista que eu estava usando nos regionais. Perguntei para o Jaum, e ele me disse "Ah, a sua lista faz muito sucesso aqui em Curitiba". Ele ainda me apresentou pros caras da loja "Esse é o Stalker lá do blog". Ai curti um pouco da minha fama por lá :p. O FNM ia começar as 19hs, e o Jaum me perguntou do que que eu queria jogar.. falei que jogava com o que sobrasse, mas se sobrasse um BG ia ser melhor. Ele disse "Tá na mão".

Vendo o ambiente da loja, optei de jogar com 3 Tresher MD, 2 Garruk no main deck e 1 no SB. 14 jogadores e 4 rodadas.

Round 1 - BR
Um mês atras eu diria que esse match era impossível de perder, e um mês depois talvez isso ainda seja verdade. Game 1 ele me pune com alguns Hellspark Elemental, me levando a 12 de vida rapidamente. Faço Camaleão que toma Javelin, faço outro Camaleão que toma outro Javelin. Só que em sequencia eu faço 2 Profane, voltando os 2 cameleões e selo o jogo.

(Os side-in out do deck é uma coisa que eu estava devendo há muito tempo aqui no blog, recebi até email do pessoal pedindo, mas agora que eu estou de volta, espero tentar corrigir isso a tempo)

Side-out: 4 seize, 1 Tresher
Side-in: 2 Primal, 2 Puppeteer, 1 Garruk

Eu gosto de puppeter porque ela me da 2 blocks e ajuda com os bixos unearth dele. Garruk é outra permanente que ele é obrigado a lidar e o primal meio que sela o jogo, pois te ajuda a sobreviver até o mid-game, e a partir dai seus bixos são muito maiores que o dele.

Game2: Foi um massacre, mana Llanowar, mana Finks, mana Finks, mana Primal. Impossível perder abrindo desse jeito.

Round2: BG Elves
Tirando a vez que eu perdi num FNM para o Engov, creio que esse match é algo do tipo 90/10 para mim. Muito jogador de BG acaba se esquecendo de treinar o mirror, e isso influencia muito no plano de jogo e na hora de sidebordear principalmente.

Game1: Ganho no dado, abrindo de seize, vejo llanowar, finks e seize de relevante na sua mão. Como eu tinha 2 Camaleões e 1 Vanquisher, optei por tirar o seize dele, já que o game1 normalmente se decide em quem consegue impor pressão de Camaleão primeiro. Jogo flui do jeito que eu esperava e vamos para o sideboard.

Uma coisa que o Thorgrim me ensinou e que eu sigo até hoje é a de tirar os Thoughtseize no mirror. O jogo é de muito atrito, e seize não altera nada a mesa de jogo, depois que você atinge o mid-late game.

Side-out: 4 Seize, 3 Tresher
Side-in: 2 Incremental Blight, 1 Primal, 2 Puppeter, 2 Shriekmaw

Muita gente acha que contra elfo você tem que tirar os Eyeblight, mas eu não acho eles tão inúteis assim no pós side. Já que seu oponente também deve entrar com os maws, e você ainda pode matar treetops, finks e bestas de garruk com ele. Puppeter é tech, nas palavras do Ragabash "Ela é fantástica, BLOQUEIA a Vanquisher, e ainda pode pegar o Shriekmaw do grave do oponente". No fim das contas, é mais um bixo persist para encher o saco do meu oponente.

Game2, tudo ocorre bem, ainda mais quando eu tenho finks para segurar o jogo e um primal para buscar o Shriekmaw.

Round 3: Cinco ce ce
Um mês atras eu diria que esse match era impossível de perder, e um mês depois talvez isso ainda seja verdade. Game 1, ele perde o 4° drop land, e quando ele é obrigado a se fechar eu volto de Garruk, e as bestas e man-lands finalizam o serviço.

Side-out: 2 Tresher, 3 Camaleão, 2 Profane Command
Side-in: 2 Guttural, 2 Mind Shatter, 2 Puppeter, 1 Garruk

Game 2, ele abre com Needle para Treetop, e para minha sorte eu já tenho duas na minha mão. Mas eu vou fazendo minhas Vanquisher, Finks e botando algum clock. Ele limpa minha mesa umas 3 vezes, estabiliza com 4 de vida e faz um Mulldrifter. EOT tresher no evoke, já que eu só tinha 4 lands. Agora eu só precisava comprar a 5° land para fazer a puppeter e selar a partida. Ela não vem, tomo Cruel na volta e vamos para o G3

Game 3: Ocorre tudo normalmente, o BG faz o que tem que fazer e eu ganho.

Como eu não estou tão encanado com o ranking (Ainda não sei se poderei jogar o GP) e meu oponente precisava de alguns pontos para o Bye3 eu concedo de boa, já que eu não tinha muito a ganhar e ele ia perder uns pontos importantes para mim.

Round 4: MonoB Beatdown
G1: 4 Mana Camaleão gg
Side in e out nem lembro direito como que eu fiz, só lembro de tirar os treshers e os terror.
G2 os Lordes of Undead dele dão uns pumps para o meu Camaleão e Mutavault, e com Finks para ganhar vida e chumpbloquear eu consigo ganhar o jogo, apesar de um Pacto da Sepultura do outro lado.

Bom, é isso, terminei o FNM 3-1 de forma invicta, 2° lugar, alguns boosters e a carta do FNM. O plano de ir para balada é abortado, já que eu tinha que acordar bem cedo para não perder o voo e o resto do pessoal também tava meio cansado. Eu, Jaum, Pig e o Soneca fomos para uma pizzaria, contando histórias engraçadas de regionais e PTQs, como a do Togless Tog que só matava de Nantuko Monastery, e que perdeu no top4 para um deck de LD.
Tá na hora de comprar um celular que tenha uma câmera boa :)

Obviamente que no dia seguinte o ônibus que ia me levar para o aeroporto sai 1 minuto antes do previsto e eu tenho que esvaziar a minha carteira para pagar um taxi. Chego 20 minutos antes do voo e sinto que está rolando um overbooking. Mas no final tudo da certo, a companhia aérea me coloca na primeira classe e todo mundo sai feliz.

Regional nesse domingo, e eu ainda estou um pouco perdido em meio a tantas cartas novas. Esse tal de Pulso e o Leech parecem muito bons, mas a pergunta que eu faço é: O que tirar do deck para colocar isso? Tenho menos de uma semana para testar essas mudanças, mas tenho confiança de que tudo vai dar certo.

Até a próxima.

sábado, 16 de maio de 2009

Apresentando o Jund Mannequin

por Rafael "extorquido" Quadros

Olá a todos! Meu nome é Rafael Quadros, mas a galera do Magic me conhece como ''extorquido'', ''storks'' e afins. Sou o mais novo integrante da equipe do Fact or Fiction, espero que vocês gostem das minhas postagens aqui e que elas sejam úteis pra alguém nesse final de temporada de regionais.

Com a chegada de Alara Reborn o Standard mudou completamente. Acredito que desde Morningtide uma edição não teve um impacto tão forte por si só, desconsiderando edições cabeça de bloco como Shards of Alara, que sempre tem um impacto forte e imediato pois entram com a rotação de outro bloco.

Consequentemente, ideias novas de decks acabam surgindo, pois todos estão animados com as cartas novas. 99% dessas idéias serão descartadas pois não são boas o suficiente, mas de vez em quando surge alguma coisa interessante que vale a pena explorar. Jund Mannequin, o deck que vou discutir hoje, é um deck que acredito ter um potencial muito forte.

Provavelmente assim que apareceu na Salvation, Bloodbraid Elf chamou a atenção de todos os jogadores de Magic. A carta é insana, realmente muito forte, e tenho certeza absoluta que surgirá um deck Tier 1 que a envolva. As opções mais óbvias são as mais agressivas, como RG ou Jund Aggro, mas eu não consigo ver vantagem em jogar com um deck que, quando não perde pra ele mesmo (quando compra 1-2 lands a mais... ou a menos) perde pra Burrenton. E Burrenton está em praticamente todo lugar com a ascensão de decks como o BW e o GW, indiscutívelmente os melhores do formato.

Por essa razão eu descartei jogar de qualquer versão agressiva R/x. A solução estaria talvez em um aggro/control ou control. Meu próximo passo foi explorar um Mannequin nas cores de Jund, para abusar de cartas como Kitchen Finks, Shriekmaw e Anathemancer. Além de, claro, Bloodbraid Elf, que embora não funcione com Makeshift Mannequin, ainda assim é muito bom com cartas como Finks, Anathemancer, Maelstrom Pulse, Volcanic Fallout, entre outras.

O jogador Rodrigo Nogueira, mais conhecido simplesmente como Nogueira, jogou de Jund Mannequin no GPT São Paulo e chegou ao Top8. Ele estava também procurando montar uma lista nova de Jund, e quando eu falei pra ele que estava montando um Mannequin ele pediu minha lista. Eis a lista pilotada por ele no GPT:

Jund Mannequin

4 Boggart Ram-Gang
4 Bloodbraid Elf
3 Shriekmaw
3 Anathemancer
2 Cloudthresher
2 Broodmate Dragon

4 Mind Stone
4 Blightning
3 Makeshift Mannequin
2 Terminate
2 Bituminous Blast
2 Jund Charm
1 Volcanic Fallout

4 Treetop Village
4 Savage Lands
3 Reflecting Pool
3 Fire-Lit Thicket
2 Graven Cairns
2 Sulfurous Springs
2 Mountain
1 Twilight Mire
1 Forest
1 Karplusan Forest

Sideboard
4 Thought Hemorrhage
4 Kitchen Finks
2 Infest
1 Volcanic Fallout
1 Shriekmaw
1 Anathemancer
1 Broodmate Dragon
1 Cloudthresher

Rapidamente passando a idéia do deck, o objetivo é acelerar com a Mind Stone se possível e começar uma disputa de atrito com o oponente, tentando sair em cima com as várias 2 pra 1 do deck como Bloodbraid Elf, Shriekmaw (hardcast ou com Mannequin), Blightning, Broodmate Dragon, e Jund Charm/Fallout/Cloudthresher para limpar a mesa.

Os flips do Bloodbraid Elf são sempre insanos, pois no mínimo você vira uma Mind Stone, o que o faz atuar como um Solemn Simulacrum (alguém lembra?), acelerando seu Broodmate/Cloudthresher. Idealmente você vai flipar um Ram-Gang ou um Blightning pra causar 3-6 de dano no oponente e ir desenvolvendo uma posição favorável pra selar o jogo com um Broodmate Dragon ou um Anathemancer.

A escolha dos sweepers de main levou em consideração a velocidade (instant) pra ter um matchup decente contra Fadas, embora Infest seja melhor contra os decks brancos já que mata Burrenton e ignora a indestrutibilidade dada pelo Dauntless Escort. Os Infests estão no side exatamente para esses matchups, reforçando a presença dos Jund Charms e do Volcanic Fallout.

Nogueira perdeu no Top8 pro BG Elves. O BG Elves é um match difícil, principalmente na draw, pois o Jund Mannequin não tem nenhuma play de turno 2 além do evoke da Shriekmaw ou Terminate pra matar um Llanowar/Vanquisher, ou acelerar com Mind Stone. Blightning é uma carta muito pouco relevante, pois o BG cria uma presença na mesa muito rápido e você precisa lidar com ela e não com o Terror/Profane na mão do BG. Era óbvio que a lista tinha que ser revisitada, e eu procurei testar mais um pouco antes de sugerir algumas mudanças. Foi exatamente o que fiz.

De imediato percebi que Mind Stone é o acelerador certo pro deck. Tentei usar mais básicos e Fertile Ground, pra fixar mais a mana e não perder tanta vida pra um Anathemancer, mas flipar um Fertile Ground com o Bloodbraid Elf é muito triste. Mind Stone ao menos cicla, o que é, claro, bastante relevante. As Stones ficam.

Outra conclusão foi que Blightning não é bem uma carta pra esse deck, com certeza não de maindeck. É muito bonito você matar um Ajani e descartar um Cloudgoat Ranger + alguma coisa do jogador de W/x, mas tem horas que nem isso te salva. Como mencionei antes, os decks do ambiente montam uma mesa muito forte muito rapidamente, e é com a mesa que você tem que lidar. A resposta estava na minha frente e nas pastas de todos os dealers:

Maelstrom Pulse

Claro. É uma carta infinitamente superior a Infest pra se usar de maindeck, pois é uma resposta à Bitterblossom, Plumeveil, Runed Halo, Glorious Anthem, além de claro a maioria das criaturas do formato e todos os tokens que compartilham 1 tipo.

Com isso em mente, remontei o deck. Ainda não testei essa nova versão (testei apenas a versão inicial com Solo Fértil no lugar de Mind Stone e Kitchen Finks no lugar de Ram-Gang, e não gostei), então fica como uma sugestão pra quem estiver interessado em testar alguma coisa diferente. Vou procurar testar um pouco dela também, e postar resultados num artigo próximo.

Jund Mannequin 2.0

4 Boggart Ram-Gang
4 Bloodbraid Elf
4 Kitchen Finks
3 Anathemancer
3 Cloudthresher
3 Shriekmaw

4 Mind Stone
3 Maelstrom Pulse
2 Jund Charm
2 Terror
2 Makeshift Mannequin
1 Bituminous Blast
1 Volcanic Fallout

4 Savage Lands
4 Treetop Village
3 Fire-lit Thicket
3 Twilight Mire
2 Reflecting Pool
2 Sulfurous Springs
2 Mountain
2 Forest
1 Llanowar Wastes
1 Swamp

Sideboard
4 Thought Hemorrhage
3 Infest
2 Head Games
2 Broodmate Dragon
1 Volcanic Fallout
1 Anathemancer
1 Cloudthresher
1 Terror

A principal diferença é a saída de Blightning e dos Broodmates (estes movidos para o side). Com esses slots livres passei os Finks pra dentro e upei pra 3 Cloudthreshers, ambos muito bons no formato e não há justificativa para não usá-los. Sobrou 1 slot, e eu cortei também 1 Mannequin (3 era muito em vários jogos) e 1 Bituminous Blast para abrir espaço pros Pulsos. Acho que o deck está muito melhor agora contra os decks chave sem perder viabilidade contra Fadas e Toast (que só melhoram no pós-side). Vou testar o deck no decorrer da próxima semana, e vejo vocês por aqui com essa ou outra idéia no próximo post.

Um abraço e um ótimo final de semana a todos!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os campeonatos e sua importância

por Paulo "tte" Cortez

Antes de qualquer coisa queria esclarecer a falta de artigos. Parece que todo mundo está em temporada, menos eu. Graças a Deus não preciso jogar regional e nem GPT, então standard é algo que não tenho me empenhado como deveria. Por outro lado, o PT Honolulu está chegando e eu, como já escrevi aqui no blog, não fui bem sucedido em me classificar para tal evento, então apenas acompanho (meio perdido) as discussões dos brasileiros sobre block e draft de alara. Falar de extended no momento seria algo inútil, e os outros formatos eu não tenho o mínimo conhecimento.

Então decidi comentar sobre os campeonatos que estão acontecendo, ou que irão acontecer. Primeiramente, gostaria de falar sobre os regionais. “Regionais são onde os sonhos começam”, como disse o bertu em seu famoso artigo na ligamagic, e realmente são.

Acredito que a noção de competitividade surge nesse campeonato, por ser o primeiro torneio na hierarquia dos campeonatos em que o campeão - no caso os finalistas - ganha uma vaga para um campeonato maior. E esse ano muitas figuras carimbadas do Magic ainda lutam pela famigerada vaga no nacional. Mas, como qualquer outro campeonato, o top 8 principalmente é crucial, e fatalidades irão ocorrer. Nem sempre o melhor vence, e isso ainda é mais visível nos regionais por terem muitos campeonatos.

Eu infelizmente nunca consegui ganhar um regional, sempre parando entre os 8 melhores. Lembro até hoje, meus últimos regionais (em que eu joguei para lutar pela vaga) foram jogados com o bom e velho Sea Stompy, deck com uma estratégia que eu gostava bastante. Consigo lembrar a frustração de perder no top 8, de ficar em 9º ou de não ter Dissension para vender no Brasil enquanto eu precisava desesperadamente de Plaxmanta e Trygon Predator. Não pensem que só vocês são felizardos de sofrerem pela falta de edições.

Sinceramente, acredito que os regionais do ano passado contavam com mais “figurões” que esse ano. Rastaf, Teta, Alemão, Brunilsks e muitos outros eram presenças garantidas nos eventos, e todos eles foram bem sucedidos. Acredito que o standard atual talvez tenha atrapalhado alguns, pois é um formato um pouco cruel, com mirrors sendo decididos em cartas-chave e decks com poucas variações entre si (RW, GW, BW, Kithkins...). Quero deixar bem claro que não considero os ganhadores desse ano simplesmente “sortudos”. Tiveram seus méritos, obviamente foi merecido. Apenas penso que ano passado o formato era mais “honesto”.

E sobre os GPTs, não tem muito o que dizer. Antes de entrar no campeonato em si, queria parabenizar o Mahoney pela excelente organização do GPT em São Paulo. Espero poder participar de eventos como este. Eu só acho que não tem como esperar que um GPT tenha 7 rodadas ou coisa parecida. GPTs tradicionalmente nunca contam com muitas pessoas, é claro que o número de pessoas em São Paulo foi pouco, mas nada absurdo se considerarmos a data e a divulgação do campeonato que foi meio “em cima da hora”.

Talvez se as pessoas entendessem a vantagem do Bye 3 os campeonatos teriam mais pessoas. Começar 3-0 em um campeonato é uma vantagem que eu considero quase desleal, pois a diferença entre fazer 4-2 e 7-2 para avançar ao segundo dia é extremamente grande.

Tentem lembrar o número de vezes que vocês abriram 3-0 em um grande campeonato, agora pensem no número de vezes que isso não aconteceu. Entendem? A vantagem é muito grande, e eu acho que qualquer um que tenha ambição de se dar bem no GP teria que começar a refletir sobre isso.

Claro, tem mil e um motivos para não ter ido no campeonato: dia das mães, não ter premiação ou até mesmo não ligar muito para um bom resultado no GP. Só é uma coisa que eu não faria.

Vou contar um pouco sobre o GPT Buenos Aires do ano passado. Um dia antes do evento eu não tinha conseguido carona para ir até São Paulo (o tempo de Taubaté até São Paulo são duas horas de ônibus e perto de uma hora e meia de carro) e obviamente entrei em desespero. Eram duas da manhã e eu não conseguia falar com ninguém. Então decidi pegar o ônibus das 5:30 para chegar em São Paulo e correr para o evento.

Chegando no metro eu tive a sorte de encontrar o Nogueira pegando ônibus, porque eu não fazia idéia de que ônibus pegar até chegar na Devir. Além disso, eu estava com o deck incompleto e tive que correr atrás de cartas na porta do campeonato, em que o Bronca me emprestou tudo que faltava.

Se valeu a pena? Bem, eu ter ganhado o GPT com certeza compensou toda a correria que eu passei, ter dormido mal, ter passado fome e todos os outros problemas. Saber que você vai começar um campeonato 3-0 é realmente algo que te deixa muito mais confiante.

E por fim, mas não menos importante (por sinal muito mais importante) o GP está chegando! Eu acho que ainda não caiu a ficha para mim, pois não estou desesperado como eu normalmente fico, talvez porque eu só fico ouvindo falar sobre block, sobre como cascade é bom, como Sharuum the Hegemon é desonesto e coisas do tipo.

O GP é a grande chance de pessoas que lá no fundo sabem que querem dar um passo além no Magic, querem mostrar seu potencial e acima de tudo querem ter a chance de entrar no circuito profissional. Um bom resultado no GP te garante não só dinheiro como uma vaga no Pro Tour Austin, o que eu considero mais importante.

Quem nunca jogou um GP pode perguntar para as pessoas que jogaram sobre a opinião do evento. É nele que você começa a ver pessoas que parecem lendas lutando pela vitória. Até mesmo brasileiros que quase nunca jogam campeonatos em nosso país, como o PV. Eu acho muito legal ver essas pessoas jogando, pois elas parecem tão distantes, tão “de mentira”, é uma realidade diferente do nosso Magic.

GPs são sempre legais, e eu tenho a felicidade de ter jogado 3 GPs na minha vida: Porto Alegre, Buenos Aires e Rotterdam. O GP de Porto Alegre foi no meu primeiro ano jogando Magic (2004), então não fazia idéia de que era algo importante.

Sendo sincero, eu nem sei por que eu fui. Eu comecei a ler na ligamagic que todo mundo estava indo, então eu e meus 2 primos (na época todo mundo por volta dos 14 anos) resolvemos ir, sozinhos, na cara e na coragem. Acho que desde que eu comecei a jogar Magic eu tinha consciência de que eu não queria ser só um jogador normal, regular, aquele que ninguém sabe quem é, que está sempre fazendo seu feliz 5-3.

Por sorte encontramos o Bira no mesmo ônibus que “adotou” a gente, isso com certeza deu muita segurança para 3 crianças de 14 anos. Acabei fazendo um 5-3 (bye 0) e fiquei triste, mas no fundo eu sabia que não podia esperar muito mais que isso, mas com certeza foi um grande aprendizado.

Bem, era isso que eu tinha pra falar. Se você que está lendo ainda está na temporada dos regionais, não perca o foco. Treine, se dedique, todo mundo começa nos regionais e são neles que as pessoas começam a crescer pro Magic. Confie em você mesmo, a opinião dos outros pouco importa se você merece ou não, você tem que se decidir que é merecedor.

E para o GP que está chegando, tente se dedicar um pouco mais. Redobre os treinos, a leitura, as discussões. Boa sorte para todos nós, e bons jogos!

Stalker visita Curitiba

por Leandro "Stalker"

Olá pessoas... sentiram a minha falta?

Semana meio atípica para mim, e uma chance para eu matar umas saudades desse tal de magic. Vim para Curitiba para fazer uma entrevista de emprego, e parece que meu futuro profissional estará garantido. Ocorreu tudo bem, e agora estou na lojinha de magic daqui com o Jaum (meu guia turístico). Tem umas 15 pessoas aqui, e logo logo vai começar um FNM. Interessante aqui é um sistema de armários, onde o pessoal guarda as pastas aqui, no mesmo estilo de vestiário de academia.

Depois de mais de um mês sem jogar um campeonato sancionado me sinto até estranho. Não conheço nada no novo ambiente desde que Alara Reborn chegou, mas quem sabe o BG ainda seja uma boa opção. O Jaum me arranjou o deck para brincar hoje. Vou com a mesma lista do regional que eu joguei na Devir. Se tudo der certo, quando eu chegar em SP eu posto um mini-report, com um special bonus (mais a noite a gente vai pegar uma baladinha aqui em Curitiba, e ter a chance de ver a beleza das curitibanas IRL).

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mastigando na Quinta-Feira - Turboalfanosister & GP

por André "Fox" Dembitzky

Olá a todos, e bem-vindos a uma nova quinta-feira.

E hoje temos muitos assuntos a tratar sobre Magic. Primeiramente vamos terminar o que começamos. No último artigo eu mencionei o nome de um baralho. Muita gente não tem idéia do porquê do nome daquele baralho e nem qual baralho era, estava falando do Turbo-Alfano-Sister.

Esse baralho com certeza cairia na categoria do “tem a ver”. Bem, como algo com esse nome pode ter a ver?

O baralho em questão foi criado logo após o lançamento da coleção Apocalipse. Apresentando uma rara bomba, caríssima, em cada booster, era impossível não querer montar algo legal com aquela infinidade de raras fantásticas. O mercado em sí havia enlouquecido com tantas opções.

As cores inimigas pareciam ser, aos olhos de quem tentava enxergar novos baralhos, as melhores combinações. Preto/branco e preto/verde era onde podíamos encontrar Mongers, Vindicars, Atos, Anjos e Drainf lifes de excelente qualidade, poder de fogo e que causavam grande impacto quanto eram jogados. E devido aos atributos e a falta deste material no mercado o preço de cada um chegou a ultrapassar facilmente a casa do R$ 25,00, numa época em que os boosters custavam entre R$ 8,00 e R$ 9,00 e não existia a escassez tão grande de boosters como por exemplo temos agora.

E se você puder observar verá que as grandes bombas da coleção, e que por sinal estão até hoje por ai na cena dos eventos legacy, pertenciam a uma tríade branco-preto-verde. E não demorou até alguém resolver juntar todas essa pilha de dinheiro em forma de cards e montar algo. Bem, e montaram, e pelo menos aqui no Brasil, ou melhor dizendo, em São Paulo, um garoto com certo poder aquisitivo juntou tudo e criou uma das primeiras versões do The Rock.

4x Vindicar
4x Vendilhão de Espíritos
4x Ato Pernicioso
4x Evolutor de Necra
4x Garras da Morte
4x Ritual Sombrio
4x Anjo da Desolação
4x Veredito de Gerrard
4x Lince Espectral
2x Cidade de Bronze
4x Regiões Agrestes de Llanowar
4x Macegal
4x Cavernas de Koilos
3x Floresta
4x Pântano
3x Planície

Mas pelo fato de ser extremamente caro de se montar poucos tinham a “petulância” de mostrar o quanto podiam gastar, e um dos jogadores de uma antiga loja da zona norte de São Paulo, a Adaga, se juntou com alguns amigos e montou o Turbo-Alfano-Sister.

Basicamente o nome veio de um momento extremamente sexista numa alusão a irmã (sister) de um dos freqüentadores da loja (Alfano – sendo esse o sobrenome do sujeito e também apelido) e a capacidade da irmã do tal sujeito de só arranjar namorados beeem ricos.

Então somando um mais um, e trocando em miúdos, o tal baralho recebeu esse nome pelo fato da irmã do tal Alfano só se interessar pelo dinheiro dos namorados e já que para montar aquele baralho era necessário um bom investimento, se você pode algum dia montar o baralho, sim você teria uma chance também com a irmã do Alfano!!!!

Eu sei que isso é errado. Associar assim essas idéias machistas, com uma mulher, ainda mais uma irmã de um conhecido, fica meio chato. Mas é até bem fácil de se imaginar a conversa que produziu esse nome, levando-se em consideração que um dos freqüentadores da Adaga era o nosso querido amigo Claudio, vulgo Claudinho ou Balde. Atualmente dealer, ele na época era apenas um entusiasta do jogo e o que eles mais queriam era justamente aquela situação de diversão, tiração de sarro e um punhado de boas risadas.

O baralho nunca foi muito para frente, obviamente pela junção de tantas painlands e custos muito altos, mas tivemos versões menos caras como o Dark_Fires e the Rock.

Fica ai uma historinha. Caso alguém tenha alguma assim para transmitir, por favor envie um e-mail para andretalk@ig.com.br que eu a colocarei no ar.

GP

Tenho o grande prazer de anunciar que esse vai ser um dos melhores GPs “ever” a ocorrerem em terras brasileiras.

Para aqueles que não sabem a Magic Domain, vai ser uma grande parceira da Devir na realização do evento, principalmente nos eventos públicos (nome mais chique para Paralelos). Estamos ainda fechando exatamente como serão os formatos dos paralelos que ocorrerão a partir da abertura do espaço na sexta até o ultimo minuto possível no domingo. E só não faremos 24hrs por que, por mais incrível que pareça nós precisamos dormir um pouco!

E só para deixar a galera agitada e preparada para participar, mesmo aqueles que praticamente já haviam desistido de participar por ser um evento Standard/padrão/T2 ótimas noticias.


1º - Haverá um Super Legacy, abrindo a 3ª temporada do Ethernal Domain. Com premiação POWER (mas provavelmente nada de NINE) mas mesmo assim PIMP! Por tanto traga seus baralhos Legacy, pois você vai se surpreender.

2º Paralelos o dia todo. Eventos especiais. DRAFTS (ainda estamos fechando o material a ser usado, mas informações confidencias que foram vazadas propositadamente indicam que uma nova saga possa começar, ou uma nova era surja, a escuridão compareça ou lendas revivam!) Teremos mais noticias ainda na próxima semana!

3º Já pensou num tipo de campeonato? Bem, teremos. Já montou um EDH? Então é bom montar! Sabe como funciona um Two-Headed? É melhor começar a se informar.
Ah! Mas são ambientes estranho – você pode dizer. Para nós não, pois serão eventos que valerão a pena a sua inscrição!

4º Tem uma caixa de sapatos cheia de velharia? Teremos um lugarzinho para você poder esvaziar seu armário e sair mais leve na mão e mais gordo na carteira.

5º A organização de todos os paralelos estarão por conta da Domain, e como muitos já sabem, isso conta e muito. Sancionamento automático, prêmios garantidos e uma alta rotatividade.

6º Prêmios exclusivos e especiais aos ganhadores dos eventos maiores e todos os vencedores de paralelos receberão uma camiseta Domain!

7º O selo de qualidade FOX! Eheheh brincadeira, essa ultima é para todo mundo rir....





Galera é para rir....





RIAM.....







Ok...







Blz....





Vamos continuar...



Na semana que vem, tanto no blog da Domain quanto aqui traremos maiores informações, inéditas e exclusivas sobre tudo que ocorrera no GP. E sabemos que podemos contar com todos vocês para fazer desse realmente o maior evento da América latina. Pois, sem querer ofender, mas deixar os argentinos na nossa frente? NUNCA!!!!

Outros Assuntos

Quero levantar uma questão até mesmo meio chata, mas que pode fazer com que todos reflitam um pouco sobre seu papel dentro da comunidade. Incentivo. Seja em um evento, seja em um jogo ou até mesmo na montagem de um baralho, muitas vezes nos pegamos sendo pessimistas quanto ao futuro do que estamos criticando e esquecemos o trabalho que dá para colocar em pleno funcionamento alguma coisa.

É importante que quando alguém procura desenvolver um trabalho interessante, e no caso vocês podem ter o GP em mente por causa da Domain ou um Classificatório ou um GPT em sua cidade, que os organizadores, que normalmente se confundem com os donos de lojas ou juízes, estão tentando fazer o melhor para todos.

Nossa intenção sempre é ter um evento interessante e a cada nova edição dele tentar elevar a barra um pouco mais. Na Domain temos o Ethernal, no interior os eventos Show do Ertai, o Penedo fazendo sua liga Legacy e agora o Mahoney também entrando em campo assim como outros criando novos grupos que atualmente são os únicos focos de progresso no Magic nacional.

Se esses organizadores tiverem que brigar a cada novo evento para convencer as pessoas que eles terão alguns bons momentos jogando, por ser que eventualmente as fontes sequem e com isso, até os minguados eventos deixem de existir.

Sabemos da dificuldade de todos, e não querendo repetir a mesma ladainha dos meus últimos posts, mesmo assim gostaria de pedir a todos aqueles que têm pelo jogo algum interesse, não necessariamente apenas no jogo , que busquem, se não ajudar diretamente, pelo menos não prejudicar os eventos e organizadores antes mesmo dos eventos ocorrerem. Isso se mostrou extremamente prejudicial para o GPT São Paulo que foi sem duvida um dos eventos mais bem produzidos e que, mesmo tendo poucos jogadores, conseguiu causar uma boa impressão a quem foi.

Garanto que estamos todos nós, organizadores, trabalhando para que SUA vida dentro do jogo seja a melhor possível. Críticas e sugestões são muito bem-vindas. Mas peço apenas que reflitam na maneira de se colar tanto pessoalmente quanto on-line para que possamos ter sempre o que a de melhor para VOCÊS!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Fazendo negócios

Já que estamos em um período tão difícil para conseguir boosters, nada melhor do que fazer ótimas trocas e negócios com cartas.

Quem nunca foi token ou trocou cartas deste jeito, que atire a primeira pedra.

Balão? Oportunista? Quem liga?

No final das contas, todo mundo sai feliz...

Clique na imagem para ampliar:

Quer mais? Acesse http://5colorcontrol.com

Ótima quarta-feira a todos.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Mastigando na Quinta-feira - Dando nomes aos bois!

por André "Fox" Dembitzky

Olá a todos! Bem vindos a outra quinta-feira. Além do tema de hoje tenho que parabenizar o Grillo e o Denani pelas vagas para o Nacional 2009 na etapa da loja da Domain. Mesmo não sendo um evento tão bom (ao menos nos olhos do organizador) gostei de ver que os jogadores estavam muito mais “soltos” do que no ano passado.

Parece que o fato não vem pesando nas costas de ninguém, e que nesse ano todos estão bem relaxados quanto as vagas e aos eventos. Tenho visto e ouvido que tudo tem rolado muito bem e que esse ano promete muita coisa.

Bem, pegando o gancho das linhas ai de cima, hoje vou comentar sobre algo que conhecemos muito bem. Marcas famosas. Que???

Sim, marcas famosas. Vocês sabem, aquelas marcas que todo mundo conhece e basta falar o nome que a gente já remete para a imagem mental do que aquilo seria? Pense assim, Gillette? Pensou lâmina de barbear, certo? Então que tal Bombril? Ah, com certeza tem sempre um no tanque da sua casa ou na pia da cozinha? E Cotonete? Aqueles bastões com pontas de algodão que a mãe da gente teima em mandar a gente passar nas orelhas depois do banho?

Você acha que eu estou ficando louco certo? Bem, mais ou menos.

Agora eu vou falar outros nomes e ai você fala em voz alta o que lhe vem à mente (pode ser mentalmente se você estiver no trabalho, fingindo que esta trabalhando ou na casa de alguém). Vamos lá:

BG agro....

Gifts....

Trix....

Suicidal Black...

Zoo....

Pensou? Então... essas são as marcas famosas do Magic. Mas péra aí! O que eu estou querendo dizer com isso?

Leia de novo os nomes, todos são nomes de decks. Hoje, parece até coisa boba, mas toda vez que somos apresentados a um baralho novo, procuramos conscientemente relações com baralhos do passado. Tal qual fazem os responsáveis pela criação de novos cards na Wizards (como mencionei no meu último artigo), nós jogadores nos acostumamos a buscar semelhanças entre baralhos atuais com baralhos antigos, principalmente para poder de maneira mais rápida nos identificarmos com o modo de jogar desses baralhos.

Essa ferramenta de comparação e nomeação é nova no Magic, não nasceu juntamente com o jogo. Ainda mais considerando que no pré-histórico início do jogo a intenção de seus criadores era de que cada um tivesse seu único e diferente baralho. A padronização dos baralhos, acredito, era a última coisa que os idealizadores gostariam que ocorresse com o jogo.

Mas, como tudo na vida, existe uma evolução e com isso surgem os profissionais, e dentro da profissionalização as categorias de trabalhadores, e ali estão os deckbuilders.

Parte fundamental do jogo, a construção de baralhos utiliza uma equação simples de ser dita mas extremamente difícil de ser compreendida. Ambiente/Pool de Cards = Vitória. Muitos tentam poucos conseguem desenvolver algo que se sobressaia a vista de todos como um baralho vitorioso.

Todos nós começamos a jogar montando um baralho “invencível” e que invariavelmente recebia um nome. Uma marca que eventualmente seria conhecida como “o” baralho.

Na época pré- internet (sim isso já existiu) os baralhos eram construídos caseiramente e cada uma dava o nome que lhe vinha a cabeça. Killer, Destruidor, Vermelho de Dano, Verde de Monstro, Vampiros, etc. Cada um “viajava” à sua maneira quando o quesito – NOME DO BARALHO – era mencionado em uma ficha de inscrição ou em uma loja.

Hoje com fóruns, listas, sites e o sagrado “Deckcheck.net”, nomes e listas de baralhos é que não faltam, e todos tem acesso fácil a elas. Então podemos dizer que se alguém perguntar do que você está jogando basta mencionar RG, que todos sabem que é um baralho verde e vermelho agressivo. Se você mencionar um Ramp, então temos um baralho verde e vermelho com alguma aceleração de mana e grandes criaturas. Parece meio bobo isso, meio óbvio, mas se pararmos para pensar, o nome dos baralhos agora são coisas importantes, são temas/arquétipos que nos mantém informados sobre as probabilidades de vitória de uma baralho sobre o outro.

Um exemplo: O Grillo, campeão do classificatório da Domain estava de Fadas e o Gustavo Denani de BG, eles não chegaram a jogar, mas o resultado, quase certeiro seria que o Grillo perderia para o BG. Salvo floods e zicas, esse é o resultado esperado para o embate.

Mas basta eu dizer isso e a gente já sabe o resultado? Sim.

Os nomes dos baralhos, seus arquétipos ficaram muito evidentes com o começo do Magic como esporte profissional, e era evidente que identificássemos os baralhos pelos nomes.

Muitos deles já levaram o nome de seus idealizadores, sendo o mais conhecido o Mono Black-Flores, um baralho que utilizava a técnica conhecida como silver bullet para com o Tutor Vampico buscar cards chaves contra outros baralhos, Perecer contra mono greens, Decreto de Tsabo contra rebeldes, e etc.

Mas há hoje uma infinidade de nomes, mas podemos limitar suas categorias não somente conforme seu modo de jogo Aggro - Control - Combo, mas também por seus nomes:

1 – Cores do baralho
BG, RedGreen, BW, 5colors, BUG, Mono Blacks, Mono Green, Mono Blue, Mono Red, WW.

2 – Nomes Tribais
Fadas, Elfos, Goblins, Rogues, Snakes, Planeswalkers, Rebeldes, Merfolk (ou fish), Slivers, Ninjas.

3 – Nome dos Cards chave
Tooth and Nail, (death) Cloud, (enduring) Ideal, Greater Good, Dovescape, Angelfire, Fires, Doran, Swans, Tolaria, Recuring, Barganha, Necro, Stasis, Wildfire, Lark, (isocron) Scepter-Chant (orim), Aggro Loam, Dragonstorm, Oath, Wake.

4 – Nome de Habilidades
Affinity, Dredge, UG Madness, Threshold, UG Graft.

5 – Referências temáticas
Red Deck, Reanimator, Big Red, Boros, Naya Burn, Suicide Black, Counter-Rebel, BW Tokens, Boom! , Draw-Go (ou dromar go), Capitão America.

6 – Nomes que tem algo a ver
Skies, Machine Red, Pickels, , PT Junk, Sea Stompy, Stompy, Ponza, Eggnog.

7 – Nome sem nada a ver
Zoo, Trix, Rock, Boat Brew, Quick-n-Toast, Old School control, Project-X, Team America, Sligh, TEPs.

Dá para se entender onde podemos chegar com os nomes, arquétipos. Tanto são mais fáceis de se identificar (assim que os conhecemos) diretamente um baralho apenas por uma junção de siglas. Por exemplo, o BUG, uma versão de baralho que jogou em sua época no extended e consistia basicamente de mágicas pretas, azuis e verdes. (B)lack, (G)reen e bl(U)e. a mecânica era usar a Dríade Quirion e uma leva de mágicas coloridas para fazê-la crescer.

Existem diversas variações, mesmo atualmente no constructed standard de um mesmo arquétipo. Temos o Lark, RW Lark, Boat Brew, Esper Lark, Fadas Lark, GW Lark…. Com a multiplicação de terrenos multicolor houve uma explosão de tipos de baralhos dentro dos arquetipos básicos, como no caso do Black-Red, temos BR Bligthning, BR Aggro e BR Demigod.

Essa mistureba de baralhos é tão grande que simplesmente falar estou de fadas ou kithkin, já não esta dando para definir com que versão de baralha você este jogando.

Na loja a gente tem sempre a oportunidade de ouvir o que o povo acha das coisas. Pelo menos lá, a grande maioria dos jogadores mais competitivos, que vão atrás de baralhos e novas versões não gosta muito dessa lambança de cards e variações. Uma das principais razões é o fato de não ter como se prepara 100% contra outros baralhos. Os sideboards ficam muito dispersos, e todos os cálculos ficam surtados, tornando um tanto mais difícil a vida dos jogadores.

O fato de a cultura do Magic dar nomes a tipos de baralhos é algo único. Vejo em outros tipos de jogos pouca referência ao que chamamos de arquétipos de baralho. Futebol por exemplo temos times retruncados, avançados, 4-2-3-1 ou 4-2-2-2 ou 4-4-2. Mas são poucas variantes. No Magic a gente pode resumir os baralhos a Combo, Aggro ou Controle, mas isso não chega a definir muito bem como jogar nem dar uma idéia de como o baralho flui.

Pretendo voltar ao nome dos baralhos e contar algumas boas histórias de como chegamos a eles, mas vou deixar um aperitivo.

Turbo-Alfano-Sister esse sim era o deck!

Até a próxima quinta!

PS: Parabéns Luis Santos pelo e-mail, conforme combinado por e-mail.... SKAVUSKA!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Analisando o GW Tokens no Standard

por Carlos Alexandre "Batutinha" Esteves

Após me classificar para o Season 1 no MOL, andei pesquisando algumas listas interessantes para que eu pudesse jogar o campeonato. Primeiramente pensei na minha lista de UWR Lark, porém vi que não estava muito consistente e pela grande quantidade de Fadas que havia no MOL achei que seria melhor descartar essa opção.

A minha segunda opção era o BW Tokens, cheguei a fazer alguns top 8 com minha lista de BW, que não fugia do tradicional exceto pelas 3 Marsh Flitter e 1 Soul Warden que eu utilizava, mas ainda não estava totalmente satisfeito.

Em meio as minhas pesquisas achei uma lista de GW Tokens - ao bater o olho achei que tinha sido só sorte aquela lista ter feito top 8, mais depois de analisar ela direito, vi que o deck tinha uma carta que desequilibraria o ambiente e ela se chamava Overrun. Com um enxame de decks W/x no ambiente, Overrun era a carta perfeita, principalmente neste estilo de deck, que te colocava turnos a frente de seu oponente.

A minha lista inicial era:

GW Tokens

4 Brushland
4 Plains
4 Treetop Village
4 Windbrisk Heights
4 Wooded Bastion
3 Forest

4 Cloudgoat Ranger
4 Kitchen Finks
4 Noble Hierarch
4 Wilt-Leaf Liege

4 Spectral Procession
4 Fertile Ground
3 Path to Exile
2 Garruk Wildspeaker
2 Martial Coup
2 Overrun
2 Ajani Goldmane
2 Elspeth, Knight-Errant

Sideboard
3 Burrenton Forge-Tender
3 Cloudthresher
3 Guttural Response
3 Wrath of God
2 Pollen Lullaby
1 Path to Exile

Com esta lista ganhei 2 Premier Events seguidos e fiz alguns top 8. Treinei com essa lista até um dia antes do Season 1 e vinha percebendo que esse deck era muito bom, pois conseguia ganhar da maioria dos decks do field, porém eu ainda não estava satisfeito com a lista, pois ao meu ver estava faltando alguma coisa para a lista ficar perfeita.

No sábado a noite chegando do regional depois de ter conversado com algumas pessoas, decidi modificar duas cartas, e então a lista ficou assim:


As duas cartas que eu adicionei no sábado a noite foram: +1 Martial Coup +1 Garruk -1 Kitchen Finks -1 Liege

Agora vou fazer pequenos comentários sobre o por que de cada carta estar no deck:

Cloudgoat Ranger - Não vejo o deck sem essa carta, ela além de ser uma criatura que coloca mais 3 criaturas em jogo, possui a habilidade de voar embutida, importantíssimo em alguns jogos. Sem contar que ela é uma ótima carta pós-colera e juntamente com o Overrun pode virar jogos praticamente perdidos.

Kitchen Finks - Sobrevive a remoções com o seu persistir e é um "combo" com Ajani Goldmane. Ajuda a melhorar a curva três do deck, e ganha pump duplo com o Liege.

Noble Hierarch - Esta é a sua melhor aceleração de mana, possibilita você jogar Spectral Procession na sua curva 2, além de ter o exalted e não morrer pra remoções de criaturas voadoras, como o caso de Cloudthresher e Hurricane.

Wilt-Leaf Liege - Contra o field antes de Alara Reborn é uma carta muito boa, pois faz seu Kitchen Finks no minimo ficar 4/3 e suas criaturas verdes ou brancas ganharem +1+1, incluindo a Treetop que se torna 4/4, além de ter ao seu favor,sua habilidade contra Blightning e Cruel Ultimatum.

Ajani Goldmane - Indispensável, pois é o pump do seu deck além de "combar" com Kitchen Finks, jogada depois de uma Spectral Procession daram sérios problemas aos seus oponentes.

Elspeth, Knight-Errant - Ótima contra Cruel e Rw. Ela de main deck é muito boa para você não se preocupar muito com uma possível Cólera ou Fallout- seu oponente terá que arrumar alguma maneira de tirar ela da mesa, pois a habilidade de deixar tudo indestrutivel até o resto do jogo é quase um game.

Fertile Ground - Muitas pessoas questionam, mais eu acho que não tem nada melhor do que ele quando você usa Garruk no deck e precisa acelerar mana. Pouquíssimos decks possuem remoções de encantamento ou destruição de terreno, adianta em alguns turnos o Cloudgoat e é a combinação perfeita com Garruk.

Garruk Wildspeaker - Essa é a Segunda melhor carta do Deck, particularmente é o planeswalker que eu mais gosto, colocam tokens 3/3 que não morrem pra Fallout, e é muito bom contra Cruel ja que é um match que você leva muitas remoções globais, a habilidade de Overrun do Garruk é fantástica, no mesmo turno em que entra você tem a possibilidade de fazer uma Spectral Procession e no turno seguinte dar um Overrun de "graça"

Martial Coup - Essa também é uma das cartas principais do deck, alem de por X tokens, possibilita deixar a mesa do seu oponente zerada de criaturas enquanto você fica com seu exército de tokens.

Overrun - A melhor carta do deck. Overrun será a carta que te fará ganhar muitos jogos, principalmente em um ambiente em que a maioria das criaturas são tokens, (sejam de Fada, Espirito, Kithkins). Sem contar a possibilidade de você poder joga-lo como instant vindo de uma Windbrisk e surpreender seu oponente.

Path to Exile - A única remoção do deck, capaz de tirar da frente alguma criaturas chatas que estejam atrapalhando seu caminho por apenas uma mana.

Spectral Procession - A "rainha dos tokens" é a carta que te ajuda a ativar a Windbrisk e que pode ser jogada até no seu segundo turno, fazendo você bater muito no seu oponente junto com os pumps do deck. Junto com Overrun é muito boa, pois seus tokens ficam 4/4 fly.

Agora vou colocar contra quais decks as cartas do Sideboard entram e para quem se interessar o side in/side out contra os principais decks do ambiente.

Burrenton Forge-Tender - 5cc, Boat Brew, Mono Red e Blightning

Cloudthresher - 5cc, BW Tokens e Fadas

Guttural Response - 5cc e Fadas

Path to Exile - Fadas, Boat Brew e BG Elves

Pollen Lullaby - BW Tokens, Kithkins, Blightning e mirror

Wrath of God - BW Tokens, Boat Brew, Kithkins e BG Elves

Side in / Side Out

Fadas:
+3 Cloudthresher +3 Guttural Response + 1 Path to Exile
-2 Ajani -2 Elspeth -3 Martial Coup

BW Tokens:
+3 Cloudthresher + 2 Pollen Lullaby +3 Wrath of God
-3 Path to Exile -3 Finks -2 Elspeth

Brow Beat:
+3 Burrenton +1 Path to Exile +3 Wrath
-3 Finks -1 Garruk -3 Liege

5cc:
+2 Cloudthresher +3 Guttural Response +3 burrenton
-1 Path to Exile -3 Martial Coup -2 Overrun -2 Ajani

MonoRed/Blightning:
+3 Burrenton +1 Path to Exile +2 Pollen lullaby
-1 Martial Coup -3 Garruk -2 Elspeth

BG Elves:
-2 Ajani -2 Elspeth
+3 Wrath +1 Path

O deck com Alara Reborn

Na verdade eu ainda não joguei nenhuma partida com cartas de Alara Reborn, porém já tenho pensado em como será a lista:

GW Tokens com Alara Reborn

4 Brushland
4 Plains
4 Treetop Village
4 Windbrisk Heights
4 Wooded Bastion
3 Forest

4 Cloudgoat Ranger

4 Dauntless Escort
4 Noble Hierarch
2 Kitchen Finks

4 Spectral Procession
4 Fertile Ground
2 Ajani Goldmane
3 Garruk Wildspeaker
3 Martial Coup
3 Path to Exile
2 Sigil Blessing
2 Overrun

Sideboard
3 Burrenton Forge-Tender
3 Cloudthresher
3 Guttural Response
3 Wrath of God
2 Pollen Lullaby
1 Path to Exile

As mudanças que foram feitas: -3 Liege -1 Finks -2 Elspeth +4 Dauntless Escort +2 Sigil Blessing

O Motivo foi que, o Dauntless Escort não morrem para Fallout e salvam suas criaturas de Cólera e afins, além de combinar com a sua Martial Coup. O Sigil Blessing é por causa do Zealous Persecution, por desequilibrar o Match já que o Liege é lento e o Sigil é uma resposta a “altura” por ser instant e o mesmo custo de mana. O Sideboard eu mantive, pois até agora não encontrei nenhuma carta que se adapte e ganhe espaço no sb.

Espero que tenham oportunidade de testar a lista, ainda tem muitos regionais e GPTs pela frente e gostaria de ver alguém ganhando algum torneio de GW Tokens. Espero ter ajudado e que tenham gostado do post.

Um grande abraço a todos