segunda-feira, 11 de agosto de 2008

De olho no Standard

por Ricardo "Thorgrim" Mattana

Já se passaram alguns meses desde a realização do GP Buenos Aires na bela Argentina. De lá pra cá, tivemos o lançamento de mais uma edição, Eventide, e a realização de alguns dos principais Nacionais, como o americano e o francês.

Se compararmos o metagame de Buenos Aires com o dos dias de hoje, vocês verão que muita coisa mudou. Não muito pela adição de mais uma edição no formato, mas sim pela criação de Tomoharu Saito.

O Mono Red dos japoneses, mais conhecido como 8 Magus, deixou de ser uma aposta do Saito para Buenos Aires e com a entrada do Figure of Destiny no formato, transformou-se em uma realidade.

No final de semana onde Eventide começou a ser utilizada, foram encontradas nada menos do que nove listas de Mono Red nas primeiras colocações dos quatro Nacionais realizados – os Nacionais da França, EUA, Canadá e Itália.

Como o deck não possui cartas tão valorizadas no mercado como Mutavault, Bitterblossom e Tarmogoyf, a tendência é encontrarmos diversas listas no FFA (Free for All) e quem sabe no nosso Nacional.

Ao analisarmos o Top 8 dos quatro Nacionais citados, veremos que o RG Ramp e o BGw Doran (Tarmofolk) perderam um pouco de sua força, dando espaço para decks como o BR Tokens e o Quick´n´Toast.

O Quick´n´Toast, por se tratar de um 5c Control, possui diversas versões e pode sempre se atualizar de acordo com o ambiente de sua cidade. Diferente de sua primeira versão no PT Hollywood e da utilizada pelos franceses em Buenos Aires, o QnT atual possui cartas como Coalition Relic, Mystical Teachings e Condemn.

Tais mudanças já refletem um novo ambiente no Standard, onde o Mono Red começa a se tranformar no deck a ser batido. Coalition Relic é uma boa alternativa contra o Magus of the Moon, além de ser uma ótima aceleração para um 5c. Já o Condemn é uma excelente resposta ao Demigod of Revenge, além de ser bem efetivo contra Treetop Village, Mutavault, entre outras “man lands”, eterno problema do QnT.

As primeiras listas de BR Tokens surgiram no PT Hollywood, mas até então nenhuma havia conquistado resultados muito expressivos, porém uma nova versão substituindo o Furystoke Giant por Torrent os Souls deu muito certo na Itália.

Particularmente não gosto do deck, não consigo vê-lo como uma opção muito viável para o ambiente atual. Durante os próximos dias prometo jogar mais um pouco com o deck, quem sabe não acabo mudando de opinião. Mas de qualquer forma, o deck conquistou bons resultados nestes primeiros Nacionais e vale a pena ficar de olho.

Com essa explosão do Mono Red no formato, a tendência é que decks como UB Faeries e UW Merfolk percam um pouco de espaço ou tenham que se adaptar, assim como o Paul Cheon fez.

Sua versão joga com bem menos Fadas e opta por cartas como Shadowmage Infiltrator e Remove Soul, transformando o deck numa versão muito mais control do que a habitual.

Se for confirmada essa nova tendência, com uma diminuição do UB Faeries e do UW Merfolks nos principais campeonatos, um deck que tem tudo para crescer é o UWr Reveillark. O deck possui um match razoável contra Mono Red e tende a ficar bom nesse novo ambiente que está sendo formado.

Outro deck que eu acredito que precisará de algumas adaptações é o BG Elves. Enquanto o UB Faeries e o UW Merfolk estavam no topo, o BG Elves se transformou numa excelente opção, tanto que conquistou o PT Hollywood e o GP Buenos Aires, porém com os dois decks em baixa e com o crescimento de decks como o QnT e o Mono Red, os Elfos podem perder um pouco de sua força.

Acredito que a nova edição ainda não foi muito explorada no Standard, por enquanto a única carta que tem jogado realmente é o Figure of Destiny no Mono Red. Talvez nestes próximos Nacionais ou no GP Copenhagen apareçam novidades e novas techs para o formato, enquanto isso vale a pena frisar que o ambiente anda muito aberto e além dos decks citados, outras opções viáveis são o Swans (Campeão do Nacional australiano) e o Mono Red Storm, que chegou na final do GP Buenos Aires nas mãos do Fanfarrão.

Não acredito que o ambiente mude muito até o FFA e o nosso Nacional, porém caso ocorra alguma mudança significativa, tentarei mantê-los atualizados. Essas são algumas das primeiras impressões que eu tive logo após a realização destes primeiros Nacionais e com a entrada de Eventide no formato. Vamos ver o que o futuro nos reserva.

Bons treinos e até a próxima!

3 comentários:

Unknown disse...

Bacana o Blogg sobre magic com tópicos INteressantes...

Minha primeira vez aqui e confesso que a matéria realmente foi boa... Quando as Builds do STD, eu prefiro sim a de Japoneses... Pois eles foram os primeiros a descobrir que U/B FADAS, pode ser o deck mais caro até o momento do ambiente... mas ele não traz títulos... FUJITA e NAKAMURA já descobriram isso falta o poderoso Paul Cheon com seu 4º no USA... entender que FADAS = LIXO...

(Sim amo mutavaulT)
(Não..Não Gosto de FADAS) R$800,00 no lixo...
=´(

Tiago Nhoque disse...

O problema é que em uma selva dessa não tem como,prever o ambiente, vc fez a previsão que o Lark volta pq fadas e tritão saem, e tem um bom match contra o mono red, mias se lark voltar os mono reds vaum desaparecer e fadas e tritaum voltaum com força... é complicado prever meta game , mais a analisse de como ele está hj eu gostei...
OCntinue com o blog assim tah muito bom acompanhar aqui..

Anônimo disse...

É essa analise foi justa...
Porém vcs vão v o deck mas barato do ambiente causando mt no ffa e no Nats(c Deus quiser) o SwathStorm...
O deck tem praticamente 60/40 contra todos os deck, posso ate ta falando alguma besteirinhas...mas eu to 6-0-2 com o baralho... desd que eu começei a jogar campeonatos com ele...
É isso ae...
Abração