segunda-feira, 6 de abril de 2009

*Regional Devir TOP8*

por Leandro "Stalker"

"Estou com 3 de vida, ele com 3 tokens de goblins e meu único bloqueador é uma Treetop, não tenho mais nada de útil na minha mão. Ele ataca, e antes que eu possa me defender tomo Path to Exile e assim termina o regional para mim.
"

Comecei a decidir do que jogar no regional em fevereiro. Após muitos testes com o Thorgrim a gente queria sentir como que funcionava o match entre os principais decks do ambiente. Durante todo esse tempo testamos várias versões de RW, BW, 5cc, Fadas, Kithkin e BR Blightning. Fazendo uma proxie aqui outra ali, testávamos bastante, ainda mais quando os barubinhas vinham para os treinos também.Com 4 pessoas testando, os resultados vem numa maior velocidade. Eu não gostava de nenhum desses decks. Talvez pelo meu trauma de ter jogado praticamente o ano passado inteiro de Fadas, e chegar a conclusão de que quando você está com o melhor deck, muitas pessoas terão a mesma idéia e você não conseguirá ter uma vantagem muito grande no mirror match. Esse era o caso dos W/x. Parecia que o jogo se decidia muito em quem começava ou quem abria com Spectral Procession primeiro. O deck era totalmente reto, você simplesmente vai jogando as cartas de acordo com a sua curva de mana. Óbvio que a combat fase desses deck era bem complicada, com infinitos bixos para os dois lados, portanto um jogador mais experiente conseguiria tirar vantagem dessas situações, mas no geral a qualidade das draws seria superior a habilidade dos jogadores. 5cc eu também me recusava a jogar, principalmente por causa do FFA do ano passado onde me arrependi profundamente de ter jogado de Toast. Não porque o deck fosse ruim, ele era muito bom, mas ele simplesmente não matava, e isso me levou a empatar 2 partidas no FFA e ser eliminado no critério de vida. Meu oponente abria de Mutavault, batia e pronto, perdi.

Entre tantas indecisões, eis que surge um deck que foi praticamente amor a primeira vista. O BG Elves. Nesse ambiente, eu senti que uma Vanquisher no 2° turno era uma carta poderosa demais. Não morria para Fallout, não morria para Infest e o oponente não podia gastar um Path to Exile cedo nela, o que aceleraria meus Camaleões, Garruks e Cloudtreshers. Thoughtseize era uma ótima carta também, por tirar as cartas chaves da mão do seu adversário e permitindo você jogar corretamente em volta do resto. Para os testes eu usei umas listas que o Bolovo tinha me passado, já que ele ia muito bem de BG nos campeonatos do Mol. Fomos trocando idéias ao longo das semanas, discutindo o match contra os W/x e como Fadas e 5cc eram byes para o deck. Veio então o GP da Liga e emplaquei um Top8, porém perdi para um RW e ganhei nada. Premiação só para o Top4. Mas pelo menos a experiência com o deck foi boa, já que eu perdi em 2 games atípicas, onde eu não consegui fazer nada de relevante nos dois jogos.

Dessa lista do GP, eu comecei a ficar impaciente com o Murderous Redcap. Muitas vezes eu não conseguia fazer nada de útil com ele, já que eu precisava matar muitas vezes as criaturas firststrike (Meadowgrain e Orchid) e com uma antífona na mesa isso ficava impossível. Eu tinha que tirar eles da mesa para poder bater com a Vanquisher, ou pelo menos ter a capacidade de usar ela como bloqueadora. Figure of Destiny que no early game não era uma ameaça já que para mim era muito bom o cara gastar as suas manas dando pump no Figure ao invés de fazer spells, ficava um monsto quando ele entrava no late game e o Redcap não conseguir lidar com ele. Além do que ele fazia os Burrenton das pessoas que usavam ele no MD ficarem úteis. Contra Fadas era uma carta bem ruim também, porque tudo o que você vai fazer do 4° turno em diante vai levar counter ou você não terá mana por causa de Mistbind. Creio que resolvi todos esses problemas usando 2 Terror no lugar dos Redcaps. Agora eu também tinha mana para matar um bixo e atacar com a Treetop ao mesmo tempo.

O sideboard foi sendo desenvolvido ao longo do tempo, então acho que vou abrir um parêntesis para falar das duas versões de BG que andam circulando por ai. Praticamente temos as versões com elfos (Imperious, Skull-Shaman) e a mais rock, com Finks e mais remoção. Existe também uma grande discussão entre Liege x Camaleão.

Eu testei as duas versões, e a desculpa para usar Liege era contra os decks de Blightning e 5cc, para poder descartar eles. Com tanto fallout rolando por ai, a lista era frágil. Imperious não faz praticamente nada no turno em que ela entra, não bloqueia e provavelmente sua habilidade de criar tokens só vai ser utilizada no 5° turno em diante, já que você não pode deixar de fazer o seu drop4, com Camaleão, Garruk ou Liege. Além do que morre fácil nesse tempo todo. O Wolf-Skull era outra coisa que me irritava, tinha jogos em que ele era uma máquina, fazendo 3 lobos seguidos e tinha jogos, normalmente quando você mais precisava em que ele não iria fazer nenhum lobo. Usando essas duas cartas ruins é claro que o match contra 5cc e Blighting iam ser mais complicados e ai a esperança de que usando Liege fosse salvar a sua pele. “Ah! Mas o Liege também pumpa os seus bixos para não morrar para fallout.” Isso é uma grande besteira convenhamos, não é desculpa para querer usar ele no deck.

O Kitchen Finks por outro lado era O CARA. Sua garantia de não parar o beatdown após uma remoção em massa, praticamente uma carta que ganhava sozinho de BR/MonoR. Fazia eu ganhar muito tempo, trocando por criaturas do meu adverário e ganhando 4 de vida nesse processo. Camaleão era muito bom também, uma carta que ainda é o pesadelo para o fadas e qualquer outro deck que use preto. A situação que mais me fez escolher ele ao invés do Liege foi nas partidas contra os W/x. Quando o cara tinha 2 antífonas na mesa e um Knight of Meadowgrain 4/4. Enquanto o Liege tinha que ficar parado, não podendo nem bloquear nem atacar, o Camaleão não tava nem ai, passava por cima de tudo.

Por último, o xodó do deck. Civic Wayfinder. Muita gente olha para ele e não consegue entender o porque que ele está no deck. Ele é o diretor de Harmonia dessa Escola de Samba chamada BG Elves. Garantia de que você ira fazer seu drop4 no turno 4, mesmo com as Treetops atrapalhando a sua curva as vezes. Segurança de que você ira achar a sua fonte preta para não ficar com o Terror ou Eyeblight e principalmente o Thoughtseize mortos na mão. Usando 4 mutavaults, eu lhe asseguro, você vai zicar cor algumas vezes, e o Civic conserta, principalmente quando você abre com 2 mutavaults na mão e precisa achar a sua 2° verde para fazer o evoke do tresher, Camaleão ou Garruk ou aquela segunda fonte preta para o Profane Command.

Elaborando o sideboard:

Aqui entra a galera do #mtg.Br. Conversando com o Bolovo, Bertu, Sandoiche principalmente e botando isso em prática com o Thorgrim nos treinos IRL. Numa escala de good matchups para bad matchups minhas impressões eram:

Fácil (Matches que em hipótese alguma eu poderia perder nos regionais):
Blightining
MonoR
Dark Bant
Swans

Médio-Fácil (Matches que eram favoráveis, mas que existia a chance de perder)
Fadas
5cc

Médio-Dificil (Matches desfavoráveis, mas que com um bom plano de SB era contornável)
Kithkin
Boat Brew

Difícil
BW

Impossível
Esper Lark, ou qualquer coisa com Lark, Mulldrifter, Sower e Wall of Reverence.

Como o Thorgrim ia jogar de BW e nos treinos esse era o único deck que por mais que eu tentasse eu não conseguia ganhar de maneia convincente, meu foco acabou sendo vasculhar todas as cartas possíveis atrás daquela tech do sideboard para este match em específico. Mas para isso eu precisava entender porque que eu estava perdendo. O match em si era uma corrida, ele batendo com os tokens de blossom e de procession, enquanto eu tento bater por baixo com Vanquisher e Camaleão. Enquanto que no chão ele tinha o Meadowgrain, Finks e Sculler para me atrasar, eu só tinha o Tresher para limpar o céu. O Cloudgoat Ranger era tipo o Fatality do Mortal Kombat, ou aquele arremessador do beisebol que entra no jogo só para fechar a partida, atrapalhava, mas não era a carta chave da partida. Tanto o Finks como o Meadowgrain conseguiam me tirar do range do Profane Command. E portanto a tática de Profane+Tresher que funcionava tão bem contra RW não dava certo contra BW, além de ter o Sculler para bloquear meu bixo fear. Eu odiava infest, porque era uma carta que muitas vezes não tirava da mesa o Meadowgrain nem o Sculler, além de matar meu Llanowar e o Civic. Eu resetava a mesa, o que daria tempo para o BW reconstruir ela novamente enquanto eu tinha que começar do zero no próximo turno. Com o problema diagnosticado fiz um brainstorm com o Sandoiche de tudo o que poderia servir de SB contra BW, Stillmoon, Fulminator, Warhammer. Nada me agradava muito, até que ele relembrou de uma carta que era muito boa no bloco de Lorwin/Shadowmoor e que era simplesmente perfeita. Damnation!

- Mas Stalker, você está louco? Damnation não é mais T2.

Ok, vou explicar. Incremental Blight (Sim Ragabash, até que enfim a gente concordou com alguma coisa!) A carta era perfeita contra BW. Eu resolvia uma e de repente a race virava toda ao meu favor. Eu poderia não matar todos os bixos dele, mas eu estava dando –6/-6 para as suas criaturas. De repente aquele Meadowgrain que impedia minha Vanquisher de atacar não impede mais, aquele Finks que daria 2 blocks no meu Civic ia embora e não voltava mais. Com o chão livre eu conseguiria racear os tokens voadores. No primeiro teste, experimentei usar só 2 Incremental Blight, mas logo vi que 4 era o número mágico. A carta era realmente a tech que faltava para enfrentar os BW. Enquanto muitos jogariam em volta de infest, o incremental iria quebrar as pernas de muita gente. De quebra ainda ganhei uma carta que seria boa no mirror (imagine matar uma Vanquisher, Imperious e Llanowar de uma vez só) e de muita utilidade contra os Kithkins também. A carta era melhor que Damnation, pois meus bixos ainda ficavam vivos.

Depois de tantos treinos, discussões a lista final foi a seguinte:

Lands
4 Gilt-Leaf Palace
4 Llanowar Wastes
4 Mutavault
4 Treetop Village
2 Twilight Mire
4 Forest
2 Swamp

Creatures
4 Chameleon Colossus
4 Civic Wayfinder
3 Garruk Wildspeaker
4 Wren's Run Vanquisher
4 Llanowar Elves
3 Kitchen Finks
2 Cloudthresher

Spells
3 Eyeblight's Ending
4 Thoughtseize
3 Profane Command
2 Terror

Sideboard
SB: 1 Cloudthresher
SB: 2 Shriekmaw
SB: 2 Mind Shatter
SB: 2 Puppeteer Clique
SB: 1 Primal Command
SB: 2 Guttural Response
SB: 4 Incremental Blight
SB: 1 Hurricane

Até a noite anterior esse hurricane era um Gleeful Sabotage, uma bullet para qualquer coisa random que eu pudesse enfrentar ao longo do dia, Tezzerator, Circulo de Histórias, além de poder lidar com 2 antifonas ao mesmo tempo. Porém o Thorgrim quase surtou e disse que não ia me deixar jogar com essa coisa no sideboard. Após alguns argumentos relevantes ele me convenceu e o Hurricane ficou ai, se bem que após o regional eu estou pensando em trocar esse Hurricane por uma 3° Puppeter ou um 2° Primal Command.

Tenho uma noite tranqüila, até o momento que o Hugo fica me ligando de madrugada pedindo carona, nem atendo, só quero dormir em paz. Acordo, e o carro do tio Juca parece aquelas Peruas escolares, pego o Thorgrim, Alex, Rato e o Hugo e vamos lá. Durante o caminho Rato tem a ousadia de reclamar do meu CD do Led Zeppelin e dou o primeiro Warning, troco Led por um CD da Fernanda Porto, e a seção tortura começa.

Chegamos na Devir, reecontro a galera de sempre, todo mundo perguntando do que eu iria jogar e eu tentando não revelar, inútil, já que eu não consigo dizer não para as pessoas. 20 minutos depois todo mundo já sabe que eu estou de BG. O Sandoiche ainda está correndo atrás das cartas que faltavam para ele fechar o deck, já que a gente ia com a mesmo lista, 75 carta idênticas. Circulando e vendo as pessoas com os seus decks, vejo que as escolhas mais populares do dia são Blightning e 5cc, um bom sinal, já que os 5cc iriam ganhar dos BW e deixar o meu caminho para a vaga no nacional um pouco mais tranqüilo. Converso com o Wendell também, o cara é praticamente a Enciclopédia Barsa do Magic the Gathering.

Listagem ok e deck no shield rosa para dar sorte. Saem os pairings e já pego um amigo logo de cara:

Round 1 - Salsicha (Fadas)
Ele foi meu primeiro grande rival no Magic, na época em que eu tinha acabado de fazer meu DCI e ele sempre me atropelava nos FNM quando a Magic Domain ficava na Teodoro ainda.

O jogo em si foi meu anticlimático. Eu mulliguei para 6 no draw e fiquei com uma mão de 1 Floresta 1 Treetop e 1 Civic, e outras cartas irrelevantes no momento, não consegui fazer o Civic no 2° turno e ele abrindo de blossom, deu counter em todas as minhas spells e perdi. G2 lembro que abri bem e ele não veio de blossom. G3 ele mulligou para 5 e ai ficou fácil.

Games 2-1
Match 1-0

Round 2 – Negão (LD)
Mais um da galera da Magic Domain, eu ganho no dado e não faço idéia do que ele está jogando. Felizmente eu vim com as 2 melhores mão que eu abri no regional inteiro. Mana Llanowar, mana Vanquisher e Seize. Ai ao olhar a mão dele vejo cartas que só me dão alegria e espanto ao mesmo tempo: 2 Demolish, 1 Rain of Tear, 1 Fulminator e 1 Ajani. Tiro a Ajani, faço outra Vanquisher e não tem mais como ele segurar. G2 ele faz umas 2 Ajanis, Demigod, infest. Lido com as ajanis, mato o demigod, e após tomar infest topdecko um Thoughtseize que tira um Siege-Gang. Ainda faço meu 2° Garruk do jogo e um camaleão e ganho um jogo que nós dois concordamos que era muito bom para mim. Negão tava atropelando todo mundo nesse regional com esse deck, ganhou do Thorgrim e na partida valendo o top8 ele pegou outro BG e não conseguiu segurar.

Games 4-1
Match 2-0

Round 3 – Burghi (Dark Bant)
Match relativamente fácil para mim, nos testes era só matar o Rafiq que eu não teria muitos problemas que o Camaleão iria finalizar o jogo fácil, mesmo ele usando Path to Exile G2 eu joguei em volta dos Snakeforms para não perder meu changeling a toa, e com Profane voltando Vanquisher e matando o War Monk ganho o jogo tranqüilamente.

Games 6-1
Match 3-0

Round 4 Paulo Eduardo (Boat Brew)

G1 lembro dele fazer Harbinger buscando um Lark, porém ele nunca chega na 5° mana e ganho o jogo tirando os Figure e Ranger da frente e batendo com a Vanquisher. G2 ele faz um soft lock de Harbinger Fanático e Reveilark, vou dando remoção no Lark e ele sempre botando outro no topo. Até a hora que ele procura, procura, procura e coloca um Wispmare no topo, pelo medo de eu estar usando Blossom. Sem mais dificuldades eu faço uma Puppeter pegando o Lark, batendo e ainda voltando meu Civic para o jogo. Aqui ainda faço uma jogada praticamente desnecessário que poderia ter me custado o jogo. Profane de x=8, quando eu tinha 16 de vida. Não tinha mais como eu perder o jogo, minha mesa estava ótima, porém abri a oportunidade de perder para um Wild Ricochet. Paranóias a parte, fiquei feliz de ganhar um match que não era tão com para mim.

Games 6-1
Match 4-0

Round 5 ??? (Planeswalkers.dec)

Ele tinha ganho do MBC no round anterior, e eu tinha treinado esse match algumas vezes, sabia que os Mind Shatter do sb eram importantes e que Treetop, Mutavault e Garruk fariam a diferença nesse jogo.

G1 mulligo para uma mão que tenha Seize ou Vanquisher. Estando no play, consigo abrir bem, tirando uma ajani da sua mão e torcendo para ganhar o jogo antes que ele tenha mana para o Nicol Bolas. Faço Garruk e consigo por muita pressão, já que ele tem que gastar os Comandos Cripticos dando fog+bounce na Treetop. G2 ele keepa uma mão de 7 cartas e 2 lands, tiro a jace com um seize, e mato ele rapidamente com 2 vanquishers+treetop e mutavault.

Games 8-1
Match 5-0

Round 6 Alex (Boat Brew)
Mais um carinha da Domain.
No draw eu arrisco uma mão de 2 lands, Llanowar e Civic, porém ele tem fanático para o Llanowar e eu demoro para achar minha 3° fonte de mana a tempo. G2 ele mulliga para 5. G3 eu tenho que rebolar muito para estabilizar a mesa para o meu lado, isso inclui me livrar de uma Ajani com 6 marcadores da mesa, um figure 4/4 e os tokens de espírito, além de impedir dele ativar a Hideway. Quando estou pronto para tomar o controle da partida ele compra outra Ajani e em seguida um Reveilark. Perco mais um turno para tirar a Ajani da mesa e o Lark ganha a race para, apesar de eu ter 3 Treetops, 1 Mutavault e land suficiente para ativar todas.

Games 9-3
Match 5-1

Round 7 ??? (Monow Kithkin)
Mais uma vez meu oponente abre de Windbrisk, ele vem de Figure e eu faço seize e vejo o Meadowgrain, Antífona e o Cenn. Penso bastante no que tirar, e já que eu tenho Vanquisher, Finks e Profane na mão, tiro o Meadowgrain, para poder ganhar tempo e fazer ele não atacar com os bixos para cima da Vanquisher. Compro mais algumas remoções ao longo do jogo. Ele não faz nenhuma Procession nem Cloudgoat e eu ganho com 2 camaleões batendo muito. G2 finalmente posso usar meus Incremental Blight do SB. Faço praticamente um 3x1, limpo a mesa dele e tenho Vanquisher, Finks e Treetop para dar os danos necessários.

Games 11-3
Match 6-1

Saem os standings e eu sou o melhor 6-1, com .68 de milésimos enquanto o resto está com .58 Da para dar ID tranquilo agora.

Round 8 ID na mesa 2

Top8 Alex Boat Brew (o mesmo do round 6)

Aqui foram dois jogos que nem valem muito a pena eu comentar, já que eu não fiz praticamente nada. Única coisa que posso falar foi sobre o meu primeiro mulligan no game 1. Minha mão tinha 1 Painland, 2 Llanowar, 1 Vanquisher, 2 Camaleão, 1 Garruk. Alguns achavam que eu deveria ter arriscado ficar com ela, mas essa é uma mão perdedora. Ela perde para praticamente qualquer carta do RW: Fanático, Procession, Ajani, Siege-Gang. Eu não posso perder dropland nesse jogo. O match já não é tão fácil e jogar um turno atrás do RW e pedir para perder. As próximas 6 cartas eram ótimas, com tudo o que eu queria, porém eu só tinha a mutavault de land. Mull para 5 mediocre com 2 lands. Game 2 tive problemas em encontrar lands suficientes mais uma vez, tendo que me contentar com uma mão de 1 Cloudtresher, 2 seize, 1 Treetop e 1 Painland..

Games 11-5
Match 6-2-1

Falando sobre o que ocorreu entre os jogos, muita gente vinha me perguntar se eu estava triste ou chateado, achando que eu tinha perdido algum jogo durante o suíço. Eu estava totalmente focado em ganhar esse regional, por isso a cara fechada toda hora, sem nenhum sinal de felicidade ou alegria. Acabava a rodada e ao invés de sair dizendo que meu oponente deu sorte, ou que eu tinha dado azar eu sentava num canto e tentava fazer um replay do jogo mentalmente, em busca de alguma jogada que eu poderia ter feito diferente. Pensando em como eu iria sidear caso pegasse o cara A ou o B ou o C.

Jogar regional é como jogar a série B do campeonato brasileiro, todo mundo quer o acesso a elite, todo ano muitas pessoas sobem, mas poucas conseguem se manter lá sem precisar voltar a jogar regional, e manter a concentração é uma habilidade importante nessas horas, para você não perder uma partida que você tenha jogado errado. Perder é normal, faz parte do jogo, mas você não pode perder o jogo por sua culpa. Por isso que ao perder no top8 muita gente veio me dar as condolências, falando para não desanimar, que uma hora eu consigo ganhar a vaga. Mas eu não estava chateado. Depois de tantos treinos, eu vi que minha preparação para esse regional estava muito á frente de muitas pessoas. Eu fiz tudo o que eu estava ao meu alcance, porém certas coisas eu não posso controlar, e nem sempre as coisas saem como a gente quer. Se eu tivesse jogado errado ai sim eu estaria chateado comigo.

Fiquei muito feliz de saber que Dicke ganhou a vaga ontem. Parabéns rapaz!

A para todo mundo que estava na minha torcida, espero que tenham gostado do report e que tenham aprendido alguma coisa com ele. Boy e Ertai, RC é nóis na fita, já pode ir reservando aquela pizza Big Fat Monster!

Até a próxima.

9 comentários:

Danilo Conde Modesto disse...

Parabéns Stalker...sou leitor do blog e venho acompanhando a sua caminhada de BG. Desde qdo vi akele post do "Elves não morreu" comecei a jogar com o deck tbm. Venho conquistando bons resultado nos champs daki(sou de Belém-PA); tava pensando em naum jogar de BG no regional, em razão da dificuldade c kithkin e bw. Mas essa solução do incremental blight parece ser mto boa...vou começar a testar.

Paulo Eduardo' Tony disse...

Buenas,
Parabéns pelo top 8 é sempre bom ver que a "boa" seja ela BG, 5cc ou Boat Brew não depende só de coincidencia nos pairings mas de treino, sorte e conhecer mais do que a propria decklist.

Pode atualizar o report, eu fui seu pairing no round 4 Paulo Eduardo.
Sobre o match, enfim... ja sabia que tinha perdido o primeiro game quando tinha me imposto um clock de 3 turnos pra comprar o 4º land e nada. Para mim era importante mesmo assim jogar uns turnos a mais e ver quias seriam suas respostas para os drops que vinham a seguir ja que o maximo que eu poseria fazer eram White Orchid from the top e voltar ao jogo em uma lentidao infernal ou dar chump blocks em tokens e/ou Moggs ja que não estava "preparado como deveria para pegarum match que aparentemente seria facil. No round 2 optei pelo side padrao lembro de quando vc questionou sobre a Wispmare e se aquilo foi receio de uma possivel Blosson. A resposta apropriada obviamante era sim apesar de ter vantagem com drops como Ranger, Siege e Procession uma Blosson poderia te dar tempo demais até encontrar uma resposta para minhas threats. Era preferivel fazer um side-in as cegas de uma one of a kind que no pior dos casos seria um 1/3 flying do que mudar absurdamente minha postura por nao ter respostas eficientes contra barreiras infinitas vindas do outro lado da mesa.

Abrz

Anônimo disse...

Opa, fico feliz de ver q vc está com a mentalidade e com a atitude certas. Sinceramente acho que é questão de tempo até a vaga chegar, nem que seja por ranking. É bem mais difícil conseguir disputar o primeiro nacional do que só se manter no ranking a partir de então.

Eu acho que keeparia a primeira mão do g1 das quartas, se estivesse no play.

GL!

saum-nunca disse...

Noble Hierarch faz uma diferença boa, principalmente em mirrors, no mais, boa sorte nos proximos campeonatos.

João de Campo Grande disse...

Parabéns pelo report, Stalker, de altíssimo nível. Serah q no fim dos regionais, vc poderia dizer como vc usa o sideboard?
Fique tranquilo, q a sua vaga vai xegar, premiando os seus esforços!

Anônimo disse...

Quem foi o asno que trocou Led Zeppelin por Fernanda Porto (ou devo dizer, o surdo?). Sério, você perdeu o Regional aí. Lamento, por pouco você não ganhou.

Unknown disse...

cara meus parabéns...
tanto pelo resultado, como pelo report...
mto bem escrito e detalhado...
mto boa a lista e bem montada...
pela sua narrativa, dava para ver sua concentração e conhecimento do field...
a tech de incremental foi mto bem pensada...
boa sorte na temporada t2...

Unknown disse...

EXCELENTE report!
Gostei muito da explicação da escolha do deck, como a lista evoluiu e como você destacou a importância de se jogar com todos os decks antes de se decidir.
Com artigos / posts assim o Magic no Brasil vai pra frente xD
Abraço e até mais ver nos regionais!

Unknown disse...

fatalmente vc ta na elite do magic faz um tempo ja,cara.



PUTA REPORT MONSTRO de info, fala serio. tudo profundamente analizado q chega a dar gosto de ler. eu consegui ler agora só pq o dota me liberou por 12 minutos mas eu ja tenho q voltar.hehe.


desculpa, eu tenho minhas picuinhas, nao consigo essa grandeza de espirito toda...O FILHO DA PUTA GANHOU DUAS VEZES DE VC NA ZICA VELHO? qissu????? vc eh um monge tibetano de nao ter nem ao menos jogado um CD da fernanda porto nele,ok? hehe


críticas? tudo tá muito profundamente analizado, MENOS o mach mais importante, contra o WW kithkin. pareceu tao simples...mas ao meu ver (dakele q nao treina porra nenhuma) me parece um match ruim..mesmo com incremental raga-blightings, me soa harcore a lot. seize no lifelink SALVOU SUAS PREGAS eh o q parece. gostaria de ler uma analize mais adequada do q parece ser o mach MAIS IMPORTANTE atualmente, ja q boloiro e outros tem trazido essa praga pro field,ok?


parabens o caralho viu? soh com a vaga.


-raga