nquanto Shards of Alara ainda não deu as caras no Magic Online e não irá rolar nenhum campeonato Constructed importante nos próximos meses, tenho aproveitado minhas tardes livres durante a semana para draftar a nova edição no Idraft.
Para quem não conhece, o Idraft é um programinha bem simples, fácil de usar e tem se mostrado muito útil para a galera que não possue conta no MOL. (Caso alguém tenha interesse em jogar por lá, tem um Artigo bem antigo do Bertu que explica um pouco como ele funciona. Segue o link: http://www.ligamagic.com.br/?view=artigos/artigo&id=12.)
Após ler a coluna do Steve Sadin desta semana, onde ele fala um pouco sobre o fragmento Bant e qual o impacto da habilidade Exalted no formato, e aproveitando os drafts recentes que eu tenho jogado, acabei me animando a escrever sobre Limited novamente.
Para quem não sabe, Shards of Alara é dividido em cinco fragmentos – Bant, Esper, Grixis, Jund e Naya. – e cada um deles possui uma mecânica específica de acordo com a história do jogo.
Bant é o fragmento responsável pelas criaturas Exalted, enquanto Esper é caracterizado por artefatos coloridos, já Grixis possui como palavra-chave a habilidade Unearth, Jund, por sua vez, é responsável pelas criaturas Devour e finalmente Naya apresenta diversas criaturas com poder maior ou igual a 5.
A idéia será escrever uma série de cinco textos, onde cada um deles irá tratar de um fragmento diferente. Nestes textos irei descrever como funciona cada fragmento, quais as cartas mais importantes, o impacto de sua mecânica no formato e divulgar algumas listas de drafts e selados que eu tenha jogado neste período. O primeiro fragmento escolhido, como vocês devem ter visto no título do post, será o fragmento de Naya e suas criaturas gigantes.
Naya certamente é o fragmento mais agressivo dos cinco. Para quem acredita que o formato é bem lento, imagine tal jogada:
Turno 1: Forest, Wild Nacatl
Turno 2: Mountain, Rip-Clan Crasher (Oponente: 16 de vida)
Turno 3: Plains, Woolly Thoctar (Oponente: 11 de vida)
Turno 4: Oponente está praticamente morto
Como podem ver, tal jogada não é a mais absurda do mundo, já que duas das cartas citadas são comuns, enquanto a terceira é incomum. Ela ajuda a reforçar um pensamento que venho tendo da edição, onde determinadas cartas tornam-se muito boas em um fragmento, porém não possuem o mesmo impacto em outros.
Vejamos o Incurable Ogre. A primeira impressão que ele passa, é que é uma carta extremamente frágil, pois o oponente pode jogar em sua frente qualquer criatura de poder 1, como por exemplo, uma simples ficha de Goblin criada pelo Dragon Fodder ou uma ficha de Saprófita criada pelo Jund Battlemage.
Porém, em Naya, o Incurable Ogre é uma criatura muito útil, pois entra em um drop carente no formato, que é o drop 4 e possui diversas interações com cartas do fragmento como Drumhunter, Exuberant Firestoker ou Rakeclaw Gargantuan.
Aliás, cartas como Drumhunter e Exuberant Firestoker merecem um capítulo a parte neste texto. De todas as cartas que trabalham com essa mecânica de “se você possuir uma criatura com poder 5 ou mais, você pode fazer algo” são as duas que mais me chamam atenção.
Dificilmente você irá utilizar cartas como Bloodthorn Taunter ou Gustrider Exuberant, pois o fragmento possui cartas melhores com o seu custo. Mas quando o assunto é dar um Choque por turno no oponente ou comprar mais uma, tal mecânica torna-se interessante. Além de sua habilidade, os dois Druidas ainda por cima podem adicionar uma mana incolor, acelerando um dos seus bichões preferidos. Não há nada mais interessante para Naya do que fazer o Exuberant no terceiro turno, seguido do Gargantuan no quarto.
Outra carta que funciona muito bem em Naya é o Godtoucher. Além de ser um dos poucos drop 4 da cor, o Godtoucher funciona de uma maneira bem parecida com o Metallurgeon no fragmento de Esper, pois sua função é proteger suas principais criaturas. O Sunseed Nurturer tem lá seu potencial, particularmente ainda não fiz testes suficientes com ele, mas já pude perceber que ele tem ajudado bastante em situações onde a mesa está parcialmente controlada, porém você já se encontra na red zone.
Outro assunto importante, se tratando do fragmento de Naya, são os mana fixers que suas cores oferecem. Naya pode-se dar ao luxo de dizer que é o único fragmento que possui três fixers que adicionam as suas três cores, além do habitual Obelisco e do Jungle Shrine, Naya possui o Druid of the Anima.
Ele juntamente com o Steward of Valeron, entre outros aceleradores de mana que o fragmento possui, consolidam a idéia de que o Obelisk of Naya não é uma carta tão necessária no arquétipo. A função dos Obeliscos e das tricolor lands nesse arquétipo está associada com a chance de splashar uma quarta cor, para se aproveitar da habilidade de alguma criatura ou abusar do cycling de cartas como o Resounding Thunder.
Uma das vantagens de Naya é que seu fragmento trabalha com duas cores que possuem várias remoções no formato, que é a cor branca e a vermelha. Branching Bolt, por exemplo, pode ser considerada uma das melhores remoções do formato, enquanto Soul´s Fire parece que foi criada para o fragmento, pois combina muito bem com o arsenal de criaturas de poder 5 ou mais.
Das criaturas de poder 5 ou mais que existem no formato, têm duas que você deverá ter no seu deck, caso pretenda montar uma lista bem sucedida de Naya, são elas: Rakeclaw Gargantuan e Mosstodon. Além delas, seu baralho agradecerá muito se por acaso você conseguir abrir um Bull Cerodon ou um Woolly Thoctar, duas fantásticas cartas do arquétipo.
Entretanto, nem tudo são flores em Naya, pois um dos seus piores problemas é lidar com criaturas que voam. Portanto, além do Branching Bolt seria interessante você possuir em sua pool de cartas, criaturas como Court Archers e Jungle Weaver.
Na hora de escolher os terrenos para colocar no deck, você irá perceber que o seu deck terá uma base grande de cartas verdes com a segunda cor variando entre o branco e o vermelho. Caso você tenha o Wild Nacatl no seu deck, um ponto importante é garantir que seu deck terá pelo menos um Naya Panorama para potencializar seu Cat Warrior.
Para ilustrar o fragmento de Naya, segue uma decklist de um dos drafts que eu joguei recentemente com o arquétipo, mostrando muito bem como o deck pode ser bem agressivo e totalmente competitivo:
Naya Draft by Ricardo “Thorgrim” Mattana
Creatures (14)
2 Guardians of Akrasa
1 Steward of Valeron
1 Druid of the Anima
1 Realm Razer
1 Exuberant Firestoker
1 Bull Cerodon
2 Wild Nacatl
2 Rakeclaw Gargantuan
1 Woolly Thoctar
1 Incurable Ogre
1 Godtoucher
Spells (9)
1 Branching Bolt
1 Oblivion Ring
1 Dragon Fodder
1 Dispeller's Capsule
1 Obelisk of Bant
1 Excommunicate
1 Obelisk of Naya
1 Soul's Fire
1 Resounding Thunder
Lands (17)
6 Forest
5 Mountain
5 Plains
1 Naya Panorama
Espero que vocês tenham gostado do texto, pois foi uma das minhas primeiras experiências escrevendo sobre Limited. Se ele, por acaso, tiver uma boa aceitação com a galera que lê o blog, será um prazer escrever o resto da série. Enquanto isso o treino para a temporada Limited prossegue.
Tenham uma ótima semana e até a próxima!
Após ler a coluna do Steve Sadin desta semana, onde ele fala um pouco sobre o fragmento Bant e qual o impacto da habilidade Exalted no formato, e aproveitando os drafts recentes que eu tenho jogado, acabei me animando a escrever sobre Limited novamente.
Para quem não sabe, Shards of Alara é dividido em cinco fragmentos – Bant, Esper, Grixis, Jund e Naya. – e cada um deles possui uma mecânica específica de acordo com a história do jogo.
Bant é o fragmento responsável pelas criaturas Exalted, enquanto Esper é caracterizado por artefatos coloridos, já Grixis possui como palavra-chave a habilidade Unearth, Jund, por sua vez, é responsável pelas criaturas Devour e finalmente Naya apresenta diversas criaturas com poder maior ou igual a 5.
A idéia será escrever uma série de cinco textos, onde cada um deles irá tratar de um fragmento diferente. Nestes textos irei descrever como funciona cada fragmento, quais as cartas mais importantes, o impacto de sua mecânica no formato e divulgar algumas listas de drafts e selados que eu tenha jogado neste período. O primeiro fragmento escolhido, como vocês devem ter visto no título do post, será o fragmento de Naya e suas criaturas gigantes.
Naya certamente é o fragmento mais agressivo dos cinco. Para quem acredita que o formato é bem lento, imagine tal jogada:
Turno 1: Forest, Wild Nacatl
Turno 2: Mountain, Rip-Clan Crasher (Oponente: 16 de vida)
Turno 3: Plains, Woolly Thoctar (Oponente: 11 de vida)
Turno 4: Oponente está praticamente morto
Como podem ver, tal jogada não é a mais absurda do mundo, já que duas das cartas citadas são comuns, enquanto a terceira é incomum. Ela ajuda a reforçar um pensamento que venho tendo da edição, onde determinadas cartas tornam-se muito boas em um fragmento, porém não possuem o mesmo impacto em outros.
Vejamos o Incurable Ogre. A primeira impressão que ele passa, é que é uma carta extremamente frágil, pois o oponente pode jogar em sua frente qualquer criatura de poder 1, como por exemplo, uma simples ficha de Goblin criada pelo Dragon Fodder ou uma ficha de Saprófita criada pelo Jund Battlemage.
Porém, em Naya, o Incurable Ogre é uma criatura muito útil, pois entra em um drop carente no formato, que é o drop 4 e possui diversas interações com cartas do fragmento como Drumhunter, Exuberant Firestoker ou Rakeclaw Gargantuan.
Aliás, cartas como Drumhunter e Exuberant Firestoker merecem um capítulo a parte neste texto. De todas as cartas que trabalham com essa mecânica de “se você possuir uma criatura com poder 5 ou mais, você pode fazer algo” são as duas que mais me chamam atenção.
Dificilmente você irá utilizar cartas como Bloodthorn Taunter ou Gustrider Exuberant, pois o fragmento possui cartas melhores com o seu custo. Mas quando o assunto é dar um Choque por turno no oponente ou comprar mais uma, tal mecânica torna-se interessante. Além de sua habilidade, os dois Druidas ainda por cima podem adicionar uma mana incolor, acelerando um dos seus bichões preferidos. Não há nada mais interessante para Naya do que fazer o Exuberant no terceiro turno, seguido do Gargantuan no quarto.
Outra carta que funciona muito bem em Naya é o Godtoucher. Além de ser um dos poucos drop 4 da cor, o Godtoucher funciona de uma maneira bem parecida com o Metallurgeon no fragmento de Esper, pois sua função é proteger suas principais criaturas. O Sunseed Nurturer tem lá seu potencial, particularmente ainda não fiz testes suficientes com ele, mas já pude perceber que ele tem ajudado bastante em situações onde a mesa está parcialmente controlada, porém você já se encontra na red zone.
Outro assunto importante, se tratando do fragmento de Naya, são os mana fixers que suas cores oferecem. Naya pode-se dar ao luxo de dizer que é o único fragmento que possui três fixers que adicionam as suas três cores, além do habitual Obelisco e do Jungle Shrine, Naya possui o Druid of the Anima.
Ele juntamente com o Steward of Valeron, entre outros aceleradores de mana que o fragmento possui, consolidam a idéia de que o Obelisk of Naya não é uma carta tão necessária no arquétipo. A função dos Obeliscos e das tricolor lands nesse arquétipo está associada com a chance de splashar uma quarta cor, para se aproveitar da habilidade de alguma criatura ou abusar do cycling de cartas como o Resounding Thunder.
Uma das vantagens de Naya é que seu fragmento trabalha com duas cores que possuem várias remoções no formato, que é a cor branca e a vermelha. Branching Bolt, por exemplo, pode ser considerada uma das melhores remoções do formato, enquanto Soul´s Fire parece que foi criada para o fragmento, pois combina muito bem com o arsenal de criaturas de poder 5 ou mais.
Das criaturas de poder 5 ou mais que existem no formato, têm duas que você deverá ter no seu deck, caso pretenda montar uma lista bem sucedida de Naya, são elas: Rakeclaw Gargantuan e Mosstodon. Além delas, seu baralho agradecerá muito se por acaso você conseguir abrir um Bull Cerodon ou um Woolly Thoctar, duas fantásticas cartas do arquétipo.
Entretanto, nem tudo são flores em Naya, pois um dos seus piores problemas é lidar com criaturas que voam. Portanto, além do Branching Bolt seria interessante você possuir em sua pool de cartas, criaturas como Court Archers e Jungle Weaver.
Na hora de escolher os terrenos para colocar no deck, você irá perceber que o seu deck terá uma base grande de cartas verdes com a segunda cor variando entre o branco e o vermelho. Caso você tenha o Wild Nacatl no seu deck, um ponto importante é garantir que seu deck terá pelo menos um Naya Panorama para potencializar seu Cat Warrior.
Para ilustrar o fragmento de Naya, segue uma decklist de um dos drafts que eu joguei recentemente com o arquétipo, mostrando muito bem como o deck pode ser bem agressivo e totalmente competitivo:
Naya Draft by Ricardo “Thorgrim” Mattana
Creatures (14)
2 Guardians of Akrasa
1 Steward of Valeron
1 Druid of the Anima
1 Realm Razer
1 Exuberant Firestoker
1 Bull Cerodon
2 Wild Nacatl
2 Rakeclaw Gargantuan
1 Woolly Thoctar
1 Incurable Ogre
1 Godtoucher
Spells (9)
1 Branching Bolt
1 Oblivion Ring
1 Dragon Fodder
1 Dispeller's Capsule
1 Obelisk of Bant
1 Excommunicate
1 Obelisk of Naya
1 Soul's Fire
1 Resounding Thunder
Lands (17)
6 Forest
5 Mountain
5 Plains
1 Naya Panorama
Espero que vocês tenham gostado do texto, pois foi uma das minhas primeiras experiências escrevendo sobre Limited. Se ele, por acaso, tiver uma boa aceitação com a galera que lê o blog, será um prazer escrever o resto da série. Enquanto isso o treino para a temporada Limited prossegue.
Tenham uma ótima semana e até a próxima!
9 comentários:
Cara, ficou muito bom o texto. Parabéns :)
Mto bom, so esqueceu do Equipamento Raro "sigil sei la o que " entra perfeito no "deck" :P!
(5º turno +4+4 free shock ou draw free ou ambos + criatura decente p/block!)
Continua postando, visito diariamente o blog : D!
abraço!
os obeliscos nao fiucam crap no seu deck não? vc jah tem o druid
Os Obeliscos estavam ai por causa do bicho que faz Armageddon :P
Vejo que você corigiu o erro que detectei em seu post, e ainda apagou minha menssagem para esconder suas falhas sem dar créditos a ninguem...
Eu apenas corrigi uma conta que eu havia errado, pois postei de madrugada o texto.
Mas quando sentir que estão me faltando com o respeito irei deletar sempre o post. Óbvio que você não merece crédito por isso.
Não gosta, pode aproveitar e nunca mais aparecer por aqui. ;)
Ah achei bem legal o texto... no draft ´´e tm interessante faz RGWx pois as cartas são realmente muito fortes.
É isso ae..
Abração
sandoiche
Ai thorgrim.... Ganhei um draft hoje de Naya, ficou BEM forte. E tinham mais 2 pessoas em naya PURO, e mais 3 usando as cores r, g e w no deck...
Obelisks eu tenho achado BEM ruins, e nao soh em naya.... sao lentos, fedidos e floodam suas maos... nao usaria nem no seu deck com o 3RGW 4/2, preferiria usar outros bichos fillers.
2 Wild Nacatl
1 Akrasan squire
1 sighted caste sorcerer
1 naya battlemage
1 rip clan crasher
1 mossodon
1 jungle weaver
2 exuberant firestoker
1 druid of anima
1 wolly thoctar
1 dragon fodder
1 flameblast dragon
1 scourge devil
1 knight of the skyward eye
1 ranger of eos
1 sanctum gargoyle
1 sigil blessing
2 branching bolt
1 souls fire
1 naya charm
1 naya panorama
4 plains
6 mountain
6 forest
sb: 1 excomunicate, 1 dispeller capsule
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