Olá, primeiramente gostaria de me desculpar por esse tempo ausente. Apesar de fazer um bom tempo que eu não escrevo aqui para o blog, pude trabalhar em algumas questões administrativas e pretendo agora nestas próximas semanas voltar ao pique de outras épocas – obrigado Fox, Extorquido, Paulo e Stalker que seguraram as pontas nesse meu período ausente.
Como muitos sabem, minha temporada de Classificatórios neste ano tem sido um total fracasso. Para quem esperava rapidamente conquistar a vaga, ter jogado seis Classificatórios e não ter conseguido nenhum Top 8 é extremamente frustrante.
Porém, diferentemente da grande maioria dos jogadores eu não sou muito do tipo que gosta de reclamar. Fora alguns momentos que você precisa desabafar, eu procuro tentar entender por quais razões eu não estou indo bem, para que eu possa concertar meus erros e buscar um resultado melhor no próximo evento.
Dos seis Classificatórios que eu joguei, tive alguns campeonatos muito bons, outros nem tanto. Como boas lembranças guardo o primeiro que aconteceu na Devir, onde eu fiz 5-2 drop e o da Wirewood, onde eu abri 5-1 perdendo a última para um Cruel Control (5cc).
Muitos jogadores gostam de culpar a sorte quando perdem uma partida para um top deck, uma zica de mana ou quando enfrentam muitos decks considerados bad matchups.
Gosto de dizer que um bom jogador sai na frente dos outros, já na hora de escolher o seu deck para um campeonato. Salvo um ou outro ambiente, não existe um melhor deck para a temporada e sim o melhor deck para aquele torneio.
Não entenderam? Por exemplo, para este último classificatório que ocorrerá na Comics, provavelmente o ambiente estará repleto de Swans, graças ao resultado do PV e do Calafel em Barcelona. Por mais que o BW Tokens seja um dos melhores decks, jogar com uma lista convencional, sem um sideboard ou até mesmo um main deck adaptado para este “novo” ambiente não seria nada recomendável.
Uma das maiores lições que aprendi nesta temporada foi em relação a “escolher o deck certo” e em praticar este exercício de “adivinhar o ambiente do próximo torneio”. Por mais que não entre nenhuma edição nova no formato, sempre acaba surgindo alguma novidade.
Basta lembrar que o Standard do Championship Series: Season 1 do MOL era o mesmo do PT Kyoto, mas foram apenas semanas antes de ocorrer o lançamento de Alara Reborn, que o GW Tokens e o BW Persist apareceram no formato.
Muito provável que eu tenha tido melhores resultados na Devir e na Wirewood, por ter escolhido o melhor deck para os dois eventos. Não que jogar de BW Tokens nos outros eventos, tenha sido uma má escolha, já que muitos jogadores ganharam suas vagas jogando com o deck, mas o fator sorte que o mirror trazia, podia tanto consagrar um jogador com uma vaga para o Nacional, quanto mandar outros para casa em apenas duas rodadas.
Outra grande lição que aprendi nesta temporada foi aprender a lidar com o psicológico. Assim como em outras situações como conseguir um emprego, entrar em uma boa faculdade ou até mesmo conquistar uma garota, quando não se consegue atingir suas metas, é difícil não querer jogar tudo pro alto e acabar desistindo.
Cheguei ao meu extremo neste último final de semana na 6ª rodada do Classificatório da Domain, onde eu joguei de Swans. Eu estava enfrentando um amigo de GW Tokens, o jogo estava 1x1, eu com o Swans e o Assault na mesa, meu baralho tinha 33 cartas sendo 30 terrenos e 3 mágicas, bastava comprar um terreno para iniciar o combo e ganhar, mas acabei comprando uma mágica e perdendo na volta.
Nesta hora eu fiquei muito estressado, parecia estar passando um filme na minha cabeça, onde eu colecionaria mais um fracasso, xinguei o deck, joguei as cartas na mesa, nunca havia ficado tão puto com uma partida de Magic. Foi neste momento que eu percebi como o jogo estava me abalando emocionalmente e como ele é importante para mim.
Mas o que fazer quando tudo dá errado?
Acredito que independente do resultado é necessário ter a consciência para saber se você realmente está fazendo tudo que é preciso para conquistar este teu objetivo, NUNCA se tornar uma pessoa conformada e o fundamental, saber que você precisa sempre evoluir. Se grandes jogadores do circuito mundial ainda admitem que precisam evoluir no jogo, não é você, “jogador caseiro”, que atingiu a perfeição.
Por mais que os resultados não apareçam, todo esforço e dedicação que você possui com o jogo, acabarão sendo recompensados em alguma hora. Por mais fácil que o jogo pareça, caso você almeje vôos maiores, é preciso muita maturidade para lidar com este universo competitivo que é o Magic.
Por mais irônico que seja, tenho certeza que atualmente jogo muito melhor do que em 2007, ano em que conquistei minha primeira vaga para o Nacional. Frustrações a parte, aprendi que você precisa ser o seu maior crítico e não são reclamações que lhe trarão melhores resultados e sim, muito trabalho e dedicação.
Isto serve também de lição para pessoas que só por terem ganhado um Classificatório já se acham no direito de menosprezar outros jogadores e começarem a ter o mesmo preconceito que outros jogadores possuíam por ele, antes dele se tornar conhecido.
Achei o cúmulo, jogadores que nem me conhecem dizerem que eu estou com inveja ou com “dor de cotovelo” só por que fulano de tal está no Nacional e eu ainda não.
Como as pessoas que me conhecem, sabem que eu sou um cara extremamente tranqüilo, brincalhão e que dificilmente se estressa, seria bom que muitos jogadores parassem para refletir e deixassem um pouco de lado essa briga de egos.
Estou ansioso para o GP São Paulo, por que me trará boas lembranças de como foi o último GP que eu disputei, além de ter a oportunidade de reencontrar bons amigos que possuo pelo Brasil.
Espero que o texto tenha sido útil para pessoas que andam um pouco frustradas e angustiadas como eu e que o próximo texto possua linhas mais felizes.
Bom final de semana a todos e até a próxima!
Como muitos sabem, minha temporada de Classificatórios neste ano tem sido um total fracasso. Para quem esperava rapidamente conquistar a vaga, ter jogado seis Classificatórios e não ter conseguido nenhum Top 8 é extremamente frustrante.
Porém, diferentemente da grande maioria dos jogadores eu não sou muito do tipo que gosta de reclamar. Fora alguns momentos que você precisa desabafar, eu procuro tentar entender por quais razões eu não estou indo bem, para que eu possa concertar meus erros e buscar um resultado melhor no próximo evento.
Dos seis Classificatórios que eu joguei, tive alguns campeonatos muito bons, outros nem tanto. Como boas lembranças guardo o primeiro que aconteceu na Devir, onde eu fiz 5-2 drop e o da Wirewood, onde eu abri 5-1 perdendo a última para um Cruel Control (5cc).
Muitos jogadores gostam de culpar a sorte quando perdem uma partida para um top deck, uma zica de mana ou quando enfrentam muitos decks considerados bad matchups.
Gosto de dizer que um bom jogador sai na frente dos outros, já na hora de escolher o seu deck para um campeonato. Salvo um ou outro ambiente, não existe um melhor deck para a temporada e sim o melhor deck para aquele torneio.
Não entenderam? Por exemplo, para este último classificatório que ocorrerá na Comics, provavelmente o ambiente estará repleto de Swans, graças ao resultado do PV e do Calafel em Barcelona. Por mais que o BW Tokens seja um dos melhores decks, jogar com uma lista convencional, sem um sideboard ou até mesmo um main deck adaptado para este “novo” ambiente não seria nada recomendável.
Uma das maiores lições que aprendi nesta temporada foi em relação a “escolher o deck certo” e em praticar este exercício de “adivinhar o ambiente do próximo torneio”. Por mais que não entre nenhuma edição nova no formato, sempre acaba surgindo alguma novidade.
Basta lembrar que o Standard do Championship Series: Season 1 do MOL era o mesmo do PT Kyoto, mas foram apenas semanas antes de ocorrer o lançamento de Alara Reborn, que o GW Tokens e o BW Persist apareceram no formato.
Muito provável que eu tenha tido melhores resultados na Devir e na Wirewood, por ter escolhido o melhor deck para os dois eventos. Não que jogar de BW Tokens nos outros eventos, tenha sido uma má escolha, já que muitos jogadores ganharam suas vagas jogando com o deck, mas o fator sorte que o mirror trazia, podia tanto consagrar um jogador com uma vaga para o Nacional, quanto mandar outros para casa em apenas duas rodadas.
Outra grande lição que aprendi nesta temporada foi aprender a lidar com o psicológico. Assim como em outras situações como conseguir um emprego, entrar em uma boa faculdade ou até mesmo conquistar uma garota, quando não se consegue atingir suas metas, é difícil não querer jogar tudo pro alto e acabar desistindo.
Cheguei ao meu extremo neste último final de semana na 6ª rodada do Classificatório da Domain, onde eu joguei de Swans. Eu estava enfrentando um amigo de GW Tokens, o jogo estava 1x1, eu com o Swans e o Assault na mesa, meu baralho tinha 33 cartas sendo 30 terrenos e 3 mágicas, bastava comprar um terreno para iniciar o combo e ganhar, mas acabei comprando uma mágica e perdendo na volta.
Nesta hora eu fiquei muito estressado, parecia estar passando um filme na minha cabeça, onde eu colecionaria mais um fracasso, xinguei o deck, joguei as cartas na mesa, nunca havia ficado tão puto com uma partida de Magic. Foi neste momento que eu percebi como o jogo estava me abalando emocionalmente e como ele é importante para mim.
Mas o que fazer quando tudo dá errado?
Acredito que independente do resultado é necessário ter a consciência para saber se você realmente está fazendo tudo que é preciso para conquistar este teu objetivo, NUNCA se tornar uma pessoa conformada e o fundamental, saber que você precisa sempre evoluir. Se grandes jogadores do circuito mundial ainda admitem que precisam evoluir no jogo, não é você, “jogador caseiro”, que atingiu a perfeição.
Por mais que os resultados não apareçam, todo esforço e dedicação que você possui com o jogo, acabarão sendo recompensados em alguma hora. Por mais fácil que o jogo pareça, caso você almeje vôos maiores, é preciso muita maturidade para lidar com este universo competitivo que é o Magic.
Por mais irônico que seja, tenho certeza que atualmente jogo muito melhor do que em 2007, ano em que conquistei minha primeira vaga para o Nacional. Frustrações a parte, aprendi que você precisa ser o seu maior crítico e não são reclamações que lhe trarão melhores resultados e sim, muito trabalho e dedicação.
Isto serve também de lição para pessoas que só por terem ganhado um Classificatório já se acham no direito de menosprezar outros jogadores e começarem a ter o mesmo preconceito que outros jogadores possuíam por ele, antes dele se tornar conhecido.
Achei o cúmulo, jogadores que nem me conhecem dizerem que eu estou com inveja ou com “dor de cotovelo” só por que fulano de tal está no Nacional e eu ainda não.
Como as pessoas que me conhecem, sabem que eu sou um cara extremamente tranqüilo, brincalhão e que dificilmente se estressa, seria bom que muitos jogadores parassem para refletir e deixassem um pouco de lado essa briga de egos.
Estou ansioso para o GP São Paulo, por que me trará boas lembranças de como foi o último GP que eu disputei, além de ter a oportunidade de reencontrar bons amigos que possuo pelo Brasil.
Espero que o texto tenha sido útil para pessoas que andam um pouco frustradas e angustiadas como eu e que o próximo texto possua linhas mais felizes.
Bom final de semana a todos e até a próxima!